Em Mairiporã, na casa da minha avó, eu também me aventurava. Ficava submersa em um barril d’água ou passeávamos na estrada de jipes com o Arro, o rotweiller da minha avó. Ele era bem manso.

Num desses passeios, uns primos que eu não conhecia, foram também. No dia anterior havia chovido, então a estrada de onde jipes passavam estava um lamaçal.

Estávamos caminhando e nos deparamos com um trecho, onde pelos pneus dos jipes, havia formado uma lagoa. Tinha três jeitos de passar nesse trecho: Pelos lados e pelo meio. Meu pai foi do lado esquerdo, um primo meu foi pelo meio e o Arro foi pelo lado direito. A guia do cachorro batia nas pernas do garoto. Não sei o que o Arro viu, mas quando eles estavam terminando a travessia, o cachorro saiu correndo, puxando meu pai e jogando meu primo na poça de lama. Nós rimos muito do desespero do menino, dizendo que a mãe dele ia brigar. Meu pai acalmou-o e seguimos em frente.

Voltando para a casa da avó, um cano tinha estourado e como lá era uma estrada de terra, a subida estava muito escorregadia. Mas o que podíamos fazer? Era o único jeito de voltar para lá sem ter que fazer o mesmo trajeto gigante.

Estávamos subindo, quando o Matheus derruba o Guilherme que me leva junto. Ficamos totalmente sujos de barro. Nossas mães iria nos matar. Bem, eu tive a genial idéia de tomarmos um banho d’água do cano. Voltaríamos molhados, mas não cheios de lama.

Chegando lá, quem levou mais bronca foi meu pai, mas também não escapamos. Pelo menos tinha sido um dia engraçado. Isso nós molhados, imagina se chegássemos cheio de lama? Iríamos virar churrasquinho!