Tu não vales a dor. Não vales o desamo que concebo a mim. Não vales ausentar-me das crenças. Não vales o plangendo, sítios não visitados, amigos não vistos. Não vales o meu tempo, meu sentimento, toda inquietude e envolvimento. Agora percebo que nada é simples como cremos. Deixei tudo por alguém que no fim foi Alcantilada. Carece denodo pra amar hodiernamente, carece pujança pra encarar que o amor eventualmente não acaba bem, que não é amor e é apenas finito.

"Ainda vomitaremos as borboletas que sentimos." - Sussurrei.  

Da outra mesa, um estranho disse. 

"Vomitei hoje." - Olhamos-nos resignados. - "Leonardo, prazer!"

"Prazer, Lucas."