Treat You Better Pt. II escrita por ladyenoire


Capítulo 7
Destino


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Era o início da primavera e ao contrário do que as pessoas pensam, Paris ficava tão linda na primavera quanto no inverno. As flores coloridas nos parques, a brisa diferenciada, o clima refrescante... Tudo era incrível.

Chat me levou na praça perto de casa aonde estava acontecendo o festival de primavera. Nunca dei muita bola, pois não é tão legal ir sozinha e os meus amigos não são muito de ir em lugares assim. Mas devo dizer, era lindo.

— Agora, eles vão exibir um documentário sobre o Jagged Stone filmado especialmente para o festival. – disse Chat conferindo a hora no relógio. – Então eu não trouxe ele como você queria, mas pelo menos você vai ver ele. – sorriu e eu retribuí – Vamos logo! – o loiro segurou a minha mão e fui me puxando até um local da praça aonde estava montada uma tela grande, um projetor e várias toalhas estendidas. – Eu já volto. – Chat me deixou ali sentada em uma das toalhas e cinco minutos depois voltou com refrigerantes e pipoca. – Agora estamos prontos.

— Não precisava comprar tudo isso.

— Não é um filme sem pipoca. – nós rimos.

O documentário era muito interessante, mas não pude evitar de desviar minha atenção para Chat algumas vezes. No momento ele estava concentrado na tela comendo a pipoca. Logo depois ele riu, provavelmente algo engraçado dito por Jagged.

Me acomodei na tolha e senti um enorme alívio percorrer o meu corpo. Eu estava ali com Chat e eu sabia que de fato ele era real. Sim, eu tinha medo que ele sumisse novamente, no entanto, pra mim, ele sempre será real. Até porque eu não tinha dúvida de que os sentimentos que o loiro provocava em mim, eram reais.

***

— O que achou do documentário? – Chat questionou enquanto andávamos pelo festival depois de ter assistido o documentário. Já era final de tarde, então o céu estava incrivelmente lindo com um brilho rosado.

— Incrível! Sou muito fã do Jagged.

— É, eu sei. – ele riu – Por isso planejei tudo para que a gente conseguisse ver.

— Como assim?

— Não acha que o documentário foi tudo, não é? – perguntou fazendo uma expressão divertida.

— E o que mais você planejou? – Chat parou de andar e apontou para o lado.

— Jogos incríveis! – disse animado. – Eu sei que normalmente os donos das barraquinhas trapaceiam pra você nunca ganhar o ursinho, mas o prefeito disse que se isso acontecesse, a pessoa seria banida dos próximos festivais. Não é legal trapacear!

— Pena que ele não pensa o mesmo da filha dele. – falei me aproximando da barraquinha do jogo da argola.

Chat deu de ombros.

— Isso é verdade, mas vamos com calma. Quem sabe um dia ele tome juízo e perceba que mimar tanto assim a sua filha não é legal.

— É, quem sabe...

— As pessoas podem mudar, Bugaboo! – dei um sorriso de canto e Chat pagou o cara para que nós pudéssemos jogar.

Fomos em várias barraquinhas jogar, na maioria delas nós perdemos. Mas em algumas conseguimos os prêmios – desde ursos de pelúcia a tickets para gastar na feira.

— O que você achou? – Chat perguntou enquanto sentávamos em um banco da praça com os nossos prêmios em mãos.

— Eu achei que você é horrível no jogo de derrubar os pinos.

— Digo e repito, algum defeito eu tinha que ter. – nós rimos e ele se escorou no banco e deu um longo suspiro.

O banco que nós estávamos sentados era quase no fim da feira, nos permitindo ter uma visão ampla das coisas.

Estava escurecendo, mas isso não era um problema, já que o local era decorado com várias luzinhas pisca-pisca – como as que usamos de decoração no Natal –, deixando tudo mais incrível e mágico.

Respirei fundo sentindo a leve brisa refrescante se chocar contra o meu rosto.

Estranhamente, estar ali parada ao lado de Chat, em frente à uma vista tão bonita, fez com que eu concluísse que aquele era um dos momentos de felicidade – onde você não tem nenhuma preocupação e está no lugar aonde deveria estar.

O silêncio que estava entre nós dois não era o do tipo embaraçoso e constrangedor, era o silêncio aconchegante e reconfortante. Aquele silêncio que você não precisa encontrar ou inventar um assunto pra quebrar ele, basta ter uma pessoa específica do seu lado que tudo fica melhor. Nesse caso, Chat era a pessoa. E somente a sua presença já fazia eu me sentir feliz.

Senti algo encostar na minha mão e olhei rapidamente, me deparando com a mão de Chat. Ele a segurou e deu um sorriso amigável.

— Marinette? – era até engraçado ouvir o meu verdadeiro nome saindo da boca de Chat, visto que ele não costuma me chamar por ele e sim por apelidos constrangedores.

— Sim?

— Você acredita em destino? – sua pergunta me pegou desprevenida, pois achei que ele falaria alguma gracinha ou faria uma piada como sempre. No entanto, me surpreendeu o fato de Chat fazer uma pergunta tão profunda.

Tive que parar para pensar na resposta durante alguns segundos. Era difícil responder algo do tipo.

— Acho que sim. Quer dizer, a vida é imprevisível e pode mudar da noite pro dia. Mas acho que existem coisas que são feitas para acontecer. – uma das coisas da qual eu tinha certeza, é que a vida pode te surpreender muito. No entanto, há momentos que você pode fazer suas próprias escolhas e conduzir sua trajetória.

— Em que sentido? – o loiro prestava total atenção em mim, e diferente do normal, estava com um semblante sério, mas não irritado, apenas concentrado.

— Ah! Suas escolhas afetam as suas ações, certo? – ele assentiu – E isso acaba determinando um rumo na sua vida. Mas eu acho que algumas coisas vão acontecer independente da sua escolha. Há experiências que você vai passar mesmo não querendo, momentos, pessoas.

— Tipo, nossas escolhas conduzem o que já estava lá. – afirmou.

— É.

— Entendi. – Chat virou para a frente e olhou para o céu, respirando fundo em seguida. O loiro permanecia com o semblante sério e concentrado. Em seguida, desviou seu olhar para mim novamente e sorriu.

— Estar aqui com você, me fez perceber que eu fiz ótimas escolhas. – falei.

— Ou que o destino queria que estivéssemos aqui.


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Notas finais do capítulo

Confesso que esse capítulo é o meu favorito até agora. Adorei escrever ele e até me emocionei um pouco.

Espero que tenham gostado de mais uma att, obrigada por lerem ♥ xx



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