Oneshots NCIS'S escrita por Any Sciuto


Capítulo 23
Raptada.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/774660/chapter/23

Era uma daquelas raras ocasiões onde todo o time da NCIS se reunia na cena do crime. Abby estava com McGee recolhendo algumas pistas enquanto Tony e Ziva entrevistavam as possíveis testemunhas. Gibbs estava com Ducky e Palmer junto ao corpo.

— McGee, eu preciso de mais pó. – Abby olhou por todo o próprio kit. – Pode buscar na van para mim?

— Eu poderia te emprestar o meu. – Tim sorriu. – Seria mais rápido.

— Esse não é um pó comum. – Abby viu McGee entendendo. – Ele é especifico para substancias que não refletem com o normal.

— Então eu já volto. – McGee apenas deu um olhar longo para Abby que sorriu.

Abby pensou ter visto algo entre as caçambas de lixo no beco. Sem querer interromper seus colegas, ela retirou as luvas e foi até as caçambas. Ela logo estava frente a frente com um homem estranho.

Ela até tentou correr, mas o homem bateu nela com o cabo de sua arma e a fez cair no chão, desacordada. Colocando Abby nos ombros rapidamente, ele foi até o carro que havia estacionado na esquina e colocou Abby no porta malas e ficou na multidão.

Tim voltou para onde Abby deveria estar e olhou em volta.  Suas luvas estavam lá e um vento misturado com uma sensação ruim atravessou todo seu corpo. Ele se virou para o beco e acabou deixando o pote de pó no chão.

Gibbs, percebendo o que aconteceu, se levantou e foi até seu agente. McGee estava pálido, como se tivesse visto um fantasma.

— Tim, o que está acontecendo? – Gibbs notou a falta de Abby. – Onde está Abby?

— Eu.... Eu não sei, chefe. – McGee sentiu suas pernas parecendo geléia. – Abby estava aqui em um momento e agora sumiu.

Gibbs olhou para McGee e depois para o mesmo beco. Sem pensar duas vezes, ele retirou a arma e atravessou o beco. Chegando perto das caçambas, Gibbs se abaixou, notando alguns dos grampos de cabelo de Abby. Ele apenas se esqueceu do caso atual, que pode ter sido armado e foi ao encontro da equipe.

— DiNozzo, quero bloqueio na rodovia. Ziva, chame Fornell e diga a ele que precisamos de toda a ajuda possível. – Gibbs saiu ditando ordens para todos.

— Jethro, o que aconteceu/ - Ducky levantou preocupado.

— Abby desapareceu. – Gibbs viu todos da equipe paralisados. – E eu vou encontrar esse filho da puta.

O homem sabia que era apenas uma questão até Abby acordar e Gibbs descobrir sobre ele – novamente.

Ele tinha um apartamento próximo dali que ele conseguiu depois de matar o dono. Ele dirigiu para lá e tirou Abby enrolada em uma coberta.

— Como você está hoje, Scott? – Uma das vizinhas perguntou. – E quem é essa jovem adormecida?

— Eu estou bem, senhora. – Scott acariciou o cabelo de Abby, em total fingimento. – Esta é minha sobrinha Tonya. Ela dormiu no caminho para cá e eu não quero acordar ela.

— Bem, tenha cuidado. – Ela saiu pela porta da frente, não antes de parar e olhar para o homem misterioso.

Ele parecia arredio em contar sobre a menina e ela parecia grande demais para ser carregada se estivesse dormindo. Mas ela estava atrasada para o bingo.

Entrando no apartamento, Scott colocou Abby sentada em uma das cadeiras e fechou as cortinas. Pegando o rolo de fitas, cordas e é claro, uma coleira de choque, ele preparou tudo para quando Gibbs o achasse.

Ele pegou uma cerveja e esperou. Não seria demorado para ele descobrir quem estava com Abby.

Gibbs pegou a caixa que mantinha embaixo de sua mesa. Lá, ele guardava um único arquivo. Scott Smith, um dos maiores traficantes de mulheres dos estados Unidos.

— Chefe, eu pensei em te dar as fotos da cena de crime. – Tony disse, tentando não demostrar que estava com muito medo. – Estamos fazendo de tudo para encontrar Abby.

— Talvez seja tarde demais. – Gibbs sabia que eles a encontrariam, mas naquele momento não havia espaço para esperanças. – Pode ir, Tony.

— Certo. – DiNozzo se sentou em sua mesa, suspirando.

Examinando as imagens, Gibbs reconheceu Scott no meio da multidão. Seu coração parou quando percebeu que Abby ainda estava na cena ou talvez perto dela.

— Filho da puta! – Gibbs derrubou o café e saiu correndo do prédio.

Tony, Ziva e McGee não perderam tempo e foram atrás dele. Se Gibbs saia correndo era porque ele descobrira algo. Não querendo correr o risco de seus agentes por debaixo dos panos, Jenny foi atrás deles.

Na cena de crime, Gibbs finalmente teve tempo de ver a mensagem de Scott.

Como se fosse programado, uma foto de Abby amordaçada e um com um colar de choque, lágrimas pelo rosto chegou a todos os celulares da agência.

— Eu encontrei o lugar onde Abby pode estar sendo mantida, Jethro. – Fornell chegou correndo. – É um prédio de apartamentos aqui próximo. Uma velinha chegou no bingo dizendo que havia visto Abby sendo carregada.

— Igual nas suas novelas, Fornell? – Gibbs não podia perder a chance de brincar com Fornell.

— Na verdade, se fosse Nazaré, ele teria jogado Abby escada abaixo. – Tobias deu um meio sorriso quando viu Tony, Ziva, Gibbs, Tim e Jenny olhando para ele. – Eu ando com tempo livre.

Deixando as discussões sobre novelas para depois, a equipe, saiu em disparada para o prédio onde Abby estava.

Scott olhou para Abby, que estava chorando sem poder nada. Ela estava com dificuldades de respirar e se sentia fraca. Se ao menos ela pudesse pegar a faca...

— Está pensando em pegar a faca, não é? – Scott jogou o copo no chão, fazendo ele quebrar. – Que pena, querida. Tudo o que eu quero é que Gibbs sofra como eu sofri. – Ele contornou Abby e começou a massagear os ombros dela. – Eu realmente espero que quando matar todos eles, eu e você possamos ter um tempo.

Abby gemeu quando o sentiu descer a mão pela blusa. Ele apertou o seio dela por cima da blusa e Abby tentou se afastar. Scott ficou bravo e deu um choque em Abby a fazendo perder um pouco mais da força.

— Eu sei que eles estão chegando. – Scott se sentou e pegou um dos cacos de vidro.

Gibbs nem esperou o elevador e subiu sete andares em dois minutos. A adrenalina alta e a vontade de levar Abby para casa estavam em todos eles. Jenny, por outro lado foi para o outro prédio. Ela sabia que ele seria descuidado e em algum momento abriria a janela.

Ela sorriu quando terminou de montar o rifle e Scott abriu as janelas sem saber que estava no alvo dela.

— Aquele treinamento de beijos e armas com Gibbs funcionou. – Jenny pensou consigo mesma.

Gibbs descobriu a porta certa e com o chute dele combinado com o de Tony, foram suficientes para arrancar a porta das dobradiças.

— Parece que o papai urso chegou. – Scott virou Abby para Gibbs a olhar. – É engraçada a vida, não é? Você pode ver suas melhores coisas serem mortas na sua frente.

— Você não ousaria tocar nela. – Gibbs precisou se controlar. – Ou eu te colocaria uma bala entre os olhos.

— Cale a sua boca! – Scott passou um caco de vidro pelo braço de Abby e depois se virou para Gibbs. – Filho da puta.

As duas armas caíram no chão e Gibbs e Scott começaram a se bater com as mãos. Quem precisava de uma arma quando ele tinha punhos de raiva.

Chegando cada vez mais perto da janela, enquanto Tony, e McGee tentavam desamarrar Abby e Ziva correu para buscar um pano, atadura ou qualquer coisa para parar o sangramento profundo de Abby, Jenny preparou a arma e atirou uma vez bem na cabeça de Scott.

O homem nem mesmo conseguiu registrar quando caiu pelo vidro da janela e caiu no chão. Ele caiu sete andares, mas ele já estava morto. Antes mesmo de bater no chão.

— Jethro! – Fornell gritou para Gibbs. – Precisamos de assistência médica aqui.

— Abby. – Gibbs guardou a arma e foi para ela. – Vamos, não temos tempo para a ambulância.

Pegando Abby nos braços, Gibbs apertou o botão do elevador, mas decidiu correr pela escada. Jenny havia chamado uma ambulância.

Duas horas, quatro copos de café, duas revistas de fofocas adolescentes e quatro tentativas de invadir a sala de cirurgia, um médico veio conversar com eles.

— A Srta Sciuto vai ficar bem. – O médico disse. – Conseguimos remover o colar de choque que havia sido colado ao pescoço dela e demos pontos no corte.

— Podemos ver ela? – McGee pediu. – Por favor.

— Claro. – O médico deixou Tim entrar primeiro.

— Ele e Abby estão juntos, sabia? – Tony contou para Ziva. – Finalmente.

— Assim como Gibbs e Jenny. – Ziva sorriu sedutora para Tony. – E nós.

— Nem me diga. – Tony beijou Ziva pela primeira vez perto de seus colegas. – Eu te amo.

— Eu também te amo. – Ziva beijou Tony.

Gibbs e Jenny viram a cena e deram alguns sorrisos.  ‘

Tim entrou no quarto de Abby e a viu sorrir quando ele apareceu.

— Eu trouxe seu hipo. – McGee tirou o bicho estufado da sacola. – Como você se sente?

— Como seu eu tivesse sido raptada. – Ela tentou descontrair. – McGee, a coisa que você me perguntou ontem de manhã...  Eu aceito.

Tim sorriu e beijou Abby. Não foi o pedido de casamento que ele planejou, mas ele estava feliz e sorrindo pelos cotovelos.

Ele havia pedido Abby em casamento e agora, bem, era a hora de finalmente começar a preparar o casamento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Oneshots NCIS'S" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.