O Fantasma da Ópera escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Finalmente a luz


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/TguKLHQxmmY-Clary salva o fantasma.
https://youtu.be/hp_J0SpUiCA-Voz da Clary.



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P.O.V. Christine.

O local era ainda mais detestável dentro deste corpo e policiais armados estavam cercando o local.

Ouvi-a cantando com a minha voz e usando meus lábios para beijar aquela pobre criatura deformada.

—Leve-o, esqueça isto, esqueça-me, deixe-me só.

—Quero meu corpo de volta, Christine. Te dei sua liberdade, agora quero meu corpo de volta.

Ouvi-a recitar o que imaginei ser o encantamento e logo eu estava de volta ao meu próprio corpo.

—Eu não vou abandonar você. Prometi que te ajudaria e é o que vou fazer.

P.O.V. Erik.

Christine deu o anel em minhas mãos.

—Christine eu te amo.

E foi embora com seu pretendente belo.

—Olá Erik. É tão bom finalmente conhecê-lo sendo eu. Temos que ir, a polícia e o povo da companhia de teatro estão vindo pra cá, armados com tochas, forcados e armas de fogo.

Vendo minha face monstruosa eu quebrei todos os espelhos.

—Não temos tempo para isso Erik! Temos que fugir.

Havia uma passagem por detrás dum dos espelhos e nós atravessamos. Houve aquela luz brilhante e de repente, estávamos num lugar desconhecido.

—Que lugar é este?

—Estamos nos Estados Unidos, ano de dois mil e dezenove. Acabou a música da noite, amanhã de manhã vou levá-lo até um médico que é amigo da minha mãe e ele vai te examinar, ver se é possível fazer uma cirurgia de reconstrução facial.

—E se ele disser que não?

—Vamos em outro médico. Não vamos desistir até acharmos uma solução para este seu problema estético. Então, você nunca mais vai precisar se esconder atrás duma máscara. Agora, o que você realmente precisa é de um banho e roupas limpas.

O mecanismo era bastante engenhoso, a água caia do céu. O sabão era cheiroso e finalmente pela primeira vez em minha vida senti-me limpo, bem. Senti-me como uma pessoa.

Havia uma muda de roupas sob a cama.

—Eu lavei a sua máscara.

—Ela parece mesmo mais branca.

—Depois do que eu esfreguei e dos produtos clareadores que eu usei, é bom estar mesmo.

Disse ela em tom de piada.

—Não me disse o seu nome, senhorita.

—É Clarissa, mas todos me chamam de Clary. Está com fome?

—Estou, na verdade estou.

—Então, vou fazer alguma coisa para a gente comer.

A refeição era muito boa. Á quanto tempo eu não tenho uma refeição assim ou companhia?

—Pode mesmo me ajudar?

—Eu nunca faço promessas que não posso cumprir. E você precisa tomar um pouco de sol, você não deve saber, mas provavelmente tem baixa taxa de vitamina D. Não tomar sol, te deixa doente.

—O meu novo anjo da música. Eu a ouvi cantar enquanto preparava a refeição. A sua voz é um milagre.

—Na verdade é um presente.

—Um dom você quer dizer.

—Não. Ela foi literalmente um presente, minha mãe tem amigos de todos os tipos e em todos os lugares. Depois que eu nasci, ela fez uma festa e além de me darem presentes como roupinhas e essas coisas, as amigas dela me concederam dons especiais. A minha habilidade de cantar, ganhei de uma sereia chamada Verídia, minha beleza bom isso foi herdado dos meus avós, mas uma fada chamada Aurora me concedeu uma beleza adicional. Por isso eu pareço que fui tirada de dentro dum livro de conto de fada.

—Um anjo de fato.

—Não. Eu sou uma monstra. Porque isso? Tudo isso, a beleza, a voz... é uma armadilha. Nós somos criaturas predatórias, Erik. O que eu tenho que fazer para viver... é uma abominação. Mas, tenho que admitir que enquanto estava no corpo de Christine me senti tão... fraca, indefesa, patética.

—No corpo de Christine?

—É. Ela não prometeu te ajudar, não disse que você não era um monstro, não te beijou. Fui eu. Era eu, Clary Mikaelson lá dentro. Cantei com você a música da noite. Lembra?

Era ela. Era ela o tempo todo. Clarissa, não Christine. Por isso Christine rejeitou-me.

—Acredite, você não sabe o que significa ser um monstro. Você é mais bonito do que eu.

—E o que você tem de fazer para viver que poderia ser tão abominável?

—Me alimentar do sangue dos vivos. Graças a tecnologia deste século em que eu nasci nunca precisei matar, mas não significa que não tenha vontade.

—O ódio pode virar amor.

—Não, Erik. Não pode. O amor pode virar ódio, mas o inverso não é verdadeiro. Não se pode forçar alguém a te amar. Ninguém pode.

Na manhã seguinte fomos até o médico. Relutei em tirar a  máscara que me escondia a face.

—Tudo bem, Erik. Ele é médico, vai te ajudar.

Quando ele me viu... ficou atônito.

—O senhor sofreu algum acidente?

—Infelizmente nasci com este rosto abominável.

—Uma deformidade então.

As mãos enluvadas do médico tocaram minha face horrenda, apertando-a.

—Sente alguma dor?

—Não.

—Quando eu aperto, sente algum desconforto? Dores? Por favor seja honesto.

—Não. Eu não sinto dor.

—Sente minha mão tocar o seu rosto?

—Sinto.

—Bom, então aparentemente a sua sensibilidade na área afetada é normal e isso parece ser realmente uma deformidade genética. Vou precisar que faça uma radiografia da face para que eu possa ver se há algo errado nos seus ossos.

Fui colocado numa máquina e graças á tudo aquilo, o médico pôde ver os meus ossos. Todos pudemos ver os meus ossos.

—Felizmente é apenas uma cirurgia estética, a sua estrutura óssea é normal.

O doutor explicou tudo o que aconteceria, o que seria feito. 

—Quando você quiser marcamos a cirurgia. Você vai estar sedado durante o procedimento, não vai sentir nada e quando acordar eles vão te dar remédio para dor.

O médico passou meses fazendo exames, descobrindo coisas sobre mim que eram necessárias para o procedimento, me fez inúmeras perguntas que infelizmente eu não sabia responder, mas finalmente foi marcada a cirurgia e dentro de um mês serei operado e já não serei mais uma fera.

 


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