Amor & Ódio escrita por Flor Da Noite


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo novinho pra vocês, espero que gostem.
Vou só esclarecer um pouco algumas coisas...
@_ muda de visão.
#_ inicia ou termina uma lembrança.
....._ um pulo no tempo, não muito grande.



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 CAPÍTULO 2:

 

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 - Ah, isso sim é que eu chamo de viajar com classe.- me jogo na poltrona.

 

 - Não mudou quase nada, isso é igualzinho a primeira classe, William. 

 

 - Mas é só nosso.- me espreguiço no assento e olho pela janela do jato.

 

 - Não é não, é da empresa.- a chata diz.

 

 - Da no mesmo.- dou de ombro e ela revira os olhos. Margo inclina a cadeira e e senta como uma perfeita mulher da alta sociedade. E é o que ela é, na verdade. - Achei que não bebia no trabalho.- comento vendo ela degustar do vinho caríssimo.

 

 -Pareço estar trabalhando?

 

 - Na verdade, você parece estar pronta para condenar uma alma.- sorrio.

 

 - Talvez eu consiga condenar a sua.- ela ri e poê os fones.

 

 O voo dura  algumas horas e logo estamos pousando em Berlim, na Alemanha. Estávamos indo firmar um contrato com uma empresa alemã. Uma limousine nos esperava no fim da pista. Somos conduzidos pelas ruas até um grande casarão. Fomos informados que Klaus Ludwig, dono de uma gigantesca empresa alemã, a qual firmaríamos o contrato, estava com grandes reformas e ele estava atendendo os mais importantes em uma de sua mansões. 

 

 Somos conduzidos por um mordomo até um grande salão. Quando entramos no local, as pessoas ali presentes param imediatamente sua conversa e nos olham. Só havia ali pessoas da alta sociedade Alemã, não da área política, dificilmente encontrávamos políticos nessas ocasiões. Vejo, as mulheres olharem surpresas quando Margo se adianta e caminha em direção a Klaus. É claro, eles seguiam padrões antigos, uma mulher nuca faz nada sem a permissão de um homem, temos muito disso em Londres ainda, apesar de uma das principais imagens do país ser a Rainha Elizabeth, que é uma mulher extremamente respeitada, obviamente.

 

 Mas Margô Jane não é como qualquer mulher, ela não anda de cabeça baixa e faz questão de mostrar que é do mesmo nível, se não, superior aos homens. As vezes é insuportável, mas admito que é admirável. Vou atrás dela.

 

 - Senhor Ludwig.- ela lhe estende a mão, mas o homem apenas ergue uma sobrancelha e não corresponde a seu aperto de mão. Ela o olha indignada. 

 

 - Senhor Jeksforld, por favor controle sua mulher devidamente.- se dirige a mim, ouço risinhos das mulheres a volta. 

 

 - Sinto lhe dizer, mas a senhorita não é minha esposa, é a filha de Theodoro Jane.- digo, irritado com o gesto, vejo surgir um sorriso debochado nos lábios de Margo. 

 

 - Jane?- sua posse durona falha.

 

 - Exatamente.- Digo.- E sem a assinatura dela, o senhor não tem o contrato que lhe tanto interessa.

 

 - Perdão senhorita.- ele se dirige diretamente a ela agora.

 

 - Já que o senhor rejeita apresentações, podemos ir direto aos negócios.- ela lhe dá as costas.- Estou meio inclinada a rejeitar.- A mulher olha em volta, analisando o local. 

 

 - Claro, sentem-se, por favor.- acinto e vou até a poltrona e me sento, a Jane vem e a faz o mesmo.

 

 @@@@@@@@@@@

 

 - AAAAAAAARGH!!- grito de raiva dando um leve susto em William.- Machista idiota.

 

 - Calma. Você já colocou ele no lugar dele.- ele diz.

 

 - Como as mulheres conseguem viver daquele jeito?

 

 - Não sei, devem ter acostumado.- diz abrindo um pacote de amendoins. Alugamos um carro e estávamos dando uma voltar por Berlim.

 

 - Presta atenção no trânsito.- digo quando o vejo dar mais atenção aos amendoins do que a rua.

 

 - Já sei, já sei.- ele revira os olho.

 

 - Mas meu pai também é bem machista, demorou para ele aceitar que meu irmão seria ator e eu assumiria a empresa.- digo.

 

 - Mas nem todo mundo tem uma personalidade que nem a sua.- ergo uma sobrancelha para ele.

 

 - Isso é um elogio? Você está doente?

 

 - Não, eu quis dizer que ninguém é assim escrota e babaca como você.

 

 - Agora está se descrevendo.- gargalho.

 

 - Talvez.- ele da de ombros e vira numa esquina.- Aquele restaurante parece bom.

 

 Olho para onde ele aponta, o local é muito bonito, concordo em parar ali. Estacionamos em uma vaga qualquer e vamos em direção a ele.

 

 - Uma mesa para o casal?- O garçom pergunta,fico de bico fechado dessa vez, sem querer me irritar mais, o homem nos conduz até uma mesa.

 

 - Já é a terceira vez essa semana.- bufo enquanto me sento, o Jeksforld me olha sem entender.

 

 - Terceira?

 

 - É, esses dias minha mãe veio com um blablabla de que formaríamos um casal perfeito.

 

 - Não duvido nada, é o sonho daquelas duas.- ele se referia também a sua mãe, que era melhor amiga da minha e partilhava as mesmas ideias.

 

 - Acho que esse povo está precisando de óculos.- pego um dos cardápios e dou uma olhada no menu. No final pedimos o melhor da casa.

 

 - Já viu "The Losers"?- Ele puxa assunto.

 

 - Aquele lá de 2013?- pergunto e ele concorda.- Vi.

 

 - Gostou?

 

 - Muito, apesar de que faz um tempo já que assisti.

 

 - Acredita que só fiquei sabendo da existência dele esses dia?- diz e eu o olho com uma falsa indignação.- Nem assisti ainda.

 

 - Isso é um absurdo! O filme é maravilhoso!

 

 -Eu vou assistir assim que der, tava mesmo procurando um filme bom pra assistir.- e me aponta um dedo.- Mas sem spoilers!

 

 - Ta, eu não ia...- Mas ele não prestava mais atenção, olhava pra atrás de mim, um garota provavelmente, reviro os olhos.- Sabe que não adianta dar em cima de ninguém, né?Nós vamos embora essa noite ainda.

 

 - Não estava olhando uma garota.- ele franze a testa ainda olhando para trás de mim, me viro pra ver o que é.- Não. Não olha!- ele bufa.- Droga, ele nos viu.

 

 Olho melhor para saber de quem se trata, e vejo um homem de pele clara e olhos verdes vindo em nossa direção. Me parece familiar....ai meu Deus! É o Diego! Diego fora da nossa sala no colegial por anos, e na época eu era caidinha por ele. Ele era do grupo de amigos de Will e Frank, mas no último ano o Jeksforld e ele brigaram feio, e não se falaram mais. Até hoje não sei o motivo da briga, na época quase implorei de joelho para que ele ou Frank me contassem, eu era bastante curiosa, mas os dois negaram firmemente em não me contar. Só por isso já da pra decifrar que foi por causa de uma garota, qual garota é que é o real mistério.

 

 - Margô, quanto tempo!- ele sorri abertamente, mas seu sorriso some quando se dirige a William.- Jeksforld.

 

 - Texter.- ele devolve com a mesma carranca.

 

 - Nunca imaginei que te veria aqui.-digo, ignorando essa última parte.

 

 - Nem eu, estou morando aqui já a alguns meses.

 

 - Trabalho?

 

 - É, estou trabalhando numa grande empresa aqui em Berlim e você, o que faz aqui?

 

 - Viemos a trabalho também, a J&J está agora com um acordo com uma empresa Alemã.

 

 - Quer dizer que está no comando da J&J?- ele pergunta, sim estava excluindo totalmente William da conversa, o mesmo só observava o local enquanto bebericava lentamente o vinh que o garçom nos havia trago.

 

 - Não totalmente, os donos ainda não se aposentaram.- digo e ele ri.- Mas vou ficar no comando só da Janes, a Jeksforld pertence ao William.

 

 - Ah sim, vão ficar muito tempo? Posso lhe mostrar o lugar.- ele se oferece e vejo William bufar.

 

 - Infelizmente não, vamos hoje ainda.

 

 - Ah, que pena, mas por que não passa seu número? Vou a Londres em algumas semanas, podemos dar uma volta.

 

 - Claro.- lhe paço meu número.

 

 - Agora tenho que ir, foi bom ver você.

 

 - Digo o mesmo.- Diego se despede e vai embora.

 

 - Digo o mesmo.- William imita minha voz de forma tosca e faz um sinal de vômito. Rio e jogo um sachê de mostarda nele.

 

 - Quantos anos você tem mesmo? 6?- Ele faz uma careta pra mim, o que só fortalece minha observação. William só tinha 26 de aparência mesmo, porque de mente...

 

 - Você está comendo na mão dele.- Diz enquanto observa o garçom colocar os pratos na mesa.

 

 - Não mesmo.

 

 - Não? Então por que deu o seu número para ele?- ele levanta uma das sobrancelhas. 

 

 - Talvez eu apenas queira uma noite interessante.- Dou de ombros.- Ou só você pode sair transando com toda a Londres?

 

  - É, só eu tenho o charme para conquistar toda a Londres.- ele brinca e lhe mostro o dedo do meio, fazendo o rir. 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, comentem se gostaram.
Bjs.



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