Uma nova Saga escrita por s2R


Capítulo 18
Capitulo 18. Corrida


Notas iniciais do capítulo

Eu postei este capitulo mais rápido, ele estava quase pronto! Estou quase terminando o próximo e devo dizer que estou amando... sempre esperei pra escrever esta parte! Vai ser complicado sincronizar tudo, mas sinto que estou indo bem!



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Nós chegamos ao aeroporto com apenas segundos pra gastar, e então a tortura começou.
O avião ficou inativo no portão enquanto as comissárias de bordo andavam pra cima e pra baixo no corredor, apalpando as bolsas nos compartimentos pra ter certeza de que elas cabiam. Os pilotos se inclinavam pra fora da cabine, conversando com elas enquanto elas passavam. A mão de Alice estava dura no meu ombro, me segurando no acento enquanto eu saltava ansiosamente pra cima e pra baixo.
Enfim o avião se separava lentamente do portão aumentando a velocidade gradualmente com uma estabilidade que me torturava ainda mais. Eu esperava sentir alguma espécie de alívio quando finalmente começamos a decolar, mas a minha impaciência não cessou.
Alice levantou o telefone nas costas do acento na frente dela assim que paramos de subir, dando as costas para a comissária de bordo que olhou pra ela com um olhar de desaprovação.
A minha expressão impediu a comissária de vir protestar. Eu não estava com paciência para frescuras.
Eu tentei não prestar atenção no que Alice estava murmurando pra Jasper; eu não queria ouvir as palavras de novo. Peguei o meu telefone que até então estava no meu bolso.
—Alice - Ela olhou para mim um tanto desinteressada, obviamente atrapalhei algo importante.- Preciso ir ao banheiro!- Alice me deu passagem sem pensar, me dirigi até a cabine e tranquei a porta. Peguei o celular no meu bolso e coloquei no silencioso.
Rolei a caixa de contatos até encontrar quem tanto procurava.

Envie a seguinte mensagem: Elijah, Irmão!
Estou com problemas! Os Volturi's estão querendo matar o Edward.Estou indo em direção a Volterra com uma Cullen para ajudar, mas não sei no que estou me metendo, preciso de um direcionamento... uma ajuda! Irmão, Por favor!

Esperei uns segundos e decidi ligar para ele. O telefone tocou... tocou... mas, ninguém atendeu!
Droga, Elijah!
Procurei o Número de Niklaus e liguei, também não atendeu... Mas, que raios meus irmãos andam fazendo que não podem atender uma chamada!
Enviei a mesma mensagem a Niklaus na esperança dele ao menos ver! E por último acionei Rebekah, Ela logo atendeu:
— Isabella? Está tudo bem?
—Oi Rebekah, me desculpe ligar assim é que preciso de ajuda- Falei bem baixo- Olha não tenho muito tempo e no momento estou correndo contra ele.
— Fale! -Ela falou autoritária. Eu conhecia muito bem aquele tom de minha irmã, ela iria me ajudar! E eu não podia estar tão grata, quanto estou agora.
— É o Edward - Ela bufou, eu sabia do descontentamento de Rebekah com o Edward, ela era a principal inimiga dos Cullens; Charlie me contou que ela quase largou tudo para caçar e torturar os Cullen's, quando soube o que o Edward fez a mim, precisou de Niklaus, Elijah e uma tal de Hayley para parar ela- Rebekah por favor... me escuta! Sei que não gosta dele,mas ele é o meu companheiro de alma - Soltei essa, sem pensar muito. A linha ficou em silêncio por um momento, eu nunca falei abertamente para ela e para os meus irmãos o que Edward era pra mim. Estava querendo comunicar isso pessoalmente.
— Tem certeza?!
— Sim, Bekah, me desculpe não ter contado antes, é que tem tanta coisa acontecendo, e você sabe que não sou de pedir ajuda mas estou precisando de ajuda agora... por favor!
— Ok,ok, devagar, o que o purpurina fez dessa vez? - eu sorri um pouco aliviada.
—Bom... O Elijah já comentou com você sobre os Volturi's?
— Sim, os metidos a besta da Itália, o que tem eles?
— Edward está indo até lá para se matar...
— Finalmente, uma atitude dele que eu aprovo..
—Rebekah... - Eu falei alarmada.
— O que? Ele foi um babaca com você... Não ouse desmentir!
— Tá olha...Ele está indo lá para se matar e eu estou indo lá para intervir- Houve um breve silencio do outro lado da linha.
—Por que? - Eu não acredito no que acabei de ouvir!
— Por que?! Sério, o que você faria se o Matt inventasse de querer se matar?
— Se ele fizesse a mesma merda, que o Edward fez .... Deixaria... - Meu queixo caiu.
— Você é inacreditável!
—Tá, tá, tá... olha, O Elijah e o Niklaus estão em Nova Orleans -Ok, isso me surpreendeu de novo.
—Por que?!
— Por causa da lobinha que está grávida do Klaus.
— O QUE? - Nessa eu tive que gritar de surpresa.
— É parece que o Nik pode ser papai, por causa do lado lobo dele! - Gente estou em choque— E ele acabou engravidando uma lobinha orfã, enfim. Você conhece o Niklaus e aquela sede de poder doentia dele.
— Tem algo que você não está me contando! - Rebekah ficou em silêncio por um instante.
— Marcel está vivo! - De novo, choque!
— E você....?
— E eu nada. Amo o Matt, mas devo admitir, minha surpresa foi grande!
— Imagina a do Nik.
— É! - Estranhei a reação dela- Ele estava governando Nova Orleans esse tempo todo, não nos procurou! Ele nos deixou pensar que estava morto!
— Bekah...
— Chega disso! Vida que segue!
— Existe um Deus afinal. - Ela riu concordando, me fazendo sorrir junto. Eu não sabia a profundidade da Mágoa que minha irmã sentia pelo Marcel, mas sabia que ela estava ali, ficava claro na voz dela. Então decidi voltar ao assunto original, antes que ela viesse com mais novidade ou eu surtasse. - Você pode me ajudar?! Quanto ao ...
— Ah, claro! Olha, por você eu vou entrar em contato com eles...
— Você não está em Nova Orleans, por que?
— Saudades do Matt - Fiquei em silencio e claramente isso a incomodou- Ah que foi? Eu não sou o Elijah, que sempre para a vida dele quando o Niklaus tem algum problema! E nem tente adivinhar o que ele fez! - Eu nem preciso pensar.
— O Niklaus não é a favor do seu namoro com o Matt não é?! - Ela bufou.
— Te odeio - eu ri - Tá, vou falar com Elijah e qualquer novidade eu te retorno!
— Obrigada, Rebekah!
— Me agradeça depois!- Eu ri me despedindo. 
Desliguei o telefone e chequei a caixa de mensagens, nenhum retorno dos meus irmãos ainda, tomara que Rebekah consiga!
Sai de dentro da cabine do banheiro e cheguei a fileira de acentos que dividia com Alice! Pedi passagem e ela deu, ainda conversando com Jasper.
— Exatamente. Eu acho que Bella é a única chance, se houver uma chance... Eu farei tudo o que puder ser feito, mas prepare Carlisle; as chances não são boas. - Ela sorriu então, e havia um tom diferente na voz dela. - Eu pensei nisso... Sim, eu prometo - A voz dela se tornou implorativa. - Não me siga. Eu prometo, Jasper. De um jeito ou de outro, eu me viro... E eu te amo. Ela desligou, e se inclinou no acento dela com os olhos fechados. - Eu odeio mentir pra ele.
— Vai ficar tudo bem Alice, eu prometo!
— Sabe, eu nunca pensei que correria um risco grande desse de novo!
— Isso só prova o quanto você ama seu irmão- Ela sorriu tristemente.
— É, mas queria ver o Jasper uma última vez! -Eu a olhei tristemente, não tinha o mesmo senso de perigo que Alice, claramente para a espécie dela, os Volturi's eram altamente perigosos!
— Quem são esses Volturi? - eu quis saber do ponto de vista dela. - O que os torna tão mais perigosos do que vocês?
— Eu fiquei surpresa por você ter reconhecido o nome - ela disse. - Que você tenha reconhecido tão imediatamente o que ele significava, quando eu disse que ele estava indo para a Itália. Eu pensei que fosse ter que explicar. O quanto Edward te contou?
— Ele só disse que eles eram uma família antiga, poderosa, como a realeza. Que você não devia chateá-los a menos que você quisesse morrer. - Eu falei enquanto me recordava das palavras exatas de Edward.
— Você precisa entender - ela disse, com a voz lenta. - Nós Cullen somos únicos com mais maneiras do que você imagina. É... anormal tantos de nós vivendo juntos e em paz. Isso é o mesmo para a família de Tânia vivendo no norte, e Carlisle acha que a nossa abstinência facilita a nossa civilização, de forma que os nossos laços são mais de amor do que de sobrevivência ou de conveniência. Mesmo, o pequeno grupo de três de James era extraordinariamente grande, e você viu como foi fácil pra Laurent abandoná-los. A nossa espécie viaja sozinha, ou em pares, como se fosse uma regra geral. A família de Carlisle até onde eu sei é a maior em existência, com uma excessão. Os Volturi. Haviam três deles originalmente, Aro, Caius e Marcus. Duas fêmeas se juntaram a eles com o tempo, e eles cinco formavam a família. Eu não tenho certeza, mas eu acho que é a idade deles que dá a eles a habilidade de viverem juntos e em paz. Eles todos têm mais de trezentos anos. Ou talvez sejam os dons deles que os dá tolerância extra. Como Edward e eu, Aro e Marcus são... talentosos. -Ela continuou antes que eu pudesse perguntar. - Ou talvez seja apenas o amor deles por poder que os mantêm unidos. Realeza é uma descrição apta. -Imediatamente me veio a imagem de Elijah na minha cabeça! Meu irmão paranoico por ordem e polidez, com certeza é o principal influenciador desta doutrina deles!
— Mas se só são cinco...
— Cinco que formam a família - ela me corrigiu. - Isso não inclui os guardas.
— Como assim, guardas?
—Guardas que fazem o trabalho sujo deles. Cachorrinhos! Poucos sobrevivem depois de uma década. Haviam nove membros da guarda que eram permanentes, da última vez que ouvimos falar. Os outros são mais... transitórios. Isso muda. E muitos deles tem dons também, com dons formidáveis, que fazem os meus parecerem um truque de circo. Os Volturi os escolhem pelas suas habilidades, físicas ou de outra espécie. Eles não se envolvem em muitos confrontos. Ninguém é estúpido o suficiente pra se meter com eles. Eles ficam na cidade deles, e só saem quando o dever os chama.
— O dever? - E tudo fica cada vez mais ... parecido com a politica de vida do Elijah!
— Edward não te disse o que eles fazem?
— Não - eu disse.
— Há uma razão pela qual ele os chamou de realeza... as regras de governo. Através do milênio, eles assumiram a posição de forçar as nossas regras, que na verdade, traduzindo significa que eles punem os transgressores. Eles cumprem esse dever decisivamente.
— Regras? - Eu estranhei mais ainda, nossa família é famosa por admirar a liberdade que a espécie vampira nos proporciona. Com certeza isso é coisa do Elijah, alguma coisa deve ter acontecido para chegar a tanto!
— Não é tão complicado, Bella. Só há um caroço de restrição, e se você pensar nisso, você provavelmente vai descobrir qual é sozinha.
Eu pensei.

— O Segredo!
Ela sorriu aprovando.

— Faz sentido, e a maioria de nós não precisa ser policiada - ela continuou. - Mas, depois de alguns séculos, ás vezes um de nós fica de saco cheio. Ou louco. Eu não sei. E aí os Volturi se intrometem antes que comprometam eles, ou o resto de nós... - E ai está a explicação de Elijah ter mantido os Volturi's vivos até hoje... Tudo pela Ordem!
Eu sorri com está conclusão, mas logo algo me veio a mente

— Então Edward...


— Está pretendendo desconsiderar isso na cidade deles, a cidade que eles têm protegido secretamente por trezentos anos. Eles protegem tanto aquela cidade que não permitem que haja caça dentro de seus limites. Volterra é provavelmente a cidade mais segura do mundo, pelo menos de ataques de vampiros. - A cidade que Elijah amou pela primeira vez depois de séculos, vazio!
— Mas você disse que eles não saem. Como é que eles saem?
— Eles não saem. Eles trazem a comida deles de fora, de bem longe as vezes. Isso dá aos guardas deles alguma coisa pra fazer quando eles não estão aniquilando aves. Ou protegendo Volterra da exposição...
— De situações como essa.
— Eu duvido que eles já tenham tido que lidar com uma situação como essa - ela murmurou, enojada. - Você não encontra muitos vampiros suicidas por aí.
O som que escapou da minha boca era muito baixo, mas Alice pareceu achar ser de medo não de indignação.
— Você sabe que Se chegarmos tarde demais pra Edward, eu vou fazer o máximo que puder pra te levar de volta pra Charlie ....
— Alice - eu a olhei nos olhos - Vai ficar tudo bem!
— Você fala como se soubesse algo que eu devesse saber! - Ela estreitou os olhos para mim.
— Agora não é hora de termos essa conversa- Ela estranhou mais ainda minha fala- Prometo explicar tudo, no momento certo! Tudo vai fazer sentido, não pergunta! Só se concentra em salvar seu irmão!
Ela revirou os olhos.
— Ok! Mas, você vai me explicar tudo não é!
— Sim! Mas, se prometer tentar entender! - Falei temerosa.
—Isso não ajuda Bella...
— Por favor! - Supliquei. Ela pareceu analisar minhas palavras, mas no fim concordou!
—Tá bem, eu vou cobrar! - Eu sorri para ela, agradecida- Agora, Deixe eu me concentrar. Eu estou tentando ver o que ele está planejando.
Ela deixou o braço ao meu redor, mas a cabeça dela encostou no acento e ela fechou os olhos. Ela pressionou a mão livre no lado do rosto, esfregando as pontas dos dedos nas têmporas.
Eventualmente, ela ficou extremamente imóvel, o rosto dela parecia uma escultura de mármore. Os minutos se passaram, e se eu não soubesse melhor, eu acharia que ela havia pego no sono. Eu não me atrevi a interrompê-la pra perguntar o que estava acontecendo.
Eu desejei que houvesse uma coisa segura pra eu pensar. Eu desejei que meu celular tocasse e que fosse meus irmãos com alguma luz!
Eu também não podia antecipar nada. Talvez, se tivéssemos muita, muita, muita sorte, nós seriamos de alguma forma capazes de salvar Edward. Mas eu não era tão estúpida a ponto de pensar que salvar ele significava que eu ficaria com ele. Isso não era diferente, nenhum pouco mais especial do que era antes. Não havia nenhum motivo pra ele me querer agora. Ver ele e perdê-lo de novo...
Eu lutei contra a dor. Esse era o preço que eu tinha que pagar para salvar a vida dele. E eu ia pagar.
Depois de uma eternidade, o avião começou a descer na direção da cidade de Nova York.
Alice permaneceu no seu transe.
— Alice - eu finalmente disse. - Alice, temos que ir. Eu toquei o braço dela. Seus olhos se abriram muito lentamente. Ela balançou a cabeça lentamente de um lado pro outro por um momento. - Algo novo? - eu perguntei numa voz baixa, consciente do homem que estava ouvindo do meu lado.
— Não exatamente - ela respirou numa voz que eu mal conseguia entender. - Ele está chegando perto. Ele está decidindo como vai pedir.
Nós tivemos que correr pra pegar o próximo voo, mas isso foi bom, e melhor que ter que esperar.
Assim que o avião estava no ar, Alice fechou os olhos e deslizou para aquele mesmo estado de letargia de antes. Eu esperei tão pacientemente quanto pude. Quando já estava escuro de novo, eu abri a janela pra olhar pra o escuro lá fora que não era nenhum pouco melhor do que quando a janela estava fechada.
Eu estava agradecida por ter tido tanto tempo pra praticar com os controles dos meus pensamentos. Ao invés de duelar com as horríveis possibilidades de que, não importava o que Alice dissesse, eu me concentrei em problemas menores.
Como, o que eu ia dizer pra Charlie e os quileutes quando voltasse. Essa triste porém inevitável, reunião! Isso era problemático o suficiente pra me ocupar algumas horas.
Parecia que só haviam se passado alguns segundos quando Alice balançou meu ombro, eu não me dei conta de que havia caído no sono.
— Bella - ela assobiou, a voz dela um pouco alta demais numa cabine escura cheia de humanos adormecidos. Eu não estava desorientada, eu não estive dormindo por tempo suficiente pra isso.
— Qual o problema?
Os olhos de Alice brilhavam na luz fraca de uma luz acesa na fileira atrás da nossa.
— Não é sólido - ela sorriu impetuosamente. - Eles estão deliberando, mas eles decidiram dizer não.
— Os Volturi? - eu murmurei, confusa.
— É claro, Bella, me acompanhe. Eu consigo ver o que eles vão dizer.
— Me diga. -Um atendente veio na ponta dos pés pelo corredor até nós.
— Posso pegar um travesseiro para as senhoritas? - ele disse com um cochicho que era uma repreensão em comparação com a nossa conversa alta.
— Não, obrigada - Alice brilhou pra ele, com um sorriso chocantemente amável. A expressão do atendente estava deslumbrada quando ele se virou e foi tropeçando de volta para o seu lugar. Com essa eu tive que rir, golpe baixo Alice!
— Me diga - eu respirei quase silenciosamente.
Ela sussurrou no meu ouvido. - Eles estão interessados nele, eles acham que o talento dele pode ser útil. Eles vão oferecê-lo um lugar com eles.
— O que ele vai dizer?
— Isso eu ainda não sei dizer, mas eu aposto que vai ser mal educada - ela riu de novo. - Essas são as primeiras boas notícias, finalmente conseguimos mais tempo. Eles estão intrigados; eles realmente não querem destruí-lo, 'desperdício' essa é a palavra que Aro vai usar, e isso deve ser o suficiente pra forçá-lo a ser criativo. Quanto mais tempo ele gastar em seus planos, melhor pra nós.
Isso não era o suficiente pra me deixar esperançosa, pra me fazer sentir o alívio que ela obviamente sentia.
— Alice?
— O que?
— Eu estou confusa. Como é que você está vendo isso tão claramente? E depois outras vezes, você vê coisas tão distantes, coisas que não acontecem.
Os olhos dela se estreitaram. Eu me perguntei se ela havia adivinhado o que eu estava pensando.
— É claro porque é próximo e imediato, e eu realmente estou me concentrando. As coisas mais distantes que acontecem por si próprias, essas são só suposições, menos talvez. Além do mais, eu enxergo a minha espécie muito mais claramente do que a sua. Edward é mais fácil porque eu estou tão ligada a ele.
— Você me vê as vezes - eu lembrei ela.
Ela balançou a cabeça. - Não tão claramente. -Eu suspirei já deduzindo o porque - Você é muito bizarra, mesmo pra uma humana.
— Obrigada pela parte que me toca!
— Oh bem, isso é puramente hipotético até esse ponto, afinal. Primeiro nós temos que sobreviver a amanhã.
— Hm! - Bocejei, coçando os olhos!
— Volte a dormir - ela me encorajou. - Eu te acordo quando houver algo novo.
— Tá- Falei sonolenta.
Alice puxou as pernas pra cima do acento, agarrando elas com os braços e encostando a testa nos joelhos. Ela se balançava pra frente e pra trás enquanto se concentrava. Eu descansei minha cabeça no acento, observando ela, acordei com Alice se movimentando, ela estava fechando a cortina para o leve brilho do sol lá fora. Ainda bem que não tenho problema com a luz solar, Abençoado seja o meu anel !

Presente da Rebekah!
— O que está acontecendo? - eu murmurei.
— Eles disseram não pra ele - ela disse baixinho. Eu notei que todo o seu entusiasmo havia desaparecido.
— O que ele vai fazer?
— Era muito caótico no início. Eu só estava pegando umas partes, ele estava mudando de plano tão rapidamente.
— Que tipo de planos? - eu pressionei.
— Houve uma hora ruim - ela sussurrou. - Ele decidiu que ia caçar.
Ela olhou pra mim, vendo a compreensão nos meus olhos.
— Na cidade - ela explicou. - Ele chegou muito perto. Ele mudou de ideia no último minuto.
— Ele não ia querer desapontar Carlisle - eu murmurei.
— Provavelmente - ela concordou.
— Vai haver tempo suficiente? - Enquanto eu falava, houve uma mudança na pressão da cabine. Eu podia sentia o avião se preparando pra aterrissar.
— Eu estou esperando que sim, se ele continuar com a última decisão, pode ser.
— O que foi?
— Ele vai se manter simples. Ele só vai caminhar no sol.
Só caminhar no sol. Isso era tudo?
Isso seria o suficiente! A imagem de Edward na clareira, brilhando, cintilando como se a pele dele fosse feita de milhões de diamantes, estava gravada na minha memória. Ninguém conseguiria esquecer aquilo. Os Volturi não iam permitir isso.
Não se eles quisessem manter a cidade acima de qualquer suspeita. Eu olhei para o leve brilho cinza que brilhava através das janelas abertas.
— Chegaremos a tempo!
— Nesse momento, ele está se inclinando para o melodrama. Ele quer o maior público possível, então ele vai escolher a praça principal, embaixo da torre do relógio. As paredes de lá são altas. Ele vai esperar para que o sol esteja bem centrado.
— Então temos até o meio dia?
— Se tivermos sorte. Ele tem que permanecer com esta decisão!
O piloto apareceu no intercomunicador, anunciando, primeiro em Francês, depois em Inglês, a nossa aterrissagem. As luzes dos avisos dos cintos de segurança tocaram e piscaram.
— Qual é a distância entre Florença e Volterra?
— Isso depende da velocidade que você dirige... Bella?
— Sim! -Ela me olhou especulativamente.
— O quanto você se opõe a roubar um carro?
— No momento, estou pouco me lixando para moralidades!
Um Porsche amarelo brilhante nos chamou a atenção á alguns passos de onde estávamos. A palavra TURBO estava pregada em letras prateadas na parte de trás. Todo mundo além de mim na calçada cheia do aeroporto parou pra olhar.
— Corre, Bella! - Alice gritou impacientemente pela janela aberta do passageiro.
Eu corri para a porta e me joguei pra dentro, sentindo que eu podia muito bem estar usando uma meia calça preta na cabeça.
— Nossa, Alice - eu reclamei. - Será que você poderia escolher um carro menos chamativo para roubar?

Alice já estava se movendo, rápido demais, pelo engarrafamento no aeroporto - passando por espaços muito pequenos.
— A pergunta importante - ela corrigiu. - É se eu não podia ter roubado um carro mais rápido, e eu não acho que poderia. Eu tive sorte.
— Então pisa fundo
Ela vibrou com uma risada. - Desde quando você é a favor de velocidade.- Sorri para ela malandra enquanto Ela pisava no acelerador nessa hora, como se fosse pra provar algo.
Passamos por Toscana e Florença, numa velocidade absurda!!
— Você vê algo mais?
— Tem alguma coisa acontecendo - Alice murmurou. - Algum tipo de festival. As ruas estão cheias de pessoas e bandeiras vermelhas. Que data é hoje?
— Dezenove, talvez?
— Bem, isso é irônico. Hoje é dia de São Marcos.
— Que significa?
Ela gargalhou obscuramente. - A cidade faz uma celebração todo ano. Até onde a lenda conta, um Cristão missionário, um Padre Marcus - Marcus de Voltun, na verdade - expulsou os vampiros de Volterra a quinhentos anos atrás. A história diz que ele virou mártir na Romênia, ainda tentando expulsar a corja dos vampiros. É claro que isso é tudo bobagem, ele nunca deixou a cidade. Mas é daí que vêm as superstições sobre cruzes e alho. O Padre Marcus usou eles e teve tanto sucesso. E os vampiros não incomodam Volterra, então eles devem funcionar - o sorriso dela sardônico. - Isso se tornou uma celebração para a cidade, e ganhou o reconhecimento da força policial, afinal, Volterra é uma cidade extremamente segura. É a polícia quem leva o crédito.
Eu estava me dando conta do que ela quis dizer quando disse irônico. - Eles não vão ficar muito felizes se Edward estragar a coisa toda do Dia de São Marcus, vão?
Ela balançou a cabeça, sua expressão severa. - Não. Eles vão agir rapidamente.
O sol estava aterrorizadamente alto, no pálido céu azul.
— Ele ainda está no plano de meio dia? - eu chequei.
— Sim. Ele decidiu esperar. E eles estão esperando por ele.
— Me diga o que eu tenho que fazer.
Ela manteve os olhos na estrada - a agulha do medidor de velocidade já estava alcançando o máximo da capacidade.
— Você não tem que fazer nada. Ele só tem que ver você antes de andar para a luz. E ele tem que ver você antes que ele me veja.
— Como é que vamos fazer isso?
Um pequeno carro vermelho parecia estar andando pra trás quando Alice o ultrapassou.
— Eu vou te levar até o mais próximo possível, e depois você vai correr na direção que eu te apontar.
Eu balancei a cabeça.
— Tente não tropeçar - ela adicionou. - Nós não temos tempo para uma concussão hoje.
Eu sorri contida, essa visão conturbada da humana atrapalhada realmente não combina comigo. O sol continuou a subir no céu enquanto Alice corria contra ele. Ele estava brilhando demais, e isso me fez entrar em pânico. Talvez no fim das contas ele não visse necessidade em esperar até o meio dia.
— Ali - Alice disse abruptamente, apontando para o castelo no topo da colina mais próxima. Eu olhei pra ele, sentindo a primeira pontada do meu novo tipo de medo. Todos os minutos desde ontem de manhã - parecia ter se passado uma semana - quando Alice falou o nome dele no pé da escada, só houve um medo. E ainda assim, agora, enquanto eu olhava para aquelas paredes anciãs e para as torres se equilibrando no topo das colinas, eu senti outro, uma espécie mais egoísta de alegria passou por mim.
Eu achei que a cidade era muito bonita. Isso me deixou aterrorizada.
— Volterra - Alice disse numa voz vazia, gelada.


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Notas finais do capítulo

Anel da Bella: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.lamadameco.com%2Fmodelo-x-anel-de-formatura%2Fp&psig=AOvVaw0deG21mfcsqsjY_hh0pYK9&ust=1582814625076000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCPD_vpW67-cCFQAAAAAdAAAAABAF

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