Dangerous escrita por Machene


Capítulo 5
Cap. 5




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Cap. 5

 

{30 de outubro, Fairy Tail}

— SOCORRO, AJUDA! – um pedido desesperado ecoa pela guilda das fadas, bem quando o dono da voz entra voando por uma janela e dá de cara com uma coluna.

— Oh céus! – Mirajane anda até o felino azul caído no chão e se abaixa para levanta-lo – Você está bem? Qual o seu nome?

— Happy... – ele responde ainda tonto, ficando de pé enquanto cambaleia, e então se foca na gatinha branca no local – Vejo três anjos!

— Do que ele está falando? – a exceed põe as patas na cintura.

— Acho que de você, Charle. – Wendy dá uma risadinha, e finalmente Happy acorda.

— Ah, é mesmo, não temos tempo! Precisamos salvar os outros!

— Calma aí gato, seja mais claro! – exige uma moça morena, agarrando um barril de bebida – Quem é você e qual é a emergência?

— Tenha paciência, Cana. – Lisanna dá um meio sorriso – Ele ainda está tonto.

— Sou o Happy, da Spriggan Tail! Precisam vir comigo! Natsu e os outros precisam de ajuda, e acho que não temos muito tempo!

...

{30 de outubro, Magnolia}

A manhã que acorda a cidade é de um momento decisivo para os magos da Spriggan Tail e das magas da Fairy Tail. Encarando de frente o misterioso casal Sinistra e Tirano, à beira do Lago Sciliora, o grupo aguarda o próximo movimento deles após se livrarem de um terrível ataque. Neste instante, a séria mulher se aproxima de Mavis.

— Como descobriu o que fazer para sair daquele lugar? – mantendo-se firme ao olhar sem vida que lhe é direcionado, a Vermilion abre a boca, demorando um tempo para falar.

— Na verdade, vocês deram a dica. Aqueles reflexos repetiam, o tempo todo, coisas que não queríamos ouvir, mas era tudo verdade. Então, imaginei que se confrontássemos nossos próprios medos, e se fôssemos sinceros uns com os outros, seria possível escapar. – aborrecida, a esposa cruza os braços e bufa, fazendo seu marido rir.

— Vamos lá Sinistra, você sabe que não há mais nada a ser feito. Eles saíram sozinhos da caixa de energia escura, aprendendo a superar seus traumas. Dê algum crédito.

— Oh, está bem! Eu não gosto de ser vencida, mas não posso negar que ganharam o nosso jogo de pega-pega. Daremos a chance única de nos fazerem algumas perguntas.

— Bem, já que é assim, eu quero perguntar algo. – Jellal ergue a mão direita – Vocês podem usar Projeção de Pensamento? – confusa, Sinistra arqueia uma sobrancelha.

— Heim? Ah, está perguntando por causa das cópias que invocamos! Não, não. Isso foi diferente, quase um presente de um amigo nosso. Bem, como um bônus por vencerem essa pequena brincadeira, eu acho que posso falar isto: além de poder manipular emoções e pensamentos, nós dois temos a habilidade de copiar alguns poderes especiais. Então, o controle da caixa de energia escura é um dom que copiamos dele.

— Seu “amigo”? – Gajeel repete com desconfiança – E quem é?

— Um dos muitos que temos. – Tirano responde – Todos nós viemos da mesma terra natal, um mundo bem mais diversificado do que este.

— Quer dizer o mesmo lugar de onde também veio aquela bruxa Leyla? – Natsu torce o nariz – E que raios de lugar é esse, cheio de gente perigosa? – os casados riem.

— Um muito especial. Quem sabe algum dia vocês possam visita-lo. – Sinistra troca um olhar cúmplice com o marido – Talvez quando as fadas pararem de trabalhar tanto.

— Muito engraçado. – Lucy solta uma risada falsa enquanto a dupla sorri.

— Agora espero que pensem duas vezes antes de interromper nosso trabalho. – diz a mulher – Nascemos com uma maldição inesperada: a de causar perturbação a todos que cruzem nosso caminho. Contudo, conseguimos transformar isso em nosso dom. Como os nossos amigos, que compartilham conosco a missão de transmitir o caos aos outros, nós dois ficamos acostumados a ser rejeitados pela sociedade. Eles não entendem que devem ser impostos a perigos, dores e desgraças pra pagarem por seus pecados, ou simplesmente para aprenderem a viver de verdade. Mas vocês agora compreendem isso.

— Um momento! – Zeref ergue uma mão – Disseram antes que a sua missão é uma “tarefa partilhada”. Pensei que fosse entre vocês, mas então... Existem outras pessoas por aí que estão causando prejuízos aos outros?

— Que saibamos, só mais dois, sim. – Tirano afirma – Na verdade, as suas maldições são piores, comparadas as nossas. É um dos casais de amigos que temos. No início, eles não tinham controle sobre o que causavam aos outros, só de estar perto de qualquer ser vivo. Atualmente, ela é quem limpa a bagunça dele, levando felicidade aos lugares onde a tristeza se instalou. Entenderão isto se pensarem nas várias decepções que já tiveram, e nos momentos críticos pelos quais passaram, quando nem raciocinavam direito. Sentiram súbitos acessos de raiva, impulsos ruins... E hoje está tudo bem.

— Em outras palavras, nós passamos por tantas coisas terríveis até hoje porque seus amigos estavam fazendo uma visita? – Gray fecha sua expressão, porém se tranquiliza ao sentir Juvia tocar seu braço esquerdo, e suspira em seguida – Certo, não é culpa deles.

— Essa amiga de vocês então, que é companheira dele... – a mulher chuva continua a conversa – O dom dela é o de trazer coisas boas às pessoas?

— Exatamente. – Sinistra confirma – Embora as consequências de eventos bons ou ruins dependam das suas escolhas de qualquer forma, é desse jeito que os desafios e os privilégios são criados: ao súbito acaso. Por isso, quando esse casal se conheceu, ele não queria que ela ficasse por perto, mas aquela mulher é extremamente obstinada, e nem se preocupa em ser odiada pelo simples fato de ser sua esposa.

— Bom... Isso é algo admirável. – Erza cruza os braços e balança a cabeça – E esse homem é o mesmo de quem vocês copiaram o poder da “caixa de energia escura”?

— Não, é outro. – o homem conta – Esses, de quem falamos por último, nasceram de duas Árvores Foices. Eu acredito que, depois de enfrentarem duas delas, agora entendam o tamanho da dificuldade deles de controlarem as suas habilidades, visto as propriedades diversas das frutas geradas em uma árvore assim.

— Como sabe que lutamos com duas dessas árvores? – o Redfox pergunta.

— No momento de descompensação da princesa loira, – a esposa aponta para a rubra Heartfilia – foi dito que vocês lutaram com “árvores comedoras de gente para dar frutas venenosas a uma bruxa, que namora uma abóbora”. Só pode ter sido uma das ideias loucas de Leyla. Se não fosse por Zack, ela poderia ter criado um exército de bonecos vodus. – o grupo ouvinte se entreolha com arrepios e caretas.

— Enfim... – seu marido prossegue – O homem que Sinistra citou anteriormente, de quem copiamos o talento da caixa de energia escura, encarnou de uma montanha. Depois de os primeiros aventureiros descobrirem os efeitos do poder dele, as opiniões divergiram entre habitantes da área. Alguns dizem que conhecer a si mesmo é sadio, e outros temem a vicissitude mortal do processo, mas o consenso em torno das alucinações, com réplicas de si mesmo em cavernas escuras, fez o local ser apelidado de “Montanha do Reflexo”. Logo também descobriram que os longos devaneios podem ser curados se mergulhar na cachoeira originada naquela região, de onde surgiu a esposa desse nosso amigo.

— Ah... Então... – Levy franze o cenho e levanta uma mão – Estou certa em deduzir com isso que vocês e seus amigos são tipos de espíritos da natureza?

— Foi a melhor coisa da qual nos chamaram até hoje. – Sinistra pende a cabeça para o lado, fingindo reflexão, e causa uma risada em Tirano – Bem, chamem do que quiserem. Não nos importamos com o que pensam mesmo. Estamos ótimos tendo um ao outro.

— Você tem razão em pensar assim. É maravilhoso. – Mavis elogia, vendo os dois se abraçarem – Mas sabem, nós também não podemos ignorar o sofrimento das pessoas. Se causarem problemas aos outros de novo, sem eles merecerem, vamos aceitar a missão de combate-los outra vez. Então... – a loirinha abre um sorriso – Podemos jogar outro dia.

— Se for com vocês, será divertido. – a mulher sorri de volta, e então todos escutam uma movimentação repentina se encaminhando na sua direção – Ora, parece que os seus amigos gatos trouxeram reforços. Eles fugiram preocupados quando foram aprisionados.

— Happy e Lily?! – a McGarden avista os exceeds voando na frente de seus aliados; Happy guiando a Fairy Tail e Pantherlily a Spriggan Tail – Ah, então foi por isso que eles não estavam dentro daquela caixa preta com a gente!

— Bem, parece que a diversão acabou por enquanto. – Sinistra ergue o braço até o cotovelo, estalando os dedos enquanto seu marido acena – Até a próxima, fadinhas. – e a dupla some em uma nuvem escura, deixando os espectadores olhando uns para os outros.

— Ok, essa foi uma experiência interessante e assustadora. – o Dragneel mais velho suspira, arqueando uma sobrancelha – Alguém está com fome?

— Até que enfim falaram minha língua! – seu irmão vibra – Ei Lucy, é verdade que as fadas têm caudas e um pote de ouro escondido no fim de um arco-íris?

— O quê? – a maga estelar dá uma risada – Acho que está confundindo as histórias.

— Não sei sobre isso, mas amanhã festejaremos o Halloween com muitos doces. – a mestra da Fairy Tail informa – Por que o pessoal da Spriggan Tail não passa lá depois?

— Nosso mestre não deve se opor. – Jellal diz, olhando Erza timidamente.

— É... Então até mais tarde! – a titânia dispara na frente, seguida das risonhas amigas que acenam para os rapazes, logo depois de arrastarem a Loxar para longe do Fullbuster.

...

{31 de outubro, Fairy Tail}

A guilda das fadas está em polvorosa. Pela primeira vez em anos, elas receberam a rival, Spriggan Tail, de portas abertas, para uma noite divertida de celebração. Depois de algum tempo trabalhando juntos, os líderes das guildas, Makarov e Mavis, concordaram em desistir das disputas para os membros de suas famílias se conhecerem melhor. Agora, muitos dançam ao som de uma música contagiante na festa de Halloween da Fairy Tail.

Enquanto Laxus se acomoda no balcão de bebidas, trocando um diálogo com a bela garçonete Mira, Bickslow não perde tempo em apresentar seus bonecos de madeira para Lis, que os diverte com sua magia Take Over. Cansada da confusão instaurada, Evergreen senta numa cadeira da mesa mais distante da entrada e se abana com seu leque, até notar a aproximação de dois homens. Quando eles tentam puxar um assunto, elogiando-a dentre outras coisas, ela abre o objeto na frente dos seus rostos.

— Nem tentem, magricelas. Eu sou digna de ser a rainha das fadas, portanto, mereço um homem que esteja à minha altura. – um dos jovens, tão nervoso quanto o outro, dá um passo à frente e abaixa o abanador dela com a mão.

— Ah é? E que tipo de homem seria esse, Vossa Majestade?

— Bom, certamente um tipo mais alto e robusto que vocês. Alguém digno de ser um monumento, que seja um homem de verdade.

— Acho que está pedindo muito. – comenta o colega do primeiro.

De repente, uma enorme sombra cobre os três, e os flertadores se apavoram ao virar de costas. A visão de Elfman é o suficiente para afugenta-los, e enquanto Ever observa o gigante com certo encanto, ele olha dela para os fugitivos.

— Desculpe, eu atrapalhei alguma coisa? Eles pareciam com pressa.

— Não. – ela acha graça de sua confusão – Estavam correndo com medo de você.

— O quê? Essa não é uma atitude de homem! – o mago declara enervado, fazendo a mulher estreitar os olhos na compreensão de algo.

— Ah, então era você quem eu ouvia gritando “homem, homem” para todo lado agora há pouco. – a maga dá uma pausa, olhando-o de baixo para cima – Bem, você é um grande homem. Por que não cobrar dos outros o mesmo, não é?! – seu sorriso malicioso o deixa constrangido antes que levante – Eu sou Evergreen.

— Ever... – Elfman se interrompe ao tentar pronunciar o resto, estendendo a grande mão para cumprimenta-la, quando Evergreen recua a sua e levanta o indicador.

— Calma lá grandão! “Ever” é para os íntimos. – ela logo volta a sorrir e, por fim, aperta a palma dele – Mas talvez eu possa abrir uma exceção.

Não muito longe do local, Happy oferece um peixe para Charle, que agora percebeu o quão difícil é se livrar da companhia do gato após conquista-lo acidentalmente. Mesmo assim, a gatinha não se faz de rogada e aceita a oferta. Infelizmente, o exceed azul não se deu conta de que ela está bêbada, graças à Cana, e ele termina servindo de banco para sua amada comer. Perto deles, Wendy se alegra com as conversas e brincadeiras das antigas amigas e dos novos amigos. Natsu é o primeiro a tirar sarro dos nakamas.

Para começar, Jellal, muito a contragosto, está usando roupas femininas e um capuz vermelho; o resultado de uma infeliz aposta. Distraído com o olhar guloso de Erza, vestida como uma loba sensual, ele deixa sua cesta em forma de abóbora sobre a mesa em frente, onde o grupo de aventureiros que uniu as guildas está acomodado. Aproveitando a deixa, Gray rouba alguns doces de dentro do recipiente e saboreia devagar.

Embora esteja trajado como um demônio de asas negras, seu peito está nu para, de acordo com ele mesmo, mostrar melhor a tatuagem escura à direita do seu tórax, cobrindo até um dos olhos vermelhos pelas lentes de contato. Em dado momento, o mago do gelo mastiga uma pena branca coberta com chocolate, que saiu das asas na fantasia de anjinha da mulher chuva. Com a boca também suja de cacau, Juvia puxa a pena com seus lábios, provocando um susto tão grande no Fullbuster que ele cai da cadeira ao se afastar.

Devido isso, o rapaz vê um entrosamento peculiar entre Gajeel e Levy, dialogando logo atrás da turma e perto das abóboras decorando a entrada. Enquanto Pantherlily senta sobre um dos frutos parecidos com seu rosto, o Redfox, fantasiado de vampiro, lambe os beiços ao fitar a McGarden, caracterizada de bruxa em seu traje laranja e preto. É evidente que a maga das runas não tem problema em ser admirada, visto seu sorriso malicioso.

Quando Zeref e Mavis chegam perto do grupo reunido ao redor da mesa, o Dragneel mais velho senta em uma cadeira, mas a loirinha deixa cair seu prendedor de cabelo e vai procurar debaixo do móvel, engatinhando no chão. Lucy observa as vestes pretas comuns dele e o decotado vestido branco de babados dela, logo arqueando uma sobrancelha.

— Por que você e a mestra não estão fantasiados? – a Heartfilia pergunta ao sorrir.

— Ah, bem... – o mago negro cora imediatamente, espiando a Vermilion pelos cantos dos olhos, e quando esta nota, abre um sorriso malicioso – Não tivemos tempo para nos arrumar. Perdemos a hora. – desta vez, não apenas a maga estelar como os outros o fitam com suspeitas, fazendo-o limpar a garganta pelo nervosismo – Bom, e vocês, o que são?

— Um médico e uma enfermeira zumbis! – seu irmão sorri marotamente, levantando seu estetoscópio no pescoço – E nós nem combinamos as fantasias!

— Nem nos espionamos para saber o que o outro usaria, como certas pessoas fizeram. – a maga estelar olha de banda para a Loxar, rindo desconcertada, e é neste momento que a mestra das fadas sai de baixo da mesa, se apoiando no seio esquerdo da loira maior.

— Oh, desculpe Lucy! Eu derrubei sua... – Mavis pega o objeto do chão – Seringa? Por favor, diga que é sangue de mentira. – ela faz cara de nojo ao entregar a seringa.

— Claro que sim! – Lucy se levanta e ri, apertando levemente o êmbolo para o líquido sair do tubo – Faz parte do visual ter itens assustadores. – a Heartfilia coloca o objeto de volta no bolso do vestido, perto da caneta junto ao peito.

— Ei, olhem só! – o sorridente Salamandra puxa a moça para o seu colo de repente, dando-lhe um susto que a impele a circular seus ombros com os braços – Devíamos ser votados o melhor par da festa, não acham?! – em questão de segundos, a maga estelar fica da cor dos cabelos da titânia, apesar de ser difícil dizer graças à maquiagem no seu rosto.

— E por que logo vocês deviam ser a melhor dupla? – Gray faz uma careta – Não é como se fosse um concurso de beleza, e vocês também não teriam chance se fosse o caso.

— Ora! – Lucy franze o cenho na mesma hora, pondo um sorriso confiante no rosto ao cruzar as pernas, já esquecendo por completo de onde está sentada – Pois fique sabendo que eu tive êxito em muitas missões sem precisar lutar, apenas usando meu charme.

— E aquele trabalho com o velho rico que era louco por empregadas loiras? – Juvia relembra, dando risadas quando a amiga torce o nariz.

— Foi uma exceção. Ele tinha péssimo gosto; podem perguntar para a Virgo!

— Ei gente, recebemos um pacote! – todos ouvem Levy avisar subitamente, andando ao lado de Gajeel, que carrega a encomenda, para o centro da guilda.

— Ah, eu acho que é a recompensa da missão! – diz a Vermilion, correndo até a caixa – Já tinha me esquecido disso... Esse deve ser o “tesouro único e inestimável”.

— E quem mandou? – Wendy questiona, vendo Lily sondar o pacote.

— Não diz. Provavelmente a mesma pessoa que enviou os pedidos.

— Vamos abrir e ver o que é. – Mirajane toma a dianteira, abrindo a embalagem e retirando de dentro dos flocos de isopor um cálice branco, com a base na forma de uma pata vermelha de dragão – Minha nossa!

— Que demais! – Natsu não perde tempo em se aproximar – Mas não é de verdade.

— E você queria que fosse? – o Redfox faz uma careta – Que tipo de tesouro é esse?

— Acho que apenas nosso empregador poderia responder a essa pergunta. E depois de tudo, não soubemos quem foi. – o Fernandes suspira, encarando a Scarlet – Será que Sinistra e Tirano o conhecem? – a ruiva cruza os braços.

— Quem sabe. Eu penso que eles eram legais no fim das contas. Pelo que pareceu, esses dois é que são responsáveis por aumentar ou diminuir a bagunça dos seus amigos, ensinando as pessoas a superarem, ou piorarem, seus problemas de um jeito meio torto.

— Bom, de qualquer forma, vamos botar esse item em um local seguro. – Mavis pega o cálice nas mãos e chama Zeref pra ajudá-la, antes voltando-se à Makarov – A propósito, Makarov-san, eu estava pensando que seria bom nos unirmos como uma guilda só a partir de agora. Depois de tantos anos, conseguimos mostrar nosso melhor juntos.

— Bom... Talvez tenha razão. – o homem logo sobe em uma mesa, voltando-se aos membros da festa – O que vocês acham? Estariam de acordo com a proposta de virarmos uma única família? – não é preciso perguntar outra vez; todos concordam com agitação.

— Ótimo! – a Vermilion procede – Bem, nós não podemos ter dois mestres na mesma guilda, então estou deixando a liderança nas mãos de Makarov-san! – ouvindo isto, outro alvoroço se instala ligeiro no local, mas a ex-líder das fadas ignora a indagação e desce para o porão junto do mago negro, enquanto o grupo de amigos se afasta dos demais.

— Considerando o histórico da Spriggan Tail, posso entender por que ela quer deixar a responsabilidade nas mãos do mestre Makarov. – a Heartfilia fita as amigas e todas riem das caretas dos rapazes – Mas esta coligação foi realmente inesperada.

— Acham que Leyla e Zack podem ter mandado aquela missão para nós, planejando nosso encontro com Sinistra e Tirano, na intenção de nos unir? – a mulher chuva pergunta.

— Não sei, mas aqueles dois parecem saber mais do que nos contaram, com certeza. – o dragão do metal responde, cruzando os braços e suspirando.

— É verdade. – a McGarden levanta um indicador – Por exemplo: como podem ter “adivinhado” facilmente o método que usamos pra vencer aquelas árvores, contudo nunca tiveram a iniciativa de tentar o mesmo, se queriam tanto as frutas?

— Bom, algum dia podemos voltar naquela floresta e tirar nossas dúvidas com eles. – Erza dá de ombros – Por enquanto, vamos comemorar!

— Falou e disse! – Cana surge de repente, dando um barril para a titânia e copos para os demais – Tomem, vocês devem beber ao menos um pouquinho! Estamos em uma festa!

— Bom, acho que “um pouquinho” não faz mal. – a ruiva coloca o tonel no chão.

— A propósito, alguém viu o Happy? – o Salamandra indaga.

Mal sabem eles que ali perto, o gato azul choraminga enquanto voa, sendo obrigado a bancar o cavalo de sua amada Charle embriagada. Arrependido de ter se aproximado da gata branca neste estado, o exceed arregala os olhos ao ver as moças bebendo junto aos rapazes. “As mulheres da Fairy Tail têm um probleminha com bebida”, ele havia escutado de Mira. Seus bigodes se arrepiam, mas agora já é tarde.

...

{01 de novembro, casa da Lucy}

É uma manhã quente e iluminada em Magnolia. Lucy Heartfilia acaba de acordar, e ela senta na cama devagar para se espreguiçar. Bocejando, a loira sente um leve frio e olha sua janela à direita, porém a mesma está fechada. Então, a jovem fita seu corpo.

— Ué, eu dormi nua ontem? – após pensar um pouco, a maga estelar massageia as têmporas – Ai, que enxaqueca! Aquela Cana...! Por que sempre dou ouvidos à insiste...? – a moça se interrompe, encarando uma pilha de roupas no chão – Mas o quê...?

Estranhando a novidade em casa, Lucy puxa o cobertor e se cobre sem olhar para trás, seguindo a trilha de peças que vai até a sala. Blusas e calças viram calcinhas e cuecas, e a maior surpresa é que nem as lingeries são suas. Ou melhor... O grande susto acontece ao ver todos os nakamas mais próximos desmaiados, largados sobre seus móveis ou pelo piso. Mas o imenso choque ocorre quando volta aflita para o quarto, notando um Natsu pelado dormindo sobre seu colchão. Assim que o Dragneel abre os olhos e vira de frente...

— MAS O QUE DIABO ACONTECEU AQUI?

Fim


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Notas finais do capítulo

E aí gente, gostaram da fanfic? Eu fiz com carinho, e guardei um segredinho dentro deste último capítulo, e até do anterior. Alguém captou duas referências que apareceram? Quem está lendo minha saga de fics da Fairy Tail, a série Believe, sabe do que estou falando. Pois para quem ainda não leu, e para os que ainda estão acompanhando, aviso que eu parei de escrever em uma fanfic de Halloween também (O Halloween das Fadas); vejam que irônico. Kkk Oh, e quem gostaria de adivinhar o que é aquele cálice dado como recompensa da missão? Pode ser que ele ainda volte na série Believe, heim!

Bem, farei o que puder, daqui em diante, para terminar minhas fics encalhadas. Por hora, agradeço por lerem esta, e espero que continuem seguindo minhas novas publicações. Até o Natal!



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