A seu lado escrita por magalud


Capítulo 2
Capítulo 2 - Além da Imaginação




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Assim que Snape olhou para o lado, reconheceu o ambiente: o Grande Salão de Hogwarts. Contudo, o ambiente normalmente alegre e vibrante das velhas paredes do castelo estavam lúgubres e sombrias.

Era noite, e as quatro grandes mesas para as casas tinham sido retiradas, assim como a mesa dos professores. Havia centenas de cadeiras, onde estudantes e professores se amontoavam, todos de costas para ele. No lugar de honra, o mais alto do salão, havia uma imensa foto (trouxa) de Severo Snape, com tarjas negras na moldura. Ao lado da foto, erguia-se um púlpito onde a silhueta do Prof. Dumbledore podia ser vista. Também havia tarjas negras nas grandes bandeiras de Sonserina penduradas.

Era o seu memorial. Mesmo da porta do Grande Salão, onde estava de pé, Severo podia ouvir choramingos esparsos e um murmurinho baixo entre os presentes, e isso o surpreendeu: alguém efetivamente chorava sua morte.

O ruído vinha de dois estudantes que se abraçavam à frente. O volume de cabelo não deixava dúvida de que um dos alunos era a Srta. Hermione Granger. Ele ficou tocado. Podia ver os ombros de Granger balançando e seu cabelo sendo acariciado por Rony Weasley. O rapaz ruivo também tinha o nariz vermelho e olhos cheios d'água. Mas o que impactou Snape foi a expressão de Harry Potter.

Os grandes olhos verdes estavam transparentes de lágrimas, olheiras grandes denunciando a falta de descanso. O olhar era vago, como se ele estivesse a quilômetros dali, vendo uma outra cena, uma da qual não podia se separar. Era um retrato da culpa.

— Obrigado a todos por terem vindo - A voz de Alvo Dumbledore fez cessar as conversinhas paralelas e silêncio profundo reinou no Grande Salão. - Esse é um momento muito doloroso para Hogwarts e para Sonserina. A perda de Severo Snape é absolutamente irreparável para esta escola e para todo o mundo mágico.

Por si só, essas palavras teriam feito Snape puxar uma cadeira e acompanhar o resto. Contudo, ao tentar agarrar uma das cadeiras no fundo, ele percebeu que sua mão atravessava direto pela madeira - ele estava incorpóreo.

— Humpf - pensou - E ainda me prometeram corporalidade!... É um milagre que eu não esteja atravessando o chão também!

Foi quando ele se deu conta de que, por mais que aquela função lhe trouxesse entretenimento, ele provavelmente tinha outro motivo para estar ali que não ouvir Alvo tecer loas sobre sua recém-abandonada vida.

Mas o que poderia ser? E por que ninguém aparecia para explicar as coisas para ele? Afinal, toda vez que se começava um trabalho novo, alguém aparecia para dar instruções. Severo se achava razoavelmente inteligente, mas será que ele tinha que adivinhar suas habilidades, limites e propósito de suas funções de... protetor? E quem ele iria proteger?

Era desalentador ver tamanha desorganização em algo tão incensado quanto a eternidade.

Alvo começara a fazer o panegírico quando Severo notava que algo estava diferente em si - além do óbvio fato de que ele estava morto. Ele tinha mais instinto, ele via coisas mais sutis no ar. Difícil explicar, mas as coisas eram assim.

Seu instinto lhe dizia que ele tinha sido designado protetor de alguém em Hogwarts. Provavelmente um daqueles alunos de primeiro ano, que mal sabia segurar a varinha, muito menos lançar um feitiço corretamente.

Ao pensar nessa perspectiva, Severo quase se arrependeu de ter escolhido essa missão.

— Meu rapaz! Que ocasião feliz!

Severo arregalou os olhos. O Barão Sangrento tinha aparecido ao seu lado, e sorria para ele.

— Que satisfação em vê-lo! Não sabia que você tinha se tornado um de nós!

— Pode me ver?

— Claro! Mas você não deveria aparecer tão cedo - pode assustar alguns dos alunos.

— Mas eu não sou um fantasma!

— Não? - O Barão Sangrento flutuou ao redor de Severo, observando-o bem. Pareceu espantado. - Pelos meus brocados! O rapaz tem razão! Não é fantasma! Bem que eu deveria ter desconfiado - ninguém tem permissão para assistir ao próprio memorial.

— Então os fantasmas podem me ver?

O Barão assentiu.

— E animais irracionais, além de seminvisos e trestálias. Oh, e seu protegido, claro!

Severo estava cada vez mais espantado.

— Então sabe o que eu sou?

O fantasma segurou a barriga, rindo.

— Não sei como não me dei conta antes. Com uma evidência deste tamanho... - E puxou uma das asas de Severo, abrindo-a, magnífica, com plumas transparentes que balançavam suavemente.

Se não estivesse morto, Severo teria morrido de um ataque cardíaco. Ele se virou, torceu-se para observar suas costas e então viu, com incredulidade crescente. A suprema indignidade!... Insulto de todos os insultos! Ele tinha asas!...

Ele começou a gritar impropérios, e o Barão Sangrento censurou:

— Não seja assim, meu jovem. Lembre-se: um bom sonserino observa a situação e espera a melhor oportunidade para agir. Como ex-chefe de nossa casa, você não deveria deixar que umas coisinhas como morte e eternidade lhe fizessem esquecer desses valores fundamentais.

— Tem razão, Barão. Mas é difícil.

— É, rapaz, não é fácil para nenhum de nós. Agora é melhor eu ir. Não estou invisível, e os alunos devem estar me vendo conversando com o ar. - Ele flutuou para longe de Severo. - Boa sorte em sua missão!

Severo observou-o desaparecer no fundo do salão, desejando poder fazer o mesmo. Afinal de contas, a cerimônia estava terminando e ele nem sequer tinha podido aproveitá-la.

Nos dias seguintes, ele não estava mais perto de descobrir quem era seu protegido. Um dos maiores motivos era que os alunos raramente estavam sozinhos, e ele não sabia quem poderia ser o escolhido (ou escolhida). Aquilo o deixava muito angustiado. Mas ele sabia que não podia se afastar mais do que 150 metros em redor dele, portanto às vezes ele sentia um puxão no umbigo: era o sinal de que seu protegido (ou protegida) estava indo além da barreira dos 150 metros.

Não que ele não tivesse tido pistas naqueles dias. Ele sabia que seu alvo era um estudante de Grifinória, pois tinha sido compelido muitas vezes a ir até a torre no final do dia ou depois do jantar. Também sabia que seu protegido (ou protegida) era do sexto ano, pois a maioria das aulas que ele frequentava era desse ano.

E ele começou a temer quem poderia ser. Era a turma do grande Harry Potter. E as opções não eram muito animadoras: e se ele tivesse recebido a missão de proteger o inepto Longbottom? O lado de baixo parecia muito atraente quando pensou nisso. Mas também havia a chance de ser um dos milhares de Weasley. A lista trazia opções cada vez menos animadoras.

O suspense o estava matando. Por outro lado, ele não tinha muito o que fazer, então, como bom sonserino, aceitou a situação e observava atentamente todos os alunos.

Severo logo ganhou confiança para passear diretamente entre os estudantes. Com pouco para fazer além de passear entre os corredores, cumprimentando os fantasmas das diversas casas, pôs-se a tentar adivinhar quem seria seu protegido.

Suas suspeitas aumentaram enormemente quando ele passou a notar olhares disfarçados em sua direção, vindos de ninguém menos do que o chamado Trio de Ouro de Grifinória. Granger, Potter e Weasley cochichavam entre si e olhavam em sua direção. Será que...

Uma dessas ocasiões foi à saída da aula de Transfigurações. Severo os viu saírem e Potter se deteve ao dar de cara com Severo. Ele cochichou com os dois, que se viraram na direção do finado mestre de Poções e o encararam de frente. Depois, voltaram a cochichar. A conversa não deve ter sido nada boa, porque Potter saiu contrariado, fazendo Granger gritar:

— Harry, espere!

Severo ficou sem saber o que fazer. Mas logo ele entendeu tudo: quando um puxão no umbigo o levou a seguir Harry Potter.

Seu protegido.

Ele se adiantou e chamou:

— Sr. Potter! Acho que é hora de termos uma conversinha.

***

Poucas vezes Harry Potter tinha ficado tão apavorado - o que certamente causaria choques no mundo bruxo, que idolatrava o Menino Que Sobreviveu. Só que agora, para Harry, o mais acertado seria chamá-lo de o Menino Que Estava Enlouquecendo. Afinal, volta e meia ele via a imagem de seu ex-professor de Poções.

Do seu professor de Poções morto.

Primeiro Harry achara que tinha sido um fragmento de sua imaginação. Afinal, ele vira Snape morrer na sua frente, tentando salvá-lo. A culpa o estava consumindo. Os pesadelos eram insuportáveis. E continuavam também quando ele estava acordado.

Em todos os lugares de Hogwarts, Harry via Snape. No Grande Salão, no salão comunal de Grifinória, nas salas de aula, na cabana de Hagrid.... Sempre nas sombras, sempre à espreita, como se estivesse vivo.

Após levar vários sustos com a presença do fantasma do Snape, Harry decidiu contar seus amigos. Hermione e Rony passaram a olhá-lo com expressões de pena que irritavam Harry imensamente. A gota d´água tinha sido a saída da aula de Transfigurações. Snape estava ali, olhando para eles! Como Hermione e Rony não podiam vê-lo?

— Eu tenho que estar louco - ele pensou. - Preciso falar com alguém.

Sem esperar a resposta de seus amigos, Harry saíra correndo, na direção oposta da Sala do Prof. Flitwick, que seria a próxima aula. A situação parecia realmente desesperadora.

Mas de repente tudo ficara ainda pior. Porque Snape estava correndo atrás dele, chamando seu nome!

Harry abaixou a cabeça e passou a andar mais rápido, dizendo a si mesmo:

— Ele não existe! Ele é fruto da minha imaginação! Sim, é isso! Eu vi Snape morrer. Ninguém mais vê Snape, só eu. Então, eu estou pirando.

Mas a aparição não largava do pé dele:

— Sr. Potter! Quer fazer o favor de ficar parado?

Ao ouvir isso, Harry caiu em desabalada carreira, seus passos ecoando pelo corredor vazio, fazendo os retratos protestarem pelo distúrbio de sua tranquilidade. Ele chegou à porta do escritório do Prof. Dumbledore e só gritou para a gárgula:

— Abra, por favor!

O animal de pedra pulou para o lado ao ouvir o desespero do rapaz, que subiu as escadas o mais rápido que podia. Harry estava quase sem fôlego quando chegou à frente do Diretor, Fawkes batendo as asas em seu poleiro.

— Prof. Dumbledore! Prof. Dumbledore!

Ele estava no mezanino, olhando o astrolábio, e virou-se, intrigado:

— Harry? - Ao ver o estado do menino, pálido, trêmulo, ofegante, ele largou o que fazia e foi até o rapaz. - O que houve, Harry? Você está bem?

— Não - confessou Harry. - Professor, eu acho que - OH!!

Harry dera um pulo para trás ao ver Snape se posicionar atrás de Dumbledore, os olhos verdes imensos por trás dos óculos redondos.

— É ele! Ele! Ali!

Dumbledore virou-se, indagando:

— Quem? Onde?

— Não está vendo? É o Prof. Snape! Bem atrás do senhor.

— Harry, procure se acalmar. Você está muito agitado.

Snape também disse:

— Controle-se, Potter! Vai matar Alvo de susto.

Dumbledore colocou Harry sentado numa cadeira e disse:

— Isso. Quem sabe um pouco de chá? Aí você pode me contar tudo que está acontecendo.

Harry ainda estava de olhos pregados em Snape, que repetiu:

— Você e eu precisamos conversar, Potter.

Dumbledore colocou uma xícara nas mãos de Harry:

— Agora segure aqui. - Mas Harry não conseguia segurar a xícara de tanto que as mãos tremiam, e o velho diretor recolocou a xícara em cima da mesa. - Por outro lado, acho melhor esperar até que você tenha respirado um pouco.

— Professor Dumbledore - disse Harry, em voz baixa. Fawkes saiu do poleiro e pousou na perna de Harry, gorgolejando suavemente, um som relaxante. - Acho que eu preciso ser internado em St. Mungo's.

Dumbledore ficou em silêncio enquanto circundava sua escrivaninha e sentava-se atrás dela solenemente. Só então perguntou:

— Está se sentindo bem, Harry?

As lágrimas rolavam pela face de Harry e ele soluçou, balançando a cabeça:

— Não... Eu estou ficando louco...

— E por que diz isso?

— Eu estou vendo o Prof. Snape há dias pela escola... No Salão... Na Torre de Grifinória... Até lá fora, em plena luz do dia! Mas... ninguém mais vê!...

— Ah - fez Dumbledore pensativamente. - E por que você acha que isso está acontecendo?

— Porque eu estou perdendo o juízo, por isso! - Harry explodiu. - Oh. Desculpe.

— Tudo bem. Mas deve haver algum motivo para Severo aparecer para você. Pode me dizer como ele está?

Harry achou a pergunta estranha:

— Como assim? Ele é o Prof. Snape - cabelo oleoso, nariz grande...

— Não, Harry, quis dizer se ele parece zangado.

— Sim. O Prof. Snape sempre teve esse cara.

— Humpf! - fez Severo, atrás de Alvo.

— Ah. Acha que ele está zangado com você, Harry?

— Acho que sim. Por que razão ele me perseguiria, sendo um fantasma?

Aquilo Severo não podia aguentar:

— Eu não sou um fantasma, Potter! Agora pare de choramingar e vamos para um lugar onde possamos conversar!

Alheio ao diálogo que ocorria às suas costas, Dumbledore disse:

— Harry, o Prof. Snape fez algo muito nobre. Ele sacrificou sua própria vida por você. Eu sei que isso deve ser um tanto assustador para aceitar, mas a culpa não é sua.

— Claro que é! Se eu não tivesse -

— Está errado, Harry - Dumbledore o interrompeu suavemente. - Não há motivo para se sentir culpado, só porque você sobreviveu e ele não. Posso assegurar que ele não está perseguindo você. - Harry olhou para Snape, que assentiu solenemente. - Talvez você ache que ele o estaria perseguindo para puni-lo. Mas isso não é verdade. Severo pode ter sido duro com você, mas ele se preocupava com seu bem-estar.

— Mas então por que eu o estou vendo?

— Essa resposta só você tem. Talvez ela fique mais clara se você confrontar essa aparição. Muito provavelmente é um mero reflexo de seus medos.

Harry ficou em silêncio, sem saber o que dizer. Ele só queria que Snape fosse embora, que ficasse morto e que o deixasse em paz.

— Ele está aqui agora, não está? - Harry ergueu a cabeça, assustado com a percepção de Dumbledore, mas terminou assentindo. - Acho melhor deixar vocês conversarem. Eu estarei na antessala, se precisar.

Ele colocou Fawkes no ombro e saiu de seu próprio gabinete, deixando Harry sozinho com o que achava serem apenas seus medos.

Snape não se mexeu de onde estava. Disse cuidadosamente:

— Sei que está assustado, Potter, e não é sem motivo. Mas -

— Não! - gritou Harry decididamente. - Você não existe! - O rapaz pôs-se de pé e puxou sua varinha, gritando: - Riddikulus!

Snape inflou-se de indignação:

— Eu não sou um Bicho-Papão qualquer que você pode dispersar com um mero feitiço! Eu estou aqui para protegê-lo!

— Proteger? - Aquilo fez Harry arregalar ainda mais os olhos. - Mesmo? - Snape assentiu. - E... e... você é real?

— Só você pode me ver. Por isso seus amigos não foram de muita ajuda. Estou aqui para continuar a protegê-lo, Potter. Parece que estamos um tanto... grudados um no outro.

— Oh, que ótimo! - disse Harry, toda sua expressão mostrando exatamente o contrário. - O professor que mais me odeia morre, mas volta para me assombrar!

Severo abriu a boca para dizer que, como Harry, não tinha tido muita escolha sobre a situação, mas ele não podia dizer isso. Ele tinha escolhido proteger alguém. Mas não podia escolher quem proteger.

— Eu estou aqui para protegê-lo, Potter.

— Por isso está me seguindo o tempo todo? - Harry começou a andar de um lado para o outro. - E quanto àquela planta venenosa na aula de Herbologia? Não estava fazendo muito bem o papel de anjo da guarda, não é? - De repente Harry se deteve e olhou para Snape - Anjo... da guarda...? É isso que você é?

Snape sentiu o ódio lhe encher as narinas, e tinha a sua expressão mais desagradável ao concordar:

— Precisamente.

Harry chegou mais perto dele, cuidadosamente.

— E você tem asas?

— Potter!

Ele começou a circular Snape:

— Tem? Tem? Deixa eu ver!

— Pare com isso, moleque!

Para desespero de Snape, as duas asas se abriram magnificamente assim que ele pensou nelas. Harry arregalou os grandes olhos verdes, olhando o modo como ela se moviam, a boca aberta.

— É verdade...! - sussurrou Harry - Professor, o senhor é um anjo!...

Se tivesse sangue nas veias, Severo teria enrubescido, mortificado com tamanha humilhação no pós-vida. As asas até murcharam, e ele estava a ponto de explodir: - Agora pare com esses trocadilhos, Potter!

Harry riu-se alto. Severo ficou ainda mais mortificado. O garoto parou de rir e o olhou, de modo intrigado:

— Mas... por que resolveu se mostrar para mim? Pensei que anjos trabalhassem em silêncio.

— Por favor não se refira a mim com esta... palavra. Prefiro protetor.

Harry encolheu os ombros:

— Tá bom. Mas me diga por que se mostrou para mim? Pensei que anjos fossem invisíveis.

— Na verdade, eu - Snape trincou os dentes de ódio. - Eu... ainda não sei direito como tudo isso funciona.

— Se o senhor não sabe, professor, imagine eu.

— Potter, pode me chamar de Severo. Eu não sou mais seu professor. - Isso o deixou pensativo. - Precisamos achar uma forma de nos... relacionar.

— Então pode me chamar de Harry. Se eu ignorar você, você vai embora?

— Acho que não funciona assim, Pot- quer dizer, Harry.

— Mas eu preciso pensar sobre isso! Como vou fazer isso com você atrás de mim o tempo todo?

Severo inflamou-se.

— Ora, dê um jeito, Potter! Certamente seu cérebro pode funcionar com outras pessoas por perto!

Harry abriu a boca para dar uma resposta das mais malcriadas, mas a porta se abriu, e os dois se viraram. Dumbledore colocou a cabeça para dentro:

— Harry? Está tudo bem?

O rapaz inspirou fundo, buscando se controlar, e respondeu:

— Sim, senhor.

— Você precisa de mais algum tempo com...

Severo gesticulou:

— Melhor sairmos daqui, Harry. O bode velho vai terminar descobrindo tudo.

Harry pegou os seus livros e falou para Dumbledore:

— Não, senhor. Acho que vou voltar para sala agora.

O velho diretor entrou e colocou Fawkes de volta ao poleiro. A fênix olhou para Severo e voltou sua atenção para seu mestre, que agora falava com Harry:

— Ótimo. Muito bom, Harry. Viu como você só precisava confrontar a aparição? - O menino assentiu. - Eu já avisei o Prof. Flitwick que você vai se atrasar um pouco. - Num tom grave, ele aproximou-se do rapaz e disse solenemente: - Harry, quero que saiba que você é bem-vindo aqui a qualquer hora. Se o problema continuar e você quiser conversar sobre isso, eu estarei aqui.

Harry deu uma olhada de relance para Severo e disse:

— Sim, senhor. Obrigado, Prof. Dumbledore.

— Muito bem, então. Pode ir.


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