Era mais um daqueles dias que Steve previa um desastre nas operações. Ele não podia ser cético o tempo todo e isso reservava uma pequena parte de seu dia para fazer. Uma vez por mês.

Em contrapartida, Abby Sciuto e seu marido Tim McGee foram mandados para o Havaí com uma missão simples: entregar um Pen drive com informações sensíveis a Five 0 e é claro, aproveitar um tempo de folgas.

Gibbs e Jenny pegaram outro voo para o Havaí, apenas para garantir que ninguém iria ser baleado no processo e para ver a filha Anna e sua neta. Gibbs estava bravo com Steve pois o mesmo finalmente descobriu o seu segredo de como ele retirava os barcos do porão.

E é claro, contou a esposa.

— Quando chegarmos, eu quero que desamarre o burro de qualquer lugar que o tenha feito e coloque um sorriso. – Jenny o repreendeu. – Você está parecendo aquela vez que Lauren descobriu que o papai noel era você e ficou de burro com ela. Aí que ficou desesperada fui eu.

Gibbs deu um sorriso para Jenny porque era uma história bem engraçada e triste ao mesmo tempo. A terceira filha quase descobriu naquele dia também. Mas Penelope era pequena demais para saber a diferença.

Abby e Tim desembarcaram no aeroporto de Honolulu e passaram pelas checagens habituais.

— Abby! Tim! – Steve abraçou os dois. – Uau, você pronta para ter essa criança.

— Gêmeos, Steve. – Abby o lembrou. – Uma garotinha E um garotinho. Duas crianças com o sangue de Tim.

— Bem, então vamos para a área de alimentação. – Tim falou. – Ela está comendo por dois nesse momento.

— Eu te entendo, Abbs. – Anna a puxou devagar pelo braço. – Que tal a gente pedir um extra milk-shake de chocolate antes de irmos ver a praia?

Steve sorriu e acompanhou Tim com as bagagens. Dois milk-shakes, dois hambúrgueres duplos depois e os quatro saíram sorrindo da lanchonete.

— Eu trouxe carona. – Danno chegou com seu belo camaro vermelho. – Depois de o meu antigo camaro ter sido queimado, achei que era hora de comprar um mais vistoso. 

— É lindo. – Abby que estava grávida resolveu dar uma volta. – Você deveria ir com Steve, Tim. Aliás, acho que seria mais certo dividir caso algo aconteça.

— Certo, eu vejo você logo. – Tim sorriu e ajudou Abby a entrar no carro.

Jenny e Gibbs se prepararam para aterrissar. Anna havia ficado no aeroporto e estava tão feliz ao ver a mãe e as irmãos.

— Filha do meu coração! – Jenny a viu correr até ela e a abraçar. – Meu Deus, você está cada dia mais linda.

— E você, está cada vez mais apaixonada. – Anna colocou um colar. – Aloha.

— Aloha. – Gibbs a abraçou e beijou suas bochechas. – E onde Angélica está?

— Em casa dando trabalho ao segurança Eddie. – Anna sorriu e destravou o carro. – Quer conferir se não tem bombas?

Gibbs caiu ao lado do carro e ficou satisfeito quando não encontrou nada.

Entrando na sede da equipe havaiana, Abby se sentiu como se estivesse em casa e com certeza colocaria uma mesa daquelas. O Pen drive foi retirado da proteção que estava e Abby retirou a tampa de uma caneta falsa.

— Essas são as informações mais recentes sobre aquele caso. – Abby sorriu. – O grande roubo de identidades. Rastreei até o Havaí. Queria permissão para pegar esse desgraçado antes que mais alguém seja afetado.

— Como podemos fazer isso? – Junior estava em êxtase.

— Fique fora do meu caminho. – Abby tirou um par de sapatilhas vinho da bolsa e se sentou, teclando na grande mesa de tela touch.

Enquanto isso, Jenny e Gibbs foram à casa de Steve e de Anna e encontraram a neta dormindo com Eddie como seu protetor. Ele parecia pouco convencido, mas assim que Anna fez um gesto, ele relaxou.

— Ela ama esse cãozinho mais do que aos pais. – Anna riu. – Mas pai, como está seu humor depois que Steve descobriu a passagem no porão?

— Estou me sentindo violado. – Gibbs brincou. – Como Ducky diria, violado é como eu me sinto. Mas estou achando que já era hora de alguém descobrir, assim como o espaço embaixo da mesa do Steve.

— Ok. – Anna deu de ombros. – Mãe, quer vir tomar sol com na varanda?

— Vou buscar o biquíni. – Jenny viu Gibbs a seguir. – Talvez daqui há uma hora e meia.

Anna pegou Angélica do chão e a colocou no bercinho fazendo Eddie protestar baixo.

— Tudo bem, amigo. – Anna apontou para o bercinho. – Você ainda pode ser a babá.

Eddie sorriu satisfeito e voltou a dormir.

Enquanto isso, Abby estava na busca do homem. Tim havia comprado suco de cranberry para ela beber. Ela cruzava tantas teclas que até Lou ficou enjoado, mas logo conseguiu um resultado.

— Será que um dos cavalheiros pode ir pegar para mim? – Abby passou as mãos na barriga. – Tim, acho que deveríamos trazer Tony e Ziva. Talvez até o final de semana, esses dois anjinhos nasçam.

— Então, Tony e Ziva ficaram na direção do NCIS? – Anna colocou seus óculos de sol. – Não tem medo que quando voltarmos eles tenham transformado a agencia?

— Confio neles. – Jenny sorriu para Lauren e Penelope. – Sinto a sua falta.

— Eu também. – Anna sorriu, um pouco triste. – Mas talvez seja uma coisa boa. Aliás, você e o pai tem o trabalho e quando a gente consegue se reunir, nesse pedacinho de mundo...

— Tem razão. – Jenny viu Gibbs entrar com um olhar estranho. – Jethro?

— Abby E Tim decidiram trazer Tony e Ziva. – Gibbs se sentou. – Talvez Abby tenha os bebês até o fim de semana.

— Ótimo. – Ela tinha um sorriso. – Lauren e Penelope podem ficar no primeiro quarto de hospedes e você e papai no terceiro. Sozinhos.

— Anna Maria Shepard-Gibbs. – Jenny a viu olhar. – Nunca se está velha para levar palmadas.

Tony e Ziva pegaram o primeiro avião para o Havaí, torcendo que conseguissem chegar antes que Abby tivesse os bebês. Eles mal haviam aterrissado quando a rota foi mudada para o hospital trippler.

Abby entrou em trabalho de parto logo que pegaram o bandido.

— Força, minha estrelinha. – Tim tentou tranquilizar ela. – Nossos bebês estão vindo.

— Você promete? – Abby empurrou mais uma vez.

— Com certeza. – Tim sorriu, assistindo ao momento que a filha e o filho nasceram.

Já em um quarto descansando, Abby sorriu quando Tim entrou com a mão enfaixada.

— Desculpe. – Abby suspirou. – Mas em minha defesa, você sabia que doía.

— Passar por aquela simulação de parto abriu a mente. – Tim sorriu. – Eles são lindos.

— Qual deveriam ser os nomes? – Abby tocou o nariz da pequena garotinha.

— Que tal Glória para a menina e Jackson para o menino? – Tim viu Gibbs congelar quando entrou. – Oi. Conheçam Glória e Jackson.

Gibbs tinha seus olhos cheios de lágrimas enquanto segurava o pequeno Jackson.

Todos entraram na sala com presentes, incluindo Tony e Ziva, que bateu uma foto da mais nova família.

— Sabe o que isso significa? – Danno perguntou para Steve. – Eles poderão voar para cá sem precisar de passaporte.

— Não precisa de passaporte, gênio. – Steve sorriu. – Mas eu entendo seu ponto de vista.

— E você, não quer ter mais um? – Danno o viu dar um sorriso. – O que foi isso?

— Nada. – Steve sorriu para Anna, sabendo que ele sabia sobre a segunda gravidez dela. – Absolutamente nada.

Todos, incluindo um Gibbs muito apaixonado sorriram e bateram uma foto. Era o início de um grande grupo.