Uma nova Saga escrita por s2R


Capítulo 20
Capitulo.20 Soberania


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas!



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—Bom revê-lo irmão!

O silêncio era mais que palpável,  ninguém esperava essa visita!

Meu irmão sempre gostou de ser visado em suas entradas, ele e klaus batem de frente nessa “humilde” necessidade de causar impacto. Eles gostam de se fazer presente, eu particularmente, nunca gostei de muita atenção, essa foi a única característica que não fiz questão de mudar o ano passado inteiro com os Cullens, mas agora, eu não poderia  ficar mais satisfeita com esse impacto causado pela entrada repentina de Elijah, no salão!

A feição de deboche de Aro se transformou, em uma máscara de surpresa e alegria, mas ao mesmo tempo, os olhos dele demonstravam o desconforto; como uma criança sendo pega fazendo algo extremamente errado, pronta para bajular os pais e tirar o seu da reta.

Porém, eu faço questão de defender os meus, principalmente, se tratando de minha família!

Me aproximei mais um pouco de Elijah, chamando sua atenção, ele virou o rosto para mim e abriu um sorriso que eu não tive como não devolver, meus irmãos nunca tiveram problema de demonstrar o afeto que sentem por mim, e Elijah _Por mais que, alguns digam que seja a Rebecka_ é o mais sentimental, na minha opinião.

—Pensei que não viria mais.- Disse ainda sorrindo, ele se virou completamente para mim com uma feição de que não entendeu o porque de eu achar aquilo. Dava para sentir a atenção em nossa interação, e pelo que pude ver, Elijah estava fazendo questão de demonstrar a minha importância, e o tamanho da encrenca que os Volturi se enfiaram ao me menosprezar!

Elijah colocou uma das mãos em meu braço, chamando minha atenção de volta para o mesmo.

—Nós sempre temos tempo para a família!- Sorri de novo para ele que pegou minha mão e levou até os lábios. – Mas, diga-me irmã.- Ele falava enquanto se virava encarando Aro, que ainda estava estático nos observando.- Oque está acontecendo aqui?

Dei um passo a frente, assumindo meu lugar ao lado dele!

—Bom,  Ao que pareci, suas terras estão sendo visadas por muitos a fora, como propriedade dos... Volturi?! Certo?- Perguntei a Aro, que me olhou com ódio! Sim, eu queria Humilhar o mesmo, queria que ele entendesse que ali, ele não passa de um serviçal!

—Minha irmã lhe fez uma pergunta, aconselho respondê-la, respeitosamente- Pude ouvir o rosnado contido vindo de Jane, mas meu alvo claro é Aro, se eu tiver que lidar com ela; Lido depois!

—Sim!- E com a polidez mais falsa que já vi, Aro me respondi! Estava nítida a intenção dele, de tentar manter seu status de vampiro supremo; Cômico,  como se ele tivesse o  que é necessário para se igualar ao meu irmão, e com o peito inchado de orgulho ele continuou: - Somos o clâ dos Volturi...!

—Clâ?-Elijah o perguntou, como se ele tivesse falado um absurdo e desse vez não tive como segurar um sorriso satisfeito.

—E com muito orgulho- Jane entoou arrogante do outro lado do salão- o Mestre nos ensinou a darmos valor ao nosso clã!

—Mestre?!- Elijah perguntou em tom sarcástico. Intercalando o olhar entre Aro e Jane.

—Eu não cheguei a mencionar o teatro que fizeram antes de sua entrada?!- Me pronunciei diretamente  ao meu irmão, com um tom mais alto com uma leve pitada de zombaria.- Eles se intitulam realeza dos frios-Soltei um a lufada de ar, segurando o riso- Sinceramente, Chega a ser engraçado de tão dramático!- Meu irmão se pôs novamente em frente a Aro.

— Pareci que você tem feito mais do que lhe permiti!

—Como é?- Jane exclamou, como se Elijah estivesse cometendo uma calamidade.

—Calada- Firmei minha voz a repreendendo!- Não está vendo que seu superior está tentando ser gentil?

— Ele não é o meu superior!- Meu irmão respirou fundo e começou a andar dando a volta em Aro seguindo para Jane! Imediatamente, mentalizei um escudo para o meu irmão e os Cullens que estavam quietos atrás de mim, me lembro muito bem dos dons de Jane, e seria estupidez minha deixa-los sem proteção.

—Aro, explique a essa criança ou arrancarei a cabeça dela!- Elijah estava de frente para Jane, eu só pude ver as costas de meu irmão já que o mesmo tapou  minha visão direta a Jane, senti uma pontada no meu escudo, na direção de Elijah, reconheci de imediato o dom de Jane. Ela estava querendo atacar meu irmão de forma furtiva; E quando ela finalmente me pareceu perceber que não conseguia machucar o mesmo, ela rosnou baixo, tentando se afastar dele, me dando um ângulo melhor para a cena que se desenrolava; ela ficou me encarando como se tivesse finalmente entendido! O que eu duvido muito?!- O que foi passarinho? Achou mesmo que seus truques surtiriam efeito em mim? – Elijah a olhava de cima, ele agarrou o queixo dela não com muita força, mas a obrigou manter o olhar nele- Você vai fazer o que eu mandar!

—Sim, eu vou fazer o que o desejar! –Então finalmente entendi.

—Exatamente, Agora eu sou o seu mestre!

—Sim, Mestre!

—Ele está hipnotizando ela!- Edward se pronunciou, absorto! Como se não estivesse acreditando no que via!

—Aro? – Meu irmão chamou o mesmo, que ainda se encontrava de frente para mim, me analisando. Ergui uma de minhas sobrancelhas.

—Mas, o que está acontecendo aqui? Eu não consigo entender nada! – Alice se pronunciou pela primeira vez, como esperado, chamando a atenção para ela e Edward que até então permaneciam calados no canto. -Bella? – Cortei meu contato visual com Aro e me virei para Edward e Alice, Edward me olhava com a feição vazia, imaginei que com o dom que ele tem já saiba o que está havendo, porém, Alice se mostrava visivelmente confusa e suas feições me exigiam a verdade.

—Lembra-se da nossa conversa?- Ela parou um pouco, como se estivesse passando algo em sua mente- Ainda está valida! Mas, depois. Ok? – Ela não me pareceu satisfeita, mas acatou meu pedido. Creio que depois de tudo, isso seria o mínimo vindo dela!

— Então vocês são os Cullens?- Elijah se fez presente no nosso monólogo.- Bom, estou deduzindo que são, já que são os únicos vestidos de forma menos teatral! Certo?- Elijah deduziu me encarando, não deixei de sorrir, cabisbaixa.

—Sim, irmão são eles!

—Irmão?!- Edward Perguntou um tanto absorto, me encarando exigindo o mesmo que Alice, respostas.

—Depois!

—Eles ainda não sabem?- Elijah me perguntou, diretamente.

—Acredito que ninguém aqui tenha reparado, ainda!- Falei o olhando de rabo de olho, ele sorriu.

—Verdade, você vem aperfeiçoando seu feitiço de camuflagem. Estou impressionado! –Sorri.

—Obrigado!- Agradeci lisonjeada - Mas o que pretende fazer com toda essa situação?

— Se me permitem falar – Nos viramos para Marcus que tomou a frente de Aro- Nós nunca tivemos a intenção de desrespeitar suas terras, muito pelo contrário...

— Eu dei uma única tarefa a vocês!

—E nos sentimos honrados por isso!

— Mas, não agiram conforme!- Elijah elevou a voz o repreendendo. O Silencio reinou no salão- Porque eu os permiti aqui? Você se lembra Marcus?- Ele afirmou cabisbaixo- Caius?- O mesmo assentiu ainda sentado em uma das três cadeiras- Aro? Porque?

—Para mantermos suas terras seguras e constituir leis que os frios sigam...

—Conforme..?

—Conforme a sua palavra!

—E o que vocês são aqui na italia?

—Hospedes!

—Não, vocês são servos! E servos não dão ordens, muito menos sem o consentimento de seus senhores!- Ele encarou Aro de frente e o mesmo se encontrava acuado- Da próxima vez que tentar constranger alguém de minha família; terá a minha palavra, de que será a ultima coisa que fará! Fui claro?

—Com todo respeito, senhor eu não sab....

—Eu Fui claro?- A voz de Elijah ecoou no salão, fazendo Aro baixar os ombros.

—Sim!

—Por que Á um grupo de humanos sendo trazidos para cá?- Me pronunciei sobre as vozes chegando no final do corredor – São turistas?

—Jane? Responda!

—Sim, Mestre!-Ela se encaminhou até nós, como uma cadelinha domada- Eles são nossa refeição, Senhor!

—Pareci que vocês 3...-Elijah falava diretamente a Aro, Caius, e Marcus- ... Estão bagunçando minha casa! Pelo visto , terei que confiar em outras pessoas!

—Como assim?

—Vocês serão notificados, por Hora...- Ele se vira para Jane- Você está encarregada de minhas terras, fará tudo o que eu mandar, me passaram todas as informações sobre o que fazem em Volterra, e não permitirá nenhum volturi sair daqui até a segunda ordem! Está livre para usar seu dom!- Ele olhou para os 3 anciãos que estavam absortos o olhando e depois volto seus olhos a Jane- Manterá  Caius, Marcus e Aro em prisão domiciliar, e caso eles tentem algo contra você, avise-me e eu mesmo os caço e mato! Entendido?

—Sim, Mestre!

—Você não pode... –Caius se levantou indignado, os olhos flamejantes em fúria, direcionados a Elijah!

—Sugiro, que se cale Caius! Não tenho interesse em ser misericordioso, caso tente me afrontar, novamente!- Caius, mordeu a mandíbula.

—Faremos conforme a sua vontade! Mas, diga, e a humana?!- Aro me olhou, enquanto se pronunciava com sua cordialidade dramática.

—Humana?- Elijah olhou para os lados, e colocou as mãos no bolso!

—Não vejo humana alguma! –Aro, deixou sua máscara de submissão falhar um pouco, e me olhou sugestivamente; - Ah, está falando dela? –Elijah apontou para mim, fingindo desentendimento. Ouvi um rugido atrás de mim, e logo reconheci ser do Edward. Elijah se virou para ele, com uma expressão de duvida.

—Eles querem mata-la!- Edward se pronunciou, revoltado!

—É o certo!- Caius se pronunciou, novamente. - A lei os Reclama!- Ele apontou o dedo magricelo para mim.- Ela sabe demais! E qualquer humano que saiba demais, deve morrer! –Ele olhou satisfeito para mim, e se virou para Elijah- Essas são suas leis, Elijah!

—Sim, são minhas leis!-A satisfação atingiu os olhos de Aro e Caius- E a lei a reclamaria de fato, se ela fosse humana! –Primeiro vi confusão em seus olhos, depois como se algo estivesse se encaixando na mente dele.

Eu sorri debochada, pela primeira vez, e sabia que com esse, eu acabaria confirmando a suspeita deles.

—Mas... você...?- Aro exclamou espantado.

—Sim!- Ele arregalou os olhos, e de relance, vi um acerta decepção por não conseguir ao menos me matar.- Bom, como já temos tudo resolvido!- Me virei para Elijah- Posso lhe falar? – Elijah, confirmou com a cabeça!

—Saiam todos! Se alimentem em seus aposentos, preciso do salão vazio!- Claramente, minha conversa com meu rimão não precisava de um salão inteiro vazio. Podíamos muito bem ir a uma de suas salas, mas entendi o que Elijah estava tentando passar, para os Frios! Vi alguns da guarda, tentar rebocar Edward e Alice. Não confiava me sentia bem, em perder eles de vista!

—Eles ficam!- Os dois Volturi, pararam e imediatamente olharam para meu irmão. Ele não falou nada, e os Volturi devem ter entendido que não deviam me contrariar! Logo o salão ficou vazio, o olhar de Edward era penetrante mas ilegível, eu sabia que isso aconteceria, quando eu chamasse um de meus irmãos para dar suporte. Mas, dói ver o julgamento em seus olhos, mesmo eu sabendo que boa parte do motivo e válido, por conta da minha mentira!

—Bella? –Elijah me chamou. E pela primeira vez naquele dia, vi o olhar de compaixão de Elijah. Vi a ternura que tanto senti falta, e fui abraça-lo.

—Senti sua falta!

—Eu também, Mi Bells-Sorri e o soltei, ele direcionou seu olhar para os Cullens- Então são vocês os Cullens? É um prazer finalmente conhece-los.

—Também é um prazer conhecer você- Edward se pronunciou- Mesmo nunca tendo ouvido falar de um  irmão da Bella- Edward me olhou, com um semblante vazio- Somos parte da família!

—Tenho certeza que minha irmã teve bons motivos para não contar tudo! Ainda mais, após os últimos meses!- Elijah expôs parte de seu rancor a Edward, sabia que meus irmãos sentiam uma certa raiva pela família do doutor Cullens, Charlie foi bem especifico nos fatos que aconteceram após a partida de Edward e sua Família! Meus irmãos, chegaram a me oferecer a cabeça de cada um deles; oferta essa que recusei prontamente.

Elijah nunca foi ferino, ele  sempre foi objetivo; nunca foi de indiretas, sei que ele esta se controlando muito por minha causa.  Ele sabe que os Cullens são importantes para mim, e assim como eu nunca seria capaz de ferir ele independente de concordar com ele ou não, ele também nunca me feriria tão profundamente!

E agora, vendo a dor refletida nos olhos de Edward, sei que não fui a única a sofrer; e acho que meu irmão também percebeu, porque sua postura mudou um pouco!

—Nós nunca tivemos essa intenção!- Alice se pronunciou pela primeira vez- Eu sei como ela ficou! Eu visitei Charlie, ele me contou. –Ela falava calma, como uma boa apaziguadora- Olha eu ainda não entendi o que está acontecendo aqui, mas Bella – Ela me chamou- Nunca foi nossa intenção ferir você.

—Longe disso!- Edward se pronunciou, olhei nos olhos dele! E meus ossos arderam, eu estava ficando tonta com a explosão de sentimentos que foi ao olhar pela primeira vez em seus olhos e ver neles, refletido a minha saudade! A minha alma, toda a dor exposta como uma ferida inflamada. E ao mesmo tempo, senti todo o conforto em ve-lo nem que seja apenas mais uma vez, ver que ele me ama  e que tudo o que ele disse sempre foi mentira. De repente, me senti uma tonta por ter acreditado que um dia conseguiria viver sem ao menos poder ver seus olhos! Ninguém sobrevive sem sua alma!

—Entendi!- Eiijah falou alto, nos fazendo quebrar o contato visual. Encarei meu irmão que me olhava com um sorriso terno.- Era isso que Rebecka me pediu para comprovar- Juntei minhas sobrancelhas sem entender. - La tua cantate.

—Sim! – Confirmei suas suspeitas. Ele pareceu nos analisar por breves segundo!

—Então acho que você precisa resolver isso, o quanto antes!- Ele falou pensativo, com um toque de seriedade na voz!

—Algo errado?!-Ele levantou os olhos para mim.

—Não! – Ele sorriu de novo, depois voltou seus olhos para Edward e Alice- Sinto muito por não podermos ter uma conversa civilizada, mas tenho que colocar em ordem minha casa! Creio que Bela irá explicar.- Franzi o cenho.

—Não vou deixar você aqui sozinho!- Ele me olhou com um sorriso de canto.

—Não estou sozinho, estou com alguns híbridos do Klaus.

—Hibridos?- Alice perguntou.

—Depois!- Falei, ela mordeu os lábios impaciente. O que me fez rir baixo.- Então não tenho mais tempo com você?

—Você sempre pode me achar! Mas, infelizmente tenho que resolver mais problemas e você também!- Sorri um pouco triste.

—Entendo . Mas, Queria saber dos outros! –Ele me abraçou- Você sempre pode nos reunir!- Ele se separou de mim, agora você precisa ir! Mando noticia sua a Niklaus- Sorri abertamente!

—Diga que sinto falta de todos!

— Eu direi, agora vá!- Ele se virou para os Cullens- Novamente, foi um prazer conhece-los! Alice e Edward certo?

—Sim- Edward confirmou mais ameno- Também foi um prazer!

—Vamos? –Alice perguntou sorrindo e Elijah me deu um ultimo abraço.

—E aqui - Elijah adicionou, tirou o casaco de seus ombros.Ele passou pra Edward. - Pegue isso. Você parece um pouco suspeito.Edward colocou.

— Obrigado!

.....................................................................

Demetri nos deixou na recepção, onde a mulher chamada Gianna ainda estava no seu posto atrás do balcão polido. Uma música, inofensiva saía dos autofalantes.

— Aconselho que Não deixem até que esteja escuro - ele falou diretamente a mim, e abaixou a cabeça em forma de respeito .

Edward balançou a cabeça, e Demetri se apressou pra ir embora.

Gianna não pareceu nem um pouco surpresa com a mudança de tartamento, apesar dela ter olhado para a manta emprestada de Edward com astuta especulação.

— Você está bem? - Edward perguntou por baixo do fôlego, baixo demais para a mulher humana ouvir. A voz dele estava dura, se veludo puder ser duro, com ansiedade. Ainda estressado pela nossa situação, eu imaginei.

— Estou cansada!- Disse embargada.

— É melhor você se sentar - Alice disse.

— Há alguma coisa que eu possa pegar pra vocês? - uma voz perguntou educadamente. Era Gianna se inclinando por cima do ombro de Edward que era de preocupação e ainda profissional e destacado ao mesmo tempo. Ela não parecia estar incomodada com o fato de que estava a poucos centímetros de vampiros. Ou ela era completamente inconsciente, ou muito boa em seu trabalho.

— Não - Edward respondeu friamente.

Ela balançou a cabeça, sorriu pra mim, e depois desapareceu.

Eu passei meus braços ao redor do pescoço dele - qual era a pior coisa que ele podia fazer?  me afastar ?

— É realmente doentio da minha parte estar feliz agora? - Eu perguntei. Minha voz se quebrou duas vezes.

Ele não me afastou. Ele me agarrou apertado no seu peito duro e gelado, tão apertado que era difícil respirar, mesmo com os meus pulmões seguramente intactos.

— Eu sei o que você quer dizer - ele sussurrou. - Mas nós temos muitas razões pra estarmos felizes. Pra começar, estamos vivos.

— Sim - eu concordei. - Essa é uma boa.

— E juntos - ele respirou. O hálito dele era tão doce que fez minha cabeça girar.- E, com alguma sorte,  estaremos vivos amanhã.

— Eu ti devo algumas explicações!

—Sim você deve, e não é apenas a ele!- Alice surgiu na conversa.

—Eu vou! Prometo.

—Mas agora não é hora de falarmos disso, Alice!- Edward a repreendeu me apertando, como se estivesse com medo de algo.

—Você não quer saber?- Arrisquei perguntar.

—Admito que quero entender- El e firmava seus braços a minha volta- Mas não agora! Vamos voltar para casa e só assim terei a confirmação de que estamos salvos-Não deixei de achar graça na preocupação, ainda presente deles. Mesmo com tudo o que presenciaram!

—Vamos ficar bem!

— As chances são muito boas - Alice  assegurou. Ela esteve tão quieta, que eu quase me esqueci da presença dela. - Eu vou ver Jasper em menos de vinte e quatro horas - ela adicionou com um tom satisfeito.

Alice sortuda. Ela podia confiar em seu futuro.

Eu não conseguí manter meus olhos longe dos olhos de Edward por muito tempo. Eu olhei pra ele, querendo mais , porém não podia pedir; Muita coisa para um dia só. Edward olhou de volta pra mim, seus olhos escuros estavam suaves, e foi fácil ver que ele se sentia do mesmo jeito.

As pontas dos dedos dele traçaram os círculos embaixo dos meus olhos.

— Você parece tão cansada.

— E Você parece com sede - eu cochichei de volta, estudando as manchas roxas embaixo das suas íris pretas.

Ele levantou os ombros.

 - Não é nada.

— Você tem certeza? Eu posso ir me sentar com Alice - eu oferecí, sem vontade;

— Não, tudo bem. - Ele suspirou; seu hálito doce acariciou meu rosto. - Eu nunca tive mais controle dessa parte da minha natureza do que agora.

Ele olhava para o meu rosto como se estivesse tentando memorizar cada centimetro, enquanto ele e Alice discutiam como voltar pra casa. As vozes deles eram tão rápidas e baixas que eu sabia que Gianna não conseguia entender. No entanto, parecia que haviam mais roubos envolvidos. Eu me perguntei se o Porshe amarelo chamativo já havia voltado para o seu dono.

—Não precisam roubar um carro, provavelmente Elijah deixou um motorista a nossa espera! E se ele não deixou, podemos alugar um carro! Trouxe dinheiro o suficiente.- Me pronunciei.

—Você estava ouvindo?- Alice perguntou.

—Sim!- Respondi, e me virei para Edward que permanecia me encarando- Que tal?

—Podemos fazer isso!

..........................................................

Eu não reparei quando Alice desapareceu do meu lado. Eu olhei pra ela pra fazer uma pergunta, e ela tinha sumido.

— Onde está Alice? - eu perguntei a Edward.

— Ela foi recuperar as suas bolsas de onde ela as escondeu hoje de manhã.- Eu havia esquecido que tinha acesso a uma bagagem. Isso abrilhantou o meu humor consideravelmente.- Ela também foi buscar o carro alugado!

Pareceu demorar muito tempo até chegarmos na entrada. Edward podia ver que eu estava exausta; ele colocou seu braço ao redor da minha cintura e carregou a maior parte do meu peso enquanto caminhávamos.

Ele me guiou em direção a um carro escuro, esperando numa piscina de sombras á direita do portão que estava com o motor ligado.

Para a minha surpresa, ele escorregou no banco de trás comigo, ao invés de insistir em dirigir. Alice estava apologética.

 - Me desculpem. - Ela fez um gesto vago em direção do painél. -Não havia muita escolha.

— Está tudo bem, Alice. - Ele sorriu. - Eles não podiam ser todos carros de emergência Turbos.

Ela suspirou. - Eu posso  adquirir um daqueles legalmente. Foi fabuloso.

— Eu vou te dar um no natal - Edward prometeu.

Alice se virou brilhando pra ele, e isso me preocupou, já que ela já estava descendo a curvinha da colina á toda velocidade ao mesmo tempo.

— Amarelo - ela disse pra ele.

Edward me manteve apertada nos braços dele. Dentro da manta cinza, eu estava aquecida e confortável.

— Você pode dormir agora, Bella - ele murmurou. - já acabou.

Eu sabia que ele estava se referindo ao  que eles julgavam ser o perigo.

— Eu não quero dormir. Eu não estou cansada. - Só a segunda parte era mentira. Eu na verdade estava mais que cansada, e faminta. A última vez que me alimentei, foi no incidente com a verbena no mar de La Push, o que me drenou inteira! Eu não ia fechar meus olhos. O carro só estava fracamente iluminado pelos controles no painel.

Ele pressionou seus lábios no côncavo embaixo da minha orelha.

— Tente - ele encorajou.- Eu balancei minha cabeça. Ele suspirou. - Você ainda é só uma teimosa.

Eu era teimosa; eu lutei com a minha sede, e ganhei.

A estrada escura foi a parte mais difícil, enquanto minha mente divagava sobre o sabor do sangue quente descendo a minha garganta e explodindo minhas veis; as luzes claras do aeroporto de Florença facilitaram as coisas, enquanto eu tive a chance de escovar os meus dentes e de trocar de roupa e colocar uma limpa; Aproveitei para tomar um pouco de sangue de uma humana que estava no banheiro comigo, limpei a mente dela e dei meu sangue para a mesma se curar e não atiçar a curiosidade de Alice ou Edward, logo após me alimentar um pouco eu busquei entrar em contato com minha portadora Em Atlanta que me ajudaria a voltar para Forks, ainda tinha uma ponta de esperança de ver os Cullens de novo , mas sempre estive ciente de que nada acontece da noite para o dia, principalmente depois de tudo, e eu tinha coisas para resolver em Forks, não podia mais fugir!

 Alice havia trazido roupas pra Edward também, e ele deixou a manta escura em uma pilha de lixo em um corredor de embarque.

A viagem até Roma foi tão curta que a fadiga nem teve uma chance de tomar conta de mim.

Eu sabia que a viagem de Roma para Atlanta seria um problema inteiramente diferente o pouco que me alimentei não me ajudava a resistir a um banquete nos céus que era estar trancada em um avião com humanos com sangue correndo na veia, então eu pedi á comissária de bordo que me trouxesse um sanduiche com bastante carne e uma coca.

— Bella - Edward disse desaprovando.  Alice estava atrás de nós. Eu podia ouvir ela murmurando com Jasper no telefone.

— Eu não quero dormir - eu lembrei ele. Eu dei a ele uma desculpa na qual ele acreditou porque era verdade. - Se eu fechar meus olhos agora, eu vou ver coisas que não quero ver. Eu vou ter pesadelos.

Ele não discutiu comigo depois disso.

Edward parecia perfeitamente contente em me segurar em seus braços, os dedos dele traçando o meu rosto de novo e de novo. Eu toquei o seu rosto também.

Eu não conseguia evitar, apesar de eu estar com medo de que isso pudesse me machucar depois. Ele continuou a beijar o meu cabelo, minha testa, meus pulsos... mas nunca meus lábios, e isso era bom. Afinal, de quantas outras formas um coração podia ser maltratado e ainda esperar continuar batendo?

Edward não falou. Talvez ele estivesse esperando que eu fosse dormir. Talvez ele não tivesse nada pra dizer.

Chegamos no Aeroporto em Atlanta, e eu tinha até começado a ver o sol nascendo entre as nuvens em Seattle antes de Edward fechar a janela. Eu estava orgulhosa de mim mesma. Eu não havia perdido nenhum minuto.

Nem Alice nem Edward ficaram surpresos com a recepção que estava nos esperando por nós no aeroporto Sea-Tac, mas eu fui pega de surpresa. Jasper foi o primeiro que eu ví, mas ele não me viu. Seus olhos foram só pra Alice. Ela foi rapidamente para o lado dele; eles não se abraçaram como os outros casais se encontrando lá. Eles só olharam para o rosto um do outro, e mesmo assim, de alguma forma, o momento era tão particular que eu ainda sentí a necessidade de desviar o olhar.

Carlisle e Esme esperavam num canto quieto longe da fila dos detectores de metal, ao lado de uma grossa pilastra.

Esme veio em minha direção, me abraçando impetuosamente, mas ainda estranhamente, porque Edward também estava com os braços ao meu redor.

— Muito obrigada - ela disse no meu ouvido.

Então ela jogou os braços ao redor de Edward, e ela parecia que estaria chorando se isso fosse possível.

— Você nunca vai me fazer passar por isso de novo - ela quase rosnou. Edward sorriu, arrependido.

— Desculpa, mãe.

— Obrigado, Bella - Carlisle disse. - Nós ficamos te devendo.

— Dificilmente - eu murmurei, enquanto pegava a minha bolsa e colocava nos ombros.- Mas deixamos, isso para outra hora!- Disse, despistando enquanto avistava Jared com de longe me observando- Com Licença!

Caminhei sentido ao Homem loiro de terno que me aguardava.

—Jared!- Senhorita Mikaelson- Bom revê la- sorri com a cordialidade- Trouxe sua moto, e sua papelada para a inauguração de seu shopping! – Peguei a chave, o capacete  e o envelope, revisei as primeira linhas e agradeci Jared o dispensando. Jared é o meu direto para toda hora, ele que me ajuda nos assuntos pessoas e nos profissionais. Nunca reclamou de meu jeito evasivo, apesar de saber o que sou, nunca me criticou ou se quer foi desrespeitoso, sua família sempre manteve contato comigo, e sempre foram leais a mim!

Segui para o estacionamento, sem ter coragem de me despedir dos Cullens com um breve: até logo em mente! Identifiquei a moto, quando acionei o Off do alarme.

A surpresa de ver Emmett e Rosalie se encostando no sedan preto embaixo das luzes fracas da garagem. Olhei os outros se aproximando, e cheguei a pegar Alice perguntando de mim. Me fiz presente, ligando o motor da moto e colocando o capacete! Não sei se eles me identificaram, mas infelizmente tive que passar em frente ao Carro de Carlisle. Segui até a saída, sem olhar para trás e acelerei, pela rodovia em direção a estrada que me ligaria a Forks, acelerei como se não houvesse amanha , e deixei a adrenalina entorpecer a dor de mais um adeus. Só que dessa vez fui covarde, e preferi fugir! Mesmo, prometendo explicações. Não consigo pensar direito, me colocando nesse cenário de novo, com os Cullens! Tudo estava indo por um rumo que eu não esperava, e mesmo que eu quisesse ficar nem que seja mais um minuto me agarrando a Edward, ou ouvir a voz de Alice; As brincadeiras de Emmet, a Ternura de Esme e Carlisle; A seriedade de Jasper ou até a própria Roselie;  Eu acredito que já tenha sofrido demais, Acredito que já tenha me martirizado demais, para me permitir mais uma sequencia inusitada de Adeus!

Parei em um sinal, no meio da estrada! Mesmo que não tivesse movimento algum. Eu aproveitei para me ajeitar com a bolsa e não reparei nos carros dos Cullens se aproximando.

—Bella- Ouvi Alice me chamar no volate do carro a direita, com Jasper no carona ao lado dela e Edward atrás me encarando.

—Hey!- Respondi.- Me assustou, Alice!

—Fugindo, Bella!- Falou Emmet no carro ao lado, sentado no carona com Rosalie do seu lado e Carlisle no volante com Esme ao seu lado, também me olhando- Não sabia que você curtia moto!

—A Bella Mudou, Emmet- Olhei para Alice, me divertindo com o dialogo deles!

—Tô vendo!- Emmet respondeu- Vai uma corrida?- Ele me perguntou, e pude ouvir a exclamação do restante- Ah qual é, todo mundo viu ela correndo agora pouco! Bora?- Ele me perguntou.

—Não!- Ouvi Edward do lado.

—Vamos!- Falei sorrindo.

—Deixa eu pilotar, Carlisle?- Emmet falou animado.

—Meu carro, não! Deixa que eu corro com meu carro!- Carlisle falou divertido, piscando para mim.

—Oba!- Ouvi Alice do lado.

—Bella! –Edward tentou me chamar a atenção, mas eu só olhei e pisquei para ele, o provocando comeu divertimento. Ele arqueou uma de suas sobrancelhas!

—Até a placa de Forks, sem parar. Espero que seus tanques estejam Cheios.

—Ok, eu conto! –Esme baixou o vidro e começou a contar- 3...2...1... 0

E assim, demos a partida com a troca de sinal, e fomos todos juntos em direção a Forks! E mesmo, que a realidade seja difícil, mesmo que tudo isso acabe! Mesmo que esse momento de diversão no futuro não valha de nada, para eles! Para mim, irá valer mais que uma simples lembrança;

Não sei o que me aguarda daqui para frente, mas de uma coisa eu sei: Eu nunca vou estar sozinha, eu hoje reconheço que tenho mais do que jamais tive. E agora, estou levando mais comigo!

E mesmo com todas as minhas inseguranças eu permanecerei aqui! Firme, os acontecimento desses últimos meses eu jamais esquecerei.

E pretendo tirar apenas o bom de tudo o que houve, e assim poder finalmente seguir!

E que sabe um dia ter as pessoas que amo reunidas,e poder me sentir em um lar de novo!

Isso para mim equivale a um LAR!


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Notas finais do capítulo

Gente, entendo que demorei tipo MUITO para postar! Mas, a inspiração tá foda! Eu não queria fugir da coerência como muitas fic's fazem, e escrever um capitulo assim, grande e com um conteúdo; é muito dificil!
Mas, estou escrevendo os próximos capitulos, então saibam que não pretendo NUNCA abandonar a fic!
Se eu demorar, é pq to caprichando. Bom espero que gostem, e comentem ai embaixo por favor! O comentário, as recomendações; me dão uma super força para continuar! Bjão!

Mais uma coisa, estou postando essa mesma historia no Spirit.



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