An Unfairy Tale escrita por LadyAristana


Capítulo 2
Protocolo de Sigilo 1997 pt 1


Notas iniciais do capítulo

Agora. Essa treta. Fica boa!



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I'm not scared of what you're gonna tell me,

 

 

I'm not scared of the beast in the belly,

 

 

Fill my cup with endless ambition,

 

 

And paint this town with my very own vision.

 

 

Machine (Imagine Dragons)


Nevada - Estados Unidos, fevereiro de 2008

Ceasar Palace, Las Vegas

Sorri de canto de forma quase debochada com aquela montagem de vídeo a respeito de Tony.

— Um verdadeiro patriota. - cochichei para Obadiah imitando a voz do vídeo.

— Shiu, menina! - Obadiah ralhou segurando o riso. - Olha o seu tamanho pra ficar zombando do seu irmão!

— Eu nunca vou ficar velha demais pra zombar do Tony, Obie. - respondi com um sorriso. - Mas estou a cada dia um pouco mais orgulhosa dele. Um Prêmio Apogeu! Nosso menino está crescendo!

— E não é o único, dona Capa Da Forbes de Março de 2008. - Obadiah devolveu o sorriso segurando a minha mão. - Howard estaria orgulhoso de vocês. Eu estou. Até na lua e de volta.

— Você é sensacional, Obie. Já te disse isso hoje? - perguntei com um sorriso mais largo e brilhante ainda.

— Isso só se aplica porque eu gosto de amaciar seu ego! - ele brincou.

— Shiu, não estraga o meu momento de apreciação aqui! - ralhei brincalhona antes de ver Rhodey subir no palco para entregar o prêmio ao Tony, que devia estar sentado ao meu lado, mas não estava. - Já? Droga! Cadê o Tony?

— Estamos em Las Vegas. Onde você acha que ele está? - Obadiah respondeu. - Plano B. Se ele não aparecer, nós dois vamos lá, ok garota?

— Permissão pra assassinar o Tony depois. - cochichei.

— Concedida. - Obadiah respondeu antes de recebermos um olhar atravessado de Rhodey.

Fiz um sinal discreto para o Coronel prosseguir.

— Sempre em contato com as Stark Industries, eu tive o privilégio único de servir com um verdadeiro patriota. - Rhodey começou. - Ele é meu amigo e meu grande mentor. Senhoras e senhores, é a minha honra entregar o Prêmio Apogeu desse ano ao Sr. Tony Stark.

Um jazz animado começou a tocar enquanto a multidão aplaudia, e o holofote focou na cadeira vazia ao meu lado.

Os convidados olhavam para todos os lados a procura de Tony. Não era surpresa que ele não estivesse em seu lugar designado. Meu irmão de consideração era famoso por suas entradas triunfais - que ele sabia fazer muito bem.

— Tony? - Rhodey chamou de novo olhando para mim e para Obadiah que apenas fez que não com a cabeça enquanto eu fazia um facepalm que eu tinha certeza que a mídia transformaria em meme.

O Coronel olhou para o lado constrangido e Obadiah tocou no meu braço, fazendo um sinal com a cabeça para eu me levantar.

Com toda a classe que nos restava depois de mais um fiasco causado por Tony, nos levantamos e enrosquei meu braço no de Obadiah, sorrindo falsamente e fingindo que por dentro eu não estava morrendo só de pensar no quanto o departamento de marketing das Stark, a equipe publicitária do Tony e a Pepper iam encher o meu saco por causa daquilo. Afinal, ninguém tem coragem de reclamar ou dar bronca no grande Tony Stark, então passam carta de procuração pra mim, que tenho o sinal verde pra berrar e me descabelar o quanto quiser sem ser demitida.

Ergui a saia do meu Pucci vermelho longo para subir no palco e nos colocamos diante do microfone, o sorriso machucando minhas bochechas.

 


— Obrigado, Coronel. - Obadiah falou recebendo o prêmio.

— Obrigado por me salvarem. - Rhodey cochichou para nós antes de sair do palco.

— Ah, isso é lindo. - Obadiah falou olhando bem o prêmio. - Obrigado. Muito obrigado a todos! É maravilhoso. Bem, eu não sou Tony Stark. - a plateia deu risos discretos. - Mas, se eu fosse o Tony eu diria como me sinto honrado e a felicidade que é receber esse prêmio tão conceituado. Tony, vocês sabem... A maior qualidade dele também é seu maior defeito: ele está sempre trabalhando.

Contive uma risada irônica.

Aham, trabalhando... Tony devia é estar em algum cassino por aí apostando quantias que não iam fazer nem cosquinha em sua conta bancária e flertando com alguma biscate interesseira.

— Mas a verdade é que, e eu sei que o Tony diria o mesmo, nós e as Stark Industries não teríamos chegado onde chegamos sem uma das maiores mentes femininas desse século. - Obadiah continuou e senti o pânico subindo pela minha garganta. Lancei a ele um olhar tentando comunicar para parar por ali e não me passar a palavra, mesmo que eu soubesse desde o começo dessa pataquada que ia sobrar pra mim. - Ela conseguiu a façanha de aos 27 anos ser considerada o maior nome em Direito Empresarial nos Estados Unidos e na Europa. Ano passado ela finalizou seu doutorado em Direito Público Internacional pela universidade de Oxford, é a chefona do Dep. Jurídico das Stark Industries e dona da Divisão de Desenvolvimento e Pesquisa Médica. Senhoras e senhores, a coproprietária das Stark Industries, senhorita Aleksandra Portter.

Uma onda de aplausos percorreu o público enquanto Obadiah colocava o prêmio nas minhas mãos e me dava lugar no microfone. Sorri e esperei os aplausos cessarem para começar a falar.

— Oh, uau... Eu não tenho um discurso. - risos polidos dos convidados. - E depois de toda a ficha que Obie acabou de dar eu duvido que tenha sobrado algo para falar a respeito de mim mesma. Deve ser complexo de mentor babão. Obadiah Stane, senhoras e senhores. Obadiah Stane!

Aplausos enquanto a plateia e Obadiah riam. Novamente esperei pelo silêncio.

— E uma vez que o prêmio não é meu, e sim do Tony, falemos sobre ele. - descansei o prêmio no púlpito de vidro que abrigava o microfone. - Eu conheço Tony desde... Bem, desde sempre. Afinal, meus pais dizem e fotos confirmam que ele estava na sala de espera do hospital quando eu nasci, em 17 de abril de 1981. A partir desse dia, Tony não foi só o filho do meu padrinho. Não foi só o meu amigo de infância. De todas as maneiras que importam, Tony é meu irmão e eu estou além de orgulhosa. Essa pessoa que eu vi não apenas crescer como evoluir. O garoto que me chamava de "coisinha" e gostava de puxar o meu cabelo se tornou o adolescente que deixou o MIT de boca aberta e agora... O homem ganhador desse prêmio. E eu agradeço a vocês por prestigiarem essa vitória hoje. Infelizmente Tony não veio. Uma pena, eu pessoalmente adoro suas entradas triunfantes! - a plateia riu. - Obrigada a todos e... Deus! Vejam só as horas! Se vocês soubessem o tamanho da pilha de contratos que eu ainda tenho pra revisar... Vamos encerrar por hoje? Boa noite a todos!

Dessa vez os aplausos vieram acompanhados de vivas enquanto eu colocava o prêmio na mão de Obadiah e praticamente arrastava Rhodey comigo pra fora antes de todo mundo.

— Ei ei, Leks, onde é o incêndio? - Rhodey perguntou enquanto eu entregava meu recibo para o manobrista.

— Eu vou matar o Tony! - rosnei impaciente esperando trazerem o meu carro. - Vou arrancar o coração dele com as minhas mãos nuas!

— Wow, calma aí V de Vingança! - o Coronel deu até um passo pra trás. Minha cara devia mesmo estar de dar medo. - Parece até que não conhece o Tony.

— Conheço bem até demais e é exatamente isso que está liberando meu instinto assassino agora. - rebati tirando o Stark Phone da minha bolsa e o usando pra rastrear a localização de Tony.

— Srta. Portter! - uma voz feminina chamou e vi uma mulher morena de entre 30 e 35 anos se aproximar. - Portia Smith, BBC de Londres.

— Tudo aquilo que havia para ser declarado a respeito desse prêmio já foi declarado, Srta. Smith. - respondi friamente quase dando um glória a Deus em alto em bom som ao ver meu Mercedez vermelho virar a esquina.

— Não é sobre o prêmio, senhorita. - a jornalista britânica tentou novamente bem no tempo do carro parar na nossa frente e o manobrista me entregar as chaves.

— Então entre em contato com o Dep. Publicitário das Stark, querida. Eu realmente não tenho tempo. - falei me afastando e puxando Rhodey pela manga do paletó. - Entra no carro, Rhodey.

— O que? Por quê? - ele perguntou confuso.

— Você está com algum desejo suicida hoje, James Rhodes? - perguntei irritada apoiando uma mão na porta aberta do motorista e a outra no teto do carro.

— Não. - Rhodey negou.

— Então entra na porcaria do carro! - gritei antes de eu mesma entrar no carro.

— Senhora, sim senhora! - Rhodey bateu continência entrando no carro.

— Muito engraçado, mas a Tenente Portter é a Addy, não eu. - revirei os olhos dirigindo até o lugar que o Stark Phone sinalizava.

Um cassino.

É claro.

Estacionei do lado de fora e respirei fundo, meus dentes cerrados e minha mandíbula travada. Deitei a cabeça contra o encosto do banco e fechei os olhos contando as estrelas da bandeira dos Estados Unidos pra me acalmar como tio Daniel me ensinara.

Quase nunca funcionava. Dessa vez não foi diferente.

— Vai buscar ele. Não quero ter plateia pra esse homicídio. - rosnei, os olhos focados no céu escuro de Nevada.

— Com essa cara aí até Bin-Laden ficaria com medo de você, credo. - Rhodey resmungou com uma careta antes de sair do carro para buscar Tony.

Fiquei sozinha e continuei pensando em tudo, menos no fiasco de hoje, na tentativa de me acalmar.

Repassei minha agenda do dia seguinte.

Solfejei todas as notas do Op. 2 de Sonata Ao Luar de Beethoven.

Calma, pensei comigo mesma, Se você mata o Tony vai sobrar muito estresse na sua conta. Você não quer ainda mais gente chata no seu pé. Já basta a Pepper!

Eu podia sentir a paz interior a milímetros de ser alcançada quando meu telefone tocou com o tema de Missão Impossível. Uma piadinha digna de Stark pra toda vez que a SHIELD me ligava.

— Agente Portter. - atendi.

— Portter, preciso de você em Upstate New York agora. - a voz do Diretor Nick Fury soou do outro lado da linha.

— Oi Nick! Sim, eu estou ótima. Ah não, aquele fiasco não foi nada, coisa do Tony! E você, está bem? Goose comeu mais algum objeto perigoso aleatório? Ou arranhou seu outro olho? - perguntei em um tom cínico nas entrelinhas da minha incrível dramatização.

— Sempre um prazer inigualável falar com você, Portter. - falou Nick e eu praticamente pude sentir ele revirar o olho do outro lado da linha.

— Você me adora. Eu sou a filha que você nunca teve! - respondi. - O quê a organização traidora que me isolou das três cadeiras na diretoria que são meu direito por herança quer com a melhor advogada dos Estados Unidos?

— Pra começar: eu não tenho nada a ver com a sua treta com a diretoria. - Nick me cortou antes que eu pudesse destilar mais sarcasmo e veneno pelo telefone. - Depois: eu não quero nada com a melhor advogada dos Estados Unidos. Eu preciso da Agente Portter.

— Pra que você me quer, Nick? Eu não faço mais missões de campo. Me aposentei. A menos que o seu problema seja jurídico, eu não posso te ajudar. - usei meu tom mais monótono, como se eu houvesse repetido aquilo várias vezes. E de fato havia. Pro Nick, pro Coulson, pra Nat, pro Clint, pra Maria, Lily, Addy, Ten. Coronel Reeves, tia Peggy, tio Daniel, Sharon, mamãe e mais uma penca de gente que adorava meter o nariz na minha vida.

— Não é uma missão de campo, Portter. Também não é jurídico. Vai saber mais quando trouxer a sua bunda de bilionária mimada pra cá. - Nick respondeu naquele exato tom de "estou perdendo a paciência".

— Foi mal, Nicky. - provoquei. - O Exército Americano me convidou pra demonstração da nova arma Stark do arsenal. Tenho que estar no Iraque amanhã de manhã.

— Escute aqui, Portter, você pode até ser a chefona poderosa pro mundo todo, mas aqui você é uma mera subordinada, entendeu? A SHIELD não te dá as coisas na mãozinha do jeito que Howard Stark fez a sua vida toda! Eu quero você aqui até o sol nascer ou vou rebaixar a sua patente para Nível 9, e dê graças a Deus que a Diretora Carter vai comer meu fígado se eu rebaixar mais que isso. Entendeu? - Nick rosnou. Apesar disso, eu não tinha medo dele.

Estávamos trabalhando juntos desde os meus 16 anos. Ele me levou na minha primeira missão oficial em 1997 onde apenas acontecemos de esbarrar em pelo menos três tipos de alienígenas diferentes, perigosos e assustadores. Onde apenas acontecemos de conhecer a segunda mulher mais forte da minha lista de heroínas - tia Peggy era a primeira -, Capitã Carol "Avenger" Danvers. E onde Nick perdeu seu olho esquerdo para um alien que vivia sob forma de uma gata laranja adorável chamada Goose que Nick adotara mesmo assim.

Ainda assim, Nick era meu chefe - e eu tendo sido sempre a chefe dentro da empresa, não podia negar ficar incomodada por ser uma subordinada na SHIELD - e eu devia obediência a ele.

— Sim senhor. Estarei aí em estimadas quatro horas. - respondi da forma como havia sido treinada. - Ah, e Diretor Fury? Nunca mais se atreva a falar do meu padrinho dessa forma. Se você está em uma posição de poder hoje, deve isso a ele.

Não aguardei por uma resposta para desligar.

***

Upstate New York - Estados Unidos, fevereiro de 2008

Base Secreta de Operações Cientificas da SHIELD

Dentro do Quinjet que a SHIELD enviou, me enfiei no meu uniforme azul marinho com o símbolo característico da águia americana e prendi meus cabelos em um rabo de cavalo alto. Eu tinha um verdadeiro comitê de recepção esperando por mim na base.

— Você descoloriu as pontas do seu cabelo? - Addy perguntou indignada no momento em que colocou os olhos em mim.

— Jura? Cinco meses e a primeira coisa que você me diz é que eu descolori as pontas do cabelo como se fosse um crime capital? - arqueei uma sobrancelha. - Seu assassino soviético está dando trabalho pra achar?

— Ah, não. Eu o achei. De novo. - ela respondeu me abraçando. Um abraço meio fraco, que não era o normal dela. Eu podia notar a exaustão da minha irmã. Suas olheiras fundas sob a maquiagem. Sua magreza. Os cabelos fogosos sem brilho e com o corte irregular cheio de pontas duplas.

— E? Prendemos o meliante? - perguntei a abraçando com a força que ela não havia me abraçado, mas a soltando assim que ela soltou um chiado de dor.

— Não. Ele fugiu. De novo. - ela levantou a camiseta de algodão preta e folgada, mostrando um curativo enorme em seu abdome. - Muito machucado, mas fugiu.

Levantei as sobrancelhas. Addy e o assassino soviético estavam nessa valsa macabra desde 1991. Ela o procurava por anos. Eles se encontravam. Ele tentava matá-la. Ela tentava prendê-lo. Eles lutavam. Eles se destruíam, se encaravam, decidiam adiar as próprias mortes pelas mãos um do outro mais um pouco, trocavam insultos e fugiam.

17 anos. Cinco encontros. Três buracos de bala em Addy e infinitas cicatrizes de cortes de faca.

Tenente Agente Addison Portter era a única pessoa a sobreviver mais de um encontro com o Soldado Invernal.

— Eu ainda acho que ele secretamente se apaixonou por você, Addy. - Lily brincou dando um tapa no ombro da mais velha para tomar seu lugar em meu abraço. - Bem-vinda de volta ao circo, Leks.

— Não oficialmente. Veremos o que o chefe tem pra mim. - sorri abraçando minha irmãzinha. - Como você está, Lil?

— Entediada. Nenhum psicopata pra caçar. - ela brincou com um bico.

Eu podia me gabar que minha irmãzinha era a melhor agente do setor de Dissuasão Diplomática da SHIELD. A humanidade nunca saberia quantos atentados terroristas e guerras nunca haviam acontecido graças à Agente Especial Lilyan Portter.

Não que nossos pais ficassem lá muito felizes de ver todas as três filhas trabalhando no ramo do qual eles deram baixa.

Mas, era inegável, éramos talentos naturais no trabalho. Havíamos sido treinadas pelos melhores para sermos as melhores, e éramos.

Irmãs Portter. A tríade da SHIELD. As melhores.

— Ei, será que esses jovens de hoje em dia não têm mais respeito? - falou a voz de Clint em seu típico tom brincalhão.

Junto com Natasha Romanoff, Clint Barton havia sido um dos meus principais mentores na SHIELD. Se hoje eu podia lutar com uma espada tão bem quanto podia atirar com um revólver, era graças a ele - apesar de sua arma favorita ser o arco e flecha, precedendo sua reputação de Gavião Arqueiro.

— Parou com o drama, Gavião! - ri o puxando para um abraço junto com Nat, que soltou um murmúrio estrangulado de descontentamento.

Natasha não abraçava. Ou pelo menos fingia que não.

— Agente Portter. - Phill Coulson me cumprimentou com sua postura austera de sempre, o terno impecável e as mãos cruzadas na frente do corpo apesar do quase sorriso que seus olhos demonstravam ser um sorriso completo.

— Ah, parou você também, Phill. Nem parece que enfrentamos 1997 juntos. - brinquei apertando sua mão.

— Um dia eu ainda vou descobrir o que raios vocês fizeram em 1997. - Addy ameaçou em tom de brincadeira.

— Vocês só vão saber quando o mundo estiver acabando. - respondi com um meio sorriso antes de vestir a pose de agente séria. - O que vocês têm pra mim, Coulson?

— O Diretor Fury tem mais informações. Me acompanhe. Agentes Portter, preciso insistir que voltem para suas acomodações. Esse projeto ainda é sigiloso para as senhoritas. - Coulson instruiu, ganhando um aceno de cabeça de Lily e um gemido descontente de Addy.

— O quê é isso agora? 1997 parte 2? - ela questionou antes de se dobrar de dor apoiada em Lily.

— Vem, Addy. Eu falei que você ia romper os pontos! Vamos pra enfermaria. - Lily revirou os olhos puxando Addy consigo.

— É uma pergunta válida. Barton e Romanoff não fazem ideia do que aconteceu em 1997. -falei notando que meus mentores e melhores amigos permaneciam conosco. Então os encarei e enfatizei. - Nem vão ficar sabendo a respeito vindo de mim.

— Às vezes eu não queria ter te treinado tão bem para manter segredos. - Nat devolveu com um sorriso de canto.

— Não se preocupe, isso não é relacionado a 1997. - Coulson sorriu nos guiando base adentro.

Ao contrário da empresa, onde eu dava "oi" e "bom dia" pra todo mundo que cruzava meu caminho com um sorriso afável, aqui na SHIELD cada um cuidava da sua vida.

Sem sorrisos, "olá" ou acenos de cabeça. As pessoas tinham assuntos mais importantes a tratar do que melhorar o dia de seus colegas com cordialidade. Ninguém se preocupava com a estabilidade mental de ninguém porque a princípio pessoas mentalmente instáveis nem passavam pela avaliação física.

Não que as coisas que víamos e fazíamos não criassem instabilidade emocional e TEPT ao longo da vida.

Diferente das Salas de Operações para as quais normalmente éramos levados quando tínhamos alguma missão, Coulson nos guiou até um laboratório, onde Fury nos aguardava acompanhado da Dra. Caitriona Ilks McConnely, uma das nossas principais cientistas na área de aprimoramento genético.

— Portter. - Fury cumprimentou.

— Nick. Dra. McConnely. - devolvi com um aceno de cabeça. - O que têm pra mim? E por que trazer Nat e Clint?

— Romanoff e Barton são seu suporte emocional, Portter. - Nick respondeu e me sinalizou uma cadeira. - Sente-se. Vamos conversar sobre o Projeto Unseelie.


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Notas finais do capítulo

AGORA ESSA TRETA FICA BOAAAAA!

E VAMOS MANDAR UM PARABÉNS PRA NOSSA PROTAGONISTA QUE COMPLETOU 37 ANINHOS NA QUARTA-FEIRA DIA 17!
COMENTEM, RECOMENDEM!

BEIJOS DE REFERÊNCIA, SHAZI!



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