O Fantasma da Ópera escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 1
Capítulo 1: Trocadas


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/uNUcuZ97FT0-O fantasma leva Christine.
https://youtu.be/lB8ZsjMhy5M-Clary canta para o fantasma.



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P.O.V. Christine.

Quando meus olhos se abriram, levantei-me, porém ao me olhar no espelho, não me reconheci.

Eu não era mais eu. Ao invés do meu reflexo, vi o de outra. Logo, vi meu reflexo através do espelho, porém ele estava atrás de mim.

Virei-me e havia outra pessoa que era eu.

—Ops. Algo saiu errado. Obviamente.

—O que?

—Olá Christine Daaé. Eu sou a Clarissa Mikaelson, mas pode me chamar de Clary.

—O que é isto?

—Um feitiço. Eu queria entrar no seu corpo, mas não planejava que você acabasse no meu. Nós trocamos de lugar.

—Um feitiço? E porque você iria querer tomar o meu corpo?

—Não é sobre você. Chocante, eu sei. É sobre o fantasma. O anjo da música.

—Você sabe sobre isto?

—Sei mais do que você pensa.

—Porque estas roupas indecentes? Porque estou de calças?

—Não importa. Só, não mude as minhas roupas, vou precisar delas.

Sentia minha garganta queimar e só então notei que havia algo errado com minha visão.

—O que há comigo? Minha garganta, minha visão.

—Você já não é mais humana querida. Mas, não se preocupe, quando voltar para o seu corpo terá de volta seus sentidos fracos e não terá mais sede.

—Sede? Sede de que?

Perguntei temendo a resposta.

—Você sabe a resposta. O silêncio é reconfortante e ao mesmo tempo assustador.

—O que?! Do que está falando?

—Logo, você vai começar a perceber que pode ouvir os pensamentos dos outros, que é capaz de ouvir coisas que um ser humano jamais conseguiria. Se forçar sua audição, será capaz de ouvir absolutamente tudo o que se passa neste teatro. A escuridão não é problema para você agora, ela é sua amiga.

—O que é você?

—Meu pai é um vampiro e a minha mãe um ser meio bruxa, meio vampiro. Então, eu sou uma tri-híbrida. Uma híbrida de três criaturas diferentes.

Ela se prostrou diante do espelho.

—Então, esta é a sensação de ser humana. 

Passou a mão em meu pescoço, bom seu pescoço. Deu uma voltinha.

—Não precisa ter visão ampliada para saber que você precisa urgente de uma manicure, amiga. E este corpete é uma coisa realmente desconfortável, mais que o sutiã.

De repente todas as velas apagaram-se uma a uma, porém isto não importou para mim. Minha visão do ambiente continuou a mesma.

—Incrível!

—Que droga. Se eu não soubesse que é ele, eu ficaria em pânico.

Ouvi a voz do meu anjo da música. Meu tutor misterioso. Também ouvi-a em minha mente, mandando-me ficar onde estava e me esconder.

P.O.V. Clary.

Ele me guiou por através do espelho e andamos por aquelas catacumbas horríveis, com ossos nas paredes e nós navegamos por aquela água esverdeada e cheia de detritos. Se com estes sentidos fracos e humanos o cheiro já era ruim, imagine se eu estivesse no meu corpo.

Erik me ajudou a descer do barco e estava cantando, ele era extremamente talentoso.

—Você é incrivelmente talentoso. Erik.

Acho que o fato de eu saber o nome dele o chocou.

—Sei que você não é um fantasma, um demônio ou qualquer tipo de ser sobrenatural. É só um homem, um homem incrivelmente talentoso que nasceu com uma deformidade. Só isso. E eu posso te ajudar, te tirar deste lugar abominável, não vai ter mais que se esconder.

Tirei a máscara dele e ele se ofendeu. Se chamou de monstro.

—Não diga isso. Só será um monstro se se comportar como um.

P.O.V. Erik.

Minha amada Christine sabia meu nome e mesmo após ter me tirado a máscara, ela não se amedrontou. Ela cantou para mim. O meu anjo da música. Porém, quando viu minha escultura dela com o véu de noiva, aquilo não a agradou.

—Você merece alguém melhor do que ela. E eu posso te levar para um lugar onde se quiser, vai ter a assistência que precisa e nunca mais terá que se esconder. Não vai mais precisar de máscara.

Disse tocando o meu rosto monstruoso. Porém, porque Christine se referiria a si mesma na terceira pessoa? E com tamanho desprezo?

—O que me diz? Me deixa te ajudar?

—Ninguém pode me ajudar.

—Eu posso. E vou, se me permitir. Então, tudo isso, todas as coisas terríveis que sofreu vão ser como um pesadelo, um pesadelo distante.

P.O.V Christine.

É incrível, inacreditável as coisas que este corpo pode fazer. Correr mais que o vento, pular mais alto que as nuvens e com esta visão, posso ver uma mosca voando do outro lado do teatro.


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