Além do Fim escrita por Lucca


Capítulo 4
Colisão de Titãs


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Uma competição nacional tem ocupado boa parte do meu tempo. Após 15 de junho tudo se normalizará.
Eu planejava escrever a batalha final contra Thanos nesse capítulo, mas outras batalhas quase tão difíceis quanto essa acabaram roubando a cena.
Espero que aprovem a mudança.
Boa leitura.



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Relembrando o final do capítulo anterior:

“- Você vai abrir ou serei obrigada a arrombar essa porta?

Imediatamente ela ouviu a movimentação dentro do aposento. Podia senti-lo se aproximando da porta irritado com ela. Um leve sorriso vitorioso se formou em seus lábios, mas logo retomou a fisionomia séria. Era assim que queria que a visse.

Lá dentro, Thor estava em pé em frente a porta. Sua mão oscilava diante da tormenta de sentimentos conflituosos que dominavam sua mente e seu coração. Uma parte dele queria abrir a porta e deixar Sif voltar para sua vida. Outra parte desejava afastá-la que ela nunca soubesse o fracasso que ele se tornou. Sequer sua aparência naquele momento era favorável. E cheirava álcool.

Ele respirou fundo. A quem estava engando? Era Sif ali fora e ela não desistiria, não importava o que ele dissesse.

Com a mão firme agora, segurou a maçaneta, destravou a fechadura e abriu a porta.”

Inevitavelmente, seus olhares se cruzaram e seus corações pulsaram forte impactados pelo reencontro. O outro poderia ter ouvido ou percebido a forte reação se não estivesse mergulhado nas mesmas sensações. No rosto, transpareceu apenas o leve sorriso, discreto, mas carregado de sinceridade e alegria. Thor quebrou a conexão pouco depois. Seu lado racional chamou a atenção para o caos instalado ao redor voltando a instituir na sua culpa por tudo. Era melhor limitar o contato com Sif e fazê-la deixá-lo sozinho com seus erros. Ele baixou os olhos e disse:

— Estou muito feliz que você esteja bem, minha amiga...

— Eu também estou! – ela respondeu rápido o impedindo de continuar a falar.

A convicção da fala contrastava com a tristeza e preocupação que se estamparam no rosto dela ao perceber a reação de Thor. E continuou, tentando disfarçar:

— É bom estar de volta. Não vai me convidar para entrar?

“Não!” foi a resposta imediata que veio à cabeça dele. Ele poderia sugerir um passeio pelo corredor para deixar a conversa mais rápida e formal. Mas ele também não sabia se caminhar seria bom para ela. “Droga! Melhor concordar...”:

— Sim... por favor. – disse recuando para dar espaço à entrada dela.

Uma vez lá dentro, os olhos de Sif vasculharam cada detalhe do local. A acomodação era pequena e muito parecida com o quarto que disponibilizaram para ela. Uma cama encostada à parede do lado direito. Uma mesinha redonda com uma cadeira no lado oposto. Um pequeno armário embutido mais à frente. Mas havia uma diferença crucial:

— Por Asgard, Thor, você conseguiu fazer toda essa bagunça sozinho? – a pergunta saiu espontaneamente e também tinha uma estratégia de defesa. A confusão do exterior a fez considerar o quanto tudo devia estar em desordem dentro dele também. Levar a conversa para o tom que costumavam ter durante suas aventuras em Asgard a ajudaria a lidar com isso.

— Eu acho que sim... – ele disse ainda de cabaça baixa e sondou o arredores com o olhar – Ei, não está tão ruim assim!

— Está horrível! – ela disse entortando a cabeça para o lado e levantando as sobrancelhas com sempre fazia para provocá-lo. – E abafado também. Posso abrir a janela?

Antes mesmo de responder, ele foi até a janela para abri-la e acabou quase esbarrando em Sif que fez o mesmo. Com seus corpos à milímetros de distância um do outro, o constrangimento os fez evitar a troca direta de olhares. Ele abriu a janela e recuou. Ela ficou na ponta dos pés para ampliar seu raio de visão através da janela e sentir a suave brisa que entrava.

— Bem melhor. Midgard tem uma natureza bem bonita. – e se virou rapidamente de volta pensando em adentrar por assuntos mais delicados.

Ao fazer isso, sentiu-se um pouco zonza e buscou apoio na mesa que estava repleta de papeis, roupas e outras coisas. No instante seguinte, sentiu Thor a envolvendo pela cintura e segurando sua mão.

— Melhor você se sentar. - disse baixo.

Ela assentiu e se permitiu ser guiada por ele até perto da cama. Ele afastou as coisas espalhadas sobre o móvel e ajudou Sif a se sentar. A cadeira não era uma opção. Além de coberta por roupas, tinha sido arremessada contra a parede certa vez e ele duvidava que fosse segura. Em seguida, foi até a mesa e vasculhou entre as coisas até encontrar o jarro com água. Serviu um pouco num copo limpo que buscou no armário e entregou a Sif. Seus dedos encontraram os dela por alguns segundos. A vontade de manter o contato nasceu e cresceu nos dois, assim como o desejo de poder garantir ao outro que todo aquele mar de tormentas iria se acalmar. Mas haviam tantos problemas importantes a serem resolvidos, não era o momento para dar atenção a esse tipo de sentimento.

Ela bebeu a água devagar, buscando uma forma de começar a difícil conversa. Depois, entregou o copo à ele, puxou o ar e começou da forma mais óbvia que podia:

— O que aconteceu?

— Pedi para Valquíria te informar sobre tudo.

— E ela fez. Ficou pacientemente ao meu lado e contou tudo. Mas eu precisou ouvir de você.

Ele se virou para a janela, fingindo olhar lá fora e disse áspero.

— Se eu não fui até você, pode deduzir que não estou disposto a falar sobre isso.

— Um grande guerreiro precisa estar preparado para a derrota numa batalha e compreender que não é o fim da guerra.

— Mas foi o fim, Sif! – e começou a andar pelo quarto - Asgard acabou! Metade dos seres vivos do universo pereceu! Tudo por que eu falhei! Não há nada que eu possa fazer para reverter isso...

— Você é Thor, filho de Odin...

— Eu sou a maior decepção e fracasso que Odin já gerou.

— Você é o maior guerreiro que já conheci, Thor! Perder Mjornir não o fez desistir. Você reacendeu o coração daquela estrela para forjar Stormbreaker. Você foi além do que qualquer um de nós esperava. Mas Thanos venceu não porque você falhou. A vitória dele está em instalar o caos não só lá fora, mas dentro de cada um de nós! – E ela precisou parar um pouco para respirar.

Ele se sentou ao lado dela na cama. Apoiou os cotovelos nos joelho e passou as mãos pelos cabelos nervoso.

— Não há como vencê-lo. Mesmo que eu cortasse a cabeça daquele infeliz, isso não passaria de vingança e não desfaria o que aconteceu.

— Temos uma nova guerra à frente. A maior que já enfrentamos. E ela começa dentro de nós mesmos, buscando forças para aceitar o que não pode ser mudado e não deixando a esperança morrer. Grandes guerreiros se levantam após uma batalha perdida. Mas só os mais poderosos líderes se mantem em pé após perderem a guerra. Você nasceu para ser rei.

— Eu não posso, Sif... Eu já tentei!

— É uma longa e difícil jornada, Thor. Nos ombros de um rei pesa as consequências de suas decisões. Mas há sabedoria em entender que ninguém governa sozinho. Você tem amigos. Se não se sente forte e seguro para liderar, coloque-se a disposição dos planos deles. O que me fez acompanhá-lo nas batalhas sempre foi o que eu podia aprender com a experiência vivida e não a glória da vitória.

— Como eu seria útil a eles?

— Muitas vezes, só o fato de você estar lá por eles é tudo que precisam.

— Quando você fala, parece tão simples...tão claro.

Num impulso, sentindo o quanto ele estava confuso e ferido, Sif levou sua mão esquerda até o peito dele:

— Eu entendo o que você sente. Mas agora você não está mais sozinho para enfrentar essa guerra que está se travando aqui dentro. Eu estou aqui com você como nos velhos tempos, naquela batalhas épica e memoráveis.

Thor cobriu a mão dela com a dele e apertou suavemente. Aquelas palavras, o calor da mão dela sobre seu peito... Sif tinha um efeito sobre ele que nunca foi capaz de explicar. Ao lado dela, apesar de ver de forma mais nítida seus erros e defeitos, se sentia mais forte.

Um sorriso se formou no rosto dele lembrando do quanto gostava de provocá-la:

— Sou capaz de muito mais se você me prometer algum tipo de recompensa.

Ela imediatamente puxou a mão e deu um tapa no ombro dele:

— É, você não está tão mal quanto eu imaginava. – e se levantou da cama caminhando até a porta.

— Sif... – ele a chamou e esperou até que ela se virasse para continuar – Muito obrigada.

Ela fez a referência que trocavam como guerreiros e se retirou.

 

 

No dia seguinte, foram surpreendidos pela chegada de Scott Lang que trouxe uma esperança a mais para luta contra Thanos: viagem no tempo. Todos se organizaram em torno da iniciativa. Banner e Stark se debruçaram nas pesquisas e montagem de uma máquina capaz de viabilizar a proposta com segurança e controle. Eles se dividiriam em equipes para realizar o resgate das joias do infinito e usariam a nova manopla para trazer todos aqueles que foram desintegrados de volta.

Thor se envolveu com determinação, se colocando à disposição dos amigos para tudo que fosse necessário. Sempre sóbrio. Essa mudança pós-Sif não passou despercebida por eles.

Por mais de dois meses, todos estiveram focados em levantar informações pertinentes sobre as joias do infinito para facilitar a missão no passado. Thor e Sif levantaram tudo que sabiam sobre a joia da realidade, o éter. Todos se admiraram com o conhecimento que Sif tinha da joia. Ela relatou que Odin a instruiu porque dizia ser necessário para o transporte da relíquia até o Colecionador, onde estaria segura.

Quando não estavam trabalhando nesse projeto, Sif se dedicava a fisioterapia e, quase 40 dias depois, pode voltar a treinar manejo de espadas. O início foi desastroso. O braço reimplantado parecia se negar a executar os golpes mais simples. O tempo e sua persistência, entretanto, trouxeram avanços significativos, tornando-a mais segura a cada dia.

Um dia antes da viagem pelo universo quântico ser realizada, Sif recebeu a notícia de que não acompanharia Thor até Asgard do passado. Foi como uma apunhalada no peito. Os argumentos dos novos amigos eram consistentes e não davam brechas a questionamentos: a realidade quântica poderia desencadear problemas no braço e ela passaria a ser um problema para a força tarefa. Permanecendo no presente, poderia monitorar os acontecimentos e garantir a segurança daqueles que sobraram se a missão falhasse. Como uma guerreira, ela estava disposta a seguir as estratégias elaboradas para vencer aquela batalha, mesmo que isso custasse um pouco do seu ego belicoso. Como amiga, seu coração se despedaçava por não poder estar ao lado de Thor naquela viagem que ela conhecia bem o peso emocional que teria. Como mulher, ela temia que o reencontro com Jane Foster arruinasse qualquer chance que ele teria de reconstruir sua vida sentimental com outra pessoa.

Para Thor, o dia seguinte seria um desafio muito além das minuciosas estratégias elaboradas em equipe. Ele se preparou fisicamente e repetiu a si mesmo que seria capaz de evitar encontros indesejáveis tornando aquela missão o mais impessoal possível.

À noite, ele deixou seu quarto e foi se sentar ao ar livre, embaixo de um pergolato coberto por uma planta florida que exalava um doce aroma ao sereno. Sif, que sempre o mantinha ao alcance discreto de seu olhar nesse momentos que só ela entendia a complexidade, decidiu segui-lo e se aproximar.

— Quando olho o céu de Midgard à noite, é reconfortante. Algumas dessas constelações também podiam ser vistas em Asgard. Nesses momentos, não me sinto tão estrangeira nesse lugar. – disse ocupando um lugar ao lado dele no banco.

Thor sorriu triste e baixou a cabeça.

— É bom saber que você encontrou alguma semelhança...

— Muita coisa não mudou, Thor. Sua necessidade de olhar o céu quando está se sentindo incomodado é uma delas.

— Sua capacidade de ler o que sinto, também continua a mesma.

— São anos de prática.

Thor apoiou as mãos na borda do banco, apertando-a para encontrar forças de formular a questão:

— Então, me diga se estou preparado para o que viverei amanhã.

Sif observou a forma como os nós dos dedos dele denunciavam sua tensão e também as linhas bem definidas dos braços e dos ombros mostrando a rigidez muscular por baixo da leve bata de linho branco que ele vestia. Não havia paz em sequer um músculo de seu corpo. A vontade de transformar a conversa num abraço era enorme, talvez aquele gesto acolhedor fosse capaz de transmitir o que as palavras não seriam capazes. Talvez há alguns bons anos no passado, isso seria possível. Agora não mais. Ela sugou o ar, buscando as melhores palavras para prosseguir:

— Asgard foi o nosso lar por muito tempo. Ela nos pertence e nós pertencemos a ela pela eternidade, para além da existência.  Quanto a encarar o passado, não estamos sempre em constante debate com o que vivemos para encontrar o equilíbrio de quem somos? É o passado que molda nossa identidade. E nossa memória se processa num caldo de escolhas conscientes e inconscientes. Por isso, é assustador, mas também uma oportunidade única de encontrar quem você realmente é.

As mãos dele se apertaram ainda mais na borda do banco fazendo Sif aproximar lentamente sua mão da dele buscando o contato. Quando estava a milímetros de tocá-lo, ele se levantou e deu dois passos a frente, ainda olhando o céu:

— Você sempre tem que ser sensata e sincera... Se Volstag, Frandall e Hogun estivessem aqui, diriam: “Será uma aventura épica e você voltará vencedor!” – e fingiu branir uma espada no ar.

Sif entortou a cabeça, levantou as sobrancelhas e disse:

— Será uma aventura épica e você voltará vencedor, tenho certeza disso.

Ele riu, jogando a cabeça para traz e passou as duas mãos pelos cabelos. Ela se levantou e se aproximou, mantendo-se, entretanto, ainda atrás dele:

— Se a jornada que você enfrentará amanhã fosse apenas algo pessoal, eu estaria insegura. Mas incontáveis vidas dependem do seu sucesso e sei que isso te moverá como nenhuma força já foi capaz.

Ela aguardou. Ele não disse mais nada. Entendendo também o silêncio como o melhor refúgio, ela decidiu se afastar e voltar para dentro. Mas assim que retrocedeu o primeiro passou, ouviu:

— Sif...

Então ela se virou e ele já estava imediatamente atrás dela. Docemente, tomou sua mão direita e a beijou enquanto olhava diretamente nos olhos dela:

— Obrigado.

A surpresa daquele gesto a deixou sem palavras. Ela se esforçou em esboçar um discreto sorriso e fez um leve flexão com a cabeça e joelho, como era costume em Asgard para se retribuir uma gentileza. 

Devagar, Thor diminuiu a firmeza com a qual segurava a mão dela e, lentamente, os dois se afastaram.

Enquanto caminhava de volta ao interior da fortaleza, Sif concentrou-se em normalizar sua própria respiração. Seu coração havia acelerado ou pulado algumas batidas? Andou rápido pelos corredores até alcançar suas acomodações. Entrou e fechou a porta, encostando-se nela para tentar por seu mundo no lugar. Engoliu o nó que subia em sua garganta diante da constatação que ela mais temia: nada mudou. Aquele sentimento que a movia por tantos anos continuava ali, forte e grande demais para ser superado.

“Frigga, Deusa-mãe de todas nós, durante anos, você me treinou para estar ao lado dele e ser uma companheira e protetora nas batalhas... Eu não quero abandoná-lo. Mas preciso que me ajude a superar esse sentimento que só me faz sofrer.” – sussurrou numa prece desesperada.

E, na manhã seguinte, antes de partirem, comemoraram uma notícia espetacular, Stark seria pai. Mais um motivo para colocarem todo seu empenho no sucesso daquela missão. Após uma breve celebração, partiram.

Asgard no passado

Quando Thor viu Asgard se erguendo imponente e viva em torno dele, percebeu o quão pouco preparado para aquilo estava. As vozes, os rostos, o cheiro... ele estava em casa e, ao mesmo tempo, estava tão distante dali. Todo seu mundo desapareceria em pouco tempo e não havia nada que ele pudesse fazer.

Aquele sentimento horrível de fracasso se apoderou dele novamente. Fragilizado, ele ficou paralisado, deixando Rocket sozinho para colher o éter que estava em Jane Foster. Encurralado atrás de uma das colunas do imenso palácio real, sentiu seu coração se esfacelar ainda mais quando viu Frigga passar por ali com outras mulheres.

Antes que ele fosse capaz de lamentar ainda mais seus erros, sua mãe o surpreendeu:

— Thor, meu filho, o que aconteceu? Como você está mudado... – ela disse se aproximando e tocando seus cabelos e seu rosto na lateral do olho perdido.

— Mãe, eu posso explicar...

Ela olhou com docilidade para ele e esperou. Ele avaliou o que deveria dizer e começou:

— Não, mãe, eu não posso explicar... Eu sinto muito...

Ela levou a mão até seu braço e descreveu suaves movimentos para cima e para baixo tentando tranquilizá-lo:

— Meu filho, você não precisa dizer nada. Eu sei de tudo. Também não precisa se desculpar. A vida tece os acontecimentos de forma perfeita, muito além daquilo que podemos ver ou calcular. Aquiete seu coração e seja menos exigente consigo mesmo. Eu e seu pai, Odin, conhecemos muito bem o filho que geramos. As armas mais poderosas são forjadas no calor insuportável do núcleo de uma estrela. Assim também se forja um grande homem.

— Mãe, eu queria ficar aqui, com vocês. Lá eu me sinto tão sozinho, tão fraco, tão...

— Filho, você nunca estará sozinho. – e tocou delicadamente o peito dele – Aqui tem tudo que você precisa. Eu e seu pai sempre estaremos presentes na sua vida.

— Por que eu não vejo e sinto isso quando estou longe, minha mãe?

— Seu pai, Odin, já te disse isso uma vez. Eu também já te disse muitas vezes, mas ficou guardado no seu subconsciente. Não é no passado que está seu destino. Olhe para o que você tem à sua frente e encontrará tudo o que precisa para enfrentar o presente e o futuro. Permita-se ser feliz, meu filho. Hoje você levará daqui uma joia para consertar o danos que Thanos causou. Mas só quando aprender a conhecer seus próprios sentimentos é que será capaz de encontrar a paz e curar seu coração ferido.  Muitas vezes, a felicidade está bem à nossa frente e não a vemos. Outras vezes, está ao nosso lado. Lembre-se que eu e seu pai Odin fomos cuidadosos em garantir que você pudesse ver isso até mesmo quando sua teimosia não deixava. Agora vá, cumpra o seu destino. Lembre-se que você é digno de felicidade.

As palavras de Frigga penetraram no âmago do seu ser, fazendo renascer definitivamente sua determinação e coragem. Ele endireitou sua postura e estendeu a mão, chamando Mjolnir de volta com a certeza que não decepcionaria sua mãe. Demorou alguns segundo, mas o martelo obedeceu suas ordens:

— Eu ainda sou digno, mãe. E não te decepcionarei.

Nesse momento, Rocket voltou com o éter sendo perseguido pelos elfos negros e eles precisaram se despedir. Era hora de retornar ao presente onde ainda havia muito para se resolver. Mas ele era Thor, o Deus do Trovão, e não fugiria de mais uma batalha nessa guerra. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Sugestões e críticas são bem vindas. Deixe um comentário.
Muito obrigada por não desistirem dessa história.



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