Black escrita por Queen Stars


Capítulo 3
Capítulo 2- O contrato com o deus


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo.

~Boa leitura



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O contrato com o deus

Capítulo 2

Orihime estava paralisada após a revelação do rapaz: “shinigami”. Ela olhava fixamente para o ruivo quando falava sobre “olhos dos deuses”.

— Isso não é real. – falou a menina – Devo está ficando louca. Acho que o estresse está me afetando. – fechou os olhos. – Ou isso é um sonho!

— Que você não acha é real? – sua postura estava ereta – Você está diante de deus e possui um dom dado pelos deuses.

— Você deve está louco! – bradou com rapaz – Não há um dom, é uma maldição. – se colocou ereta e levantou a cabeça – É uma punição, não vejo a morte como uma bença.

— Não sabe que está falando. – indignou com resposta da ruiva.

— Ver o tempo de vida das pessoas, principalmente daqueles que você ama. – caminhou até o rapaz – Principalmente para uma criança que tem conviver com essas visões. – parou em frente do Renji, mantendo o olhar firme. – Alias, você estava lá. Você que o levou. – seu corpo estava começando a tremer.

O shinigami manteve o olhar fixo para a jovem, nos olhos castanhos claros. Reparou mesmo com sofrimento, a ruiva mantinha firme e naquele momento estava o desafiando. “Uma mera jovem humana.”

— Acho que já deu. – saiu da frente do rapaz, caminhando para seu quarto – Quero que desaparece da minha casa. – ficara de costas para o ruivo.

— Quatorze de janeiro às oito da manhã há treze anos- falou ainda de costas para Orihime - Hiroki Inouve, 45 anos. Acidente de carro. – Os seus olhos lembram os deles.

A jovem começou a chorar, respirou fundo na tentativa de cessar. A imagem do seu pai viera na sua mente, seu último abraço, o adeus...

— Por favor, vai embora. – enxugou as lágrimas com as mãos. – Vai embora. – tentava não demostrar a voz embargada. – Não quero ouvir mais.

A sala ficara em silencio. A jovem respirou fundo, sentiu que estava sozinha. Seu corpo desabou, sentou no chão sem forças. Não se segurou mais, deixou a chorar. Tinha segurado esse sentimento há anos. Nada estava fazendo sentido.

— Por que... por que? – perguntava para si mesma. – Por que esse dom? Ele despertou na sua pior maneira. - abraçou as pernas junto ao seu corpo

Não sabe até quando ficara na sala, no outro dia estava na sua cama. Sentou na cama olhando ao seu redor. Concluiu que tudo passara de um sonho. Passou as mãos no rosto e nas longas madeixas ruivas, olhou para seu relógio de cabeceira ainda faltava alguns minutos antes dele despertar. Ficara olhando para nada, antes de levantar da cama.

— Foi apenas um sonho, nada de mais.

Seguiu para fazer a sua rotina, tinha mais um dia de trabalho. Sentia cansada da sua vida monótona e sentia culpada por viver assim. Precisava mudar o seu estilo de vida, queria retornar a estudar e conseguir um emprego melhor. “Talvez seria melhor voltar para casa de mamãe”. O dia no trabalho foi tudo normal.

Estava de volta ao apartamento, encontrou com seu irmão encostado no batente da porta. Ele recebeu com um sorriso no rosto.

— Irmãzinha. – sorriu e a abraçou

— Oi!- abraçou – Que faz aqui?

— Você não deu notícias nos últimos dias, vim lhe ver. – afastou para olhar o rosto da jovem – Parece que fiz bem.

— Sora, você poderia ter ligado. – respondeu a jovem.

— Hime. – repreendeu a jovem – Você iria me esconder as coisas, as suas olheiras lhe condena. Vamos comer e você me conta tudo. – levantou a sacola plástica em uma das mãos. – Yaskisoba! – disse sorrido.

— Ok, você venceu. – a jovem abriu a porta do apartamento.

Os dois irmãos sentaram no chão da sala, colocaram a comida e a bebida na mesa de centro. Sora tinha percebido o cansaço e jeito triste da irmã. Ele soube do “dom” da Orihime, tanto que foi o mesmo que achasse a solução com os óculos. Sora mesmo de longe, manteve o seu jeito protetor com a irmã. Os dois começaram a jantar.

— Os problemas persistem? – perguntou quando levava um pouco da comida à boca.

— Sim. – a jovem respondeu ainda mastigando – Tenho sonhado com papai, especifico aquele dia.

— Aquele dia... – suspirou – Somente esse sonho?

A jovem olhou para o irmão, sem saber se contava do encontro com shinigami, do redemoinho e das previsões da Rangiku.

—Sim. – virou o rosto dando a atenção para comida.

— Orihime. – reprendeu a ruiva novamente – Pode contar por mais absurdo seja, eu acredito em você.

— Bem. – pigarrou – Ontem foi bem bizarro mas sem importância.

— Conta-se. – ordenou

— Pela manhã a Rangiku me chamou na loja e disse que tinha uma previsão para mim: que eu iria encontrar com deus da morte.

— Você vai acreditar naquela hippie loira?

— Tá falando assim porque não está mais pegando ela.  – a ruiva revirou os olhos - Quando estavam juntos era outra história, né?

— Isso não vem ao caso agora. – desbotou os primeiros botões da camisa. – Nós sabemos que ela é uma louca. Continue.

— Continuando: eu não liguei para previsão dela e segui normalmente a minha vida.

— Tá onde está o “bizarro” nisso?

— Ah tá! Bom, isso eu acho que foi um sonho. – colocou a comida na mesinha – Eu encontrei com o shinigami, o mesmo do dia de papai. – apertou os lábios – Foi aqui na sala.

Sora ficou calado, observando as feições da sua irmã. Coçou a mão na cabeça e bebeu um gole de bebida antes de falar.

— Orihime. – a chamou sério – Desculpe de eu estar falando sobre isso. – deu uma respirada fundo – Você não acha que está na hora de procurar uma ajuda, tipo de um psiquiatra?

— Está me chamando de doida? – seus olhos arregalaram – Como eu disse deve sido um sonho!

— Não bem assim. – virou seu corpo para ficar de frente para sua irmã – Acho que você está na fase adulta e estas visões podem prejudicar a sua vida. Talvez um tratamento ou remédios podem lhe ajudar, nem que seja por um período de tempo.

A garota ficara em silencio.

— É pode ser...

— Ótimo! – sorriu em apoio – Tenho um amigo psiquiatra, vou falar com ele.

— Amigo!? – a ruiva quase cuspe a sua bebida – Deste quando?

— Deste quando você trabalha em um escritório de advocacia ao lado de psiquiatria.

— Sei. – deu uma risada fraca.

— Tenho que ir. – deu um beijo na testa da ruiva – Se cuida.

— Pode deixar.

Orihime já tinha feito toda sua arrumação, sentiu o tediada dentro do seu apartamento. Olhou para tempo através da janela, a noite estava estrelada e havia uma pequena brisa. Um passeio em volta do quarteirão seria uma boa ideia Pegou um cardigã no seu quarto e saiu de casa. Precisava pensar nos acontecimentos nos últimos dias e a conversa com seu irmão: estava na sua fase adulto e precisava de tomar decisões para sua vida. Ela tinha de concordar com Sora, talvez precisava ajuda de um especialista. E por outro lado, a previsão da Rangiku deu certo, tinha encontrado com deus da morte.

— Qual era o nome dele?- forçou o pensamento – Ah! Renji Abrarai.

— Me chamou? – ouviu a voz masculina.

A garota paralisou e virou para trás, era mesmo ele: o shinigami ruivo. Mas desta vez usava roupas casuais, mas nas cores pretas.

— Que você faz por aqui?

— Oras! Você me chamou, garota dos olhos dos deuses. – deu de ombros

— Não lhe chamei.- indignou a garota – E não sou a “garota de olhos dos deuses”. Tenho um nome: Orihime Inoue.

— Muito prazer, Orihime Inoue. – fez uma referência – É um belo nome!

— Obrigada. – a jovem ficou rubra – Mas você não respondeu a minha pergunta: que faz aqui?

— Eu já lhe respondi. – aproximou da garota – Posso dizer que estou curioso em você. Por deuses, por que você tem esse dom?

— Eu não sei.- respondeu – Você está me perseguindo?

— Sou um deus, não persigo humanos. – colocou as mãos nos bolsos – Só estou curioso.

— Está perdendo o seu tempo, não tem nada que observar a minha vida.

— Enxerga a linha da vida, as possessões e fala que não é nada? – falou indignado – Consegue ver como a pessoa vai morrer e sabe as diferenças das cores da linha?

— Não vejo como é a morte da pessoa. Só sei que é azul, cinza e preto.

— Então os poderes não foram todos despertados. -  a analisou – Dos deuses da morte é vermelha, dos barqueiros é branca e os renegados não possui.

— Que são renegados?

— São aqueles fugiram para mundo dos vivos após a trajetória vida e a morte.

— Ah! Mas por que está me contando isso tudo?

— Talvez essa o destino que nós encontrarmos, um proposito.

— Isso é loucura!

— Não pode negar a sua existência. Isso pode ser útil.

— Útil? Onde? Tudo que eu quero é uma vida normal.

— Preciso da ajuda a encontrar um renegado. – fez a proposito

— Nunca. – falou convicta- Nem vem. – saiu andando

— Não pode negar ajuda a um deus.

— Posso sim. – saiu andando – Que maluco!

— A onde pensa que vai? – parou em frente dela. Orihime deu um grito – Hoje terminaremos a nossa conversa.

— Mas como você parou na minha frente? – olhava o rapaz e o ponto que ele estava.

— Como eu falei: sou um deus. – olhou severo para moça – E selaremos um contrato.

— Não vou selar contrato nenhum, principalmente com um deus da morte.

— Você possui o “olho dos deuses”, é serva dos deuses.

— Sou uma humana e não serva dos deuses. Para de falar besteiras.

Uma brisa forte passou entre os dois, o corpo da Orihime se arrepiou. Mas não foi arrepio de frio e sim como algo queres se tocá-la.

— Eles estão aqui. – o rapaz ficara em alerta.

— Eles quem? – abraçou si mesmo, como querer proteger.

— Espíritos malignos.- falou observando o seu redor. – Eles ficaram sabendo do seu poder. – a sua espada materializou na sua mão.

— Isso é loucura.

O vento ficara mais forte, um pequeno redemoinho formou em volta da Orihime. Era forte e como quisesse sufocar a garota.

— Sela o contrato comigo, ajuda procurar esse renegado.- Renji gritou para ruiva - Em troca darei proteção e pedirei os deuses tirar o seu poder.

— Como sela o contrato? Tenho que assinar a onde? – a ruiva gritou.

— Não precisa assinar nada. Só fala: ACEITO.

Ela estava para ser sufocada, estava ficando sem ar. Estava prestes a morrer? Não lembra da sua linha ficado cinza ou preta pela manhã. Será que era truque daquele louco de cabelo vermelho? Medo de morrer... por mais que sua vida estava na monótona, poderia ter uma segunda chance para mudar. Não é? Juntou todas as suas forças, fechou os olhos e gritou.

— ACEITO!

Em poucos segundos o vento dispensou. Sentiu os lábios sendo pressionado e uma mão na sua nuca. Abriu os olhos: o ruivo estava na sua frente e... lhe beijando!? Como assim? Ele afastou dela em pequena distância.

— O contrato foi selado.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo!
Beijos♥



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