O diário da minha ansiedade escrita por Heyelastigirl


Capítulo 2
Folha 02




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16.07.18

Hoje acabou que o dia foi bom. Excelente na verdade! Acordei de um sonho que tive com a Arizona e foi até casual, segundo uma amiga minha, a Rafaela. Ela não faz parte do sexteto. Rafaela é uma amiga minha que conheci consequentemente a uma fãnzice tiete minha por Katya Zamolodchikova.

Durante a tarde eu pensei bastante sobre o assunto, e eu estou decida a dar a Arizona o buquê de flores, realmente. Eu fui na Floricultura que tem aqui no meu bairro para consultar o preço. Eu chamei a Jéssica para ir comigo. O buquê com alguém para entregar ficou oitenta e cinco reais, bom, eu sou o tipo de pessoa que quanto mais gosta mais presentes caros quer comprar, eu tenho uma alma de sugar mommy. Então acabou dando tudo certo, eu vi como era o buquê e eu gostei, me agradou. Era realmente rosas vermelhas. Eu estou um pouco confusa em questão do que eu escrevo no bilhete, porque consequentemente eu irei vê-la ganhar esse buquê na minha frente.

A ideia de comprar o buquê e de fazer tal loucura por ela não me assusta, entende?! O que me assusta é eu ter que ver, ver ela na sexta-feira. Eu fiquei imaginando isso a tarde toda hoje e isso me deu aflição, minha ansiedade disse até Olá para mim. Porque só de criar a ideia na minha cabeça me bate um desespero que me diz tão alto ao meu ouvido para eu não fazer isso, que eu não vou aguentar.

Mas eu aprendi a ignorar essa voz, e aprendi a dar nome para ela também, a voz da minha cabeça se chama Martha. (Obrigada Katya, por me ensinar tanta coisa que eu não sabia na minha vida.) Eu aprendi a ignorar essa voz e passar por cima dela.

Todas as vezes que a Martha grita na minha cabeça: "Não faça isso, você não é capaz de fazer isso, vai dar buquê pra ela pra quê? Ela vai odiar! Se ponha no seu lugar você não é nada e nem ninguém, não tem coragem de falar com ela mas vai comprar um buquê, sério isso?" Tem outras coisas bem mais assustadoras que essa voz me diz que me faz querer parar, ou nem tentar fazer algo. Tanto em relação a Arizona, como em relação a todas as coisas que acontecem na minha vida. Confesso que as vezes ela acaba ganhando de mim e eu odeio quando isso acontece.

Eu estou feliz de certa forma e com esse medo também, porque eu quero presentear a Arizona com flores e se eu pudesse daria muito mais. Mas eu tenho tanto medo dela descobrir e tudo que a gente tem acabar. Eu sinto que eu estou me enfiando numa encrenca grande e mesmo que eu tenha noção disso eu quero ir fundo, eu quero me jogar — anonimamente, claro.

Estava a pouco dias atrás, eu, Tayná, Jéssica, Duda, Thais e Larisa falando sobre esse assunto no grupo do WhatsApp (Bom, o único assunto que gera mais tempo e ibope é quando falamos da Arizona lá. A foto do grupo é uma foto dela que a Duda pegou no seu Facebook.) E eu stealkando a Arizona no Facebook, eu acabei achando uma foto em que o namorado dela a deu um arranjo de flores. Eu particularmente detestei e as meninas concordarem comigo, falando que parecia flor de enterro. Eu ri tanto! Na verdade não parecia flor de enterro mas era uma flor sem brilho, não era harmônico e não passava tanto amor assim. Eu acredito que as flores era tulipas laranjas, o que costuma ser lindas flores, mas não estavam. O que me fez até duvidar se as flores eram verdadeiras. Ficamos um bom tempo rindo disso porque era superficial demais e as meninas dizendo que as minhas rosas teriam mais amor e sentimento apesar da Arizona ficar totalmente confusa e sem entender quando recebe-las.

Eu tô até empolgada para chegar na sexta-feira mas também estou com medo de ouvir a Martha e desisitir de tudo por causa da minha ansiedade e minha paranóia constante. Mas até lá, eu tenho muito tempo para pensar e ver o que eu farei sobre isso.

Eu espero que eu não desista, porque quando se trata de algo romanticamente eu sempre estou com...  não só um pé atrás mas os dois, apesar de não fazer sentido a frase assim, eu continuo estando.

 


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