The Four Halstead: Season 3 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 8
Que a Caçada Começe




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Mais de vinte e quatro horas já tinham se passado desde o ataque, nenhuma sombra dos suspeitos surgiu nessas horas, o FBI cuidava dessa parte no entanto, já a Unidade de Inteligência ainda tem provar a presença de Stefan Anderwood e a ligação dele com o desaparecimento, não de uma, mas duas crianças.

Cassy tinha tido uma longa noite longe do filho e ao lado de Mouse enquanto eles procuravam por entre uma multidão um único homem. A morena também deu cobertura para Erin sair e visitar Jay, já que ela própria não poderia sair para ver o amigo, ajudaria a namorada dele com isso.

Com apenas quatro horas mal dormidas e muita cafeína, Montenegro passou as últimas duas horas lidando com papéis e burocracia, duas coisas que apenas ajudaram a piorar um humor ruim de sono.

 

— Consegui os nomes — Hills apareceu atrás de Cassy quase a fazendo pular de susto — Benedict Lewis é o careca, e Mark Norton os dois não tem fichas criminais.

 

— Então eles estavam fora do radar — Ela o olhou pegando as fotos da mão dele — viagens ao exterior, chats suspeitos, tinder ?

 

— Pois é, eles estão lidando com a quebra do sigilo ainda, mas até agora nenhuma conta em rede sociais foi ligada a eles — pegando uma cadeira, Hills se sentou ao lado dela.

 

— Cani — Mouse entra na sala chamando pela mulher — achei o que você queria.

 

Ela reprimiu sua vontade de corrigi-lo para que ele a trate como a pessoa com quem trabalha, ou seja, pelo sobrenome ou ao menos pelo nome certo invés do estúpido apelido de infância, enquanto  o loiro se aproximava.

 

Com o tablet na mão ele ignorou a presença de Hills por alguns segundos, enquanto mostrava aos dois as imagens que encontrou. O homem que estava sendo procurado por três países diferentes só na Europa, vestido com roupa casual próximo do carrossel observando as crianças.

 

— Essa é a prova que ele está na cidade — Mouse falou.

 

— E que ele tem procurado uma nova vítima — Hills interveio apontando para as crianças — isso significa que ele tem um alvo.

 

— Deus nos ajude — Cassy disse se levantando — eles confirmaram que uma criança parece ter desaparecido do parque, Jay confirmou ter visto uma criança em que ele supostamente iria atirar — ela olhou nos olhos de Mouse — me diz que conseguiu mais do que essa confirmação.

 

Um sorriso discreto surgiu no canto da boca do loiro, enquanto ele virava o tablet para ele e procurava por algo para mostrar  aos dois. Ele virou a tela novamente mostrando uma nova imagem, nela o procurado entrava em um carro preto com algo nos braços.

 

— Ele alugou um carro com o nome de Damian Grant, tem um alerta para o carro, ele está parado em S. Phillips Ave com 75th St. Há alguns minutos atrás.

 

Hills se virou com expressão de surpresa.

 

—Se prepare — Cassy disse dando a volta na mesa, tocando o ombro de Mouse — mande o endereço pros outros e avise que estamos a caminho.

 

Vestindo o colete aprova de bala, a arma extra presa a perna esquerda, o coldre na cintura e o distintivo no lado oposto, o cabelo preso em um rabo de cavalo, Cassy desceu as escadas até onde Hills esperava por ela para sair pela porta dos fundos da delegacia. Mouse estava parado ali também, tão inquieto como sempre desde criança.

 

— Sabe o que dizem sobre despedidas Mouse — ela falou mirando-o.

 

— Sim, eu lembro — ele respondeu, pondo na mão dela uma bala compatível com o revólver dela.

 

Um amuleto igual ao que eles tinham na época do exército, mesmo que sem trabalhar juntos durante a maior parte do serviço militar, as poucas vezes que se encontravam em alguma das bases eles trocavam uma cápsula de bala para dar boa sorte para o outro, isso entre os três. E isso realmente aconteceu já que eles conseguiram voltar para casa.

 

Entrando no carro, o agente Hills dirigiu até o endereço. Encontrando Hank e a equipe a duas quadras de onde o carro foi avistado.

 

— O carro está na frente de uma loja de doces — Dawson falou.

 

— Crianças lá dentro? — Hills questionou

 

— Umas dez.

 

— Jesus — Burgess murmurou.

 

— Temos confirmação visual?

 

— Ainda não — Ruzek respondeu

 

— Vamos mandar alguém lá para dentro — Voight disse.

 

— Eu posso ir — Burgess falou.

 

—Vá — Hank falou.

 

Enquanto ela tirava o colete, o distintivo e a arma, Cassy e Lindsay a cercaram.

 

— Estaremos por perto — Lindsay afirmou pegando a arma.

— Isso pode ser útil — Cassy entregou a ela um rímel, observando a interrogação na expressão da outra ela sorriu dizendo — abra-o.

 

Ao fazê-lo encontrou uma lâmina fina de cinco centímetros que podia ser guardado disfarçadamente de rímel.

 

Kim caminhou da forma mais natural possível até a loja, falando ao celular e olhando discretamente redor a polícia entrou em meio das crianças procurando pelo homem, mas não o encontrou, apenas algumas famílias incluindo uma criança que ela reconheceu.

 

— Ele não está aqui — Burgess passou pelo rádio — mas o seu filho está Cassy.

 

— O que? — ela ouviu a voz da morena do outro lado da linha.

 

— Elliot está aqui junto com outras duas crianças.

 

Em poucos minutos Cassy entrou na loja, sem o colete, e usando um casaco preto escondendo a arma e o distintivo. Olhando ao redor ela localizou o filho junto a duas crianças mais novas, um menino de cabelo escuro e uma menina loira, ao reconhecê-las sua procura se tornou por sua irmã, mas a loira não estava presente.

 

Caminhado até as crianças ela se fez notar, abaixando-se para conversar com as três, e pela careta que Kim notou no rosto dela, as coisas não estavam nada bem.

Cassy pegou as três e as tirou da loja, levando-as até o carro na esquina abaixo. Ao colocá-los dentro do carro ela se virou para Voight.

 

— Peço desculpas por isso — Montenegro falou— mas os três estavam sozinhos.

Só pelo tom de voz, Elliot e a menina se encolheram, o outro menino fez o mesmo ao ver o rosto dela.

— Esses são os meus sobrinhos — ela apontou para os dois menores — Bruno e Talia.

 

As duas crianças apenas acenaram, a menina tinha certeza que levaria uma bronca se fizesse qualquer coisa diferente disso.

Burgess surgiu pouco depois, parada ao lado de Ruzek ela falou.

 

— Mostrei a foto aos atendentes, Anderwood nunca esteve lá.

Cassy esfregou o rosto frustrada e irritada com o que acabará de acontecer.

—O carro ainda está lá — Dawson falou olhando para a rua — podemos esperar e seguir quem pegar aquele carro.

 

— Sim isso pode dar certo — Voight falou olhando para Cassy — o que vai fazer com elas — disse referindo-se às crianças.

— Elas tem nome — Talia respondeu de dentro do carro.

— Logo não terão brinquedos — Cassy preveniu a sobrinha que se encolheu outra vez no banco de trás da SUV — vou levá-los para casa, o apartamento da minha irmã é a dois quarteirões daqui.

 

— Irei com você — Hills falou se aproximando do carro.

— Fale uma palavra sobre quem é Anderwood e eu arranco sua língua , —Cassy disse apontando pro peito  do agente — eles têm oito e cinco anos não vou explicar as merdas do mundo para eles hoje.

 

~~~

— Khyara — Cassy chamou pela irmã entrando no apartamento usando a chave que tinha do local.

— Cassy, tudo bem? — a loira apareceu usando apenas uma toalha enrolada no corpo. Ela ficou pálida ao ver o homem atrás da irmã mais velha.

— Por que eles estavam na loja de doce sozinhos ? — Cassy ignorou o constrangimento da irmã.

 

— Espera o que? — Khya olhou para as três crianças.

— Eu não tô nem aí de como — Cassy disse se aproximando dois passos da irmã —  apenas mantenha-os aqui.

 

A loira apenas afirmou sem nem pensar em contrariar a irmã, Cassy deu um beijo na testa do irmão, prometendo-o que teriam uma conversa muito séria quando ela voltasse do trabalho.

Sem dar chance de Hills falar qualquer coisa, a morena apenas o empurrou para fora do apartamento, dizendo que se ouvisse ao menos um comentário sobre sua irmã, ele acabaria se arrependendo de saber falar. E só por ver expressão dela, Scott tinha certeza que ela cumpriria qualquer ameaça que fizer.

 

~~~

Depois de meia hora de observação, Cassy e Scott já tinham retornado e se juntado aos outros detetives, finalmente alguém se aproximou do carro que foi alugado por Stefan Anderwood, usando um nome falso. Uma mulher de cabelo escuro com luzes se aproximou do veículo destrancando-o com a chave.

 

— Quem diabos é ela? — Hank perguntou pelo rádio.

— Vamos segui-la? — Lindsay perguntou — ela pode nos levar até Anderwood ou pelo menos vamos poder prendê-la por roubo se ela não cooperar.

 

Todos concordaram, quando o carro começou a se mover Atwater e Dawson o seguiram. Com sorte eles conseguiram pegar o serial killer ainda naquele dia tendo que se preocupar apenas com os dois homens que explodiram os brinquedos.


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