It´s Troublesome escrita por Netuno


Capítulo 1
Sutil


Notas iniciais do capítulo

eu não tenho ideia do que colocar por aqui.
raramente eu tenho algo importante a dizer, mil desculpas.
eu queira escrever algo doce e suave,(tão doce possível se tratando de temari e shikamru) já que é o que eu mais vejo dificuldade em escrever e talvez seja saudável se desafiar (ao menos pelo que me disseram).
ah, eu escrevo em letra minusculas porque acho mais bonitinho.
espero que gostem e boa leitura.



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A luz do sol bate em seu rosto, um braço quente e confortável circunda sua cintura.

Temari abre os olhos.

O cômodo que ela se encontra tem tons de verde e marrom, longe de vir a ser o bege de seu quarto na casa do Kazegake, e pela altura que o sol toca a parede, ela concluí que esteja perto das seis da manhã.

Um suspiro adormecido em sua orelha e o braço ao seu redor a abraça com mais força.

Ela não está na Terra do Vento, na verdade se encontra a três dias de distância dos montes arenosos de Suna, ela está no mesmo hotel que vem se hospedando há anos, o tornando tão familiar quanto uma segunda casa, ela está em Konoha, e o braço a seu meio pertence a um dos membros da Aliança Shinobi, o maior estrategista da Folha, seu amigo mais próximo, que por coincidência é seu namorado.

 Havia chegado ontem da viajem e mal viu o sorriso preguiçoso de Shikamaru nos portões da vila, quando ambos tiveram de se dirigir a Torre do Hokage e permanecer lá durante toda à tarde em reuniões.

Shikamaru não bufara nem uma vez, mas ela conseguia sentir seu descontentamento, tanto que revirou os olhos para ele e apertou seu braço quando o Hokage se dirigiu aos outros ninjas.

“Teremos tempo amanhã.”

Nesse segundo surgiu uma rápida carranca em seu rosto e Temari não teve tempo de questiona-la antes de ter assuntos diplomáticos a tratar.

Ele em um canto da sala e ela em outro, com mais três shinobis presentes.

Não muito diferente do tempo em que eram apenas amigos, os olhos dele se desviavam para ela, e Temari queria rir do quão frustrado seu olhar estava, não que ela discordasse dos sentimentos dele, um mês e meio separados e o tempo que tiveram um para o outro foram apenas os dez minutos de caminhada até a sala de reuniões.

As horas correram e eles só conseguiram deixa a Torre do Hokage com um adeus simplório quando o céu já havia escurecido, Temari já estava mais do que acostumada as viagens Suna-Konoha para não apresentar cansaço, mas o gênio a seu lado parecia fadigado demais para sair e ir jantar, ao menos foi o que ela pensou quando ele segurou sua mão e começou a guia-la para seu hotel.

Depois de certo tempo de namoro, ela quase não corava mais com isso.

Pelo percurso eles se tornaram mais livres para conversar, o que haviam feito enquanto estavam distantes, as coisas que eles não disseram por cartas, “Como está Yoshino-san?” , “Kankuro entupiu a pia do banheiro com veneno, de novo.” , “Gaara pretende visitar em breve.” e “Minha mãe a convidou para jantar.”, “Naruto está progredindo nos estudos.” “Ino está planejando um encontro de casais, se a avistar, fuja.”

E eram sorrisos e risadas e apertos confortáveis nas mãos.

Ao chegarem à frente do hotel, ela ergueu uma sobrancelha em um questionamento silencioso a qual ele sorriu e a puxou para dentro, Temari já deveria estar acostumada, desde que eles estavam juntos, quando ela vinha para Konoha, ou ele para Suna, ele estaria com ela.

“Você não deve deixar sua mãe sozinha”

“Eh..Problemática, ela já me atura o suficiente quando você não está, e além de tudo, ela entende.”

Temari revirou os olhos pra ele, Shikamaru estalou a língua pra ela.

Ela abriu a porta e ele entrou antes dela, ela se virou para fecha-la e quando voltou a olhar para ele, os dois se chocaram aos braços um do outro, os dentes batiam e as mãos começaram desordenadas pela pressa, foram segundos agitados de toques espalhafatosos e beijos intensos, roupas e sapatos indo parar em um canto qualquer do quarto, até que eram mãos nos cabelos e pele na pele até o fogo da saudade e reencontro se estabilizar e ambos suspirarem com os membros entrelaçados até vir a ser apenas dedos traçando padrões invisíveis na cintura dela e mãos contornando a mandíbula dele.

Dado momento ela se levantou e ele reclamou por isso “Não seja um bebê chorão, vou fazer um pouco de chá”, e Temari colocou a blusa dele, pois gostava da maneira como Shikamaru a olhava quando ela fazia isso, então vinha o “Problemática” com ele colocando as calças e a seguindo para o pequeno espaço da cozinha e sentando em frente a mesa, até ela se aconchegar a seu lado com copos e o chá já pronto e ele servir para os dois.

E foram conversas sobre trabalho, sobre a Aliança, sobre o progresso do mundo ninja e beijos, até que ele boceja e eles vão dormir.

Temari era relutante em admitir para si mesma que dormia melhor quando estava com ele, era um golpe em seu orgulho, mesmo que ela não ficasse mais assustada com o sentimento de estar tão confortável com alguém.

Outro suspirou em sua orelha e ela virou com cuidado para ficar de frente para ele.

Shikamaru parecia pacifico e ela valorizava demais vê-lo assim.

Foi uma grande passagem do rosto preguiçoso de criança, do preguiçoso e franzido da adolescência e do rosto cansado e perdido que ele exibia durante os dois anos após a guerra, lidando com a perda das pessoas amadas para ele, onde ele se mostrou uma peça de extrema importância para o mundo shinobi, aquele período onde ele havia crescido e virado um homem, onde ele havia se afastado dela e da amizade que eles tinham construído.

O justo período onde ela se descobriu apaixonada por ele.

Onde ele decidiu empurra-la para fora da vida dele.

Onde depois de muitos anos, alguém a fez chorar.

Mas depois da luta contra Gengo, aquele fantasma que desanuviava os olhos dele parecia ter desaparecido e o ninja preguiçoso, mas gentil e atencioso estava de volta.

“A responsabilidade por isso é toda sua”, Ino lhe disse sorrindo.

Temari riu dela.

Ela havia o assistido crescer e se tornar um grande homem, claro, ela precisou empurrar sua bunda preguiçosa várias vezes para que ele trabalhasse com todo aquele potencial que tinha, mas o crédito era todo dele.

Temari pressionou os lábios na testa dele, no nariz, nas pálpebras e no queixo até que seus cílios tremeram e ela se afastou.

— Tsc... Cedo. – Ele murmurou ainda em seu sono.

Ele se mexeu e a puxou contra ele, escondendo o rosto no cabelo dela.

— Temari...

— Cale a boca, volte a dormir.

— Problemática...

Ela riu contra seu ombro, ela havia prometido isso a ele, um tempo para eles, Temari o deixaria descansar antes do trabalho, mas só um pouquinho.

Um beijo suave em seus cabelos, seguido de um suspiro.

Temari fecha os olhos.


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Notas finais do capítulo

se você chegou até aqui, obrigada.
é realmente gentil você ter pegado um pedacinho do seu tempo e o colocado aqui.



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