Just wait for me escrita por Alyssa


Capítulo 3
Há 9 anos...


Notas iniciais do capítulo

Salve, salve õ/

Chegamos a segundo capítulo e terceira atualização da fanfic ♥
Estou feliz com os comentários anteriores -w- Espero que esse também seja do agrado de todos -w-
Aqui como podem ver no titulo, os anos avançam um pouco lol
Mais alguns acontecimentos pela frente... 'u'



Boa leitura a todos ♥



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Chapter 2 - Há 9 anos…

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Com essa promessa feita, mais 5 anos se passaram no velho casarão. Apesar de, crescerem por fora, por dentro ainda havia aquelas almas cheias de luzes. Gray e Juvia, ainda se divertiam da mesma maneira, como quando tinha 5 anos de idade. Agora com 10 anos, as primeiras responsabilidades começavam a surgir. Claro, que esse era um modo de falar da Diretora Ur, que cada vez mais se apegava a Gray.

No início da primavera, Juvia colhia algumas flores no jardim. Sozinha no local, ela observava a natureza admirada. Se lembrava de algumas palavras da sua mãe, sobre como a natureza era rica em detalhes. Desde cores até variados tipos ou espécies. No caso, as flores era o que mais lhe chamava atenção naquele momento.

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— Juvia? — Ouviu uma voz lhe chamar do outro lado do jardim.

— Estou aqui, Levy! — Juvia respondeu ao reconhecer a voz da nova amiga. — Juvia está aqui!

— Esse lugar é muito grande. — Diz Levy, respirando fundo ao achá-la. — O que faz aqui já de manhã?

— Juvia pensou em presentear a professora hoje. — Sorriu, mostrando um pequeno buquê.

— Que lindas! — Levy segurou-o com cuidado. — Oh, mas que flor é essa?

— É conhecida como Ervilha de cheiro. —  Explicou Juvia. — Juvia gostaria de agradecer a professora pelo tempo.

— Hm? — Levy ficou confusa. — Oh, então é aquela que vai embora hoje?

— Sim, Juvia descobriu que a flor quer dizer ‘partida ou agradecimento por um tempo adorável’. — Sorriu, olhando para os canteiros de flor. — Gray ajudou Juvia a plantar algumas sementes.

— Ele fez isso, é?! — Levy riu baixo. — “Ele anda bem útil ultimamente.”

— Segura um pouco. — Juvia puxou um laço dourado do bolso. — Juvia acredita que todo presente deve ter um laço bonito assim!

— Ficou lindo! — Levy concordou. — Esses tons de rosa indo para o roxo é perfeito.

— Sim… — Juvia segurou o buquê novamente, olhando para cada flor com carinho.

— Vamos, Juvia. — Levy chamou para a realidade novamente. — Temos que ir à aula ainda.

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Levy havia chegado ao orfanato já faziam 2 anos. Por alguma razão ela nunca quis falar sobre si mesmo. Apesar das crianças serem calmas, Levy ainda se manteve distante de todos. Juvia novamente estendeu sua mão a alguém, trazendo para seu lado. As duas se deram bem, passando a ficar mais tempo juntas. Gray, apesar de sentir ciúmes de sua maninha, entendia que ela precisava de uma amiga menina também.

Porém, ainda de longe, Gray se via observando a pequena Juvia. Dentro de si existia uma confusão de sentimentos, mas ele havia entendido que era as mudanças da idade. Nesse meio tempo, ele acabou se aproximando de Erza, o terror do orfanato. E também fez amizade com um aluno novo da escola. Com a permissão da Diretora Ur, Natsu vinha todo fim de semana brincar com eles. Ou deveria dizer, fugir de uma Erza louca.

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Algumas semanas depois…

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Após a saída da professora na escola, Juvia presenciou a segunda despedida mais triste da sua infância. Claro que, comparar um ‘até logo’ com um ‘adeus’ era besteira, mas para Juvia ainda era algo forte. Naquele dia, chegou um casal muito bem vestido, apesar do semblante suave, ela não queria se deixar confiar. A explicação simples para isso era, eles vieram adota Levy, sua melhor amiga.

Na semana que se passava, Juvia se lembrou de cada momento que passou com a amiga desde que se conheceram. Lembrar do abraço forte entre lágrimas, era algo que havia marcado para si. Apesar de, ela conseguir o número de telefone da casa, não se sentia à vontade para ligar do nada.

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— Ei, Juvia… — Gray se aproximou devagar. — Você ainda está triste?

 Juvia está bem. — Secou algumas lágrimas. — A dor vai passar em breve.

— Você não me engana, sabia? — Diz Gray, sentando-se ao lado dela. — Você sabe que faz parte, certo? Viver em um orfanato e ser adotado.

— Juvia entende isso. — Suspirou. — Entretanto, o coração de Juvia não concorda muito…

— Ah, ele deve se acostumar depois de um tempo. — Gray sorri. — Vamos visitar a Levy um dia, quando sermos mais velhos, ok?

— Gray… Você promete? — Juvia se virou rapidamente para Gray, segurando suas mãos. — Promete à Juvia?

— P-Prometo… — Gray gaguejou, ao se assustar com o surto repentino dela. — A velha deve saber onde ela foi morar.

— Obrigada, Gray. — Juvia sorriu, trazendo as mãos deles para si. — Obrigada por estar sempre aqui pela Juvia!

— Juvia… — Gray estava encantado por aquela expressão sentimental da garota. — É assim que tem que ser, você sorrindo.

 Eca! — De longe ouviu alguém gritar. — Garotas são estranhas!

 Huh? — Juvia se virou, observando um garoto correr em direção aos dois. — Aquele é o tal do Natsu?

— Ah, tinha que ser. — Gray revirou os olhos. — Não achei que fosse vir hoje.

— É sábado, eu disse que vinha. — Natsu apontou o dedo para ele. — Por que você estava agarrado com ela?

 Agarrado?! — Gray repetiu, ficando corado. — Eu não estava agarrado!

 Como não? — Natsu gritou. — Eu vi vocês dois abraçadinhos!

— Oh, Juvia estava agradecendo Gray. — A menina sorriu. — Assim! — Abraçou Gray novamente. — Obrigada, Gray!

— D-De nada… — Murmura Gray, ficando mais vermelho. — Ah…

— Quer um abraço da Juvia também, Natsu? — Juvia se aproximou dele, brincando.

— N-Não! — Natsu pulou para trás. — Se afasta de mim, garota!

 Não pode abraçá-lo! — Uma nova voz infantil gritou do portão.

— Huh?! — Os três olharam confusos.

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Aos poucos uma criança se revelou. Na faixa de idade deles, ela se escondia atrás de um ursinho fofo. Os fios loiros foram a primeira coisa que notaram, seguido de olhos castanhos e expressivos. O vestido rodado em tons de rosa entregava o estilo princesinha dela. Envergonhada, se aproximou deles, enquanto abraçava o urso firmemente.

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— N-Não pode abraçá-lo… — Repetiu envergonhada.

— Quem é essa? — Gray foi o primeiro a perguntar, encarando a loirinha.

— Não sei quem é. — Natsu olhava para o lado oposto. — Aparece um monte de gente louca por aí.

 Natsu é mau! — Ela bateu o pé. — Somos vizinhos e me trata assim.

— Oh, então se conhecem mesmo. — Gray riu. — Achei que o Natsu não ficasse perto de garotinhas.

 Ei! — Natsu protestou. — Ela que não me deixa em paz! — Corou.

— Juvia está feliz em conhecê-la. — Se aproximou. — Vamos ser amigas.

— Não posso ser amiga de quem quer abraçar o Natsu. — Bateu o pé.

— Mas Juvia gosta de abraçar só o Gray. — Murmurou confusa.

 Ei! — Gray corou com a frase dela. — “Espera por que isso me afetou?! É normal ela me abraçar.”

— Você queria abraçar o Natsu agora? — Ela voltou a bater o pé.

— Juvia estava brincando com ele. — Revelou. — Ele é um pouco engraçado.

— Engraçado eu?! — Natsu voltou a falar. — Quando eu fui engraçado? — Se aproximava um tanto irritado delas, mas tropeçou numa pedra, caindo aos pés de ambas.

— Juvia achou isso engraçado agora. — Olhou para o chão. — Você está bem?

— Natsu você é muito descuidado. — Abraçou o urso mais. — Deveria andar devagar.

— Olha, é roxa. — Natsu murmurou calmo. — Eu jurava que seria branca ou rosa.

— Ah! Minha calcinha! — Furiosa, bateu nele com o ursinho.

— Ai, Luce! — Natsu se levantou rapidamente, se escondendo atrás de Gray. — Isso machuca, sua louca.

— É por isso que ando armada. — Mostrou o ursinho. — E meu nome é Lucy. Lucy!

— Ela me assusta. — Natsu choramingou. — Garota são horríveis!

— A culpa é sua. — Gray revirou os olhos.

— Juvia gostaria de ser amiga de Lucy. — Sorriu, estendendo sua mão.

— Tudo bem, vamos ser amigas agora. — Lucy sorriu também. — Mas me ajude a bater no Natsu depois.

 O que?! — Natsu gritou, ainda escondido atrás do Gray.

— Fica de boa, que a Juvia não gosta de nenhum tipo de violência. — Gray deu de ombros.

— Ah, mas ele fez algo errado. — Lucy fez bico. — Tem que ser punido.

— Oh, Juvia não acha certo olhar as calcinhas das garotas. — Ela cruzou os braços, ao lado de Lucy.

— Vai me ajudar? — Lucy perguntou, se animando.

— Juvia não gosta de violência. — Confirmou o que Gray disse. — Entretanto, Juvia pode segurar o Natsu então.

— Oh, vai ajudar muito. — Lucy deu pulinhos. — Vamos pegá-lo!

— Não gosta de violência, é?! — Natsu suspirou. — Me esconde, vai…

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O dia passou lento, para a felicidade daquelas crianças. E graças a Lucy, uma nova amiga, Juvia pôde esquecer um pouco da sua tristeza naquele dia. Ao ver aqueles dois indo embora, no final do dia, Juvia teve certeza que Lucy gostando tanto do Natsu, como ela gostava do Gray. Entretanto, para Juvia aquilo era visto como um sentimento fraternal.

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~*~

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Meses depois...

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Em uma manhã de outono, no início da semana, uma jovem mulher chegou ao orfanato. Ela olhava para os lados como se procurasse algo, mas ao ver Juvia, correu para seu encontro. Abraçava a menina sem falar nada, apenas deixando que as lágrimas caíssem. Gray olhava a cena confuso, enquanto a Diretora Ur tocava de leve em seu ombro, dando forças para as próximas notícias.

A tristeza de ambas as crianças eram grandes, assim como a notícia que vinha. A mulher, a qual intitula ser a prima mais nova de sua mãe, estava ali para lhe adotar. A mesma relatou emocionada não ter idade e nem responsabilidade suficiente, para ficar com ela durante todos aqueles acontecimentos anos atrás. Entretanto, agora estava mais do que pronta para assumir seu compromisso. Ainda em lágrimas, ela sorria para a pequena, desejando ser aceita.

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— Juvia não quer ir. — A azulada ficou de pé. — Não quero deixar o Gray sozinho.

— Juvia, por favor. — A mulher, a qual descobriu se chamar Mai, implorava. — Venha comigo.

— Juvia não pode. — Ela chorava. — Não posso, não posso…

— Juvia, não chore assim. — A Diretora Ur sorriu calma. — As coisas devem ser desse jeito.

— M-Mas Diretor Ur… — Juvia soluçou. — Juvia não pode deixá-lo sozinho.

— Ele não estará mais sozinho. — Ela sorriu. — Em breve não mais.

 Diretora Ur… — Juvia sussurra surpresa.

 Juvia! — Gray abri a porta de repente. — Você deve ir! — Ele respirava fundo.

— Gray? — Juvia o olhava confusa. — Juvia quer ficar com você pra sempre… Como prometemos.

— E nós vamos ficar, não importa a distância. — Gray se aproximou dela. — Vamos... T-Trocar cartas direto… — Se enrolou na frase. — Tudo bem?

— Cartas? — Juvia repetiu fraca. — Juvia não sabe fazer esse tipo de coisa ainda.

— Eu lhe ajudarei com isso. — Mai sorriu. — Podemos enviar quantas cartas você quiser.

— Viu? — Gray sorriu, apesar que dentro de si tudo desmoronava. — Nada vai nós separar. — Puxou ela para um abraço.

 Gray… — Juvia se deixou afundar naquele abraço quente.

“Ninguém mais pode quebrar esse elo.” — Ur assistia a cena sorrindo.

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~*~

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Depois daquele triste ‘até logo’, Juvia deixou o orfanato. Mesmo sendo adotada, Mai não queria ser vista como uma mãe, afinal ela dizia não querer roubar o lugar da prima. Desse jeito ambas combinaram em ser como duas irmãs. Um tanto acanhadas de ambos os lados, elas decidiram se conhecer aos poucos. Começando com uma simples amizade. Juvia sentiu seu coração dividido ao meio, mas ao mesmo tempo estava feliz em ver um parente que ainda lhe queria por perto.

O que mais havia deixado Juvia triste, além de se separar de Gray, era ter que mudar para um cidade longe. Apesar de conseguir ir e voltar de ônibus, eles não possuíam idade para tal. Dificultando o contato entre ambos. A promessa entre eles seria cumprida e, só por isso, Juvia decidiu seguir em frente. Ela confia em Gray.

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— Eu sei que é difícil, mas seremos um família. — Mai tentou puxar assunto. — Aqui é onde vamos morar. — Mostrou um prédio alto, a coloração vinha em tons neutros.

— É bonito… — Juvia murmurou. — Juvia nunca esteve em um prédio assim.

— Os vizinhos são gentis e tem crianças de sua idade. — Mai sorriu. — Você pode fazer novos amigos, mas não vai perder contato com os antigos, tudo bem?

— Juvia quer escrever uma carta! — Se virou rapidamente para Mai. — Você vai me ajudar?

— Ajudo sim. — Mai confirmou. — Você quer contar a ele sobre sua chegada hoje?

— Sim… — Sussurrou. — Juvia já estou com saudades…

— Faremos após o jantar então. — Mai tentou animá-la. — Amanhã cedinho levamos ao correio.

— Hm...

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~*~

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Algumas semanas após à sua chegada, Juvia já começava a se acostumar com o ambiente. Assim como Mai havia falado, os vizinhos eram realmente gentis. Algumas crianças pareciam não gostar de se enturmar, mas em compensação, Juvia havia conseguido um novo amigo. Ela percebeu que ele sempre estava sendo deixado de lado pelos outros.

O nome dele era Gajeel e, apesar de terem a mesma idade, ele parecia ser um urso enorme. Ele morava com seus pais ali fazia três anos, mas disse que em todo lugar era normal as crianças terem medo de si. Ela sabia que a expressão fechada dele assustava um pouco, mas no fim ficava triste que levassem tanto pela aparência, sem ao menos tentar conhecê-lo primeiro.

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— Bom dia, Grande Urso! — Juvia se aproximou dele, ao passar pelo portão do prédio. — Juvia está pronta!

— Bom dia, Garoa da manhã! — Diz Gajeel, dando alguns tapinhas nas costas dela.

— Juvia não entende esse apelido. — Fez bico. — Gajeel é maldoso as vezes.

— Vá ler um dicionário que você entende. — Ambos começam a caminhar em direção à escola.

— Dicionário… — Ela cogitou a ideia de pegá-lo naquele momento, mas se lembrou de algo. — Oh, Juvia lembrou de algo.

— Hã?! — Gajeel se virou confuso para ela, esperando que continuasse.

— Gray me mandou uma carta ontem. — Juvia falava animadamente. — As notícias eram um pouco tristes, mas Juvia está feliz de receber algo dele.

— Tristes? — Gajeel perguntou curioso. — Aconteceu algo com seu amigo?

— Não foi com ele. — Juvia suspirou. — Foi com a Sunny… Juvia gostava muito dela.

— Quem é Sunny? — Apesar de puxar na memória, ele tinha certeza que não havia ouvido esse nome. — É humano?

— Oh, não. — Ela responde rapidamente. — Juvia esqueceu de falar sobre Sunny. — Lembrou. — Sunny era uma cachorra do orfanato.

— Ah, entendi. — Gajeel descartou a ideia de ser algo imaginário. — Ela…faleceu?

— Sim. — Juvia respondeu simplesmente. — Apesar de Gray dizer que era a idade, Juvia acha que o apego as crianças também mexeu.

— Já ouvi falar sobre isso também. — Gajeel concordou. — Minha vó sempre dizia que um animal as vezes sente mais que nós mesmo.

— Sim… — Suspirou. — Juvia não tem mais nenhuma lembrança dela.

— Sua memória é a melhor lembrança agora. — Diz Gajeel, cutucando a cabeça da amiga de leve.

— Gajeel está certo! — Voltou a sorrir. — Juvia continuará lembrando de Sunny para sempre.

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Os dois fortaleciam cada vez mais a amizade. Gajeel acabou por ser o ouvinte de muitas coisas sobre o passado de Juvia no orfanato. Assim, como ela também havia virado um tipo de coragem para ele. Pela primeira vez, Juvia ficou feliz em ter se mudado para o prédio. O que mais desejava era rever Gray e poder apresentar o novo amigo. Juvia sabia que assim como ela, ele também o receberia bem.

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~*~

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Nos meses e até alguns anos que foram se passando, Juvia e Gray trocavam cartas todos os meses. Ela falava sobre sua nova experiência com algum familiar, enquanto ele revelava a verdade de ser adotado pela Ur, a diretora do orfanato. No meio disso, ainda revelou sobre a adoção de Erza, mesmo sendo mais velha e também da chegada de novas crianças ao local.

Junto dessas cartas, eles trocavam segredos e sonhos para o futuro. Juvia revelava a sua vontade de conhecer cada vez mais as estrelas. Ela estava certa de que iria para a faculdade atrás desse sonho. Entretanto, antes disso, necessitava revê-lo. A saudade era tanto, que os dias não passavam mais. E a medida que seus pensamentos se transformavam, seus sentimentos para Gray também mudavam.

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— Juvia, chegou uma carta para você! — A voz de Mai ecoava da cozinha.

 Juvia está indo! — Correu pelo corredor animada. — Cadê!? Onde está? Onde?

— Calma, menina. — Diz Mai, puxando a carta de cima de uma pequena pilha. — O carteiro acabou de entregar.

— Juvia precisa ler agora. — As mãos tremiam de felicidade. — O tempo não passava e… Uma carta dele!

— Esse sentimento, é?! — Sussurrava Mai, enquanto preparava o café da manhã. — Bem, está chegando aquela idade, certo?

 Céus! — Juvia exclamou. — Ele mandou algo junto… Mai, veja!

— Hm? — Mai desviou sua atenção por alguns segundos. — É uma foto?

— Sim, uma fato da Juvia. — Virou a foto, lendo o verso. — ‘O primeiro banho que demos juntos na Sunny.’

— Olha, essa é uma boa lembrança. — Mai sorriu. — Vocês três estão uma gracinha.

— Ele deve ter mandando isso pra animar a Juvia. — Sorriu, abraçando a foto com carinho.

— É um belo presente. — Mai concordou. — Cuida, tem mais alguma coisa dentro do envelope.

— Huh!? — Juvia olhou com cuidado, revelando algo. — Isso é um…

— Parece um marca página. — Mai desligou o fogo, se aproximou de Juvia, segurando o item em mãos. — Olha, é todo personalizado.

— Quantas flores… — Juvia olhou encantada. — São como as flores do jardim no orfanato.

— Ele colheu e secou cada uma delas. — Mai comentou. — Quanto carinho na hora de criar isso… Oh, só conheço essa flor aqui. — Apontou para uma de coloração rosa.

— Hm, Azaléia rosada… — Juvia observou. — Quer dizer ‘amor a natureza’. — Comentou. — Gray sabia o quanto Juvia gosta da natureza.

— Tem mais quatro flores aqui. — Mai mostrou. — Sabe o significado delas também?

— Juvia sabe dessas três, mas não se lembra da última. — Revelou incomodada. — Cravina rosa é ‘laços de afeto.’

— É muito fofa também. — Mai concordou. — E essa roxa? Não parece estranha.

— Ah, Ervilha de cheiro! — Juvia sorriu. — ‘Agradecimento por um tempo adorável’. — Disse olhando em direção ao calendário. — Elas estão florescendo agora.

— Oh, eu vi essa na floricultura outro dia. — Mai lembrou — Existem rosas, brancas e vermelhas, certo?

— Sim, essas mesmo. — Juvia concorda.

— Hm, essa parece ser Urze rosa… — Juvia olhava com calma. — Se for, quer dizer ‘boa sorte.’

— Faria total sentido. — Mai olhava as pequenas flores delicadas. — Tão bonito.

— Essa eu não conheço bem. — Juvia murmurou triste. — Se ao menos soubesse o nome da flor. — Suspirou.

— Posso levar na floricultura, assim ela me diz o nome. — Diz Mai, tentando animar Juvia. — É uma flor azul tão bonita. Parece um destaque no meio desse pequeno jardim.

— Sim, por favor. — Diz Juvia rapidamente. — Leve junto, na volta da escola você me diz.

— Tudo bem, eu deixarei no seu quarto, em cima da escrivaninha. — Disse Mai.

— Obrigada, Mai. — Juvia a abraçou, deixando a mulher surpresa, mas ao mesmo tempo feliz.

— Não há de que, minha pequena.

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~*~

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Mais tarde

Juvia adentrou o apartamento rapidamente. Deixando à porta atrás de si aberta, tratou de correr até seu quarto. Poucos minutos depois, entrava um Gajeel confuso com toda a animação da garota. Claro, que ele sabia que era por causa do marca página, mas ao mesmo tempo não entendia mais nada.

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 Ei, Juvia! — Gajeel chamou da sala. — Você não escorregou e quebrou o pescoço, né?

 Hã?! — Gritou de seu quarto. — Juvia está viva!

— Melhor. — Suspirou. — Deixa eu ver esse troço aí? — se referia ao marca página.

 Ei, não chame assim. — Juvia fez bico. — É um importante presente do Gray… O primeiro presente. — Voltou para a sala.

— Quanto amor. — Gajeel zombou divertido. — Deixa eu ver então. — Esticou a mão.

— Tenha cuidado! — Juvia alertou. — Oh, aqui, tem uma foto da Sunny também.

— Ah, aquela tal cachorra. — Ele observou a foto. — Nossa, ela era mesmo grande.

— Era muito carinhosa com as crianças. — Juvia relembrou, sentando ao lado do amigo.

— E esse é o tal marca página que você não parou de falar a manhã toda? — Gajeel perguntou, segurando o objeto.

— Sim. — Confirmou Juvia. — É o presente que Gray deu a Juvia.

— Hm, ele é criativo ao menos. — Gajeel deu de ombros, brincando. — Acho que posso aceitar como um presente decente.

 Ei! — Juvia protestou. — Eu amaria mesmo que fosse uma pedra. — Abraçou o marca página. — O nome da quinta flor é Sálvia azul.

— Sálvia? — Gajeel repetiu pensativo. — Minha vó gosta dessa flor estranha aí.

— Não é estranha, é linda! — Mostrou a língua para o amigo. — Depois verei seu significado.

— Oh. — Gajeel observou interessado. — E você leu a carta?

— Huh? — Juvia alisava o marca página com carinho. — Ah! — De repente um susto. — É verdade! Juvia ficou tão feliz com os presentes que esqueceu completamente.

— Novidade. — Gajeel revirou os olhos. — Vá, leia com calma então. — Ficou de pé, entregando a foto de Sunny. — Estou indo para casa.

— Sim, até mais tarde. — Juvia sorriu, o acompanhando até à porta.

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Após fechar a porta, voltou e se sentou no chão mesmo, em cima de um almofada. Abriu a carta com cuidado, aproveitando cada segundo com ela. Ao abri-la totalmente, analisou aquela ortografia só dele, que apesar do tempo que passasse, ainda continuava bonita. Ou talvez ela achasse tudo nelo belo.

Leu com calma, deixando escapar alguns sorrisos bobo, em cada detalhe engraçado que ele contava. Seus olhos brilhavam, enquanto sentia seu peito esquentar com um doce sentimento. Felizmente as novidades nessa carta eram boas, tirando o peso da última sobre a Sunny. Entretanto, o que de fato lhe chamou à atenção foi a última parte da carta.

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— Hm? — Releu mais algumas vezes. — Gray quer reencontrar Juvia? — Disse em voz alta, não acreditando no que lia. — Finalmente vamos poder nos reencontrar… — Lágrimas de felicidades desciam por seus olhos. — Gray…

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‘E pensar que ali foi a verdadeira mudança de meus sentimentos por você, Gray…’

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Continua


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Notas finais do capítulo

E mais um capitulo entregue -w-
A seguir pela logica, acredito que perceberam que logo a fanfic chega ao fim né?! A previsão é de mais três capítulos lol
Espero que todos estejam curtinho a história leve deles -w- E agora temos até o Gajeel no meio -w- Se tem uma coisa que amo, é a amizade deles ♥

As flores realmente significam isso u_u eu fiz minha lição de casa pra incrementar a mais -w-

Até semana que vem, seus limdjos ♥



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