For Evermore escrita por MelanieStryder


Capítulo 30
Capítulo 30 – Honey Moon


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews

hehehe
mtas vão AMAR esse capítulo... kkk
eu amei!
rs
bjus



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O barulho dos caminhões na estrada me acordou, mas eu não quis abrir os olhos. Eu não queria que aquela noite acabasse nunca!

Por fim, tive que abrí-los. A primeira coisa que eu vi foram os olhos negros de Jacob olhando para mim e depois disso, veio aquele sorriso lindo que só ele tinha.

_ Finalmente!

_ Eu não sabia que ser humana era tão cansativo. _ Bocejei.

_ Dormiu bem? Não estranhou a cama? Teve frio?

Não pude deixar de rir.

_ Você está parecendo meu pai.

_ Eu e o sanguessuga somos completamente diferentes. _ Ele sorriu novamente.

_ Pode ser, mas as perguntas foram iguais.

_ Minhas perguntas têm segundas intenções.

Puxei o lençol contra meu peito e me sentei, em meio às gargalhadas de nós dois.

_ Está bem... Eu sempre soube que você estava mal intencionado sobre mim.

_ É, eu sou o bandido nessa história toda.

_ Um seqüestrador!

_ Sim!

_ Então vem aqui seqüestrador, cadê meu beijo de bom dia?

_ Vem pegar.

Não hesitei e o abracei apertado, enquanto ele envolvia minhas costas com um pedaço do lençol. Fechei os olhos... Assim eu podia sentir cada detalhe do toque, do gosto do corpo de Jacob. Dessa vez eu ía explorar um pouco mais. Agora não tinha mais pressa, ele não ía sair correndo, nem eu ía sair correndo. Nós estávamos ali, os dois, finalmente juntos, descobrindo um ao outro a cada toque.

Suguei os lábios dele com paixão... Eram macios, principalmente o lábio inferior. Macio e delicado. Experimentei uma mordida leve e no final, puxei entre meus dentes. Imediamente ele gemeu e me empurrou de leve. Fitou-me e sorriu.

_ Você está ficando perigosa.

_ Eu estava só explorando.

_ Humm... Sei... Uma exploradora.

_ Não... _ Deitei-me sobre o peito quente e macio de Jacob e fiquei observando a claridade do dia entrar por algumas frestas da janela. _ Alguém que quer viver, enquanto ainda há tempo.

_ Hey! _ Ele me apertou carinhosamente. _ Não dá pra viver assim, cheia de medo. Daqui a pouco você está doente.

_ É como... É algo... Sei lá... _ Um medo terrível percorreu todo meu corpo. _ Eu não sei explicar, Jacob.

_ Então esquece, só faz isso e eu já ficarei feliz.

Me levantei e o encarei.

_ É que quando eu penso na possibilidade de te perder, eu... _ Minha respiração começou a se alterar. _ Me dá um medo... Medo de que algum dia tudo isso acabe, sabe, porque eu quis uma coisa que eu não podia querer, eu quis controlar o futuro, eu quis determinar o meu destino. É como se eu tivesse burlado uma lei, algo, algo muito importante. É como se algo estivesse me perseguindo, entende?

_ E você conseguiu. Aqui está você, 100% humana!

_ Mas eu não sei até quando... Eu não posso viver assim. _ Senti meus olhos queimarem. _ Isso está me matando!

_ Bem-vinda ao mundo dos humanos! Ness, você sabia que amanhã eu posso ter um ataque cadíaco e morrer? Sabia que um acidente fatal pode acabar com minha vida, tipo... Agora mesmo?

_ Pára, não fala assim!

_ Mas é a realidade! A partir do momento em que você se tornou humana, é isso o que você conseguiu. Só há uma certeza na vida Ness: o fato de que um dia, todos nós vamos morrer.

Eu não queria mais continuar com aquele assunto, já que aquilo deixava Jacob chateado e me aborrecia também, embora não fosse bem aquilo que eu estava querendo dizer. Jacob não entendeu a tal coisa da perseguição, aliás, nem eu entendia. Oh... Droga! E se Jacob estivesse certo? E se fosse só um medo bobo na morte? É... Talvez seja isso mesmo.

...

Naquela manhã, Jacob conseguiu um mapa com um dos caminhoneiros e logo nós partimos em direção à Las vegas. Descobri que estávamos em Gig Harbor; um lugar que eu nunca tinha ouvido falar. Como a viagem para Vegas era muito longa, decidimos que o objetivo do dia era chegar em Twin Falls e no dia seguinte comprar algumas roupas por lá mesmo, já que eu estava morrendo de frio, embora Jacob contiasse dizendo que logo eu não sentiria mais o vento gelado.

Ficamos num hotel de beira de estrada, como o anterior, já que não conseguimos chegar em Twin Falls, pois estávamos mortos. Apesar de cansada, eu estava sem sono, então permaneci de olhos abertos, olhando para o teto do nosso quarto de hotel.

_ Me conta.

_ O que?

_ O que você está pensando.

_ Em nada.

_ Não acredito!

Eu sorri e o abracei, fugindo do frio.

_ Só estou sem sono, cansada mas sem sono.

_ Eu também.

_ Jacob, o que vamos fazer mesmo em Vegas?

_ Jogar, oras! _ Ele não agüentou e riu. _ Estou brincando. Bom, pensei que você tivesse aceitado se casar comigo.

_ Pensei que você estivesse brincando...

_ Amor, eu quero me casar com você, a menos que você não queira.

Eu ri.

_ Repete isso.

_ Eu disse que eu quero me casar com você.

_ Não, a parte que você disse amor.

_ Ahh, amor, amor, amor! _ Ele disse cada vez mais alto, até ecoar na escuridão.

_ Shhh!! Jacob! Daqui a pouco expulsam a gente do hotel!

_ Você é meu amor... _ Nos beijamos. _ Agora só vou te chamar assim. Chega de Renesmee, esse nome é muito comprido.

Nós rimos.

_ Eu também te amo, Jake.

_ Te amo, amor.

Ele me afagou o cabelo e logo eu dormi.

...

A manhã seguinte foi de compras. Encontramos uma loja de departamentos razoavelmente grande e lá fomos nós. Jacob escolheu o que precisava em quinze minutos e eu demorei quase duas horas para pegar duas mudas de roupa. Ele estava completamente entediado me esperando perto do caixa.

_ Pronto, pronto, passou. Já terminei. _ Mordi seu rosto moreno.

_ Até que enfim! Eu estava quase deitando neste carpete pra tirar um cochilo.

_ Essa viagem vai custar uma fortuna!

_ E daí? _ Ele sorriu maroto. _ Vamos aproveitar.

_ Me sinto mal gastando desse jeito. Você não sabe como eu queria ter minha carteira agora.

_ Amor, pega o que você precisa, não fica regulando.

Sorri. Eu ficava toda boba quando ele me chamava de “amor”.

Saímos da loja e Jacob quis passar num caixa eletrônico. Eu fiquei no carro. Ainda tinha receio daquele sol todo.

_ Você não vai acreditar!

_ O que?

_ Meu saldo. Nunca esteve tão gordo. _ Ele sorriu enquanto balançava a cabeça negativamente. _ O gerente da agência só faltou me pegar no colo. Veja.

Peguei o extrato. 429.378, 60 dólares.

_ Nossa...

_ O homem disse que o depósito foi feito em nome de Isabella Swan Cullen e disse ainda que é um presente de casamento. Ele telefonou na hora para sua mãe e eu falei com ela.

_ Jura? Não acredito! Como estão todos?

_ Ótimos! Por que você não liga para eles?

_ Boa idéia!

Depois de conversar com meus pais e familiriares pela primeira vez depois de termos sumido, almoçamos e seguimos viagem. Ainda cançados do dia anterior, viajamos por poucas horas e paramos em Salt Lake City. Agora que tínhamos dinheiro, ficamos em um hotel melhor.

_ Estou morta! _ Deixei meu corpo desfalecer sobre a cama, enquanto Jacob dava uma olhada geral pelo quarto.

_ Hey Ness, vem ver! _ Ele gritou lá de dentro.

Com muito custo, me levantei e fui até onde ele estava. Tinha uma grande banheira de hidromassagem, cercada por uma grande bay window, cuja vista era para a floresta.

_ Não acredito! Como eu senti falta disso!

_ Você já viu a floresta? _ Ele me puxou para perto da janela e eu observei. Em nada se parecia com aquela floresta escura de Forks. Era até mais “feliz”. _ Se importa se eu sair para correr um pouco?

_ Correr? Como um lobo?

_ É... Sei lá, eu sinto falta.

Apertei seu rosto quente entre minhas mãos. Fiquei imaginado como será que aquilo acontecia. Toda aquela coisa de ele se transformar. Como era possível?

_ Lobo.

Ele beijou minhas mãos e e segurou-as perto de seu rosto.

_ O que você sente quando se transforma?

_ Na maioria das vezes... Livre. Sinto-me eu mesmo.

_ Nossa, confesso que eu não esperava essa resposta. _ Assustei-me de verdade. _ Então você se sente mais lobo que humano?

_ Eu não sou humano. Não mesinto tal qual. É só que... Tem algo que me puxa para esse lado.

_ Como se algo tivesse te perseguindo? _ A princípio, achei que Jacob sentisse o mesmo que eu.

Ele riu.

_ Não, não como uma perseguição. É mais como uma... Obrigação. Uma tradição, entende?

_ Hum...

_ Ahh, não quero te ver chateada. Então deixa, eu não vou.

Sorri. Eu jamais desejava vê-lo infeliz.

_ Pode ir. Vai!

Ele sorriu de volta, entendendo que eu estava bem.

_ Eu volto logo, prometo. Enquanto isso, descanse um pouco.

Depois que Jacob saiu, eu voltei a me sentar sobre a cama. De onde eu estava, podia ver a claridade que vinha da janela da bay window do banheiro. Pensei em correr até lá, mas não tive forças. Agora eu entendia o real significado da palavra preguiça. Caí para trás, deixando meu corpo relaxar sobre o colchão macio.

Bastou apenas poucos segundos para que eu adormecesse.

...

Eu corri entre a floresta estranha por mais de uma hora e o sol ainda não tinha se posto. Eu queria poder me ver como um lobo, só para ver meu jeito hoje. Eu devia estar mais para filhote palhaço do que para lobo assustador. A felicidade que eu carregava dentro de mim transbordava, era além do que eu podia imaginar. No entanto, uma pontinha de preocupação estava acesa. Não sei bem se preocupação era o nome certo pra isso, mas sei que era algo que me incomodava, como uma espécie de assunto mal resolvido, que me trazia uma espécie de angústia.

Freiei imediatamente a corrida quando escutei aquele chiado. Tentei ficar queito, mas a ansiedade e a agressividade eram grandes dentro de mim.

“Consegue me ouvir?”

“Seth?”

Olhei de um lado para o outro, espalhando as folhas cecas pelo chão morno da floresta. Eu não o encontrei.

“Você não vai me ver, acho que estamos longe”

“Que estranho... Eu não sabia que conseguíamos nos comunicar numa distância assim tão longa”

“Eu não estou em Forks. Estou correndo.”

“Para onde?”

“Não sei... Estou sem rumo”.

Baguncei as folhas no chão novamente. Eu não estava entendendo o que Seth estava dizendo.

“O que aconteceu, Seth?”

“Leah”

“O que la fez agora?”. Bastou apenas ouvir aquele nome para que os pelos de minhas costas se eriçassem.

“O pior que ela podia ter feito. Ela sumiu desde ontem e nós a encontramos hoje pela manhã”.

“Típico! E onde ela estava?”

“No mesmo lugar em que encontramos Renesmee. Você lembra do penhasco?”

Não precisou mais que isso para que a dor de Seth invadisse meu coração.

“Seth...”

“O corpo ainda estava quente quando a encontramos nas margens do riacho...”

Quase que instantaneamente, curtos flashes da memória de Seth foram projetados em minha mente. O corpo pálido e torto de Leah, estirado no chão e banhado e sangue. Ao longe, alguns coiotes espreitavam a carne fresca do meio das árvores.

Espasmos incontroláveis transpassaram meu corpo e eu não pude controlar os tremores descendo pela minha cabeça, até alcançar com brutalidade minhas patas.

“Acalme-se, você não tem culpa”. Seth me lembrou, embora eu ainda me sentisse tal qual.

“Me diga o que é que eu posso fazer para te deixar melhor... Qualquer coisa”.

O sorriso triste de Seth ecoou pela floresta.

“Não há nada capaz de me fazer sentir dessa forma no momento. Jake, desculpe se eu te chamei pra esse encontro, mas eu achei que você precisa saber. Você é p Alpha”.

“Então era você me chamando? Eu estava agoniado...”

“Eu tentei. No começo eu achei uma estupidez, mas depois passei a acreditar que talvez nossos laços em nossa vida de lobos pudesse chegar até o nosso lado mais humano. Bem, parece que funcionou.”

Meus pensamentos sossegaram por alguns instantes.

“Acho que Renesmee e eu devemos voltar”.

“Não vale à pena...”

“Mas...”

Ouvi ao longe o barulho das folhas secas resfolegarem nas patas de Seth a medida que ele freiava a corrida.

“Pronto, já me sinto melhor. Parece até que a dor foi embora.”

Ele riu entre os dentes.

“Estou voltando pra Forks Jacob. Aproveite a lua-de-mel com Renesmee e reze pela pobre alma de minha irmã.”

“Eu o farei. Eu prometo”.

“Adeus Jacob”.

“Adeus amigo”.

Voltei atordoardo para o hotel. Agora sim eu compreendia o que estava sentindo: era um vazio.

Leah vazia falta. Não como mulher, é claro, mas independente de qualquer coisa, ela era do bando e agora tinha nada no lugar dela. Eu podia até imaginar a dor de Seth... Perder uma irmã! 

Já perto do hotel, vesti minhas roupas e andei depressa em direção ao nosso quarto. Não tinha uma pessoa que não me olhava torto no lobby. Eu tinha consciência de que devia parecer um tanto quanto desnorteado, sujo, suado. Mas nada disso importava. Eu só queria estar perto de Renesmee novamente, me aninhar nos braços dela, enquanto ela me protegia e imaginava que eu a estava protegendo.

Bati na porta do banheiro e ela sussurrou para que eu entrasse.

_ Meu Deus! Onde você foi? 

Seus grandes olhos me fitavam curiosos e preocupados, enquanto suas mãos puxavam a densa espuma que boiava sobre a água para mais perto dela. Não sei porque, mas eu não consegui falar. Tirei toda minha roupa e entrei debaixo do jato d’água gelada. Às vezes eu a via me observando através das ranhuras do vidro jateado e verde.

Fechei o chuveiro e continuei onde estava.

_ Ness?

_ Sim.

_ Posso ir aí com você?

...

A voz de Jacob soou como uma súplica. Eu não compreendia o que estava acontecendo, Jacob me parecia nervoso, tenso e isso fazia com que meu coração saltasse cada vez mais rápido dentro do meu peito.

_ Pode. _ Rolei os olhos quando o som da minha própria voz encheu meus ouvidos. Eu quase gaguejei para responder.

Jacob entrou rapidamente na banheira e se aninhou longe de mim, bem na minha frente. Fitamo-nos um ao outro, e eu, beirando o desespero. Espremi os olhos tentando compreender, enquanto sentia as rugas na minha testa e tentava arrancar de Jacob algum sentimento de seu rosto inexpressivo.

_ Você está pálido...

Me ajoelhei e mais que depressa impulsionei meu corpo até chegar bem perto dele. Inexperientemente, o envolvi com meus braços trêmulos e bobos.

_ Jake, você está gelado!

Ele me apertou, aninhando seu rosto em meu pescoço. Para meu desespero, lágrimas quentes começaram a rolar pelo seu rosto.

_ Jake! _ Meus olhos se espremeram e incharam ao vê-lo daquele jeito. Eu não conseguia lidar com aquilo. _ O que aconteceu? Por onde você andou?

_ Aconteceu uma coisa... Uma coisa muito desagradável...

_ Me conte!

_ Eu me embrenhei na floresta e logo me encontrei com os pensamentos de Seth. Ele estava atordoado...

_ Atordoado por que? _ Sequei uma de suas lágrimas.

_ Leah não está mais entre nós.

Ao contrário do que um dia eu imaginei, depois que Jacob me contou tudo o que sabia, eu senti uma grande compaixão por ela. Eu podia muito bem me projetar em seu lugar, sentir sua dor, sentir sua angústia. Eu sabia o que ela estava passando, sabia exatamente, detalhe a detalhe. A única coisa que eu não podia imaginar era como era a dor de perder um filho, que eu julgava não ser muito pior do que perder o grande amor de sua vida.

...

Saímos cedo de Salt Lake City. Jacob parecia estar bem melhor do que seu estado depressivo da noite passado, embora não tenhamos mais tocado no assunto. Viajamos até o meio da tarde em direção à Las Vegas e enfim, chegamos. Jacob mal me deixou conhecer a cidade. Ele me puxou para o shopping e disse que tínhamos que comprar roupas para o casamento.

Bom... Casamento em Vegas. O que comprar? Eu só tinha certeza de uma coisa: não dava pra ser vestido de noiva. Como, de acordo com Jacob tínhamos apenas meia hora para fazer as compras, acabei optando por um vestido acetinado num tom de rosa antigo. Ele tinha apenas uma alça e pequenas rosinhas do próprio tecido desciam pelo meu ombro até chegar na cintura. Uma sandália de salto alto cor de pele pareceu combinar, já que o vestido não passava dos joelhos.

Fiquei anciosa durante os cinco minutos em que esperei Jacob na porta do shopping.

_ Cinco minutos atrasado!

Ele escondeu as sacolas atrás dele mesmo. Sorriu maroto e me beijou nos lábios.

_ O que seu plano ultra-secreto diz agora?

Ele riu e fez uma expressão brincalhona de quem estava se divertindo.

_ Bom, conforme o plano, devemos ir para o hotel agora.

_ Ahh bom! Descançar, precisamos descançar!

Enfim eu me animei.

Minutos depois descíamos em frente a um enorme hotel-casino e rapidamente já estávamos a caminho de nossa suíte no décimo nono andar.

Me joguei na enorme cama com as sacolas do meu lado.

_ Enfim, uma cama!

_ Hey! Temos que experimentar as roupas!

_ Pra que? _ Eu me sentei rapidamente.

_ Eu quero ver qual vc comprou, oras!

_ Não seja bobo! Não se pode ver a noiva antes do casamento.

_ Ahh, deixa disso! Estamos em Vegas, só eu e você... _ Mais um sorriso encantador brotou em seus lábios.

_ Ah... Mas eu estou toda suada...

_ Vamos tomar banho!

_ Vamos!

Gelei logo em seguida.

Tomar banho com Jacob era a mesma coisa que fica nua com Jacob.

Jacob foi na frente e eu me arrastei vagarosamente atrás dele.

O barulho estridente da água do chuveiro batendo no piso do banheiro me obrigou a andar até lá. Eu empurrei a porta vagarosamente, tentando evitar ruídos. Até parece que Jake sabia que eu estava apavorada com aquela situação, já que ele estava de costas para a porta, embaixo d’água fria.

Me encostei no batente da porta enquanto me deleitava com a imagem de seu corpo nu. Cada músculo, data detalhe... Era tudo perfeito, como se tivesse sido esculpido pelo mais taletoso de todos os artistas.

Tive vergonha de mim, do meu corpo. Por Deus, o que ele via em mim a ponto de querer ficar comigo? Apertei minha barriga tentando empurrar as gordurinhas para dentro e abri os ombros, numa tentativa frustrada de arrumar a postura. Eu era tão normal! Fitei-o novamente e sua figura me parecia a cada segundo ainda mais magistral, quase uma visão.

Frustrei-me, embora não tivesse saída. Puxei para baixo as alças de minha blusinha, depois a calça jeans e a calcinha. Desejei profundamente que fosse noite e que pudéssemos estar com as luzes apagadas, mas meu desejo não se realizou.

Encostei novamente no batente e a porta rangiu. Rapidamente, cruzei os braços contra o busto e tentei ficar de lado. Busquei os olhos de Jacob logo em seguida e percebi que ele olhava para mim de relance. Do ângulo em que ele estava, duvido que tenha visto muito mais do que minha silhueta parada ao lado da porta.

_ Eu não vou olhar, vem, a água está boa.

Minhas bochechas queimaram com aquele comentário. Ele podia muito bem ter ficado quieto.

Andei devagar até onde ele estava, bem atrás dele, de forma que ele não pudesse me ver, a não ser que olhasse para trás. Eu tinha que avisar que estava ali, então passei meu dedo indicador sobre sua espinha, de norte a sul.

Ele riu e seus pelos do braços se arrepiaram. Eu também ri, nervosa.

Jake esticou sua mão esquerda para trás, enquanto seu corpo permanecia imóvel. Antes que ele me tocasse, eu segurei sua mão. Então ele me puxou vagarosamente para a frente dele e eu me aninhei debaixo da água fria, junto ao seu corpo.

Fechei os olhos e deixei que meu corpo relaxasse. Quando os abri, Jacob me fitava sorrindo.

_ Hey! Você disse que não ía olhar! _ Meu coração queria sair correndo dali, enquanto meus braços apertavam meus seios com força.

_ Eu menti! _ Ele gargalhou.

_ Arght! _ Empurrei seu estômago com a minha cabeça. Era um mixto de raiva vom vergonha. Depois do piti eu ri e o abracei, tentando fingir que vestia uma grande blusa de moleton. Ele me abraçou e nós ficamos lá por muito, muitos minutos. Suas mãos deslizavam carinhosamente pelas minhas costas enquanto eu escutava seu coração se acalmando, pouco a pouco.

_ Acho que vai faltar água na cidade hoje a noite.

Ele gargalhou. Eu me desgrudei do corpo dele e fitei-o. Eu adorava vê-lo daquele jeito, feliz, rindo. Seu sorriso era mais que encantador, agia sobre mim feito uma droga, um vício. Eu sempre queria mais, mais, mais!

Acho que me dei bem na tarefa de fingir que estava de moleton. Só fui me dar conta, quando percebi que Jacob não tirava os olhos dos meus seios. Eu quis cobri-los, mas agüentei firme.

_ Então eram eles que estavam querendo pular para fora do seu vestido naquela vez que saímos para jantar? _ Ele fez piada e eu o repreendi.

_ Jake!

_ Calma, só estou brincando. _ Então seu sorriso foi embora e suas mãos tocaram meu rosto.

Ele expirou profundamente, o que me deixou extremamente preocupada. Então seus olhos percorreram cada milímetro do meu corpo e eu senti como se estivesse sendo escaneada por uma máquina de um aeroporto.

Jake sorriu suavemente, enquanto eu permanecia rígida, na mesma posição, esperando que sua inspeção terminasse.

_ Você é tão... _ Ele balbuciou, mas não terminou.

Eu não agüentei esperar.

_ Normal?

Ele riu, voltando a olhar em meus olhos.

_ Sensual.

_ Hã? _ Foi minha vez de rir. _ Cruzei os braços, rindo e discordando totalmente daquela afirmação. _ Quando dei por mim Jacob já tinha me tomado em seus braços e seus lábios quentes encontraram-se com os meus. Foi um beijo selvagem, diferente do jeito que estávamos acostumados a trocar. Aquilo me esquentou dos pés a cabeça, ao mesmo tempo que um arrepio gelado atravessou a minha coluna. Toquei o corpo dele arbitrariamente, apertando cada músculo de suas costas e peito.

Bruscamente, meu corpo chocou-se contra a parede gelada de porcelana enquanto ele me beijava a boca, o pescoço, o colo, os seios... Instintivamente, também toquei-o e em imediatamente ele gemeu qualquer coisa que eu não entendi em meu ouvido.

A essa altura, eu já não tinha vergonha de mais nada, eu estava completamente fora de mim, embora não tivesse a mínima idéia do que estava fazendo.


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