Can You Keep a Secret? escrita por Any29


Capítulo 8
Vocé é tão...




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Giro minha cabeça a procura da voz e vejo os amigos de Deidara, acenando pra mim. Com certa relutância eu caminho até eles.

—O que faz sozinha?—Itachi perguntou.

—Só caminhando.—Respondo tímida, não era legal ficar perto de homens, sozinha e com traje de banho. Era um tanto quanto desconfortável.

—Não quer ficar conosco?—Hidan perguntou fazendo um gesto para me sentar. 

Todos eles estavam deitados nas cadeiras.

—Não, valeu.—Digo dando um passo pra trás.

—Ah, entendi...—Sasori começou.—a garota do Deidara não se junto com nós, fracassados.

Fico duplamente vermelha.

—Não é isso! E não sou a garota do Deidara! 

Eles se olham espantados.

—Mas a gente viu vocês juntos no avião..—Kisame disse.

—Só compartilhamos as poltronas, nada demais.—Digo impaciente. 

—Ah.. nos desculpe então.—Pain disse.

—É, achávamos que tinham um caso.—Hidan disse.

Nego com a cabeça e me afasto deles. Queria esfriar a mente, então volto para minha caminhada. Caminho até umas barraquinhas de palha que tinha na orla da praia.. estava vazio , então me sento numa delas e afundo minha cabeça entre meus braços. Respiro fundo e fico ali, ouvindo o barulho do mar.

—Pensei que estava se banhando hm.—Ouço a voz de Deidara.

Lentamente levanto minha cabeça, ele estava numa barraca mais distante , e logo percebo que ele estava só de sunga. Fico sem graça. Me ajeito no banquinho e olho para o mar. 

—Talvez daqui a pouco eu entre.—Respondo por fim.—E você? Não vai entrar?

Ele demorou para me responder.

—Depois hm.

Não sabia o que conversar com ele.

—Você ... 

—Você...

Nós dois dissemos juntos. 

—Desculpa, o que dizia?—Eu disse.

—Não... diga primeiro hm.—Ele disse.

—Er ... só queria dizer que é um cara muito reservado.—Digo.

Ele me olhava confuso. E logo dá de ombros.

—Hm.

—E o que ia me dizer?—Perguntei.

—Que você é...—Ele não conclui , o que me deixou intrigada. 

—Eu sou?

—Boa demais para ele hm.—Ele diz, olhando para o mar.

Pisco várias vezes. 

—Você diz... Sai?—Pergunto.

Ele não responde. Fico intrigada, me levanto e caminho até ele. Percebo que  ficou vermelho em ver que estava de traje de banho. 

—Você é engraçado.—Digo me sentando no banco em sua frente.—Você diz sua opinião sobre um relacionamento que você se quer conhece..

Ele me olha nos olhos.

—Bem.. deve ser por quê você disse que estava infeliz no seu relacionamento pra mim, no avião hm. –Ele me lembrou. 

Respiro fundo, aquilo estava ficando tão “depreciam-te” que resolvo me levantar e dar um mergulho. Eu falo demais... admito.

Fiquei no mar por um tempo generoso. Estava tão concentrada em esquecer dos meus problemas que nem notei que o loiro se aproximava. 

—Foi mal hm.—Ele disse.

Me viro, e o encaro sem entender.

—Ahn?

—Por ter dito aquilo hm , você está certa... não é da minha conta seu namoro...

Eu lhe mando um sorriso de “tudo bem.” 

—Ás vezes é bom ouvir umas verdades.—Eu digo em tom brincalhona, jogando água nele. Eu não queria que aquele clima permanecesse “pesado” afinal, eu estava naquele lugar lindo.

—É hm.—Ele concordou com uma mão no rosto.

...

De noite todos fomos para um restaurante. Foi extremamente relaxante passar aquela noite alí. Eu conheci um pouco mais o pessoal...  em especial Deidara.

—Então...—Eu comecei, chamando sua atenção.—Você mora sozinho?

Ele concorda com a cabeça.

—É o que seus pais esperam quando se forma na faculdade hm.—Ele diz.

—Ah sim.—Eu fiquei sem graça pois, era só dois anos mais nova que ele, e não havia feito faculdade e ainda morava com meus pais!—Que sorte...

Ele esperava que eu continuasse.

—É que meus pais, em especial minha mãe..—Eu suspiro pesado.—São bem corujas.

—Geralmente são assim , quando se tem filhas hm.—Ele toma sua bebida. 

—É, muito chato.—Concluo fazendo careta.

Ele ri baixo.

—Seus pais não ficam preocupados?

—Não hm.—Ele diz entre ombros.—Sou adulto loira , não um adolescente hm.

É verdade. Eu esqueço disso. Pois, eu vivo cercada de “adolescentes/Jovens” da minha idade... e confesso que no meu círculo de amizade, nós não conversamos sobre “coisas de adultos”. Nós apenas queremos saber de curtição e ‘namoricos’. Ah , como de repente me sinto uma criança perto deles! 

Começo a olhar para todos na mesa, eles eram advogados! Formados ! Adultos ! E eu.. só uma paisagista ... como me senti inferior. 

—Hey...—Deidara me tira dos meus pensamentos.—Quer caminhar hm?

Concordo com a cabeça e nós dois levantamos da mesa. Os outros, não se importaram com nossa ausência , o que me surpreendeu pois se fossem meus amigos, estariam fazendo gozação da minha cara agora.

—Acho tão legal caminhar na praia.—Eu digo, olhando praquele mar, mesmo no escuro.—A última vez que caminhei, era uma criança... não íamos muito na praia. Minha mãe sempre teve “medo do desconhecido”.—Eu fiz aspas com as mãos. 

—No meu caso..—Ele começou depois de um suspiro.—Eu venho pra cá , só para esculpir hm.

Me viro pra ele.

—Você esculpe? 

Ele me olha.

—Eu fiz aquele pássaro que você disse que não estava bom hm.—Ele me lembrou.

Eu lhe mando um olhar de “Desculpa”. 

—Ah...

—E faço várias outras coisas também hm.

—E .. por quê você não está esculpindo?—Afinal , ele passou o dia todo comigo, por assim dizer. 

—Porque...—Ele me manda um sorriso.—Eu encontrei algo melhor pra fazer hm.

Sinto meu rosto esquentar. Por quê ele faz esse tipo de comentário de duplo sentido? 

—Você é tão ...—Eu paro. 

—Sou tão o quê hm?—Ele perguntou.

—Fica fazendo isso comigo!—Eu aponto para minhas bochechas vermelhas.

Ele ri.

—Não tenho culpa que fica vermelha com qualquer comentário hm.—Ele diz depois de rir muito. 

—Ora! Seus comentários dão a entender que está afim de mim!—Eu falo. 

Parecia que o peguei de surpresa. 

—Rá!—Eu grito.—Viu como é bom deixar ás pessoas sem fala?! 

Ele cai na gargalhada.

—É hm.—Ele diz por fim.

Fico inquieta. Ele não negou o que acabei de dizer... estaria ele...? 

—Você....?

Ele me esperava.

—...está a fim de mim?—Pergunto.

Ele coloca uma mão na nuca e olha pro mar. O que foi isso? Era uma pergunta simples.. para uma resposta simples.

Ele se senta na areia e eu logo o acompanho.

—Não sei hm.—Ele diz por fim.

Eu o observava com cautela. 

—Como não?—Eu insistia.

—Você tem algo que me intriga hm.—Ele diz.

Coloco uma mexa de cabelo atrás da orelha. Já levei cantada de vários caras , já fui pedida em namoro por vários caras e nenhum deles eu aceitei, em parte por estar namorando com Sai e também, principalmente por eu ser meio que muito insegura. Eu mentia muito para os caras que me paqueravam... só que com Deidara, era diferente, porque ele já sabia meus segredos.

—Ahn..—Eu não sabia o que dizer.

—Mas... você gosta daquele esquisito hm.—Ele conclui.

Eu ainda o observava. 

—Não pego a mulher dos outros hm.

...

Deidara me levou ao meu quarto, tarde da noite. Devo admitir que estava bastante pensativa sobre o que ele disse mais cedo. Ele sentia algo por mim, ele me paquerava , ele mexia comigo. Mas ... e quanto a Sai? Eu ainda o amava ! Amava? Não sei... 

E com essas dúvidas na cabeça eu caio no sono. Só acordo quando amanhece e com Konan me chamando. Visto um biquíni vermelho e saio do quarto, tomo meu café da manhã e logo , estávamos na praia novamente. Só que dessa vez, tinha bastante gente. 

Resolvo então, ficar deitada na areia para pegar uma cor. 

—Essa é uma vista, mais bonita que já vi.—Ouço uma voz dizer.

Levanto a cabeça e vejo um homem, musculoso e tatuado me observando... meu bumbum para ser mais exata. 

—Com licença !—Eu digo abaixando minha cabeça e fechando os olhos. 

—O que foi loira bonita?—Ele insistia.

Quando ele disse loira, sinto um frio na barriga. Não é qualquer um que me chama assim que eu gosto.

—Eu me chamo Toya, qual seu nome?

—Meu nome é, “Não estou afim”.—Respondo ríspida. 

Droga, onde as meninas se esconderam numa hora dessas? Elas bem que podiam afugentar esse moço daqui. 

—Não dê uma de difícil lindinha.—Ele se senta ao meu lado, sinto o cheiro do seu perfume impregnar minhas narinas, eca.

Sem pedir permissão, ele alisa minhas costas. Aquilo foi a gota d’água , me levanto pronta para lhe dar um merecido tapa , quando percebo que alguém já havia tirado suas mãos de mim. 

—Ela disse que não está afim hm.—Era Deidara, que tinha uma expressão furiosa. 

—O que foi cara?—Toya disse.—Estão juntos por acaso ou o quê?

Abro a boca para dizer que não, mas ele foi mais rápido que eu.

—Somos sim, e dai hm? 

Fico sem reação. 

—Ah é? E por quê sua mina estava aqui, tão isolada e sozinha?—Ele questiona.—Não deveria deixá-la sozinha..—Ele olhava para meu corpo com cuidado.—Com um corpo tão farto como esse.

Coloco a mão sobre meus ombros, que cara escroto. Eu estava prestes a respondê-lo, quando Deidara lhe dá um merecido soco na fuça.

—Ela fica onde bem entender hm!—Exclamou.

Ás pessoas ao nosso redor pararam o que estavam fazendo e começaram a nos observar. Toya , que não gostou nada do soco, se levantou e foi pra cima de Deidara. Eles trocavam socos e xingamentos, até eu entrar no meio dos dois, e empurrar o meu loiro enfurecido para longe. 

—Por quê fez aquilo?—Pergunto , quando estávamos bem afastados das pessoas.

Ele me olhou sério.


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