Amor e Vingança-Reneslec escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 23
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P.O.V. Alec.

Me lembro de quando comecei a pensar á respeito do que sentia.

Flashback On.

Estava ainda pensando no que a feiticeira disse.

Flashback On.

—Você faz alguma ideia do quão raro o amor é? Eu pessoalmente o encontrei uma ou duas vezes em mais de dez mil anos. Não deixa o seu amor fugir.

Flashback Off.

Flashback On.

Eu a encontrei no salão principal andando e olhando a decoração.

—Você gosta?

—Esse lugar não mudou nada desde que consigo me lembrar. É um milagre que os três colocaram internet, telefone e eletricidade. Duvido que vocês façam alguma ideia de quem seja esse povo retratado nas pinturas.

Disse olhando para os quadros nas paredes.

Ela ainda estava usando o mesmo vestido, o mesmo penteado. Mas, prestando atenção notei que nas orelhas ela usava brincos que eram estrelas do mar prateadas com brilho. Encrustadas de cristais e o colar no seu pescoço era o mesmo de sempre. Um medalhão redondo com uma flor de lis em alto relevo.

—Porque ainda usa esse colar?

—Porque minha mãe o deu para mim. Um dia antes... do teatro na clareira. Ela disse que me amava, mais do que a sua própria vida. Ela o deu para mim para o caso das coisas irem para o buraco. De dar tudo errado e eu perder a minha família... para os seus Mestres sem coração.

Disse chorando de raiva e apertando o medalhão entre as mãos. Sua maquiagem era simples. Um batom cor de rosa, os olhos esfumaçados e os longos cílios cheios de rímel. A pele dela era pálida, mas levemente morena, ela parecia tão humana.

Ficava puxando o espartilho para baixo.

—O que foi?

—Essa roupa toda incomoda. É difícil de caminhar com essa saia e o espartilho torna difícil respirar! É como ter um caminhão no peito. Toda vez que eu respiro essa porcaria me aperta! E ao contrário de você, se eu não respirar... eu morro.

Ela fez uma pausa para respirar mais de uma vez. Longa e profundamente.

—Bom saber.

—Porque? Vai tentar me matar enquanto eu durmo?

—Oferta tentadora, mas não.

—Cuidado ein, desse jeito eu penso que você tem humanidade.

Eu ri.

—E o que te faz pensar que eu não tenho?

—Já se olhou no espelho? Comensal da morte.

—Comensal da morte? 

—Nunca leu o Harry Potter não é? Ai, mas que falta de cultura popular. Não me admira. Vive aqui, enclausurado nesse Castelo mofado. Tudo aqui tem cheiro de velho. E é porque tudo aqui é velho.

P.O.V. Renesmee.

Para um Volturi ele nem é tão ruim. Então ele olhou pra mim, bem nos meus olhos. Vermelho no castanho.

—A poção mágica me fez perceber uma coisa.

—E o que seria?

—Que eu estou completamente, incondicionalmente e irrevogavelmente apaixonado por você. Eu sou seu para sempre porque quando eu olho para você Renesmee Cullen, eu só vejo... um anjo.

—Se for um jogo seu, eu vou acabar com a sua raça miserável.

—Não é.

—Sabe, estar aqui e ouvir você dizer isso é bom, mas ao mesmo tempo a história fica tocando na minha cabeça como um sinal de alerta.

—Que história?

—A de Silas, Amara e Qetsiyah. Pobre Qetsiyah. Ela era doida, é verdade, mas o Silas não tinha o direito de ter feito aquilo com ela.

—O que?

—Como uma tola apaixonada ela criou um jardim inteiro para o seu casamento. Silas e ela deveriam beber o elixir da imortalidade como parte de sua cerimônia de casamento. Mas, então... tudo ao redor dela começou a morrer. Literalmente a morrer. Sua flor de casamento, as treliças do jardim, a colheita então ela percebeu o porque. Silas já estava bebendo o elixir da imortalidade em outro lugar. Ele a usou, pegou o que queria e então o cretino a abandonou. Largou-a no altar.

—Mas, eu não sou Silas.

—Não. Você é Volturi. O amor é um sentimento poderoso, ele é usado como ferramenta pelos melhores e como arma pelos piores. E se estamos sendo honestos, não duvido que seja capaz de usar os sentimentos de outro como arma para conseguir o que quer. O que Aro quer.

—Acha que eu estou mentindo e que vou te usar?

—Como descobriu isso?!

—Porque acha isso?

Ela olhou pra mim com cara de... sério?

—Talvez porque, desde que consigo me lembrar você me odeia. Me chama de abominação, me despreza e assim... do nada. Do meio do nada... vira pra mim e fala... Ness eu te amo. Não levanta suspeita?

P.O.V. Alec.

Bem, agora estou chocado. Ela pensa que eu a desprezo? Porque?

—Porque pensaria que eu a desprezo?

—Se tá falando sério?! Mas, como você é sem noção! Talvez, porque toda vez que se dirige a minha pessoa desde que eu consigo me lembrar você é um estúpido! Um grosso. Nunca nem me chamou pelo nome. E sempre que fala o meu sobrenome fala como se o simples fato dele sair da sua boca te desse vontade de vomitar! Sempre que olha pra mim, me olha ou com cara de desprezo, ou de paisagem ou de entojo. Sempre que aparece no meu quarto, parece que tá lá só porque é obrigado e como se aquela obrigação fosse a coisa mais chata, odiosa e ou nojenta que já teve que realizar como limpar uma caixa de gordura ou desentupir uma privada!

Nossa!

—Bem, parece que sou melhor ator do que pensava. Mas, eu não me lembro de te chamar de abominação.

—Não verbalmente. E acho que era isso que me dava mais ranço de você. Porque não dizia um eu te odeio, abominação logo e acabava com aquilo! Ficava naquele... vamos Cullen, o Mestre espera Cullen.

Disse fazendo uma péssima imitação da minha voz.

—Bem, eu nunca desprezei ou odiei você. Na verdade, eu a invejo e muito.

—Bom, isso é novidade. Porque?

—Porque você tem uma família. Enquanto eu sou um mero troféu na Coleção de Aro.

—É porque quer. Você não é mais recém-criado, qualquer tipo de dívida que pense ter com ele você já pagou. E espero mesmo que isso não te suba a cabeça, mas... se liga maluco, Você é o Alec Volturi. Um dos vampiros mais poderosos do mundo. Uma arma ofensiva letal e apavorante que me causou pesadelos durante toda a minha infância. Então, você não tem que ter medo do Monstro Aro. Ele é que tem que ter medo de você. Se ligou?

 


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