Uma Seleção com Rosie Ambers escrita por ANA


Capítulo 55
Capítulo 51


Notas iniciais do capítulo

Se isso é um surto da Rosie, da autora ou será coletivo, não sei, mas to postando.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/771653/chapter/55

Ao autor dos bilhetes, 

Gostaria de saber se você quer um diálogo. Há muito tempo tenho recebido apenas mensagens, a maioria sem sentido nenhum. Agradeceria se pudesse me dizer o que quer de mim.

Rosie.

"Você respondeu o bilhete!?" seu tom era de repreensão.

Dei um risinho nervoso. Eu sabia que Osten não ia ficar nada feliz em saber disso,mas esperava que estivesse menos revoltado quando chegasse. 

“Veja pelo lado bom:”

“Não tem lado bom, Rosie! Se voc…”

“Claro que tem! Olha, se eu for respondida, vou poder convencer a pessoa, pouco a pouco, a se apresentar. Acho isso até mais fácil do que achar a Megan.”

Pelo fato das negociações na Federação Alemã terem se sido prolongadas, Osten pediu a Eduard que tomasse a frente na busca por mais informações sobre Megan e Harry, principalmente sobre Megan.

Foi bem difícil consegui-las. Isso porque as câmaras de segurança foram danificadas durante o ataque no hotel, o que tornou indispensável procurar pelo rosto da garota em alguma câmera da área ao redor do hotel ou do aeroporto (para onde deduzimos que ela poderia ter ido, já que citou morar na França).

Não sei como convenceram as autoridades responsáveis pelo caso e as do aeroporto que de seria importante saber sobre o paradeiro de Megan se ela sequer participou diretamente do ataque ao hotel. Talvez o fato dela estar presente a tornasse 'suspeita'... 

“Eu esqueci de contar, mas hoje Eduard me trouxe as fotos de todas as passageiras para França daquela semana do ataque ao hotel, e eu identifiquei uma que muito provavelmente é ela, como a gente desconfiava. Mas, infelizmente, isso não garante que vão achar Megan no território francês. Por isso, acho muito necessário responder alguém que já vem querendo entrar em contato comigo há um tempo.”

Osten soltou um suspiro designado ao final do meu discurso.

“Tem razão, mas cuidado com o que você diz. Nada de marcar um encontro com essa pessoa desconhecida, ok?”

“Ok.”

“Consegue me prometer?”

“Prometo.” Revirei os olhos. 

“A propósito, encontrei Allan na última conferência…Ele me disse que aceitou fazer o novo teste de DNA, mas antes vai precisar voltar para casa, porque a esposa está doente.Mas ele falou que não é nada demais.”

Osten com certeza queria me tranquilizar. Porém,me senti mal, porque  Marie era minha suposta mãe, e eu não tinha nenhum vínculo real com ela para ter uma preocupação real com sua saúde.

“Tá…E o Allan sabe que não pode comentar com Oliver sobre o exame?”

“Sim, pode deixar. Eu acabei abrindo o jogo: falei que Oliver não ficou muito feliz quando Aimee disse que poderiam ser irmãos, e o Allan não ficou surpreso. Pra falar a verdade, disse que sempre soube do ego do filho e que ele não era exatamente um ‘exemplo de educação para com as pessoas’.”

“Nossa…”ri.

“Pois é.”Osten também achou graça” E ele disse exatamente nessas palavras.”

“Olha, eu…”

“Você…?”

Respirei fundo.
“Eu andei pensando, principalmente na carta da Megan para o Harry. Sobre o fato deles terem planejado me encontrar naquele hotel.”

“Hum…”

“Eu acho que eles estão de alguma forma ligados a pessoa que me trouxe da França para Illea, e queriam me contar a verdade por algum motivo.  E, sim. Isso significa que estou considerando a teoria de que sou irmã do Oliver, mas não por parte de pai. Acho que essa Marie…, que se parece muito comigo por fotos, pode ter… traído o Allan e me escondido por todo esse tempo. Acho que faz todo sentido também, porque o colar que eu tinha é da família dela, não da de Allan, e é por isso que o teste de DNA com ele deu negativo.”

“Isso faz sentido, sim. Você esqueceu de me contar sobre essas fotos de Marie…O Allan mostrou isso a você naquela visita?”

“Sim, eu esqueci, desculpe.”

“Nada.Bom, juntando todas essas peças aí, talvez seja uma perda de tempo o novo exame de DNA. Ou você quer fazer de novo pra confirmar que não é filha dele?”

“Eu não sei, Osten. Eu gosto muito dele, e não queria ser a responsável por ele descobrir que foi traído. Mas acho que, se você já pediu, e Allan está querendo também o novo exame, não temos muita escolha. Eu estou meio dividida se é certo tentarmos conversar com Marie sem que ele saiba, ou deixarmos claro pra ele do que desconfiamos e sugerirmos um outro teste com os DNAs meu, dele e dela.”

“Entendi. Olha, acho que não vai ser, de tudo, ruim fazer esse teste de novo com o Allan. Até lá você pode decidir se quer contar essa sua teoria a ele, ou não. E nós podemos dar um jeito de ir atrás da verdade de outra forma.”

“Tudo bem, obrigada. É melhor mesmo, a gente não faz ideia de onde está pisando… Quanto tempo até você voltar?”

“Depende. Acho que em no máximo mais três dias.”

“Ah, sim…”

“Também estou com saudade… Eu visitei a biblioteca nacional e alguns lugares turísticos durante o tempo de folga. Queria que você estivesse aqui para ver.”

“Talvez, de uma próxima.”

“Com certeza de uma próxima.”

“Sim, sim, claro! ”repeti rápido. 

Pensar no sorriso dele do outro lado da linha tinha me deixado um tanto sem graça para falar. Acho que ele percebeu isso, porque riu. 

Após a ligação, voltei para meu quarto e passei parte da noite refletindo sobre os bilhetes. 

'Cara Rosie Ambers,

o que está achando do Castelo? Há um abismo enorme entre ele e o mundo de fora, não acha?'

Recebi esse primeiro recado quando tinha por volta de um mês de estadia no palácio. Soava como enviado por alguém que quisesse fazer uma crítica à riqueza da família real, ou por alguém que argumentasse o fato de que eu jamais me encaixaria aos padrões daquele lugar.

'Cara Rosie Ambers,

Quando vai perceber, se não já percebeu, que não é nada para a família real?'

Tal pergunta, enviada um pouco depois, deixava um pouco mais claro o discurso de que eu nunca seria bem-vinda pela família de Osten. O que por muito tempo pensei, por causa do sobrenome Ambers. Isso, na época, até me fez pensar que seria uma provocação de Bridget.

'Cara Rosie, você é uma iludida se acha que com vários guardas de escolta está segura.'

Foi o último bilhete com a letra de Harry. Fazia sentido, pois chegou durante minha estadia no hotel, e era claramente um alerta sobre o ataque que iria acontecer.

‘ Foi por um triz, e você foi avisada.’

Esse foi o primeiro que me fez duvidar se realmente não era Bridget que estava escrevendo, já que eu estava de volta ao palácio e ela ainda estava hospitalizada quando recebi. Mas nada descartava o fato de que poderia ser escrito por outra pessoa sob sua ordem. 

'É realmente uma pena que você não seja uma Beaufoy.'

E aqui ficava a possibilidade de que minhas origens eram conhecidas pela pessoa(ou as pessoas) que estava(m) por trás das mensagens. 

‘Harry,

(..)Você tem que parar de escrever enigmas para ela. Ela merece saber a verdade(...)’

Eu acabei me lembrando de quando Megan se encontrou comigo e Harry no dia do ataque ao hotel. 

Uma das primeiras coisas que ela havia perguntado é se ele tinha me contado sobre o fato de ela ser nossa aliada. Bom, foi o que entendi na hora. Mas por essa carta, é claro que havia algo mais.

Se eu reunisse a teoria de ser uma filha ilegítima ao fato de que Harry, Megan e novo mensageiro estavam juntos por trás das mensagens: estavam me tentando alertar que eu corria risco(de vida) se fosse  descoberta?

Nesse caso, Marie e todos os que me esconderam precisavam ou da minha distância/ignorância sobre minhas origens, ou da minha morte. 

E é possível que alguma dessas pessoas que sabia de toda a verdade estivesse do meu ‘lado’ para me avisar a não entrar em contato com Marie.

O fato de eu participar da Seleção me deixou em visibilidade e me fez eventualmente entrar em contato com diplomatas, estrangeiros, e portanto, com a família de Oliver.

As primeiras mensagens antigas poderiam ser uma pressão para que eu me preocupasse com o sobrenome ‘Ambers’ e desistisse da competição por não me sentir bem-vinda. 

Pelo fato de eu ter continuado no palácio, Megan e Harry tentaram um diálogo comigo no hotel, mas falharam. 

Esse outro mensageiro pode ter continuado com os avisos.

'Eles foram injustos conosco.

B.'

Eu interpretei que essa pessoa estava do meu lado. Unindo isso a todo o meu devaneio teórico: A família Marie poderia ter sido injusta com ela e comigo. 

Era só nisso que eu conseguia pensar.

A inicial B na assinatura, inclusive, que recebi nesse último bilhete tinha sido o estopim para que eu quisesse bolar uma resposta. 

Os anteriores não tinham vindo assim, e se o indivíduo estava começando a se identificar, por certo, um dia pretendia que eu descobrisse sua identidade.

O planejamento tinha sido colocar a mensagem abaixo da porta, como costumava chegar. E o papel desapareceu uma madrugada depois. Audrey até dormiu no quarto também esperançosa por conseguir pegar a pessoa que fazia aquilo, mas adormeceu antes.

"Se você tivesse dado ouvidos ao príncipe para ter um guarda vigiando a chegada, com certeza não teríamos esse problema" falou frustrada. Porém, aquilo serviria para afugentar a pessoa. A questão era esperar até que houvesse uma resposta a meu recado.

Quem sabe.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O cap mesmo já vai chegar, é porque senão ele ficaria enorme/ desconexo.
Acho que essa introdução mereceu vir sozinha...

Abraços!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Seleção com Rosie Ambers" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.