Apostas escrita por CalixtoSama


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, como vão?
Eu trouxe o capítulo final hoje, não aguentei de animação! Haha
Então, talvez eu traga uma one com o Paul tbm já que pelo o que vi muita gente gosta dele, o que acham?
Boa leitura e me perdoem se tiver erros de digitação .



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Apostas - Capítulo 2

Acordei sentindo um cheiro gostoso vindo da cozinha.

A casa de Mahina não é muito grande mas é bem confortável, com uma decoração bem rústica.

As paredes em uma cor clara passam um clima calmo para a casa, contrastando com a dona que é bem elétrica.

— Achei que iria acordar com fome. - Disse tirando uma pizza do forno.

—Acertou em cheio. Que horas são?

— Umas sete da noite. - Respondeu colocando-a sobre a mesa.

— Isso tudo?! - Perguntei levemente assustado.

Estou a mais de três horas dormindo, a essa hora Bella já deve estar longe e com ele... Isso realmente me importa?

— No que tanto pensa? - Perguntou passando reto por mim indo em direção ao seu quarto, a segui um pouco distante.

— Nada demais. - Respondi a vendo parar em frente ao espelho.

Ela está com um short jeans e uma blusa que um dia foi minha, ela tem uma séria mania de pegar minhas blusas emprestadas e nunca as devolver.

A observei pentear seu cabelo com as pontas dos dedos, as pontas acizentadas contrastam com a raiz não retocada escura.

Me pergunto quando foi que ela ficou tão a vontade comigo.

— Você gosta de mim? - Perguntei fazendo-a me olhar com os olhos levemente arregalados.

— Lógico! Você é o meu melhor amigo! - Respondeu sorrindo.

— Sabe que não é isso que eu quis dizer. - Respondi me aproximando parando um pouco atrás dela, observei rapidamente nossa imagem refletida no espelho.

Nossa diferença de altura é grande, nem me lembro quando foi que fiquei tão alto assim, ela em pé tem altura mal chega na altura do meu peito.

— Porque a pergunta? - Perguntou enquanto colocava uma mecha atrás da orelha.

— Suas perguntas sempre tem duplo sentido, não sou tão lerdo a ponto de não perceber.

Ela suspirou e se virou para me olhar.

— Talvez. Aí está uma coisa que eu gostaria de saber. - Respondeu cruzando os braços e olhando para baixo.

— Porque? - Perguntei colocando as minhas mãos nos bolsos da minha calça.

— Acha que simplesmente escolhi? Meu querido, gostar de alguém que já entregou o coração para outra estava completamente fora dos meus planos. — Respondeu após soltar uma risada irônica.

— Não me entreguei para ninguém. - Afirmei sentindo-me estranho.

— Você já percebeu como fica quando falamos sobre ela? - Perguntou me olhando rapidamente, suspirou e começou a andar saindo de minha frente.

Em um movimento rápido a segurei de leve pelo pulso a impedindo de sair, ela me olhou assustada pelo gesto repentino.

— Não sou o cachorrinho dela. - Respondi, um sorriso irônico apareceu em seus lábios.

—Tenho muitas dúvidas. - Respondeu puxando o pulso.

— Talvez...

— Talvez o que? - Questionou-me desconfiada.

— Nada. Deixa.

— Fala. - Pediu.

— Isso seria um abuso da minha parte. - Pensei alto indo me sentar na beirada da cama.

— Fala! - Gruniu.

— E se tentássemos? - Perguntei quase em um sussurro.

— Tentássemos o que? - Perguntou arqueando uma sobrancelha.

Abaixei meu olhar.

— Nós dois... Uma certeza eu tenho, eu não a amo mais. Eu só, não sei explicar. É diferente quando fico perto de você. - Passei minha mão por meu cabelo puxando com certa força alguns fios.

Talvez seja demais pedir isso!

Ela pode achar que eu a estou usando como uma espécie de curativo.

Mahina é incrível.

Mas sinto que isso é exigir demais dela, e se eu estiver apenas confuso? Ou não conseguir retribuir seu amor?

— Acho que entendi aonde você quer chegar. - Suspirou. — Eu não quero ser um brinquedo.

— Você me conhece! - Defendi-me.

— Desde que eu te conheço você só fala "Bella isso... Bella aquilo..." então, creio que você não parou de amá-la da noite pro dia. - Respondeu um pouco grossa.

— Eu realmente a amei? - Questionei-me alto. - Eu não sei explicar o que sinto aqui dentro. Estar com ela dói, parece queimar, com você é suave, tranquilo. - Confessei.

— Podemos começar do zero, a partir daquele dia na festa. Serve?

— Parece até uma daquelas apostas. - Respondi a fazendo soltar um riso soprado.

— Quase isso. - Respondeu me estendendo uma mão.

— Feito. - Respondi apertando sua mão.

***

Um mês se passou desde esse nosso "acordo", eu me sinto bem, Mahina é incrível, e é bem interessante poder conhecê-la por outro ponto de vista.

Se o restante da alcatéia vive emplicando com nós? Claro.

Nós nos importamos com isso? Não.

Bella me chamou para conversar com ela, e ao contrário do que eu esperava, ela não me parabenizou pelo meu "namoro" ou algo do tipo, apenas perguntou porque eu estava fazendo aquilo comigo mesmo e ainda colocando outra pessoa nas minhas confusões.

Não, eu não estava esperando por uma reação daquela, talvez a convivência com os Cullen tenha feito com que ela passasse a me enxergar de uma forma negativa, mas eu jamais seria capaz de fazer algo desse tipo!

Não estou usando-a como um curativo, não, eu não seria um idiota a ponto disso, essa nossa "aposta" é apenas para nós nos conhecermos melhor, e sinceramente, creio que foi a decisão mais sábia que já fiz.

Conviver com Mahina é simples e fácil, costumo ir para a casa dela depois de terminar as coisas que tenho que fazer diariamente pela manhã para que possamos ir fazer nossa parte de vigilância.

Fico até bem tarde na casa dela e depois vou para a minha, as vezes ela me acompanha.

Meu pai gosta dela, diz que é uma garota boa, eu ainda tenho minhas dúvidas a respeito dessa vinda tão repentina dela para a matilha, mas ninguém vai levá-la de novo isso é certo.

São cerca de sete horas da noite, assim que acabamos com nossa ronda pela reserva eu fui para minha casa tomar um banho e ela seguiu caminho para a dela.

A porta está aberta, como sempre ela esqueceu-se de fechar.

Entrei e virei a chave a trancando.

Posso ouvir o barulho do chuveiro ligado.

Fui em direção ao quarto dela e me joguei na cama como costumo fazer.

Sinto a cama contra a minha coxa, mas minhas pernas estão firmes contra o chão, levantei meus braços e os deixei atrás da minha cabeça, fechei meus olhos e fiquei esperando ela sair.

Me sinto cansado, não só fisicamente mas mentalmente também.

As vezes sinto que eu exijo de mim muito mais do que eu deveria, e isso de certa forma parece ir me destruindo aos poucos.

Como as coisas serão se eu aceitar meu destino de ser alfa?

— Ei... - Voltei a realidade ao sentir meus ombros balançarem.

A luz acesa me incomodou um pouco.

Eu dormi?

— Oi. - Respondi com um pequeno sorriso.

— Olá. - Disse divertida, me deu um rápido selinho e saiu indo em direção ao espelho.

Virei meu rosto para observá-la.

Os cabelos estão presos em um coque sendo segurado por duas espécies de palitos.

Está com um shortinho e camiseta. Estamos no ápice do inverno mas ela não parece se incomodar.

Ela soltou o cabelo e começou a penteá-lo, ele está um pouco maior do que quando nos conhecemos, a raiz está maior, fios pretos se contrastam com o restante do cabelo cinza.

Pela primeira vez me vi realmente analisando seu corpo.

Mahina tem curvas marcadas, as coxas são grossas e os seios medianos. Seus olhos são azuis cristalinos, os mais belos que já vi.

— O que significa "Mahina"? - Perguntei tentando mudar o rumo dos meus pensamentos.

— Que pergunta aleatória. - Riu. - É um nome japonês, acho que significa "lua".

— Porque logo "lua"?

— Minha mãe morreu no meu parto, numa noite de lua cheia, meu pai em homenagem a minha mãe e ao meu lado metamorfo colocou esse nome. - Respondeu colocando o pente dentro de uma caixinha que fica dentro do guarda-roupas e pegando um vidrinho de perfume.

O cheiro de baunilha invadiu minhas narinas.

— Seu pai idolatra tanto assim os lobos? - Perguntei voltando a olhar pro teto.

— Bom, ele se orgulha, já eu... Acho que não iria me importar em ser normal. - Explicou.

— Porque?

— Deve ser bem legal poder sentir emoções fortes sem ter consequências. - Respondeu rindo.

— Irônico você dizer isso sendo que é a mais controlada entre nós todos.

— Eu tento. - Sorriu.

Tomei um leve susto ao sentir seu corpo sobre o meu, sendo mais específico ela se sentou sobre minha barriga.

— Um dia você acostuma... - Respondi a olhando.

Nessa posição tenho uma visão privilegiada, devo admitir.

Ela se curvou sobre mim e me puxou para um beijo.

Seus lábios carnudos são macios e delicados, o cheiro só seu perfume junto ao seu calor fez meu corpo relaxar.

Levei minhas mãos a sua cintura e a prendi contra meu corpo, fazendo-a se deitar quase que completamente sobre mim.

Quando o ar faltou me distanciei devagar com um trilha de beijos da sua bochecha até seu pescoço, onde me permiti apoiar minha testa contra seu ombro e inspirar seu cheiro.

Isso acontece quase todos os dias e mesmo assim eu não consigo me cansar.

Senti seus lábios roçarem contra a pele quente do meu pescoço me fazendo arrepiar. Virei meu rosto para o lado lhe dando mais espaço.

Um choque correu por todo meu corpo quando senti suas delicadas mãos percorrendo por meu abdômen levantando minha blusa, suas unhas arranham de leve onde passam.

— Achei que iríamos devagar...

— Se quiser podemos parar aqui. - Disse com um meio sorriso.

— Eu acho que não. - Respondi arrancando minha camisa e a puxando para mais um beijo.

A puxei para cima de mim a deitando completamente sobre meu corpo, aproveitei a posição para subir minhas mãos por seu corpo passando pelas coxas e apertando sua bunda.

Ela está sem sutiã, posso sentir perfeitamente seus seios roçando contra meu peitoral graças ao tecido fino de sua blusa.

Me levantei a segurando em meu colo e a deitei novamente na cama tentando ser no mínimo delicado.

Tirei minhas botas e minha calça ficando apenas de cueca e subi com uma trilha de beijos por suas pernas, aproveitei para abrí-las ficando entre elas.

Tirei sua camiseta tomando o cuidado de beijar e morder de leve cada parte do seu tronco despido, suas leves arfadas e suspiros incentivaram-me.

Voltei a beijar seus lábios enquanto minhas mãos despiram-la de suas roupas.

Senti-la de maneira tão íntima foi como chegar aos céus, o jeito único de ser, cada um dos seus toques, beijos, tudo pareceu tão único que tive a sensação de estar em êxtase.

Memorizei cada uma das suas reações sentindo-me privilegiado, um arrepio me percorreu ao mesmo que senti suas pernas tremerem e então relaxou.

Colei nossas testas ao mesmo que o orgasmo me invadiu, intenso, como nunca antes.

Ela sorriu abertamente, seus braços envolveram meu pescoço me puxando para mais um beijo delicado um suspiro escapou de seus lábios quando me distanciei.

Fechei a janela e vesti minha cueca me deitando novamente ao seu lado.

Ela puxou as cobertas e me abraçou a cintura, fiz um leve cafuné fazendo ela rir baixo.

Mordi de leve seu pescoço fazendo-a se afastar e olhar em meus olhos com as bochechas levemente coradas.

Dizem que um alfa quando morde uma companheira assume a responsabilidade de cuidar dela pelo resto de sua vida...

E bom, eu não me importaria de morrer para proteger a pequena pestinha de cabelos prateados.

— Se sente bem? - Murmurei sentindo-me sonolento.

— Ótima. - Disse baixo.

— Você sabe que meu pai não é confiável né? Sinto que tem algo errado. - Sussurrou após um pequeno período de tempo.

— Ele não será louco de tentar algo contra mim. - Murmurei.

— Vai assumir como alfa? Jake isso é uma decisão muito importante!

— Aceita ser meu braço direito? - Perguntei a fazendo sorrir.

— Claro. - Respondeu e depois soltou um bocejo.

— Posso te confessar algo? - Perguntei sentindo o cheiro levemente adocicado de baunilha que emana de si.

— O que? - Perguntou sonolenta.

— Eu amo você. - Respondi a fazendo me olhar séria.

Senti-me receoso ao ver sua cara de surpresa.

Seu rosto se encontrou com o meu ficando a milímetros de distância, um sorriso brilhante brotou em seu lábios me fazendo sorrir também.

— Eu... - Gaguejou.

— Você...?

—Também te amo! - Respondeu e logo me abraçou escondendo a cabeça na curva do meu pescoço.

Meu sorriso ficou ainda maior, passei meu braço por suas costas a mantendo contra mim e mexi em seus cabelos com a outra mão.

Relaxei sentindo seu corpo contra o meu.

— Sabe o que me faria te amar ainda mais? - Perguntou.

— O que? - Perguntei apoiando meu queixo contra sua cabeça.

— Se você fosse apagar a luz. - Respondeu .

Fiz uma careta e ela riu mesmo sem vê-la.

Apaguei a luz e me deitei junto a Mahina sentindo-me cansado mas com a alma leve.

Seu pequeno corpo se aconchegou novamente ao meu.

Ela pegou no sono rápido, mas eu não consegui dormir.

Acho que é melhor ir devagar como os relacionamentos normais, mas pensando bem, não somos tão normais assim.

Como pedi-la oficialmente em namoro? Talvez um anel em um lugar legal... Ou talvez até mesmo naquela lanchonete que ela adora... Na praia em uma tarde?

O importante é ela estar feliz...

E se ela está feliz, bom... Eu fico também.


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Notas finais do capítulo

Então, o que vocês acharam desse? Apoiam uma one com o Paul tbm?
Bjao e obgd por ler!