O Fantasma da Ópera escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 19
Shadow-self




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/775688/chapter/19

P.O.V. Clarissa.

Estava me preparando para viajar de volta para o futuro, mas algo deu errado. Estava tentando me orientar quando de repente, sinto a névoa me envolver.

—Seu filho da puta. Não acredito que um dia vou namorar você.

Pouco antes deles me pegarem, conheci Atalanta ela é uma Doppelgganger.

P.O.V. Alec.

Uma dama jamais usaria um palavreado daqueles. É claro que graças ao efeito paralisante da névoa ela teve que ser carregada.

P.O.V. Clarissa.

Não tá funcionando. Ainda posso ver e sentir e o gosto da névoa é enjoativo, doce.

Vim parar é claro na Itália. Volterra.

Quando Alec me colocou no chão e retraiu a sua névoa, eu já tinha contado quantos guardas tinham em volta do perímetro e dentro do Castelo, já conhecia as habilidades de cada um deles.

—E quem seria você?

Perguntou Aro.

—Vocês homens e os seus joguinhos tolos. Você Aro, fala muito, mas quando chega a hora do vamos ver, você sempre será o garoto propaganda de violência primeiro. Sempre e para sempre. Mas, não importa. Afinal, o seu prêmio já pertence a mim.

—É mesmo? Jane.

—Dor.

—Já acabou?

Perguntei em tom de deboche pra ela.

—Á propósito, isso vai doer e talvez, te mate.

Então, senti a energia me dominando. A magia. E eu taquei uma puta rajada dela na Jane.

P.O.V. Jane.

Eu apenas vi aquela coisa vindo em minha direção. Os olhos dela, o corpo, o cabelo tudo brilhava. Seus pés saíram do chão e então fui atingida brutalmente pelo o que quer que fosse aquilo.

—É. Ela sobreviveu. Isso é bom, assim vai viver o suficiente para conhecer a minha vó.

Me levantei, mas minha cabeça estava doendo, rodando.

—Fique feliz Jane. Eu queria que você sobrevivesse, por isso eu não tava me empenhando.

—Se derrubou Jane, a fez voar longe e destruiu uma parede sem se empenhar, imagine o que faria se se empenhasse.

—Não se preocupe Aro, você vai descobrir.

Disse ela com um sorrisinho sínico.

Mestre Aro fez um aceno de cabeça e Félix avançou, então... um estalo e Félix caiu estirado no chão.

Todos olhamos chocados para aquela criatura á nossa frente.

—Ah, qual é? Ele precisava mesmo de uma soneca. Deve ser exaustivo tentar me derrotar.

—Uma soneca? Fez um vampiro dormir?

—Eu quebrei o pescoço dele. Eu o matei, mas é temporário. Agora, se me derem licença, tenho uma viajem pra fazer. 

—Que tipo de roupa é esta que está vestindo?

—Traje de combate, armadura. Sempre que eu viajo eu uso. Em que ano estamos?

—Mil quatrocentos e dois.

—Obrigado. Até logo.

Ela se virou para sair, as portas se abriram e do lado de fora havia uma multidão de guardas.

—Indo á algum lugar?

—Bom, eu não faria isso se eu fosse você, mas eu não sou. Obviamente, sou muito mais inteligente, bonita e poderosa.

P.O.V. Clarissa.

Senti a magia fluindo e os outros já recuaram.

—Vocês podem ficar, lutar e morrer por Mestres que jamais ficariam, lutariam ou morreriam por vocês ou podem sair do meu caminho.

Nenhum deles se moveu.

—Muito bem. Não digam que eu não lhes dei escolha.

Vi o escudo de Renata em volta dos guardas. Só que ela não sabia que eu tava vendo, só descobriu depois que mandei a rajada de energia que o destroçou, o estilhaçou.

—O meu escudo!

Meti um chute no meio do peito dela. Renata voou longe, peguei-a no ar e quebrei o pescoço. Eu não podia matá-los permanentemente. Só Deus sabe como isso afetaria o futuro e consequentemente, eu.

P.O.V. Aro.

Assisti completamente atônito aquela garota... sozinha, massacrar a minha guarda inteira. Todos os guardas do Castelo de São Marcus, até o último deles caíram estatelados.

—Bom, eles não podem dizer que eu não avisei. Porque eu avisei, que eu não lhes dei escolha, porque eu dei. Bem, até a próxima Volturis.

Ela saiu andando tranquilamente do Castelo. Ninguém notou seu traje de combate na rua, foi ai que notei que ela já não o usava mais. Apenas um vestido simples.

P.O.V. Clarissa.

Atravessei o portal de volta para o século vinte e um.

—Um passarinho verde me contou que... uma mulher desconhecida, massacrou a guarda Volturi em mil quatrocentos e dois. Se importa em explicar?

—Foi um acidente. Algo deu errado na viajem de volta e eles me sequestraram.

—Bom, se foi sequestrada.

—Mãe, a névoa não me afetou.

—Névoa? A Névoa do Alec?

—Sim.

—Ele sabe?

—Não.

—Alguém sabe?

—Não.

—Ótimo. Mantenhamos assim.

—Odeio mentir pra ele.

—Eu só quero manter você segura.

P.O.V. Alec.

Ouvi o que ela disse á mãe. Clarissa não queria mentir, mas também não sentia que podia confiar em mim. E eu compreendo.

—Clarissa?

—O que?

—Eu sei que minha névoa não te afetou quando te sequestrei.

—Afetou.

—Não. Não afetou. Ouvi você dizer a sua mãe.

Ela olhou para baixo claramente envergonhada.

—Minha mãe me disse que não devo contar nada sobre nenhum dos meus poderes para ninguém fora da família. Ela só quer me manter segura.

—E sua mãe não me considera digno de confiança.

—Não. Ela disse que no momento em que você percebeu que Aro ia ser derrotado, você mudou de lado e se algum dia aparecer alguém mais forte que eu, que possa me derrotar... você vai se virar contra mim. Vai me deixar morrer.

—Eu nunca faria isso.

—Ela disse que você tinha uma parceira. Ellie, mas você a abandonou.

—A Ellie cometeu um crime. Ela morreu.

—Então, Aro a matou. E você deixou.

—Deixei. Por orgulho. Mas, no dia em que você me deu aquele frasco nas mãos... aquele momento, marcou-me para sempre. Mudou-me, me deu esperança e algo a mais que eu não sabia que tinha, algo que pensei ter perdido para sempre.

—O que?

—A escolha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Fantasma da Ópera" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.