Na chácara do meu avô, tem uma piscina, quando esta ficou pronta, eu e meu tio Fernando fomos os primeiros a estrear. Detalhe: Era pleno inverno. Mas estava MUITO frio, muito mesmo. E eu era muito pequena.

Grande parte da minha infância foi passada nessa chácara, sendo assim, a maioria das aventuras também.

Eu me achava superior às outras crianças porque eu aprendi a nadar nessa piscina. Eu ás via com bóias nos braços enquanto eu nadava livremente e os adultos se preocupavam comigo.

Lembro-me também de que eu descia com a bicicleta a capela e eu detonava meu chinelo, porque a bicicleta não tinha freios, a estradinha era de cimento e a subida é íngreme e o trajeto era muito grande.

Eu, meu irmão Guilherme e meu primo Matheus éramos inseparáveis, aí teve um dia que tivemos uma grande idéia: Cavarmos um buraco para chegarmos do outro lado do mundo, na China. Ficamos sábado e domingo inteiros cavando, como não era férias tivemos que voltar para casa, mas voltaríamos no outro fim de semana. Então deixamos para chegar à China na outra semana. A semana passou lentamente e enfim iríamos para chácara e chegaríamos a China pelo buraco. Qual foi a nossa decepção ao ver o buraco tampado! Mas não desistimos e todo final de semana nós cavávamos o buraco tampado. Até que desistimos da idéia já que tinha uma força maligna nos impedindo.

Eu pensava assim: “Aqui é um paraíso, pois tem piscina e churrasco!” Eu era [sou] uma carnívora profissional. Meu apelido era tiranossauro rex. Eu tinha meu companheiro nas horas de ficar no balcão da churrasqueira. O Bob. Bob era um cachorro, e como eu não gostava de gorduras, eu as tirava e dava pra ele, que comia satisfeito.