Starling City 2013 escrita por AmandaTavaress


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei, mas estive bastante doente por um longo período. Esse capítulo é meio devagar, mas é pra poder avançar a história. Acho que em mais 2 ou 3 capítulos já encerro.



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Oliver conversou com a sua mãe sobre a paternidade da Thea. Só os dois... e os guardas da penitenciária Iron Heights. Sua mãe tentou negar com unhas e dentes, mas ele sabia dentro dele que a desconfiança da Felicity tinha fundamento, e ele insistiu: “Mãe, eu tô aqui pra te dizer que guardar esse segredo vai acabar com o seu relacionamento com a Thea. Você não quer que essa informação vá a público pra não comprometer suas chances no julgamento? Ok! Mas sua filha precisa ouvir de você antes que essa informação chegue aos ouvidos dela por outra pessoa. Eu achei que você tinha aprendido sua lição comigo descobrindo sobre o William... Você quase perdeu a mim e à Thea com isso... Não arrisque de novo. Você pode não ter mais tempo pra reparar depois.” Jogar a possível pena de morte na cara da mãe foi golpe baixo, mas Oliver precisava fazê-la entender. “Eu vou ter que visitar uma subsidiária nossa na Rússia. Surgiu um... imprevisto. Mas eu volto em tempo para o julgamento. Fale com a Jean Lorring e fale com a Thea.” Ele não tinha a intenção de ter soado como se fosse uma ameaça, mas foi exatamente como ele soou. Ele estava cansado dos joguinhos da sua mãe. E se ela tinha a (grande) possibilidade de pegar pena de morte, ela que parasse de vez com as mentiras.
Isabel Rochev tentou impedir sua viagem, que era apenas uma fachada pra ajudar o amigo, mas não conseguiu. Ela até tentou arranjar uma desculpa pra ir junto, mas Oliver foi taxativo e a colocou em seu devido lugar. O presidente era ele, e ela não tinha lugar ali, pois não tinha um cargo executivo. O sorriso da Felicity ao ver a cara de ódio da Isabel fez ter comprado aquela briga valer a pena. “Quando os tabloides fizerem dessa viagem de negócios uma desculpa pra alavancar mais fofocas da sua vida pessoal e sua empresa virar uma piada, não venha me dizer que eu não avisei!” Isabel Rochev fez questão de dar a última palavra antes de ir embora e deixá-los embarcar no jatinho da empresa, mas o foco no momento era o Diggle e a... ex-esposa dele. Quem diria! Ex-esposa! Felicity marcou de fato algumas reuniões pra justificar a viagem, e ele faria sua parte, mas o objetivo era claro pra ele, e rever seu amigo Anatoly seria um bônus.

***

Oliver e Felicity odiavam admitir, mas Isabel tinha razão. A volta da viagem deles da Rússia foi um caos de fofocas. Ainda bem que com o jato particular eles não precisaram usar o aeroporto comum, porque os sites de fofocas explodiram com boatos sobre #Olicity. A maioria dizia que eles haviam fugido pra se casar. A porta da casa da Felicity estava mais uma vez cercada de paparazzi, e Oliver mandou o motorista dar meia volta e levá-los para a mansão Queen, enquanto ele tentava se desculpar mais uma vez pra amiga. Felicity finalmente aceitou que nunca mais se livraria das fofocas sobre o seu (inexistente) relacionamento com o Oliver. Ela já havia até cansado de negar que havia qualquer coisa com o Oliver para os outros. As pessoas simplesmente assumiam ser verdade, e ela nem negava mais. Oliver se sentia mal por ela, mas por ele, ele ficava até... aliviado. Fazer a imagem de playboy era cansativo demais, e se a imprensa queria acreditar que ele estava com a Felicity, por que não se aproveitar disso? O celular dele tocou, e ao ver o nome do seu melhor amigo de infância no identificador, Oliver atendeu com um sorriso no rosto. Será que o amigo já estava ciente que tinha uma irmã?
— Quero deixar claro – Tommy iniciou sem nem responder ao breve “alô” do Oliver. – que casamento sem a presença do padrinho está totalmente fora de questão, e eu não aceito de forma alguma ser substituído pelo Diggle nesse papel! – Oliver riu em resposta e Felicity olhou pra ele curiosa.
— Tommy, eu vou te colocar no viva-voz. A Felicity tá aqui comigo.
— Claro que está! – Os dois conseguiram ouvir a resposta do amigo. – Tô decepcionado com vocês dois! Que lua de mel mixuruca se vocês tão de papo comigo nesse instante. E quero deixar claro que eu me diverti tanto com essa notícia de casamento, que andei respondendo a uns paparazzi na porta da Fundação que eu não estava presente no casamento porque meu coração estava dilacerado que a Felicity não me escolheu. Eles adoraram!
— Tommy! – Felicity exclamou indignada e o amigo riu do outro lado da linha.
— Eles adoraram, Smoaky! E eu tô tão feliz nesses últimos dias que nada me afeta! – O bom humor do Tommy era realmente contagiante.
— A minha mãe jogou limpo com a Thea então? – Oliver perguntou um pouco mais sério.
— Sim... – Tommy respondeu e pausou pra respirar fundo. – E por mais que você seja meu irmão em tudo menos sangue, Ollie, eu preciso admitir que saber que algo tão bom e puro como a Thea compartilha genética comigo não tem preço. Vocês sempre foram minha família, isso só oficializa nosso status.
— Ai, Tommy... – Felicity disse baixinho com os olhos marejados. – Não consigo nem ficar brava com você por ter colocado lenha na fogueira dessa história de casamento... – Tommy deu um risinho fraco, também parecendo emocionado.
— A advogada da sua mãe tá achando ótimo essa história de casamento... Quanto menos os holofotes estiverem nas notícias ruins da família, melhor. Mas por conta de saber a verdade, a Thea decidiu não depor no julgamento, e até a advogada achou melhor assim. Aquele promotor, o tal de Adam... – o rancor era claro no tom de voz do Tommy. – com certeza daria um jeito de reverter o testemunho da Thea de alguma forma.
— Bom, eu não tenho problema em mentir publicamente... – Oliver disse sério, e ninguém respondeu por alguns instantes.
— Boa sorte então, mano. Confio em você. Eu vou testemunhar. Mas ninguém é tão bom em falar mal do meu pai quanto eu. – veio a voz do Tommy pelo telefone, claramente com um sorriso junto. – Agora eu vou deixar os pombinhos voarem pro ninho de amor! Se a gente não se vir antes, até o julgamento!
— Até... – Oliver respondeu encerrando a chamada. Felicity, sem graça, pegou seu tablet, analisando o tamanho do estrago com as fofocas.
— É... Apagar não é mais uma opção a essa altura do campeonato, mas esses servidores com certeza vão cair sem motivo aparente por pelo menos 24 horas. – Felicity disse sem tirar os olhos do tablet. – Cada um dos sites... Esse aqui 48 horas! Grávida? Que audácia!
Enquanto Felicity se revoltava com o conteúdo das notícias, Oliver olhava pra ela encantado, admirando tudo que ela conseguia fazer de dentro de um carro em movimento.

***

— Diggle, você não está bem! Vai pra casa! – Oliver disse pro amigo enquanto se desvencilhava da horda de paparazzi tentando tirar algum comentário dele e da Thea.
— Oliver, seja o que for, eu dou um jeito. – O amigo respondeu enquanto subiam as escadarias do fórum.
— John, ele tem razão. Aliás, acho que você não deveria nem dirigir. – Felicity disse passando a mão no ombro do amigo. – Oliver, Thea, tudo bem se eu acompanhar o John?
— Claro, Felicity! Vai lá! – Thea disse com um sorriso. – O Roy tá por aqui e o Tommy também. A gente não tá sozinho.
Felicity olhou nos olhos do Oliver. Ele estava sério. Olhou alguns instantes pra ela até que acenou de leve com a cabeça e a loirinha passou a mão no braço enorme do Diggle, voltando pelo caminho que acabaram de vir.
— Pra casa? – Felicity perguntou assim que rearrumou o banco e os espelhos do carro.
— Você não precisa dirigir. Eu não estou tão mal assim. – Diggle disse baixinho e suando frio.
— É, grandão... Não leve a mal, mas você tá com uma aparência nojenta! – Felicity disse com um sorriso.
— É... Não tô me sentindo bem, Felicity.
— Você precisa ir pra casa! – Felicity disse dando partida no carro.
— Eu vou. – Diggle disse afivelando o cinto. – Mas primeiro preciso passar na Corporação Queen pra indicar um guarda-costas temporário pro Oliver e pra Thea.
— Ok... – Felicity disse fazendo o que o amigo pediu.

***

— O que houve? – Oliver perguntou preocupado assim que entrou no esconderijo embaixo da Verdant e vendo o estado do Diggle.
— Eu falei pra você não ligar pra ele, Felicity! – Diggle repreendeu a amiga, se contorcendo de dor.
— Ela fez bem em me ligar! Ela disse que você desmaiou? – Oliver perguntou, querendo explicações.
— A gente foi até a Corporação Queen pro John designar outro segurança pra você antes que eu pudesse levá-lo pra casa. De repente, ele desmaiou. – Felicity começou a explicar.
— Diggle, você precisa de um médico! – Oliver disse olhando da Felicity para o amigo.
— Ele precisa mais do que isso. – Felicity disse séria, chamando a atenção para si. – Quando ele desmaiou, eu aproveitei que estávamos na Corporação e mandei uma amostra de sangue dele pra um químico conhecido meu de lá. O cara me deve um favor. Longa história. Eu dei um jeito numa multa de trânsito dele. Huumm... Acho que não é assim tão longa!
— Felicity! – Oliver chamou para que ela voltasse a focar na história. – Amostra de sangue?
— É! Deu positivo pra quantidades consideráveis de Vertigo.
— Eu nunca usei Vertigo na minha vida! – Diggle disse indignado.
— Mas você foi exposto de alguma forma... – Felicity disse rapidamente.
— Vertigo voltou? – Oliver perguntou preocupado.
— Quando o Conde se recuperou da overdose de Vertigo, ele foi mandado pra Iron Heights. – Felicity disse enquanto se aproximava de seus computadores.
— Que foi atingida pelo terremoto... – Oliver comentou. – Ele fugiu da mesma forma que o Artesão de Bonecas?
Felicity pesquisou os registros policiais do Conde Vertigo.
— E igualzinho como foi com o Artesão de Bonecas, a polícia fez de tudo pra encobrir a fuga dele. – Ela disse olhando pro Oliver. Oliver pegou uma flecha de seu display e se aproximou dela. Felicity passou a mão do braço dele dizendo: - Eu sei o que você tá pensando...
— Não, não sabe. – Oliver sussurrou. – Eu escolhi não colocar uma flecha nesse cara, e foi a escolha certa. – Felicity respirou fundo e assentiu com a cabeça. – Chega de matança! – Oliver colocou a flecha que havia pegado na mão da Felicity. – Eu fiz isso aqui pra anular os efeitos do Vertigo. Dê para o Diggle. – Oliver olhou pro relógio e continuou falando baixinho para que o amigo não ouvisse. – Eu.. Eu tenho que voltar pro fórum. Enquanto eu estiver lá, tenta descobrir como o Diggle tem Vertigo dentro dele sem ele saber. – Felicity assentiu com a cabeça. Oliver se aproximou, deu um beijo na cabeça dela e olhou nos seus olhos.
— Vai... – Felicity disse preocupada. – Deixa comigo.

***

O julgamento continuou, Oliver e Tommy testemunharam numa tentativa de humanizar a Moira e transferir toda a culpa para o Malcolm. E ter o próprio filho dele falando mal de seu caráter e expondo seus posicionamentos realmente pareceu impressionar o júri mais do que qualquer coisa. Tudo parecia ir bem até que o promotor desmaiou e teve que ser levado por uma ambulância. O julgamento, claro, teve que fazer uma pausa. Oliver aproveitou para ir ver como Diggle estava, e se havia novas informações sobre o Conde Vertigo.
O antídoto não funcionou, e Felicity concluiu que a receita da droga deve ter sido modificada. Mas o Conde Vertigo não ficou na dele por muito mais tempo. Tendo transmitido por todas as emissoras de TV que estava com o promotor e qual era o plano dele, a Felicity conseguiu localizar onde ele estava, e Oliver finalmente tinha um destino pra ir descontar toda a frustração que estava sentindo.
As novas instalações do Conde Vertigo não ficariam em pé por muito mais tempo...


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