Secure! As Cartas Clow escrita por Romeu Jr


Capítulo 2
Carta 2 A Ilusão Dourada


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo ^^
Tentando postar o mais rápido possível.



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É difícil, porém não é tão raro encontrar magos que tenham sonhos proféticos como o que eu tive. Ou como os que eu tenho.

Mas o raro é encontrar magos que olham diretamente através do manto dos tempos e enxergam o futuro.

E assim que minha família descobriu que consigo fazer isso venho treinando mais arduamente possível. No começo era difícil discernir uma visão de um sonho qualquer, coisa fácil de fazer hoje em dia.

O encontro na casa de Yan não foi tão estranho como pensei que seria. Nada fugiu do controle.

Ao que se parece, eles ainda não sabem quem eu sou. Ou conseguem fingir muito bem.

A carta dentro de meu bolso parecia pesar mais a cada vez que eu se lembrava de sua existência.

Tirei-a do bolso e passei o resto da noite a observando.

A magia dentro da carta de alguma forma não parecia ser estranha. Parecia-me bastante familiar até. Fui ao banheiro escovar meus dentes e lavar meu rosto. Repassando o dia lentamente em meus pensamentos.

Conversamos sobre a cidade, como ela é conhecida por ser uma cidade histórica, onde povos antigos se refugiaram por anos, acusados de bruxaria.

Pessoas de seis povos antigos se abrigaram ali, onde viveram em situações extremas de pobreza na época. Entre eles existiam magas e feiticeiras, que conseguiram escapar das perseguições junto com o povoado. Criaram inúmeras barreiras e proteções na floresta, afim de que seus perseguidores não encontrassem seu pequeno refúgio.

De alguma forma, essas bruxas desapareceram. São poucas as histórias existentes após a chegada dos refugiados. Dizem até que o campo de refugiados nunca foi onde a cidade realmente está.

Mas de alguma forma, consigo sentir a magia que a cidade por si só emana no ar.

Meu reflexo cansado no espelho do banheiro parecia ter 10 anos a mais de idade, com um cansaço que aumentava a cada segundo.

Por um momento pensei ter visto meu reflexo me dar as costas no espelho. Pisquei forte duas, três vezes.

E lá estavam meus olhos cansados novamente, retribuindo meu bocejo longo.

Voltei para a cama, deitei, e mais uma vez olhei a carta que veio diretamente dos meus sonhos.

— The Shadow, A Sombra. O que você faz?

A luz amarela do poste de luz entreva no quarto pela janela entreaberta, deixando o quarto um pouco mais sombrio que o normal.

Não passava das 20h quando peguei no sono.

***

Novamente o sonho se seguiu, estava de volta a névoa densa, correndo, me escondendo.

Jump! – Me vi no céu, exatamente do mesmo jeito nos outros sonhos. – Jail!

As correntes brotaram do chão, prendendo Yan e seu dragão, que dissipou a névoa com seu fogo que agora já não era azul. O fogo vermelho cortou o céu, vindo em minha direção.

A carta do pássaro dourado que costumava a aparecer não veio. Procurei alguma forma de me defender.

Puxei outra carta do bolso.

Shadow! – Torci pela carta me proteger.

Uma sombra saiu da carta e me envolveu em trevas.

O som de uma explosão me acordou ao mesmo tempo em que meu quarto era fracamente iluminado. Rapidamente um fino véu que me cobria recolheu-se para dentro da carta que flutuou até meu peito.

Ela me protegeu?”

Outra explosão fez meu quarto tremer, e o tabuleiro Rashinban brilhou como nunca havia brilhado. Corri para janela a tempo de ver o grande pássaro dourado atirar outra bola de fogo na direção da pracinha onde as crianças brincavam com o cachorro mais cedo pela manhã.

Peguei uma folha de papel uma caneta e rabisquei rápido um circulo de invocação, pulei a janela colocando a caneta no bolso da bermuda, e caí na calçada aquecida pelo vento quente que era jogado pela asa do enorme pássaro.

Joguei o papel no chão e pisei em cima.

— Deus do Oceano venha a mim! – senti o calor se dissipar quando o tubo de água subiu ao meu redor.

Não foi o bastante, logo a água evaporou, antes mesmo de eu conseguir direciona-la ao monstro.

Ele olhou diretamente para mim e rugiu. Fechei meus olhos ao sentir o calor que me atingiu. Quando voltei a abri-los, já não tinha pássaro dourado, em seu lugar havia uma pessoa. Algo parecido com um elfo, com asas vermelhas, e dentes pontiagudos. Olhava-me com ferocidade, mas não me atacava mais.

O calor deixou de incomodar, e passou a me acalmar.

Um estalo me fez sair do transe, haviam passados alguns minutos desde que eu estava olhando nos olhos da criatura magica. Ela se contorceu e rugiu, voltando a tomar a forma de um pássaro, e alçar voo no céu.

Yan estava do outro lado da rua, segurando um cajado.

— O que era aquilo? – Ele gritava revezando o olhar. Ora pra mim, ora para o pássaro que dava voltas no céu.

— O que você quer com ele?!

— Eu que lhe pergunto! Você trouxe essa criatura aqui? Pôs todos os magos em perigo!

— Não fui eu que a trouxe!

— Ela parecia bem à vontade depois que você chegou!

Tirei a caneta do bolso novamente e risquei minha mão.

— Deus do Raio e dos Trovões mostrem-me a lança que domina os cinco elementos! – Uma grande lança dourada saiu da palma de minha mão.

O pássaro investiu cuspido fogo em toda a rua.

Vi pelo canto do olho o garoto levantar seu cajado e proferir palavras magicas. Do mesmo jeito, toquei a ponta da lança no chão.

— Deus do Oceano venha a mim!

O fogo novamente desfez nossas magias, mas saímos ilesos.

—Deus do Raio venha a mim! – Uma tempestade de raio cortou o céu, atingindo o pássaro, mas sem fazer efeito algum.

—Você é fraco garoto! – Yan gargalhou do outro lado da rua, correndo atrás do pássaro que se afastava lentamente no céu.

Ele levantou novamente o cajado e vi-o subir, seus pés saírem do chão, enquanto a cabeça de um dragão de pedra eclodia do chão e tentava alçar voo, sem sucesso.

Como eu não conseguia alcança-lo, fiz a única coisa que veio a minha cabeça novamente. Como um Deja Vu.

Jail! – Correntes cortaram o ar.

Porém, dessa vez, não prenderam nada. Elas se dividiram, refletiram, duplicaram e se espalharam por todo lugar. Como se eu estivesse em um labirinto de espelhos gigante.

"Isso só pode ser um sonho, ou estou preso em uma ilusão"


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Notas finais do capítulo

Comentem. Prfvr. Isso me motiva a escrever mais.
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