Dangerous escrita por Machene


Capítulo 2
Cap. 2




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Cap. 2

{24 de outubro, zona oeste do Monte Hakobe}

Durante uma súbita nevasca, ocorrida em uma imponente montanha nos arredores da floresta Waas, os membros de Spriggan Tail e Fairy Tail são emboscados no majestoso palacete construído no local. Diante de seus olhos, surge uma bela loira com orbes do tom azul gelo, cujos cabelos compridos e lisos se estendem até a cauda de seu luxuoso vestido decotado, de mangas e babados. A pele alva de seu corpo galgaz se mescla ao branco da roupa e dos pontiagudos sapatos de salto, além de destacar o rubor em seus lábios finos.

Ao lado da desconhecida, um ruivo atraente, dos olhos vermelhos e boca carnuda, move para a esquerda alguns fios do seu curto cabelo liso e franjado. Suas jaqueta, calça e botas pretas, sendo a primeira peça de couro, lhe dão um ar mais viril por cima da pele xantoderma, embora não seja robusto e tenha a mesma altura da mulher que acompanha. O sorridente casal observa seus convidados repentinos com confiança.

— Bem-vindas, belas crianças. Acredito que estavam nos procurando. Agora que nos acharam, deixem-me fazer as apresentações. Podem me chamar de Sinistra, e este é meu marido, Tirano. – a jovem dá uma risada enquanto gesticula – Ironicamente, esses nomes, que impõem certo receio nos corações de quem os diga, nos foram dados por outros. Isto só deixa mais evidente que as pessoas apreciam serem atormentadas, não acham?!

— Quem são vocês? – Natsu é o primeiro a perguntar, intensificando a sua careta.

— Quem sabe?! Já fomos chamados de muitas coisas: “monstros”, “fantasmas”, até “aberrações”. Pertencemos a todos os lugares, e ao mesmo tempo a nenhum. Nós fizemos nossa própria história, e recebemos contribuições nos capítulos. Pode-se dizer que temos um currículo bem amplo. – a dupla se entreolha e compartilha uma risada.

— Tudo bem, olha... – Zeref toma a dianteira – Viemos até aqui porque alguém nos pediu para procura-los. Estão incomodando algumas pessoas, para não dizer o mínimo, e vão ter que parar com isto. Se não aceitarem por bem... – ele se interrompe, dando a deixa para uma parte dos seus aliados entrarem em posição de ataque.

— Oh... Pobres heróis caídos. – articula Sinistra, estreitando os olhos ao sorrir – Que triste vida é esta, a sua condenação. Salvando tantos, quando não conseguem proteger a si mesmos. – em questão de segundos, os audaciosos magos que os confrontavam sentem seus corpos travarem onde estão, e suas pupilas contraem enquanto ouvem as palavras da mulher se aproximando – Tão lindos, tão ingênuos. Crianças que precisam de amor.

— Do que está falando? – Erza indaga, recebendo o apoio das amigas para entrar na frente dos rapazes e sacar sua espada – Não se aproxime!

— Belas damas. – é a vez de Tirano falar, e sua voz causa a elas o mesmo impacto – Não somos seu inimigo. O adversário mora no interior, e eu conheço bem os seus. Apenas relaxem, apenas aceitem. – de repente, o casal desvanece em uma nuvem escura e ressurge rapidamente ao lado do grupo, caminhando entre os estáticos e tocando alguns – Não se preocupem; sabemos como se sentem. De todas as maneiras... Somos a liberdade.

— Nós construímos a história, a mente, a alma e o coração. – dá seguimento a esposa, passando as mãos pelas cabeças dos magos – O que se passa em suas lembranças, eu vejo. Tanta dor, tanto medo... Por que não reviver tudo? – logo mais, nas expressões deles, uma sensação de angústia é notada quando seus olhos marejam – Não sabem o que querem, e nem o seu verdadeiro valor. Eu sei. – Sinistra sussurra nos ouvidos de suas vítimas – São pequenos, são fracos, são indefesos. Procuram demais e vivem de menos.

— Pobres crianças, cheias de desejos; não sabem do que precisam. – prossegue seu marido, tocando os colos das magas – Ansiando por afeto, sem saber como retribuir. Só choram eternamente, sofrendo em silêncio. Estão confusas, deprimidas, então sintam isto. – aos poucos, elas liberam lágrimas de tristeza e algumas caem de joelhos no chão – São o reflexo de uma metade, incompletas por natureza. Lutam pelo que acreditam, mesmo guardando o que não precisam. Bem, sentem saudade do que não tiveram?

— Que destino cruel o daqueles que se aventuram em jornadas solitárias, buscando algo já conquistado. – o par fala ao mesmo tempo, se afastando dos aventureiros abatidos.

Enquanto Tirano se recosta em uma parede, sentando no chão, sua mulher toma a espada de Erza, cravando-a no piso e perto dele. Logo ela se acomoda entre suas pernas, recostando a cabeça em seu ombro direito, e ambos começam a fitar o nervoso conjunto à sua frente. Subitamente, a lâmina da arma se torna vermelha e emana um fulgor intenso, como centelhas de uma fogueira, que se espalham por todo o espaço.

— Vocês não têm o necessário para nos deter. – Sinistra anuncia, tão séria quanto o companheiro que a abraça pelos ombros – Nem mesmo para serem livres.

— Mas o sofrimento é o caminho certo. – explica seu homem – Mostrem o seu pior lado, e veremos se sua ignorância pode ser curada.

Nesta hora, as cores do amplo salão de entrada, brilhando nas luzes dos candelabros, começam a deformar o ambiente, fazendo tudo se mover em vermelho, laranja, amarelo e roxo. As escadas, retas ou curvas, parecem desmanchar, e o piso, de porcelanato branco e preto, dá a impressão de se inclinar. O cenário se quebra a partir da rachadura feita pela espada. Uma porta abre no fim do corredor de baixo, e a penumbra dela acoberta a todos.

Quando recobram a consciência, os membros das guildas se dão conta de que estão dentro da cratera por onde haviam passado anteriormente. Eles levantam devagar, dando apoio uns aos outros, e alguns enxugam resquícios de lágrimas dos rostos.

— Então... O que viram lá dentro? – Pantherlily é o primeiro a falar.

— Os boatos eram verdadeiros. – Gajeel explica simplesmente.

— Vocês lutaram contra fantasmas? – Happy pergunta, dividido entre a curiosidade e o medo enquanto flutua impacientemente – Como eles eram?

— Não sei se eram fantasmas, mas aqueles dois... Metiam medo. – Natsu admite.

— Eu não faço a menor ideia do que estavam falando, mas tenho que concordar. – Lucy acena com a cabeça, abraçando-se – Por um momento, senti como se nunca mais fosse ser feliz. Os olhos deles eram tão... Vazios.

— Bom, não importa. – Mavis olha para o céu noturno – Se estão ferindo as pessoas, nós precisamos detê-los. Vamos sair desta cratera e depois descobrir para onde fugiram.

— A mestra tem razão. – Erza concorda, recuperando sua espada do chão – A nossa única certeza, por enquanto, é que aqueles dois têm poderes incríveis. Então, não importa o que sejam: se há uma chance de derrota-los, precisamos tentar. – as demais magas se entreolham, acenando em acordo, e começam a caminhar para longe dos outros.

— Esperem um instante! – Zeref ergue uma mão, chamando a atenção geral – Olha, eu sei que nossas guildas nunca foram unidas, mas talvez, por agora, nós possamos nos ajudar. Afinal, temos um inimigo em comum, e o mesmo objetivo.

— Isso é verdade, contudo... – Levy arqueia uma sobrancelha – Não nos conhecemos muito bem. Como vamos saber se podemos confiar em vocês?

— Também não sabemos se podemos confiar em vocês. – Gray responde.

— Gray-sama pode, com certeza, confiar na Juvia! – a mulher chuva se aproxima do assustado rapaz, invadindo os limites que ele impõe quando tenta se afastar.

— Oh bem, acho que não temos escolha de qualquer forma. – Jellal sorri, estendendo a mão para a titânia – Podemos fazer uma trégua.

De imediato, a Scarlet retorna a um estado de pânico e rubor sentido anteriormente, ao cumprimenta-lo pela primeira vez, e demora a oferecer sua palma trêmula. Ao fazê-lo por fim, acaba usando muita força e quase quebrando os dedos do mago celestial.

— Então, está tudo bem para você, mestra? – a Heartfilia questiona.

— Bem... – a Vermilion pondera um pouco, remexendo a boca de uma maneira que atiça o interesse do mago negro – É, tudo bem. Vocês parecem ser bem úteis.

— A forma como você disse isso meio que incomodou. – o Redfox faz uma careta.

— Bom, como vamos sair daqui? – é a vez da maga estelar olhar para cima.

— Happy e Lily podem ajudar. – o Dragneel mais novo anuncia – Eles voam.

— Mas não podem carregar muito peso de uma vez. – informa o Dragon Slayer do metal – Embora o Lily possa aumentar de tamanho, mas aí não terá asas.

— Certo, então vamos nos dividir. – Lucy continua – Um deles pode carregar a gente e o outro vocês. – é nesta hora que o gato azul encara a loira maior por um tempo, e depois se vira para o parceiro alado com uma expressão traumatizada.

— Lily, você leva. – a Heartfilia se enfurece instantaneamente, ameaçando agarrar o rabo do felino, e este se refugia atrás do Dragon Slayer do fogo enquanto os outros riem.

Assim, usando suas magias ou a ajuda dos exceeds, o grupo consegue sair do grande buraco, partindo de volta para Magnolia. Após anunciarem a colaboração repentina entre as guildas, que termina sendo aceita também pelo mestre Makarov, as equipes escolhidas para realizar a missão iniciam uma coleta de dados. Pesquisa atrás de pesquisa, trocando informações, eles descobrem o paradeiro de alguém que pode ajudar a deter seus alvos.

...

{29 de outubro, zona oeste do Reino Fiore}

Chegando perto dos limites do reino, o grupo de aventureiros encontra uma floresta depois das montanhas, e perto do oceano, um chalé em forma de triângulo se esconde em uma clareira: seu destino final. Cansados e ansiosos, todos se aproximam do local, batem na porta e olham pelas janelas, mas ninguém responde. Assim, eles vasculham o ambiente até ouvirem uma música diferente, que seria considerada assustadora.

Ao som de ocarinas, gongos, tambores e didgeridoos, tangendo magicamente em alternada harmonia, duas figuras misteriosas dançam em uma campina, perto das árvores. Aproximando-se cautelosamente, as equipes percebem que se tratam de uma bruxa e um ser aparentemente humano, entretanto com uma lanterna de abóbora no lugar da cabeça; como as ofuscantes decorações iluminando o espaço noturno em laranja e amarelo.

Segurando a mão esquerda e a cintura do sinuoso corpo branco da jovem, de olhos azuis e longos cabelos lisos, da cor do pêssego, o homem de fraque, luvas e mini cartola gira dentro de seu conjunto colorido, tal qual o enorme chapéu pontudo e as vestes largas da parceira. De repente, da esfera no bastão que ela segura na mão direita, surgem estrelas, pequenos fantasmas, bonecos e doces, dentre outras coisas.

Um gato negro, usando um laço amarelo na cauda, diverte-se com as obras mágicas durante a distração do casal, até a música, por fim, terminar. Tomando coragem, os magos e magas chegam perto da dupla e são percebidos de imediato.

— Olá! – Mavis cumprimenta, tentando não passar receio – É... Nós somos...

— Fairy Tail e Spriggan Tail. Sabemos quem são. – a bruxa responde com um sorriso, sacudindo o bastão e fazendo todas as suas artes sumirem – Esperávamos vocês.

— Ah é? – Gray arqueia uma sobrancelha – E por qual motivo, que mal pergunte?

— Ué, vocês que vieram até mim para conseguir ajuda, não?! – a moça bate o artefato no chão e as raízes da árvore mais próxima formam uma cadeira, na qual ela senta e cruza as pernas – Embora, se tiveram o trabalho de vir até aqui, é porque só existe uma razão óbvia, então a explicação é dispensável. Além do mais, depois de minhas abóboras virem vocês xeretando nossa casa, era de se esperar que os anfitriões recebessem as visitas.

— Ah não, não, não! – Lucy balança as mãos – Só estávamos procurando por você!

— Bem, cá estou, a grande bruxa Leyla. Oh sim, este é o meu amado Zack. – Leyla aponta para o homem com rosto de abóbora, que põe a mão direita no tronco e se curva em cumprimento; gesto copiado por alguns – Ele é meu mentor, parceiro e namorado nas horas vagas. Felizmente, eu tenho muito tempo livre. – a bruxa se gaba, dando um sorriso malicioso para o companheiro, o que provoca reações diversas no público – Então, antes de começarmos, preciso avisar que eu não trabalho de graça.

— Não tem problema. – Zeref retira um saco com moedas de seu casaco.

— Ah, não sei se perceberam, mas eu vivo em uma floresta, e tenho tudo o que quero e preciso bem aqui. Dinheiro não vai servir de pagamento pela minha ajuda.

— E o que quer em troca? – Jellal indaga e a jovem se põe a pensar, balançando uma perna e apoiando o queixo na mão esquerda.

— Já sei. – ela sorri travessamente, curvando-se para frente – Quero seus primeiros filhos. – os ouvintes entram em choque de imediato, e após alguns segundos de pânico, a feiticeira desata a rir, batendo na cadeira – Deviam ver suas caras! Impagável!

— Leyla... – Zack chama suavemente, embora em tom repreensivo, e Leyla sossega.

— Oh, está bem, está bem! Você nunca deixa eu me divertir! Não é sempre que nós recebemos carne nova! – a moça revira os olhos – Escutem: se me entregarem os gatos, estamos conversados. – Natsu e Gajeel se aproximam dos exceeds imediatamente.

— Nem de brincadeira faríamos isso! – informa o dragão do metal.

— Happy e Lily não estão à venda! – o Dragon Slayer do fogo anuncia.

— Ora, vocês são muito chatos! Eu gosto de mascotes, então não vou maltrata-los.

— Você já tem um gato! – Juvia mostra o felino negro no chão, enroscando-se nas pernas da dona, e quando ela o segura no colo, o animal some como fumaça.

— Ele existe quando eu o crio. Na verdade, Zack também nasceu por minhas mãos.

— Então você é tipo... A mãe/namorada dele? – o Redfox faz uma careta.

— Essa é a relação mais estranha que eu já vi. – Levy sussurra para alguns.

— Tudo bem, para mim já chega! – a bruxa se levanta – Não espero que entendam...!

— Mas eu entendo! – a mestra da Fairy Tail interrompe, usando sua magia para criar cervos, pássaros e coelhos ao redor de todos – Deve se sentir solitária aqui.

— Um pouco... – Leyla admite, encarando seu namorado rapidamente e voltando a atenção aos animais antes de sumirem – Você é muito talentosa. Ok, vou ajuda-los.

— Sério? – a maga estelar se alegra, vendo a feiticeira andar com uma mão na cintura.

— Mas eu não disse que vai sair de graça! Ainda quero o meu pagamento; contudo, graças à sua líder, vou facilitar as coisas para vocês. Tenho uma tarefa simples. – ela pega seu bastão, deixado no trono improvisado, e move a mão ao redor da bola verde na ponta, balançando-o em seguida para espalhar a nuvem escura que brota do cristal – Eu tenho muitos poderes, graças aos meus feitiços, porém não tenho condição de pegar um item extremamente valioso que se encontra nesta floresta. São sementes, de frutos que nascem em uma árvore mágica. – na frente de todos, surge a imagem de uma árvore gigante, com frutas coloridas espalhadas por seus galhos grossos – Se pegarem algumas para mim, eu posso dizer a vocês como derrotar Sinistra e Tirano.

— Espera: o que tem essa árvore para você não querer chegar perto dela? – o mago do gelo questiona com desconfiança, fazendo-a dar de ombros.

— Bom, nada demais... É só que, como é mágica, ela se move e devora seres vivos, além de cultivar algumas frutas mortais dentre tantas. E também repele magia.

— E acha isso pouco? – Pantherlily indaga com horror.

— Vamos ser devorados por uma planta gigante! – Happy entra em pânico.

— Está tudo bem, desde que não sejam esmagados ou capturados por ela. Ah, e não tenho certeza de quais frutos são venenosos ou não, mas por via das dúvidas, ignorem os mais brilhantes. Podem me trazer sementes de qualquer uma que não mate.

— E como é que nós vamos testar quais delas matam ou não? – a Heartfilia se irrita – Espremendo uma por uma para fazer suco?

— Na verdade, essa é uma boa ideia. Algumas são nutritivas e dão poderes especiais, apesar de provocarem alucinações... Pensando bem, podem trazer as frutas inteiras. – os aventureiros se entreolham, reúnem-se e discutem o assunto, logo retornando para perto de Leyla – E aí? Como é que vai ser, porque eu não tenho o dia todo?!

— Nós aceitamos. – o Dragneel mais velho informa – Agora, sabe mesmo como nós podemos derrotar aqueles... Bem, o casal do qual estamos atrás?

— Claro. – ela some com a fumaça escura de sua feitiçaria – Mas antes, só a nível de informação: o que eles disseram para vocês?

— Não foi um encontro agradável. – a maga das runas se arrepia.

— Eles disseram que... – Erza começa, se interrompendo e formando uma careta – Na verdade, eu não tenho a menor ideia do que eles estavam falando.

— Você não é a única. – Natsu bufa e cruza os braços.

— Você nunca entende qualquer coisa, bafo de pimenta. – o Fullbuster ri, provocando a ira do amigo, até o olhar autoritário da titânia silencia-los.

— Então... – a bruxa observa a cena com a mão no rosto e uma expressão de deboche – Não tem problema. Aqueles dois não fazem sentido na maior parte das vezes mesmo.

— Você conhece aquelas pessoas? – a mulher chuva pergunta.

— Sim. – é Zack quem responde – Eles nasceram no mesmo lugar que Leyla.

— É, mas já faz muito tempo. – a feiticeira dá de ombros novamente – Viemos de longe e viramos amigos. Eles são o que podem chamar de “entidades excêntricas”. Tirano nasceu depois da Sinistra; ele veio de um vulcão e ela de uma caverna.

— Como é? – muitos questionam ao mesmo tempo.

— Nem adianta perguntarem. – o homem lanterna avisa – Eles não são exatamente espíritos, já que são palpáveis, e nem estão exatamente vivos, por não precisarem comer, dormir ou mesmo urinar. Só precisam saber que eles têm a capacidade de manipular os pensamentos e emoções dos seres vivos, de forma rápida e, muitas vezes, brutal.

— Os dois são instáveis e maliciosos. Eu mesma cansei de tentar entende-los. – Leyla continua – Sou um tipo de irmã mais velha para eles; acho... Eles podem assumir a forma que quiserem, então ficam velhos em um dia e jovens no outro. Enfim, os dois gostam de mim e me respeitam, apesar de me visitarem bem pouco. Sei bem quais as fraquezas deles.

— Mas se vocês são nakamas, por que vai nos dizer como vence-los?

— Não queime a cabecinha, Salamandra. – ela ri e o Dragneel mais novo faz um bico – Não é um caso de traição, já que Sinistra e Tirano não fazem questão de esconder isso. O problema é que nem todos conseguem captar o método pra derrota-los no próprio jogo. Bom, bom, bom, eu não direi mais nada até vocês me trazerem aquelas frutas!

— Aqui está um mapa do local. – Zack retira um pergaminho do seu paletó e entrega à McGarden, que abre de imediato para ler o conteúdo.

— Não é muito longe daqui. Mas só tem ruínas ao redor dessa árvore.

— É porque ela suga toda a vida ao seu redor. – o homem abóbora continua – Essas ruínas foram tentativas frustradas de conter sua fúria. – ouvindo isto, o gato azul começa a suar na mesma hora e decide abrir uma abóbora com um galho coletado na grama.

— Nós não precisamos mais ir! – ele avisa ao voar, mostrando suas patas – Olha, tem muitas sementes aqui! – aborrecida, Lucy bate nas costas do felino e o faz derrubar tudo.

— Acha que se isso adiantasse nós estaríamos tendo esta conversa?

— Não se preocupe, Happy! – Natsu o conforta – Vamos encerrar esta missão e voltar para casa antes que possa dizer “sopa de abóbora”!

— Sabem, para nós, o que estão falando e fazendo é crueldade. – Leyla informa com uma careta, apontando para o horrorizado namorado.

— Você tem fetiches estranhos e acha que é a mais assustada aqui? – a maga estelar franze o cenho e suspira – Ai, vai ser uma longa viagem.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Um detalhe interessante: a parte em que Sinistra diz "nós construímos a história, a mente, a alma e o coração" foi tirada da música "Long Live", em que a Taylor Swift canta com Paula Fernandes.



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