Camelot, uma história escrita por MeuNomeéElio


Capítulo 3
Capítulo 3




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Acordamos cedo para a viagem. Os meninos falaram que demora um pouco mais de meio dia para chegar até a taça e quando pega-lá podemos descansar para que no dia seguinte voltemos. 

Estava arrumando minha poucas coisas no cavalo e esperando eles. 

—Bom dia Becca

—Que susto Gwain

—Já está com medo? Nem entramos na floresta.

—Eu sei me cuidar

—Nunca pensei o contrário -ele me olhava intensamente, um olhar sincero, mas envolvido com algo a mais.

—Todos prontos? -Arthur apareceu todo equipado, com armadura e tudo. Na verdade, todos estavam -Cadê Lance?

—To aqui -apareceu com um pedaço grande de pão na boca -para a viagem sabe.

Assim, todos estavam prontos, seguimos nosso caminho. Entramos na floresta, por um caminho conhecido por eles. Nunca tinha entrado na floresta para observá-la como agora. Eh um caminho longo e observar os pássaros, as flores, as árvores era um novo passatempo. Sentir o ar fresco e a calmaria. Fomos conversando e rindo o caminho inteiro até que Arthur mandou a gente parar.

—Chegamos. A taça está naquele.....castelo -falou apontando para algo grande e acabado que um dia foi um castelo.

O lugar era impressionante, parecia muito antigo, mais antigo que Avalon até. Tinha algumas torres ainda de pé, mas a maioria estava tombada. Descemos dos cavalos, eles sacaram suas espadas e começamos a adentrar no jardim que leva as castelo. 

Eu estava muito tensa, então fiquei bem perto dos meninos. Havia mato por todo lado. Estava totalmente descuidado. Aceleramos o passo para o castelo.

Lá dentro era pior que o jardim. Claramente abandonado, cheirando mofo e o chão e as paredes estavam sujas de mais. Havia alguns móveis ou pedaços de móveis espalhado pela entrada e por todo caminho até o grande salão. Fomos caminhando calmamente até esse salão. 

—Quem devo a honra da visita? -disse uma voz feminina, poderosa,  que por enquanto não tinha dona. 

Eu estremeci inteira. Arthur logo ficou aposto na minha frente e fez sinal para que eu pegasse minha espada. Foi o que eu fiz enquanto os meninos olhavam para os cantos tentando descobrir a mulher. Nós continuamos andando até o centro do salão.

—Não queremos problemas -disse Arthur firme

A mulher riu. Uma risada estranha, maléfica e assustadora. 

—Então não deveriam ter entrado

Nós ainda não sabíamos quem ela era, mas eu pude sentir algo....forte. Mesmo sem vê-la pude sentir a presença dela, sua respiração, seu batimento cardíaco e....sua magia. Ah Não. Era uma bruxa.

—Arthur, não é uma boa ideia -cochichei em seu ouvido, o que não deu certo porque ele continuou avançando.

Até que a mulher misteriosa aparece. Ela era alta, bonita, cabelos castanhas, postura ereta e usava um vestido verde que parecia mais vivo que a grama do jardim de fora. Ela passava uma impressão de autoridade e poder. Estremeci de novo. Comecei a pensar como faria para protegê-los e me proteger. 

—Acreditamos existir algo aqui dentro e nós viemos buscar -Arthur falou, ainda com um tom firme. 

—Bom, vocês podem tentar -A mulher falou e depois riu de novo.

De súbito, ela para de rir e olha para nós quatro como se estivesse procurando algo entre nós. Ela sorri e fala.

—O famoso Arthur Pentragon, sucessor de Ulther, o tirano da magia. Diga-me, seu reino ainda proíbe o uso de magia?

—Estamos atrás de uma taça. A madame viu por aí? 

—Taça? Terá que ser um pouquinho mais específico. Mas obviamente não está atrás de taças de vinhos.

—Ela é enfeitiçada e.....

—Ah claro que é. 

Ficamos alguns segundos nos encarando. 

—Então, como pode um reino que proíbe magia, mas os amigos do rei ou o próprio rei usufruir dela? 

Ah Não. Ela pode me sentir também. Ela não sabe que sou eu, mas ela sente minha magia assim como eu senti a dela. Temos que sair daqui antes que seja tarde demais.

Só agora percebi a confusão estampada nos rostos dos meninos.

—Do que você está falando? -Arthur perguntou

—Arthur, por favor, precisamos ir agora -tentei puxa-lo, mas ele me ignorou.

—É Arthur, a madame aí só está querendo entrar na sua cabeça -Lance falou mais firme ainda, apontando a espada para a mulher.

—O pobre Arthur Pendragon não sabe que tem um aspirante em magia do seu lado nesse exato momento.

A situação ficou tensa. Nós quatro nos entre olhamos como acusadores e culpados. Arthur perdeu sua compostura por um segundo. Segurei na mão dele.

—Aposto que você mesma seja uma bruxa -Gwain afirmou depois de um silêncio horrível.

—Não nego

Eu estava desesperada e quase não conseguindo esconder. Podia sentir cada canto do castelo, cada rato e inseto que ali viviam, cada respiração tensa de nós três e sentir a confiança da mulher. Meus poderes estavam amplos agora, analisando cada possibilidade de sair de lá. Eu só queria sair.

—Isso vai ser divertido. - Começou a mulher -Acho que é essa taça que vocês procuram.

Ela mostrou a taça ourada em cima da mesa. Era essa. Dava para sentir a magia negra fluindo nela. Os três se preparavam para sair correndo e pegar quando ela se pôs na frente.

—E isso é um apito -A mulher mostrou um apito amarelo em sua mão -Mas ele não é um apito normal. Quando assoprado, ele revela quem possui magia. 

Ah Não. Isso não vai dar certo. É o meu fim. Tenho que pegar aquilo dela. Temos que sair daqui. Agora meu desespero sai à tona 

—Arthur, ela não sabe do que está falando. Temos que ir. -implorei sem sucesso, porque ele notou e estranhou meu desespero.

—Não vou sair sem a taça. -olhando para os companheiro, fez sinal para se prepararem. 

—Mas agora eu estou curiosa. -falando isso, ela colocou o apito na boca e assoprou.

Houve uma onda de dor e ódio dentro de mim. Eu não ouvia mais nada, só um barulho ensurdecedor dentro da minha cabeça. Perdi o equilíbrio, senti um baque quando meu corpo encontrou o chão. Sentia todas as minha células do corpo vibrarem, não de um jeito agradável. Eu sabia que estava gritando, mas não podia me ouvir. 

Senti alguém me segurar e levantar minha cabeça. A raiva crescia em mim de um jeito que nunca senti antes. Finalmente, a tortura acabou e percebi que estava nos braços de Gwain, e ele gritando com a mulher. Ainda não podia ouvi-lo muito bem.


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