O Fantasma da Ópera escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 12
Segredos de família




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P.O.V. Clarissa.

A mulher apareceu e tive que convidá-la a entrar.

—Oi Clarissa. É tão bom finalmente conhecer você.

—Essas marcas...

—Eu sei. Então, onde está o seu pai?

Levei-a até o leito de meu pai onde ele estava deitado. Sua tosse havia piorado, ele tinha febre. Sua saúde se deteriorava rapidamente.

—Erik. O que você fez?

—Eu tinha que vê-la mais uma vez.

—E tinha que tentar se matar por isso?

—O que?

Ela ergueu a camisa de meu pai e havia uma cicatriz.

—Está infectado. Que merda, Erik! Devia ter me dito que achava que estava com uma infecção bacteriana! Eu teria trazido antibiótico.

—Eu não preciso de antibiótico. Sabe do que eu preciso.

—Erik. Você sabe o risco de... Não é um risco é? É um plano.

—Você sempre foi incrivelmente inteligente, meu anjo.

—Porque?

—Por você.

—Poderia ter usado o sangue de qualquer outro vampiro.

—O que? Meu pai do que ela está falando?

P.O.V. Clary.

O quarto estava exatamente como eu me lembrava. A cama de mogno entralhada, o mosquiteiro, o lençol vermelho. O lustre, a mesa, as cadeiras com estofamento vermelho.

—Responda. Se poderia ter usado o sangue de qualquer outro vampiro, porque me trazer aqui? Porque fazer tudo isso?

—Porque eu não quero o sangue de outro vampiro. Eu queria o seu.

—Porque?

—Sabe porque.

—Mas, eu quero que você diga.

—Porque eu amo você. Sempre amei você, mais do que isto. Sempre adorei você.

—Meu pai, o que está acontecendo?

—Se é o que quer. Muito bem, mas depois de alguns séculos... todos que ama vão morrer, você vai assistir eles envelhecerem e morrerem e você vai ficar para trás. Seus sentimentos vão comê-lo vivo. A fome vai sempre estar ao seu lado. Dentro de você.

—Eu não me importo.

—Se essa é sua decisão. Mas, é sua decisão. Quando chegar o dia em que a culpa te consumir, quando as coisas ruins se tornarem piores... não me culpe.

—Como poderia?

Me mordi e dei o sangue para ele beber. Então, Erik se matou. Se enforcou.

—Pai!

—Não fique tão apavorada.

—Meu pai está morto!

—Mas, ele não ficará morto.

—O que quer dizer com não ficará morto?

—Acho que o seu pai nunca te contou como se faz um vampiro ou um híbrido de vampiro. Aqueles que morrem com sangue de vampiro dentro do organismo... retornam e para completar a transição, devem se alimentar de sangue humano. Ou morrerem de verdade desta vez.

Erik respirou. Ele se alimentou e virou um vampiro.

—Por que iria querer isto, pai?

—Porque eu amo a sua mãe. Eu adoro a sua mãe.

Ele falava como se ela fosse uma divindade, então me ocorreu. Meus pais nunca tiveram um relacionamento assim. O que significa que...

—Você é minha mãe?

—Sou. Acredite te mandar para cá, ter que deixar você ir foi a coisa mais difícil que já tive que fazer. Mas, eu sou uma Mikaelson... venho de uma longa linhagem de fodidos. E sei o pacto que minha avó fez para poder ter filhos. Ela prometeu á Dhalia todas as crianças primogênitas de nossa linhagem. Sinto muito. Pensei que estava te protegendo, te dando uma vida melhor.

—Por isso eu sumo no meio do ar? Por isso eu ponho a mão no fogo e não me queimo? Foi assim que eu choquei ovos de dragões?

—Sim. Você é um dragão. Vez por outra temos uma mãe de dragões dentro da linhagem Masen.

—Masen?

—Seu bisavô materno. O fogo não pode matar um dragão. Quanto a sumir no meio do ar... é provavelmente uma habilidade que veio com o sangue do anjo.

—Então não sou humana?

—Você é. Sabendo que te mandaria para cá, para esta era nojenta e violenta, fiz alterações no seu código genético. Te fiz mais forte. Acompanhei o seu crescimento através do espelho. Não houve um dia em que não pensasse em você. Dei ao seu pai uma arma para matar Dhalia e ele matou.

—A mamãe sabia? Sobre mim?

—Sim, Elizabeth sabia.

—Este foi o acordo.

—Acordo?

—Sua mãe, Elizabeth era estéril. E nesta sua era não existe tecnologia de fertilização, então... ela apelou para mim. E eu sabia que Dhalia viria atrás de você, portanto foi um filho por um filho. Ela traria você com ela pelo Portal, a criaria e em troca fiz um feitiço para que pudesse engravidar.

—Pierre.

—Então é um menino.

—Era.

—Sinto muito.

Não posso com isso. É demais.

—Me leve com você. Para onde quer que seja este lugar de onde veio.

—Como quiser. Você já tem dezesseis anos, legalmente e biologicamente já é uma adulta. Mas, primeiro... imagino que já tenha um anel preparado. Certo?

—É claro.

Disse meu pai entregando um anel para a mulher de cabelos ruivos.

—Afaste-se da janela.

Ela colocou o anel no batente da janela e senti algo acontecendo.

—Pronto. Ponha no dedo e faça o que fizer não tire.

—Para que isto?

—Proteção.

—Contra o que?

—Sol.


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