Dastan olhou para a torre mais alta de Alamut, ele sabia que havia começado a cerimônia de oração dos sacerdotes, provavelmente ela estava lá.  

Ele não ia se arriscar ir de cara para o quarto real, é provável que ela avisou os guardas para não o deixar entrar em seu próprio quarto.

Então, ele resolveu usar o seu melhor truque, escalar.

O rapaz olhou para a janela do quarto de Tamina, depois percorreu o olhar pela parede, já montando uma estratégia de como subir.

“Princesa Tamina, a senhora está bem?” Sua criada perguntou demonstrando preocupação, ela estava pálida e com os olhos inchados de tanto chorar.

“Sim Kamilla, eu só preciso me deitar um pouco.” Tamina sugeriu antes de entrar nos aposentos.

“Tem certeza senhora? Hoje quase não tocou na comida. Quer uma sopa? eu posso providenciar.” A serva insistiu.

“Não, eu estou bem.” Tamina forçou um sorriso meio simples, logo entrou.

Ela tirou as pulseiras e guardou em sua penteadeira, depois, se virou para a janela e viu um homem a encarando.

“Dastan!” Ela ia esbofeteá-lo, mas foi impedida por ele.

“Tamina, espera me deixa falar?” ele continuou lutando contra ela, até que ela se soltou dele e virou de costas com os braços cruzados.

“Eu vou chamar os guardas.” Ela ameaçou ir até a porta. “Eu disse pra vocês Persas irem embora daqui.”

“Eu não vou sem antes me ouvir. Por favor, Tamina?” Dastan implorou a segurando pelo braço.

“Me solta, Persa! Diga logo e depois vá.” Ela virou o rosto para não o encarar.

“Tamina, eu fui até a princesa de Geet.”

“Ah, mas como você é cínico.” Ela debochou.

“Não, não nesse sentido. Ela me disse o que lhe falou ontem no banquete, ela se arrependeu. O que ela disse é mentira.” Ele tentou pegar alguma expressão dela, mas ela não dizia nada. “Eu nunca cheguei em uma prostituta e a tratei com carinho e amor. Isso eu sempre tive consciência que eu deveria guardar para a pessoa que eu fosse amar. Eu te disse que desejos carnais não passam disso. Mas sentimentos de amor... isso vai além.” Ele agora tinha a atenção dela, aproveitou e pegou na sua mão. “E esse sentimento só guardo pra você, eu só quero você minha rainha.” Ele tentou fazer carinho nela, mas ela desviou o rosto.

“Você a beijou.” Ela andou para trás.

“Ela me beijou, e eu não estava com consciência. Eu ansiava tanto por você, que na minha mente você estava ali na minha frente. Desculpa, eu reconheço que errei.”

Ela o observou e houve um momento de silêncio.

“Tamina, me perdoa?” Ele se aproximou um pouco, ela continuou calada. Foi quando ele notou a palidez em seu rosto e seus olhos inchados. “Tamina?” O jovem a chamou de volta.

Ela olhou pra ele, mas de repente ela viu um borrão vindo junto com Tontura, então caiu. Mas antes que pudesse chegar ao chão, Dastan a segurou. “Tamina!” Ele a chamou.

“Acorda! Socorrooo!…” Dastan gritou para que os guardas o ouvissem.

Rapidamente os guardas entraram, um deles afastou Dastan da princesa, o outro correu para mais ajuda.

“Príncipe Dastan, como você entrou?” O guarda perguntou surpreso, pois ele não passou pela porta.

“Socorram a Tamina.” Ele continuou.

“Princesa?” A sua empregada gritou assustada ao ver sua alteza deitada no chão.

“Por favor, larguem o príncipe Dastan, ele não tem culpa.” Disse Kamilla, “A princesa vem sendo teimosa e recusa-se a comer, por isso o desmaio.” ela tentou explicar, pois os guardas entenderam errado. Então, Dastan foi solto e se aproximou de Tamina.

Alguns curandeiros partícula de Tamina foram acionados. Um dos curandeiros colocou algo para a princesa inalar, ela acordou imediatamente. Não demorou muito para ela se dar conta de que estava nos braços de seu marido.

“Você me deu um susto.” Ele disse suavemente.

“Dastan…” ela foi interrompida por ele.

“Você deveria comer. Eu estou furioso por saber que você não tem se alimentado, mas vou considerar que a culpa é minha.” Ele a apertou para si. percebeu que ela estava fraca e mole. Ele a colocou na cama e deixou os curandeiros cuidar dela.

Quando ela já tinha se alimentado, ele se aproximou dela.

“Como você está?” Ele perguntou.

“Bem.” Ela respondeu.

“Tamina, eu não consegui uma resposta sua.” Ele desviou o olhar “Você me perdoa?”

“Dastan, você é o homem que os deuses me deram de presente.” Ela viu que ele abriu um sorriso com isso. “Mas eu ainda estou com raiva.” Ela virou o rosto.

“E você e a esposa que eles me deram, tenho muito a agradecer. Você é do jeito que tem que ser pra combinar comigo. Você faz o meu tipo.” Ele se lembrou de quando ele disse a ela na outra vida que ela não fazia o tipo dele. Dastan se levantou e a beijou, ela retribuiu o beijo.