O Amor Mora ao Lado escrita por Aninha_M_Cullen, Andrezza_Prado


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Pnto de Vista Edward Cullen



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A Conversa entre Alice e a filha adotiva dos Swan só fazia meus pesadelos virem a tona. Pesadelos que eu tentava a todo custo esquecer. Ela disse que não se lembrava de nada de seu passado, como poderia? Bem ela não se lembrou de mim. Nós éramos tão próximos, lembrava-me de vê-la sorrir enquanto passeávamos pelas ruas de Londres. Era o mesmo rosto e o mesmo sorriso que estava na minha frente agora. Eu daria qualquer coisa para sair daqui, e não ter que continuar a encarar o passado mais negro de minha vida.

-“Bella quando sai o jantar? Eu não agüento mais esperar...” Emmett disse para a garota que mais cedo estava no balanço. Bella, O nome fazia jus à pessoa, ela era realmente Linda!

-“Vou arrumar alguma coisa para nós.” Bella disse se levantando, eu fiquei estrategicamente ao seu lado, encostado na árvore, para ver todos os seus jeitos e movimentos. Ela sempre olhava em minha direção e quando nossos olhares se cruzaram ela corava e jogava seu cabelo para esconder seu rosto. Seu cabelo escuro estava com leves tons avermelhados com a pouca luz que o sol agora fornecia.

-“Vocês vão nos acompanhar?” Ela perguntou olhando para mim e depois para Alice. Espero que ela não tenha mudado de idéia.

-“Se não for muito incômodo.” Alice respondeu. Fiquei grato por poder ficar mais algum tempo na companhia dessa garota. “Não tem nada para comer lá em casa” Alice completou sorrindo e recebeu o lindo sorriso de Bella em troca.

-“Será um prazer.” Ela respondeu e olhou para mim. “Com licença!” ela falou saindo do lugar. Esse era a oportunidade que eu precisava para sair da companhia da menina que me trazia lembranças tão tristes. E o melhor poderia compartilhar um pouco mais de tempo ao lado dela.

Como eu posso pensar nela dessa forma se mal nos falamos? Isso não era normal, já fazia muito tempo que não me interessava por ninguém. Pensando bem, eu nunca me interessei por alguém com tanta intensidade e sem ao menos saber quem era essa pessoa. Essa Isabella, Bella, deve ser muito especial.

-“Posso ajudá-la?” Perguntei já me afastando da árvore para acompanhá-la. Todos pareceram surpresos com minha iniciativa. Bella estava confusa. Será que ela não queria minha companhia?

-“Hum... Precisa não, está tudo bem.” Ela pensava pra falar, ela não queria ficar perto de mim. “Pode continuar com os outros.” Ela disse tentado ser simpática, mas eu não desistiria tão facilmente.

-“Eu insisto!” Eu disse olhando dentro de seus olhos, seus lindos olhos chocolate.

-“Ahm, ok! Tudo bem então! Obrigada!” Ela consentiu um pouco nervosa. Não queria impor a ela minha companhia, mas era a única forma de sair daquele jardim e de conhecê-la melhor... Imprimi certa distancia entre nós, já a estava obrigando a ficar em minha companhia não precisa ficar tão perto assim. Adiantei-me um pouco para abrir a porta para ela. Seu rosto corou por inteiro, ela não deve ser acostumada a gentilezas, se olhar pelo irmão que tem ele não deve ser adepto ao cavalheirismo e seu pai sendo chefe de polícia deve ser um homem bem distante.

Ela entrou para a cozinha e eu a segui. Bella parou olhando para mim ainda encabulada e apontou uma cadeira.

-“Sente-se isso pode demorar um pouco” Ela disse para mim enquanto se virava para pegar os ingredientes no armário.

-“O que você vai fazer?” Perguntei, eu gostava de ouvi-la falar, sua voz era linda. Eu faria o possível para que ela continuasse a falar para mim.

-“Ahm,” Ela pensou um pouco olhando para o que tinha pego. “Não faço idéia!” Ela admitiu sorrindo. “Alguma sugestão?” Ela perguntou voltando-se para mim, seu rosto iluminado com seu sorriso.

-“O que você tem ai?” Eu disse me levantando e indo em sua direção. Seu sorriso diminuindo com a minha aproximação e o rubor voltando para as maçãs de seu rosto. Ela ficava ainda mais linda com o tom avermelhado em seu rosto.

            Olhei o que ela tinha. Alguns temperos folhas de cheiro, uma massa de tomate, tomates, pimentões, milho, ervilha.

-“O que me diz de uma macarronada?” Eu disse olhando para ela.

-“Por mim tudo bem, é rápido de fazer.” Ela disso sorrindo, aprovando minha sugestão.

-“Quer que eu ajude a preparar os ingredientes?” Eu ofereci pegando um pouco de cada coisa sobre a bancada.

-“Não será necessário.” Ela disse rapidamente pegando minhas mãos. Seu toque em minhas mãos foi leve e quente, fazendo meu coração disparar em meu peito. Ela ficou mais vermelha ainda, com o rosto baixo.

Abaixei atrás dela segurando suas mãos meus lábios em seus ouvidos.

-“Eu insisto!” Sussurrei para ela. A senti vibrar e corar consideravelmente. Ela manteve por um curto tempo suas mãos em baixo da minha e depois as tirou com força. Será que ela havia percebido que eu estava flertando com ela? Será que ela se sentiu ofendida? Espero que não.

Endireitei-me, levei as coisas para a mesa e sentei em minha cadeira. Ela pegou uma faca e estendeu para mim. Nossas mãos se tocando novamente quando peguei o utensílio dela. Ela foi em direção a geladeira. E pegou o restante dos ingredientes pra o molho. Observei cada movimento seu e quando ela percebeu que estava olhando a porta da geladeira bateu em sua própria perna, tomei um susto percebi que ela estava se desequilibrando e caindo por reflexo me joguei na sua frente e a segurei. Agora nossos rostos estavam bem próximos, olhando um nos olhos do outros.

-“Você está bem? Se machucou?” Perguntei colocando-a em uma das cadeiras. Ela pensou um pouco antes de me responder.

-“Não eu estou bem. Estou sempre caindo e batendo nas coisas. Isso é Normal...” Ela disse com um sorriso fraco no rosto. Ainda envergonhada pela cena e pela nossa proximidade.

-“Você sempre faz coisas como essa?” Eu disse sorrindo.

-“Com alguma freqüência.” Ela admitiu encabulada. Eu sorri largamente vendo a cena em minha mente.

-“Bem então acho que vou passar grande parte do tempo ao seu lado.” Eu disse ainda sorrindo, ela olhou para mim, seus olhos cheios de uma emoção desconhecida para mim. “Não gostaria de perder a próxima peripécia.” Eu terminei. Seu ar passou a ser de raiva, será que a ofendi? É que foi realmente engraçado a forma como ela se atrapalhou somente fechando a porta da geladeira.

-“Não terá tanta graça se você ficar me segurando.” Ela disse com um tom ácido, acho que a magoei.

-“Bem, então prefiro não vê-la ferida a me divertir com suas trapalhadas.” Eu disse de forma sincera, mas com certo humor em minha voz. Ela me olhou surpresa. O que será que ela estava pensando? Ela não disse mais nada e foi em direção ao jantar, que ainda estava sobre balcão para começar a ser preparado.

Ficamos algum tempo em silencio. Eu piquei tudo o que tinha. Ela colocou o macarrão para cozinhar. Enquanto esperávamos, ela se sentou à mesa comigo com um copo de coca em suas mãos.

-“Vocês ficaram muito tempo em Londres não é?” Ela perguntou sem prévias.

-“Sim.” Eu respondi de forma seca. Será que ela tinha percebido minha reação com relação a sua irmã e tinha ligado os fatos?

-“Você conhecia muita gente lá?” Ela perguntou, passando o dedo na borda de seu copo.

-“Algumas pessoas.” Respondi friamente. Eu já imaginava onde essa conversa chegaria.

-“Sua namorada ainda está lá.” Ela perguntou, sua voz falhou um pouco.

-“Minha namorada faleceu dias antes de eu me mudar de Londres” Ela levantou seus olhos arregalados.

-“Ela morreu? O que aconteceu?” Ela perguntou totalmente surpresa. Não queria falar sobre isso. Era algo que me magoava muito. Mas ela acabaria por saber, mais cedo ou mais tarde...

-“Acho que o macarrão já está cozido.” Eu disse desviando do assunto. Ela percebeu que não queria falar disso. E mudou de assunto enquanto se virada para olhar a panela.

-“Sua irmã é muito divertida. Ela é sempre tão espontânea?” Ela disse tentando puxar outro assunto.

-“Sim, ela sempre faz o que lhe dá na cabeça. Age totalmente por impulso. E não tem travas na língua com Jasper disse.” Eu a respondi com um leve sorriso, tentando amenizar o clima que se instalou com a conversa anterior.

-“Vocês ouviram tudo o que a gente falou e perguntou sobre vocês a Jasper?” Ela disse um pouco nervosa.

-“Sim!” Eu respondi, sem ligar muito por isso. Ela ficou novamente corada.

-“Ainda bem que não falamos nada demais...” Ela continuou ainda nervosa.

-“Sim, só o interesse de sempre pelos vizinhos novos.” Eu disse sorrindo. Ela relaxou.

-“Vocês estão em qual ano na escola?” Ela perguntou virando-se para mim depois de verificar o macarrão.

-“Eu estou no segundo e Alice está no primeiro.” Eu respondi. “E vocês?”

-“Rosalie e Emmett estão no terceiro ano. Eu estou no segundo, mas tenho algumas matérias do 1º. Jasper está no 1º. Nessie e Jacob estão no nono ano do ensino fundamental.” Ela disse.

-“Então você terá algumas aulas comigo e com Alice.” Eu disse sorrindo com a idéia de tê-la como minha companheira de classe. “Porque você está fazendo disciplinas do primeiro ano?” Perguntei curioso, ela não tinha cara de quem fica de dependência.

-“Bem, nós podemos escolher aulas extras para completar o histórico e o 1º ano tem aulas de música e dança com os pais de Jasper e Rosalie, então eu faço aulas com eles.” Ela respondeu.

-“Você toca o que?” Eu perguntei interessado.

-“Na verdade não sei tocar nada. Não tenho muita coordenação motora para isso. Como você viu, eu sou meio descoordenada.” Ela disse um pouco envergonhada. “Você toca alguma coisa?” Ela perguntou.

-“Sim, eu toco um pouco de piano. Não toco muito bem!” Menti, eu fiz aula por 11 anos, já toquei na orquestra de Londres, mas não iria me exibir para ela. “O que você dança?” Perguntei curioso.

-“Eu faço aulas de Dança do Ventre, Flamenco e Tango” Ela disse e começou a tirar o macarrão da panela. “Mas não sou muito boa, sempre me atrapalho e acabo caindo. Rosalie dança muito bem, ela dança tango com Emmett, eles arrasam, já até competiram.” Ela acrescentou.

-“Gostaria de te ver dançar.” Eu pensei, mas acho que falei em voz alta porque ela deixou a panela cair de sua mão. Sorte que foi dentro da pia, caso contrário ela teria o pé todo amassado e a blusa cheia de macarrão.

-“Você está brincando?” Ela disse sem graça.

-“Não, eu realmente gostaria de vê-la dançar.” Eu disse olhando para seu rosto, admirando o tom crescente de vermelho em suas bochechas.

-“Não me ouviu dizer que não danço bem?” Ela disse virando-se para mim, seu tom beirando a impaciência.

-“Ouvi, mas acho que você deve ficar linda quando dança.” Respondi encarando-a de volta.

-“Quer dizer engraçada, neh?” Ela rebateu.

-“Não. Gostaria que dançasse para mim, aposto que eu vou adorar.” Eu respondi. Sua aboca abriu em um “O” perfeito. “Ah, não pense errado, não quero que dance para mim, só para mim. Gostaria de vê-la se apresentando.” Eu disse sem jeito, espero que ela não tivesse me interpretado mal. Apesar de que gostaria que ela se apresentasse somente para mim.

-“Bem, isso não vai acontecer. Eu não participo de apresentação de dança. A única vez que participei, eu derrubei metade do elenco.” Ela admitiu por fim.

-“Então, nesse caso você terá que dançar somente para mim.” Eu disse agora flertando descaradamente com ela. Parece que funcionou, ela me respondeu de forma surpreendente.

-“Você por acaso vai dançar comigo?” Ela desafiou.

-“Porque não?” Respondi de volta. Levantei-me e me aproximei dela. Peguei sua mão. Ela prendeu a respiração. “Podemos dançar aqui, se você quiser.” Eu disse segurando-a, ela cambaleou para trás e eu aproveitei para diminuir o espaço entre nós.

-“Acho... que... tenho que terminar o jantar.” Ela gaguejou com a minha proximidade.

-“Sem problemas, você fica me devendo uma dança.” Eu disse soltando-a. Ela demorou um pouco, piscou algumas vezes, e se virou para o fogão para começar o preparo do molho.

Passamos o resto do tempo sem conversar, eu olhando para ela rindo de sua timidez. Quando nossos olhos se cruzavam ela sempre corava e eu dava o meu sorriso torto que, segundo Alice, era lindo e infalível. Ri com esse pensamento. Ela terminou de preparar o jantar ao mesmo tempo em que um carro parava na entrada casa. Ela chamou todos para comer, Alice se sentou ao lado de Jasper, Rosalie ao lado de Emmett, o chefe Swan que havia acabado de chegar sentou entre Renesmee e Jacob Eu estava entre minha irmã e Emmett de frente para Bella.

Depois do jantar, nos despedimos e seguimos para nossa casa. Alice foi para seu quarto tomar banho. Agora sozinho poderia pensar em tudo o que aconteceu hoje. Aquela garota cuja morte assombrava hoje aparece saudável na minha frente. Pensando nela, fui em direção ao meu guarda-roupa que já estava montado. Peguei uma caixa onde guardava meus pertences mais particulares, depois de procurar um pouco achei a foto que queria. Uma linda garota loira, olhos azuis como água e sua irmã mais nova, cabelos mais escuros e olhos grandes. Quando ouvi um arfar, virei para trás assustado, Alice estava de pé atrás de mim vendo a foto, não sei como ela chegou tão perto sem que eu percebesse, ela tinha reconhecido a garota na foto e eu tenho certeza que ela iria me fazer contar toda a terrível história do meu passado em Londres para ela.

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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado de mais esse capítulo!
Não esqueçam dos comentários!!!
ROBeijos!!!