Can You Keep a Secret? escrita por Any29


Capítulo 9
Ficar com você




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—Afinal, você é um advogado... não deveria resolver seus problemas com vio...—Ele não deixou eu terminar.

—Porque eu fiquei puto okay hm?—Ele se senta na areia e olha fixo pro mar.—Ele... ele... estava te tocando hm.—Ele deu ênfase a palavra.—Eu apenas não me contive...hm.

Não digo nada, apenas me sento ao seu lado. Uma situação dessas nunca aconteceu comigo antes... Sai e eu nunca fomos para um passeio na praia antes, ou seja, eu não usava trajes tão reveladores com frequência. A maioria dos nossos passeios era em galerias de arte e museus históricos.

Tudo era novo pra mim. A cada dia que passava, eu sentia que estava saindo daquela fase “Jovem/Adolescente” que só saia para curtição e bebedeiras e entrando na vida “Real” , trabalhar para viver basicamente.

—Água de coco ?—Um vendedor nos ofereceu.

Meus olhos brilharam, eu queria. Mas lembrei que não havia trazido minha bolsinha de dinheiro, então digo que não com a cabeça.

—Um para a moça hm.—Deidara diz.

Ele me entrega.

—Arigato!!—Digo tomando.—Você não gosta ?

Ele nega com a cabeça.

...

A viagem havia chegado ao fim. Quando me dei conta, já estava colocando minha mala na minha cama.

—Ufa.—Digo me sentando.—Que final de semana.

Meus pais entram no quarto, ótimo, lá vem bomba.

—Filha, sobre o que fiz..—Minha mãe começou.

—Não quero saber.—Digo olhando para minha mala.

Admito que ainda estava brava com ela, eu ainda achava que não era o momento certo para dialogar  com ela. 

—Ino...—Meu pai começou.—Sua mãe só ficou preocupada com você..

Volto meu olhar pra ela.

—Eu só não queria que minha filha ficasse mal falada por ai.—Ela fazia gestos com a mão.

Era verdade que eu tinha uns vizinhos fofoqueiros, mas quem se importa com isso? A vida é minha ! Não tenho culpa que eles não tem uma louça para lavar...

—Eu fui muito discreta..—Eu tentava me conter.—Desci dum carro e entrei. Só isso...

—Nós duas sabemos que não foi só isso!—Ela me cortou.—Olha o estado que você chegou, basicamente sem roupa!

Fico sem graça, ao lembrar do fato de ter jogado minhas roupas pela janela.

—Foi... um acidente infeliz.—Eu tentava achar as melhores palavras.—Eu perdi minhas roupas no bar.—Menti.

—O que diabos você fazia num bar , no meio da semana?!—Ela perguntou.

—Tive um dia estressante no trabalho.—Informo.

—E resolveu fazer topless no bar?—Minha mãe dizia umas coisas malucas ás vezes.

—Não mãe!

Noto que meu pai ficou tão sem graça , que deixou o quarto.

—Você conclui coisas tão absurdas a meu respeito...

—Bom, você me dá motivo para tal.—Ela aponta para a camisa de Deidara.

Eu a pego e fico a observando.

—É a blusa do seu chefe?—Ela pergunta.

—É!—Eu digo ríspida.

—Por quê ele não desceu do carro?—Ela fazia um interrogatório.

—Pra quê? Ele só me deu carona...

—Da casa dele pra nossa!

Minha mãe já tinha sua opinião formada.

—Quantos anos esse homem tem?

—Mãe...

—Quantos?

—Vinte e seis..

—Não acha que é um pouco velho para você?

—Não!—Eu rebato.

—Ino, eu não admito esse tipo de resposta na minha casa.

Eu a olho irônica.

—Que tipo de resposta?

—Seca!

Bufo de raiva, como se conversa direito com alguém que só te corta?

—Olha, eu estou de cabeça quente agora...—Ela coloca uma mão na testa.—Pobre Sai...—Ela sussurrou.—Merecia alguém fiel a ele..

Me senti um lixo agora.

—Eu não trai ele.—Eu grito.

Ela me olha surpresa.

—Ino..

—Você é que já concluiu isso na sua cabeça! Eu NÃO sou esse tipo de garota!

—Então o que aconteceu?!

Quer saber de uma coisa? Que se dane! Vou falar a verdade nua e crua pra ela.

—Eu enchi a cara!—Eu me levanto.—Fiquei bêbada, dai fui pra casa do meu chefe... e lá..—Eu hesito em continuar, mas o sangue já estava fervendo.—Eu me deitei na cama dele e dormi.

Minha mãe ficou de boca aberta.

—E foi só isso...—Nunca pensei que falar a verdade fosse tão embaraçoso.—Eu não dormi com ele, ele nem se quer tocou em mim.

Sem mais diálogos, ela sai do quarto. Me sinto vitoriosa por ter “conversado” com ela, mas também um tanto quanto culpada pelo Sai. Eu não deveria ter saído para beber...

Respiro fundo e me jogo na cama. De qualquer jeito, meu relacionamento com ele acabou.

...

No dia seguinte, cheguei um pouco atrasada no trabalho. Fui comprar um novo telefone, já que o meu eu havia perdido. Por sorte, não levei bronca, parecia que todos estavam tensos.

—O que está havendo?—Pergunto para Itachi que caminhava pelos corredores.

—Clientes importantes.—Ele fazia um gesto para a sala de reunião.—Com licença.

Ele entra na sala, como era um edifício luxuoso , algumas paredes e portas eram de vidro transparente. Então dava pra ver muitas pessoas e advogados dialogando. E naquela sala em especial, estava Deidara e seus amigos com uns oito homens conversando.

Eu não entendia nada disso, então volto minha atenção para meu regador.

...

Quando dá minha hora de ir embora, percebo que eles ainda estavam na sala de reunião. Com certeza eles estavam fazendo algo grande...

Faço meu caminho para casa pensativa. Até que alguém me tira deles.

—Ino.—Era um voz conhecida.

Me viro e o vejo, Sai.

—Sai.—Respondo seca.

Ele tinha um semblante triste.

—Eu...—Ele coloca uma mão na nuca.—Sinto muito mesmo pela minha agressividade naquele dia.

Engulo um seco.

—Ás notícias chegaram tão confusas para mim , que perdi a cabeça...

Ás notícias que minha mãe te DEU é que chegaram confusas , Baka.

—Eu não quero conversar agora.—Eu digo fria, eu fiquei realmente mal pelas palavras dele.

Ele olha pro chão.

—Desculpa. Sem você... minha inspiração, eu não sou nada.

Sinto minhas bochechas quentes, ele era romântico a sua maneira.

—Eu quero ficar com você!—Ele diz se aproximando.

Eu não sabia como reagir.

...

No dia seguinte, vou ao trabalho com a cabeça nas nuvens. Muita aconteceu ontem, enquanto conversava com Sai. Ele me levou na minha sorveteria favorita e logo fomos ao parque diversão. Foi divertido. Me senti “Adolescente” novamente ... fizemos o típico programa de casal jovem, foi incrível. Mas no fundo, bem lá no fundo... eu sabia que estar ali não era o certo.

—Ino?—Alguém me chamou.

Levanto a cabeça e vejo Sasori.

—Sim?—Pergunto.

—Sou alérgico a essas...—Ele aponta para as flores.—Não leu no meu relatório?

—Desculpa mesmo!—Eu digo pegando o vaso que havia deixado na mesa dele imediatamente.—Eu estou um pouco dispersa hoje..

—Sem problemas.—Ele diz.

Logo saio da sala e caminho pelo corredor envergonhada. Nossa... como eu pude esquecer que ele era alérgico a essas?

—Loira hm.—Outra pessoa me chama.

Me viro e vejo Deidara.

—Oi.—Digo baixinho.

—Está tudo bem hm?—Ele me observava.

—Hai.—Eu tentava me manter tranquila.

—Não parece hm.—Ele começa a caminhar, e eu fui ao seu lado.

—Pois é. Eu é quem deveria perguntar se está tudo bem. Na reunião de ontem.. parecia tudo tão intenso.

—E foi hm.

...

Quando deu a hora de ir embora , eu estava animada. Sai iria me buscar, para irmos ao cinema e em seguida fazer um passeio com nossos amigos.

—Loira hm.—Deidara me chama.

Me viro e vejo que ele estava pronto para entrar no carro.

—Não quer carona hm?—Ele fez um gesto pro veículo.

Antes que pudesse responder, Sai se aproxima de mim, com uma rosa em mãos.

—Trouxe para você.—Ele me beija na testa.

Abro um largo sorriso.

—Obrigada.—Eu lhe dou um abraço.

—Está pronta?—Ele me oferece seu braço para segurar.

Antes de pegar, olho pra direção em que Deidara estava e percebo que ele já havia ido. No fundo, eu me senti mal por isso.

...


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