Sexta-feira. Ô dia santo para muita gente. Pra mim também era até aquela sexta-feira. Eu estava super feliz e animada com o jantar na casa do Nico. O pai dele me convidou então isso quer dizer que nosso namoro

está indo bem.

Me arrumei bem chic estava bem expirada. Vesti um vestido lindo e azul.http://bymk.s3.amazonaws.com/Sets/Set-61199-500.jpg

Adoro preto mais esse jantar é um jantar pais e filhos então tinha que deixar meu lado gótica de lado.

Como nós mora vamos quase que um de frente para o outro eu disse que iria sozinha. Cheguei na casa do Nico e ele me atendeu com um enorme sorriso. Estava lindo com uma calça jeans escura e blusa preta.

Tudo ficava bem nele era incrível.

_Oi.

_Você está linda.

_Obrigada.

_Não precisava ter se arrumado tanto. Deixa você fica linda de qualquer jeito.

Entrei e vi Thomas na cozinha com um avental de laranjas.

_Annelise! Seja bem vinda. Que bom que você veio.

_Como está Thomas?

_Bem. E você?

_Muito bem.

_Meu filho está cuidando bem de você não está.

_Bem...- olhei para o Nico e sorri. _Ele é ótimo. Não tenho do que reclamar.

_Que bom.

Ouvimos a campainha tocar e Nicolas fora atender. Me sentei no balcão da cozinha e fiquei esperando. Tive uma surpresa quando ouvi a voz de Violet e como automaticamente pensei Vanessa. E o pior era ela mesma. A vadia parecia competir comigo. Também foi muito bem arrumada e bonita.

_Olá.

_Boa noite.

_Annelise! Como você está querida.

Violet vei me cumprimentar com abraço. Ela era tão meiga e simples muito diferente da filha que era o cão.

_Estou bem e você?

_Bem.

_Gente vamos nos sentar que o canelone está pronto.

Nos sentamos a mesa e comemos. Ate que o jantar foi agradável. A lambisgóia não deu um pio o jantar inteiro. Nico não tirava os olhos de mim e eu estava bem.

_Bem por que não vamos para a sala.

Disse Thomas nos levando ate a enorme e aconchegante sala.

_Então Anne, você também já sabe o que vai ser quando crescer?

_Bem, eu adoro moda. Sempre amei. Mais de uns dias pra cá eu tenho percebido uma coisa.

_Oque?

_Eu adoro cozinhar. Talvez eu me torne uma estilista/cozinheira.

_Se precisar de ajuda no ramo da moda pode me procurar. Eu sou estilista profissional e tenho um ateliê no centro da cidade. Vai ser um prazer ajudar.

Disse Violet sorrindo.

_Bem, eu não sei vocês mais eu estou louco para tomar um vinho.

_Thomas as crianças.

_ Não vejo nenhuma criança. Vamos é só uma tacinha. Nicolas pegue pra mim lá na cozinha. Temos que comemorar.

Nicolas se levantou e pegou minha mão então fomos ate a cozinha pegar as taças.

_Não liga tá meu pai é doido.

_Tudo bem. De doidos eu entendo.

_Eu vou levar essas taças e essa bandeja. Você leva aquela pra mim?

_Claro.

_Obrigada amor.

Peguei a bandeja e quando me virei bing!

_Vanessa.

_...

_Você me assusto.

_Você deve estar feliz. Conseguiu tudo o que eu sempre quis.

_Você ainda tá nessa Vanessa?

_Você destruiu a minha vida sera que você não percebe?

_Eu não...

_Eu amo o Nicolas e você tiro ele de mim.

_Amor? Amor? O amor é quando você quer ver a pessoa feliz. Seja com você ou não. O amor não aprisiona, liberta. O que você sente não é amor é doença.

Me virei para pegar a bandeja e a taça quando senti uma forte pancada na cabeça. De resto só me lembro de acordar no quarto do Nico com o mesmo do meu lado com uma expressão preocupada.

_Anne você está bem?

_Minha cabeça.

_Eu sei fica calma.

Ao longe ouvi a voz do Thomas.

_A pancada foi mais forte do que eu pensei. Ela deve ter batido bem forte a cabeça quando caiu.

QUANDO CAIU?!

_Espera. Eu não bati a cabeça. A Vanessa tacou a jarra em mim.

_Que mentira você escorregou Annelise. - a vadia gritava.

_Sua cobra venenosa. Eu estava na cozinha com a bandeja na mão então me virei e ela me acertou.

_Anne você deve estar confusa.

_Não Thomas foi ela.

_Calma Anne.

_Não Nicolas foi ela.

_A Vanessa estava no banheiro Anne. Não tem como ela ter te acertado. - Violet tentava defender a filha.

_E em quem vocês vão acreditar?

Todos ficaram em silêncio e me olhando como se eu fosse maluca então olhei para o Nicolas.

_Nicolas?

Ele desviou o olhar para o chão. Era certo. Ele não acreditava em mim. Ninguém acreditava em mim.

_Sempre confiar uma ova.

Me levantei da cama furiosa e muito triste. Sai daquela casa acabada. Ele não confiava em mim. O cara que eu achava que me amava não confiava em mim. Tentei evitar mais eram incontroláveis. As lágrimas.

Vieram como forma de lavar tudo o que eu sentia. Sai correndo pela rua escura sem medo algum. Eu não sentia nada.

Não sentia sim. Dor. Uma dor que superava qualquer sentimento. Como pode eu o amava tanto e ele não tinha coragem de me defender na frente da família dele.

Caminhei sem rumo até o parque. Estava cheio mais eu não ligava era como se estivesse vazio. Me sentei em uma das mesas a mais afastada e fiquei olhando as estrelas. O céu estava lindo e eu triste. Já não tinha

mais lágrimas. Não tinha mais nada. Pensava em meus pais. Como eu queria que eles estivessem aqui. Agora mais do nunca.

Fiquei por um bom tempo sentada até que vi um pouco distante vários garotos sentados no mato, estavam com cigarros e o mais velho deles estava olhando pra mim. Vir pra praça com vestido curto, mais maconheiros mais estar sozinha. Isso não ia acabar nada bem. Estava em situação drástica. Se correr o bicho pega se

ficar...

Continuei sentada fingindo que não os via até que um careca se levantou e se sentou ao meu lado. Não olhei pra ele mais via se que boa coisa ele não queria.

_Está sozinha gata?

Não tô acompanhada do homem invisível.

_Não. Meu irmão vai vir me buscar.

_Não quer ficar com agente um pouco. É perigoso ficar sozinha aqui. Ainda mais vestida assim.

_Eu to bem. Obrigada.

_A não faz doce é vem logo.

_Por que não deixa a moça em paz. Ela quer ficar sozinha.

Matheus!

_E quem é você?

Assim que o asqueroso viu que era o Matt abaixou a crista.

_Matt. Eu não vi que era você. Ela é sua garota?

_É.

_Foi mal cara. Desculpa ai gatinha. Até a próxima valeu!

Ele se levantou e saiu com o rabo entre as pernas. Essa foi por pouco.

_Você está bem? - ele perguntou preocupado.

_Sim.

_AGORA VOCÊ PODE ME DIZER O QUE TÁ FAZENDO AQUI SOZINHA A ESSA HORA?!

_Não grita comigo!

Ele me olhou e parecia ter percebido algo.

_O que foi? - perguntei.

_Você andou chorando?

_Não.

_Não mente. Parece que você estava fumando maconha com aqueles caras. Seus olhos estão vermelhos.

_Eu... Nada.

_Hei. Eu salvei sua vida. Tenho o direito de saber.

_Eu briguei com o Nico.

_Deixa adivinhar. Brigaram pra saber quem tem a cor de cabelo mais bonita?

_...

_Desculpe.

Ficamos em silêncio por uns instantes olhando para céu. O vento frio vindo do longe batia em meu corpo me fazendo tremer. Mais não me importava como frio e nem com nada.

_Você esta com frio? - ele disse colocando seu casaco nos meus ombros.

Ele sorriu e fez algo inusitado. Ele me abraçou. Achei aquilo super estranho. Nos separamos e ele olhou para o chão.

_Isso vai passar. - ele disse ainda fitando o chão. _Essas coisas... elas acontecem. Mais por mais duro que seja elas passam.

_Obrigada.

_Seu irmão sabe onde você está?

_Não.

_Então vamos embora! Ele deve tá colocando a policia atrás de você.

Ele pegou minha mão a caminhamos até o pequeno estacionamento do parque. Matheus subiu em uma moto vermelha e colocou o capacete.

_Vem!

_Tá de zoa.

_Não.

_Eu não posso andar de moto com esse vestido.

_Eu não vou olhar nada vou estar pilotando.

Já que não tinha tatu vai tu mesmo. Subi na moto e coloquei o capacete.

_Segura firme.

_Por que?

Ele ligou a moto e eu gelei tratei de obedecer e me segurar. A moto saiu em disparada em direção a minha casa. Dava medo mais era muito legal andar de moto. Era uma sensação de liberdade incrível.

Chegamos em casa e Matt estava nervoso. Achei engraçado era a mim quem o Lucas iria matar não a ele então por que tanto nervosismo.

Abri a porta com minha chave reserva e tive uma surpresa. Sarah, Vick e Nicolas sentados no sofá todos com caras preocupadas. Assim que Lucas me viu veio correndo me abraça.

_Anne. Onde você estava sua garota maluca?

_Eu tô bem.

_Não não está. Você vai ficar de castigo por um ano. - sua voz era um misto de alegria, tristeza e raiva. Ele não sabia se me dava uma bronca ou se me abraçava por eu estar bem.

_Você... Matheus? – Nicolas percebeu que o Matt estava ali e perguntou surpreso.

_Oi cara.

_Por que vocês vieram juntos?

_Longa historia.

_Anne.

Nicolas se levantou e veio até mim. Eu desviei e fui até o Matt.

_Obrigada. - sorri para ele e depois subi as escadas para o meu quarto.

Assim que entrei deitei na cama e então senti a porta abrir eram Sarah e Vick.

_Você está louca menina. Seu irmão quase morreu. - disse Sarah me fitando.

_Desculpe. - disse calma.

_O que aconteceu amiga? - perguntou Vick.

Contei tudo o que aconteceu, na casa do Nico e no parque. As duas me olharam pesarosas não sabiam ao certo se me davam uma bronca ou me consolavam.

_O Nicolas é um idiota. - Gritou Sarah.

_É não acredito que ele não te defendeu.

_Não importa mais. - disse recostando a cabeça no travesseiro. _Por mais que seja difícil vai passar.

Me lembrei das palavras de Matt. Eu ainda estava com seu casaco. Respirei fundo e senti seu cheiro.

Sorri silenciosamente. Eu era estranha. Mais admito que aquele cheiro me ajudou a dormir naquela noite.