Oneshots NCIS'S escrita por Any Sciuto


Capítulo 25
Family Affairs




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Gibbs chegou até a agencia de manhã cedo. Ele não sabia exatamente o porquê de repente ele quis interromper seu sono, mas chegando a agência, Gibbs viu que Abby estava deitada em sua cadeira e com os pés apoiados em sua mesa. Ela parecia incrivelmente desconfortável e havia algo mais que agora era difícil para ele saber.

— Abbs? – Gibbs tentou acordar Abby, mas ela continuou a dormir. – Abby.

— Gibbs? – Abby finalmente acordou de seu sono, nada relaxante. – Desculpe, eu acho que dormi de novo aqui.

— Quantas vezes você dorme aqui? – Gibbs olhou para as paredes ainda com sinais da explosão. – Abby, me conte.

— Desde que eu comecei a ter pesadelos novamente. – Abby ajeitou suas tranças. – Eu tenho desde depois da explosão.

Gibbs percebeu o que aquele dia fez para a cientista. O prédio todo explodiu e Abby ainda estava lá dentro. Ela teve alguns cortes e ficou muito traumatizada.

— É aqueles pesadelos da autópsia novamente? – Gibbs pegou a mão dela. – Abby, deveria ter contado a alguém.

— Todo mundo tem família ou namorados. Você tem seu pai com quem se preocupar. – Abby bocejou de novo. – Eu vou tentar dormir no meu laboratório de agora em diante.

Ziva girou em sua cadeira, acompanhando os passos de Abby.

— Estou um pouco preocupada com ela. – Ziva suspirou. – Desde a explosão ela anda chateada e parece cansada.

— Você conhece a Abby, Zee. – Tony olhou para a amiga. – Ela não gosta de armas, não gosta que mexam nas coisas dela. Harper Dearing violou isso.

— Mas mesmo assim, sexta à noite, eu e ela vamos sair juntas, comprar maquiagem, ir a bares pegar garotos. – Ziva olhou para Tony quando disse a palavra garotos. – Você quer vir conosco?

— Sim. – Tony olhou de volta para ela. – Quem sabe a gente não consegue o que queremos.

— Vamos ver. – Ziva se levantou e saiu em direção ao elevador. – Vamos ver.

Ela se levantou, mas parecia incrivelmente dolorida enquanto descia.

Gibbs olhou em sua gaveta. Ele pegou de novo a sorte que Abby havia lhe dado. Ele precisava de um conselho de um amigo. Saindo da agência, ele encontrou Ducky sentando no memorial aos mortos na explosão.

— Sempre que eu venho aqui, eu sinto que deveria ter previsto o ataque antes. – Gibbs olhou para os nomes gravados. – É uma coisa triste.

— Você o pegou, Gibbs. É tudo o que importa. – Ducky o tranquilizou. – Mas você não me chamou aqui apenas para falar sobre o atentado. O que está em sua mente?

— Abby está tendo pesadelos. – Gibbs se endireitou. – Com a autópsia. Todo mundo teve um EVAL depois da explosão e ela passou, mas há algo que me incomoda nisso tudo e Vance não está dando a mínima para isso.

— Eu falo com ela. – Ducky viu Gibbs suspirar. – O que foi, Jethro?

— Abby e eu estávamos no laboratório quando tudo explodiu. – Gibbs viu Ducky olhar para ele intrigado. – Eu não sei o que pode ter desencadeado tudo de novo.

— Gibbs, Abby é uma garota muito inocente. Ela não consegue ver o mal que existe em tudo. – Ducky tentou dar um pouco de sentido a Gibbs. – Talvez você deva conversar com ela sobre Kyle.

— Ela não fala comigo sobre ele, Ducky. – Gibbs apenas suspirou. – Ela tem medo de que se mexer nesse assunto, as coisas deem errado e ela perder isso também.

— Diga para ela que pode confiar em você. – Gibbs se levantou. – E diga que ela pode confiar no julgamento dela.

Gibbs se levantou e foi em direção ao laboratório. Houve a queda de algo no chão e Gibbs correu como se fosse Abby quem caiu, mas era apenas uma cadeira.

— Abbs? – Gibbs chegou por detrás dela. – Abby?

Ela estava olhando para o móvel caído como se não estivesse ouvindo Gibbs. Tomando uma decisão cautelosa, Gibbs puxou Abby para longe da cadeira e do laboratório.

— Chefe? – Tim viu Gibbs levando Abby para fora do prédio e ele parecia determinado. – Quer ajuda?

— Quero. – Gibbs colocou Abby ainda sem dizer nada no banco de trás do carro e quando Tim entrou, eles saíram do prédio. – Vamos ver alguém.

— Gibbs, eu estou bem. – Abby finalmente deu algum sinal. – Eu estou bem.

— Você tem pesadelos, fica horas vendo coisas fixas. Abby, não é normal. – Gibbs parou na frente do pet shop onde Kyle trabalhava. – Talvez você só precise falar com ele de uma vez por todas.

— Vocês dois vão estar aqui quando eu sair? – Abby perguntou.

— Se você quer que fiquemos.... – Tim sorriu. – Mas saiba que estaremos com você sempre que precisar.

— Só por favor, nós diga que você vai ficar bem. – Gibbs tinha lágrimas nos olhos. – Não posso perder você também, Abbs.

Ela assentiu e saiu do carro. Dando alguns passos para dentro do pet shop, Abby ficou chateada que o homem no balcão não era seu irmão.

— Admita, Abbs. – Ela falou para si mesma. – Encare isso com a cabeça erguida...

— Moça! – Kyle gritou correndo para Abby. – Ei, moça!

Abby se virou e viu Kyle ali na sua frente. Era como se sua boca estivesse colada com uma supercola. Ela tremia tanto que pensou que morreria.

— Eu sabia que era você. – Kyle sorriu. – Eu esperava que eu te encontrasse um dia desses.

— Você queria me encontrar? – Abby podia sentir os olhos de Gibbs e McGee nela e pela primeira vez não se importou. – Por que?

— Pode parecer meio estranho, mas da primeira vez eu senti uma conexão com você. – Kyle suspirou. – Estranho, não é?

— Não é estranho. – Abby relaxou e viu Gibbs deixando o lugar com McGee. Ele sabia que ela precisaria de um tempo com seu irmão.

— O que quer dizer com isso? – Kyle convidou Abby para tomar um café em uma padaria ali perto.

Já passavam das nove da noite e Abby ainda não havia dado notícia. Gibbs odiava bancar o pai preocupado, mas se ele não recebesse notícias dela em dez minutos, ele iria mandar McGee buscar por ela. Faltando cinco minutos para o final do prazo, o carro de Abby parou na entrada da casa dele e ela entrou em uma explosão de felicidade.

— Gibbs!! Gibbs!! – Abby entrou indo diretamente ao marine. – Este é o meu irmão Kyle. Kyle, é dele que eu falei, Leroy Jethro Gibbs.

— É um prazer conhecer você, Leroy. – Kyle pulou o aperto de mãos para abraçar o agente.

— Chama de Gibbs. – Abby corrigiu e sorriu pela primeira vez em muito tempo. – Quem diria que abraços estavam no meu DNA.

— Eu senti algo quando vi Abby no ano passado. – Kyle sorriu para a irmã gótica e alegre. – Que louco, não é? Uma irmã que eu nem conhecia.

— Um brinde a isso. – Gibbs pegou uma cerveja para si. – Aceitam beber alguma coisa?

— Sim. – Tanto Abby quanto Kyle disseram.

Enquanto Gibbs e Kyle foram para a cozinha, Abby resolveu deitar um pouco no sofá de Gibbs e quando menos percebeu, ela adormeceu no sofá.

— Eu acho que Abby vai ser uma bela irmã. – Kyle sorriu. – Não é mesmo, Abby?

Gibbs e Kyle viram que Abby havia dormido no sofá e sorriram.

Kyle deixou a casa de Gibbs depois que o marinheiro chamou um táxi e pagou a corrida. Subindo rapidamente e sem fazer barulhos a escada, ele desceu com alguns cobertores e os colocou sobre uma adormecida Abby.

— Boa noite, Abby. – Gibbs deu um beijo singelo na testa dela. – Durma bem.

E ele não tinha dúvidas que ela iria dessa vez.


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