Vila Baunilha escrita por Metal_Will


Capítulo 100
Detetive Beni em ação


Notas iniciais do capítulo

Mais um domingo, mais um capítulo. Aliás, é o centésimo capítulo! Fico feliz que essa fic tenha durado tanto tempo, estou gostando bastante de escrever.

Boa leitura! :)



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 Briana, após algumas explicações por parte de Beni, finalmente estava a par da situação. Afonso, o elefante de pelúcia de Beni - e que o garoto achava ser um mensageiro importante da missão que ele acredita estar destinado a cumprir - havia desaparecido e as pistas indicavam que estava com alguém de Vila Baunilha.

—Com essa pista já sabemos que está na cidade - disse ele - O que quero é sua ajuda para procurar o Afonso, entendeu?

—Entendi - disse Briana, com um sorriso - Mas você sabe quem pode ter pegado ele por engano?

—Por engano? - repetiu Beni com um certo deboche - Não diria por engano, mas talvez propositalmente mesmo.

—Você acha que alguém da cidade pegaria seu elefantinho de propósito? - indagou ela.

—Não é um elefantinho de pelúcia, Briana! - insistiu Beni - É um mensageiro importante contra a ameaça do mundo. Já falei isso mil vezes!

—Tá, tá bom - retrucou a garota - Mas quem poderia fazer isso?

—É o que vamos investigar. Precisamos observar e ver se encontramos alguém suspeito - falou o rapaz, fazendo um sinal para Briana segui-lo. Pouco tempo depois, os dois estavam andando pela cidade, olhando para todas as pessoas que encontravam.

—Encontrou alguém suspeito? - perguntou Briana.

—Quieta! - disse ele - Não aja como se fosse uma investigadora. A regra número um dos detetives é nunca chamar a atenção.

—É que fica meio difícil não chamar a atenção com essa sua roupa, né? - falou Briana - Também não é normal um menino da sua cidade com um cachimbo.

—É um cachimbo para fazer bolhas - disse ele - Ajuda a pensar. 

—Se você tá dizendo…

Nisso, Beni faz um sinal para Briana ficar em silêncio. Parece que ele achou alguém suspeito. Puxou Briana para trás de uma casa e começou a observar o meliante de longe

—Aquele cara...é bem suspeito.

Briana olhou com mais calma e viu que era Luís.

—Ah, eu conheço ele! É o Luís, da sala da minha irmã! - disse Briana, com um sorriso - Ele é bem legal, não acho que pegaria seu elefante de propósito.

—Será mesmo? Ele está agindo muito estranhamente...olhando para os lados, meio desconfiado. Aposto que está aprontando alguma coisa - disse Beni - Vamos averiguar isso agora.

—Como? - perguntou Briana.

—Só vem comigo - disse ele, começando a seguir Luís de longe. Finalmente, Luís entrou na banca de jornais.

—Suspeito não acha? - perguntou Beni.

—Por quê? Ele só entrou na banca - falou Briana.

—E isso não é suspeito? Hoje em dia o pessoal lê tudo que precisa na Internet. Ninguém mais precisa de bancas.

Bem, Vila Baunilha ainda era um dos poucos locais do país em que bancas continuavam funcionando (aliás, só havia uma banca de jornal na cidade inteira, mas isso você já devia suspeitar).

—Vem comigo, vamos dar uma prensa no sujeito - falou Beni.

—Como? - estranhou Briana.

—Só vem comigo.

Os dois se aproximaram de banca bem no momento em que Luís estava saindo. O rapaz estava mesmo desconfiado e olhando para os lados, mas foi surpreendido pelas crianças.

—Muito bem, safado - disse Beni - Não adianta esconder. Pode falar o que está aprontando.

—O-O quê?! - estranhou Luís.

—Não se faz de desentendido, não, heim? - insistia Beni - Pela sua cara, tá com culpa no cartório!

—C-como você sabe? - gaguejou Luís.

—Então você fez mesmo isso, Luís? - perguntou Briana, com uma certa expressão de decepção. Luís não conseguiu resistir a isso.

—T-tá bom! Eu confesso! - disse Luís - Eu confesso!

—Ah, foi mais rápido do que eu imaginei! - falou Beni - Então você confessa seu crime!

—Não diria que foi um crime…

—Deixa de enrolação! Devolve logo o Afonso! - exigiu Beni.

—Espera, Afonso? - estranhou Luís, mudando sua expressão de arrependimento para estranhamento.

—É isso, não é? Você pegou o Afonso que foi levado para a lavanderia.

—O quê? Do que está falando?

—Não estamos falando do Afonso, o elefante de pelúcia do Beni? - perguntou Briana.

—Elefante? - disse Luís, pasmo - Não, não. Não vi elefante nenhum. Achei que estavam falando da revista que eu comprei…

Beni reparou que Luís estava escondendo uma revista nas costas. Briana também reparou nisso.

—Será que é revista de mulher pelada? - falou Briana com toda a inocência de sempre - Já ouvi falar que os meninos gostam de ver essas coisas quando ficam mais velhos.

 —Sério? - comentou Beni - Que graça tem ver os outros sem roupa?

—Eu também não sei - disse Briana.

—O QUÊ?! NÃO! NÃO! Pelo amor de Deus...apesar de eu não acreditar em Deus...Parem de pensar nessas coisas!

—Então o que você tá escondendo? Fala logo! - retrucou Beni.

—Ah, enfim, era essa revista aqui... - admitiu Luís.

Luis mostrou a revista que tinha em mãos após falar isso (e falar não menos vermelho do que Briana estava).

— “Revista Carrapicho”? - leu Beni - Mas isso é revista para menina adolescente!

—Por que você compraria uma revista dessas, Luís? - perguntou Briana, claramente mais aliviada depois de ver o que era.

—Motivos de pesquisa - falou ele - Quero...saber mais do que as garotas adolescentes gostam.

—Ah, entendi. Tá querendo agradar minha irmã, né? - falou Briana, com um sorriso.

—Por favor, Briana. Não conta nada para a Anne. Por favor!

—Pode deixar, não falo nada. Mas...até onde eu sei, minha irmã não curte muito dessas coisas que estão na moda, não. 

—Não me diga que gastei dinheiro à toa - lamentou Luís.

—Pouco importa - falou Beni - Agora vamos ter que retomar a investigação.

—A propósito, Luís - disse Briana - Você sabe quem daqui usou uma lavanderia fora da cidade ontem.

—Não tenho a menor ideia - disse ele.

—Tá bom. Obrigada.

—Por nada - disse Beni - Vamos embora, Briana.

“Que moleque mais nervosinho”, pensou Luís.

De volta à caminhada, Beni e Briana viram que seria preciso reiniciar as investigações. Mas quem seria o próximo suspeito?

—É, já sabia que não seria fácil - falou Beni, suspirando.

—Talvez, fosse melhor comunicar à polícia, não?

—Alguém disse polícia? - era a voz do soldado Caxias, fazendo sua ronda diária pela cidade (e aproveitando para comprar uns lanchinhos pelo caminho).

—Soldado Caxias! - disse Briana, sorrindo - Nossa, justamente de quem a gente precisava!

—Sei não…- falou Beni - Da última vez que ele nos ajudou não deu muito certo. Levamos uma bronca da diretora.

—Não estão pensando em invadir a escola no sábado de novo, estão? - perguntou o soldado.

—Não, não, nossa missão é diferente hoje - disse Briana. Depois disso, ela explicou tudo que aconteceu para o soldado.

—Ora, por que não explicaram logo? - disse o soldado - Esse é um trabalho para a polícia! Pode deixar que eu ajudo!

Bem, encontrar um elefante de pelúcia desaparecido é um trabalho policial relativamente emocionante quando se mora em Vila Baunilha. Será que eles vão conseguir alguma coisa? (Será que é mais fácil que achar um gato?).


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Notas finais do capítulo

Veremos como essa investigação continua no próximo capítulo. Até lá! :)



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