Algumas semanas se passaram desde a tentativa do portal falho realizada por Regina e Emma, as mulheres tentavam de todas as formas abrir um novo portal ou conseguir outra forma de retornar a Storybrooke, porém tudo que tentavam fazer não tinha êxito.

Regina - Droga! De novo nada, não sei o que fazer! A morena dizia impaciente após mais uma tentativa de realizarem suas magias falhar.

Emma - Nós precisamos tentar outra coisa ! Não sei mais o que fazer ... Estou com medo, por Henry, por meus pais... A loira falava nitidamente nervosa.

Regina se aproximou da xerife lentamente, juntando seus corpos em um abraço aconchegante colocando a cabeça da loira em seu ombro.

Regina - Calma meu amor ... Nós vamos dar um jeito nisso. Temos que dar.  A prefeita enrolava o cabelo de Emma com as mãos fazendo cachinhos se formarem enquanto lhe acariciava.

Emma - Só você pra me acalmar mesmo... Não sei o que seria de mim sem você Regina.

A loira virou o rosto em direção a morena selando um beijo apaixonado. Suas línguas se enroscavam de forma calma e profunda, transmitindo no beijo todos os sentimentos que uma sentia pela outra. Elas estavam ficando mais ousadas no beijo fazendo com que suas mãos percorressem outras regiões de seus corpos até que foram interrompidas por uma voz vinda da entrada da casa na árvore.

Tinker - Eu deixo vocês sozinhas por um minuto e já estão se pegando? Sinceramente... A fada as surpreendeu fazendo as duas ficarem constrangidas e se separarem rapidamente.

— Mas e aí conseguiram algum progresso? O portal se abriu de novo ?

Regina - Nada T, nem uma tentativa deu certo. Não sei mais o que fazer. A morena disse mantendo sua mão firme na cintura da loira.

Tinker - Ok, deêm uma pausa por enquanto. Fiz um almoço bem gostoso, acredito que com as energias recuperadas vocês possam ter mais sorte. A fada falava animada. Me acompanhem por gentileza.

Assim as três mulheres entraram no esconderijo árvore para almoçarem juntas.

Emma - Então fada, o que temos para o almoço?

Tinker - Eu fiz um risoto com vinho branco. Espero que gostem. Falava enquanto abria as panelas na mesa.

Regina - Desde quando você tem dotes culinários Tinker?

Tinker - Estar sozinha por tanto tempo tem seus efeitos Gina, um deles foi eu ter que me virar na cozinha.

Regina — É mesmo ? Vamos ver o que o seu true love está perdendo então. A morena disse divertida recebendo uma careta de Tinker como resposta.

Emma - Ok chega de papo que eu estou morta de fome. A loira falou passando a mão na barriga fazendo as outras duas mulheres gargalharem.

Elas comiam em silêncio apreciando a comida ao máximo, o único barulho vinha dos talheres nos pratos. Tudo estava calmo até o momento que Regina sentiu uma tontura e um forte enjoô tendo que sair correndo em direção ao banheiro.

Emma - Regina? O que houve? A xerife perguntou em direção a Tinker que lhe olhava duvidosa.

Tinker - Espero que não seja da comida ...

Emma foi correndo em direção ao banheiro que estava com a porta entreaberta.

Emma - Regina!

Regina - Sai daqui Swan não quero que me veja assim. A prefeita falava nitidamente não se sentindo bem.

Emma - Nem pensar! Você tá passando mal, não vou te deixar sozinha.

A morena foi em direção ao vaso vomitando mais uma vez. Emma se aproximou segurando levemente seus cabelos pretos.

Emma - Não vou sair do seu lado nunca Regina...

Passado alguns minutos a prefeita parou de vomitar se acalmando aos poucos. Levantou devagar sendo amparada por Emma.

Emma - Vem vamos voltar pra sala. A loira conduziu Regina para se sentar no sofá.

Tinker - Você esta bem ? Sinto muito, talvez eu tenha exagerado no vinho hoje... A fada disse sentindo-se culpada.

Regina - Fica tranquila T, eu mal comi seu risoto, não sei explicar veio uma tontura e me senti enjoada do nada.

Tinker - Sei, enjoada. Tinker dizia como se soubesse de algo.

Emma - Ok fada, chega desse mistério, faz dias que você fica com charadas pra nós duas ! Fala agora o que sabe e não nos contou !

Regina — É Tinker não aguento mais essas suas frases dúbias. O que você sabe ? Regina dizia em um tom inquisidor.

Tinker - Eu? Não sei de nada, quer dizer faz alguns dias que eu suspeito de algo, mas não quis assustar as duas com essa suspeita.

Regina— Diz logo! O que sabe fada?    Regina falava já impaciente.

Tinker - Preciso ter certeza disso. Esperem um instante. Dizendo isso a fada saiu do recinto por um momento, voltando logo em seguida com algo nas mãos.

Regina reconheceu do que se tratava e comecou a sentir algo diferente em seu interior.

Regina - Mas o que...?

Tinker - Calma Gina vai ficar tudo bem.

Dizendo isso Tinker pegou um punhado do seu pó mágico e soprou em direção a morena. Passando alguns instantes um enorme sorriso brotou no rosto da fada fazendo Regina estremecer.

Emma - O que significa isso? Emma perguntou apreensiva.

Tinker - Regina ... Você... Você tá grávida ! A fada disse com um brilho nos olhos fazendo as duas mulheres se assustarem.

****************************************************************

Storybrooke pós maldição

Henry andava cabisbaixo por mais um dia, não suportava as brigas de seus pais, todos os dias eram gritos, xingamentos e o garoto sentia uma tristeza profunda toda vez que lembrava daquilo.

Estava sentado almoçando sozinho no restaurante da cidade quando ouviu o sino da porta tocar, levantou o olhar para ver de quem se tratava e esboçou um pequeno sorriso, era Ruby a neta da Dona da floricultura e uma de suas únicas amigas naquela cidade.

Ruby - Hey garoto ! Almoçando sozinho de novo? Já disse pra você pode me avisar que venho lhe fazer compania. A morena ia dizendo enquanto se sentava ao lado do menino.

Henry - Ah você sabe Ruby não gosto de incomodar, as aulas terminaram mais cedo hoje e resolvi vir logo pra cá.

Ruby - Sua mãe sabe que você está aqui? O garoto acenou positivamente.

Henry - Minha mãe até prefere que eu coma com mais frequência aqui, diz que preciso comer coisas saudáveis.

Ruby - E ela está certa Henry, você está em frase de crescimento, precisa se alimentar direito. Disse com seriedade.

Henry - Mudando de assunto
.. Err Ruby você alguma vez pensou que sua vida poderia ser diferente? Que as coisas poderiam ser melhores?

Ruby- Porque esta dizendo isso garoto? Tem algum problema?

Henry - Ah você sabe, o de sempre, minha mãe e meu pai não cansam de brigar, fico muito chateado com essa situação. Falou aborrecido. E também tem os meus sonhos... A última frase ele disse sussurrando apenas para a morena ouvir.

Ruby - Sonhos? Que sonhos ? Disse curiosa.

Henry- Uns sonhos esquisitos, é como se fosse outra vida ou algo assim, eu vejo duas mulheres me abraçando e nenhuma delas é a minha mãe Mary.

Ruby - Estranho ... Mas talvez seja algo no seu inconsciente Henry. Tem mais alguma coisa que você lembra.

Henry- Sim, você pode achar engraçado mas no meu sonho eu morava com a mulher morena que me abraçava.... Na casa do prefeito. Ele disse contendo o riso.

Ruby - Sério ? Riu. Que hilário garoto. E o que tinha lá na casa dele? Algum bixo papão escondido no colchão? Disse risonha fazendo cócegas no menino.

Henry - Ai Ruby para! Vou passar mal de tanto rir. Falou tentando se conter.

Ruby - Voltando ao assunto, não se sinta tão estranho assim, eu também sonhei com umas coisas loucas.

Henry - Ah é? E eu posso saber o que de tão louco você sonhou?

Ruby - Nada demais, só que eu tinha duas formas. O garoto franziu o cenho sem entender. Uma humana e uma em forma de lobo.

Henry - Que irado Ruby! Você era que nem aquele cara do Crepúsculo !

Ruby - Isso mesmo. Falou rindo. Foi muito estranho, eu estava correndo por um campo e do nada me transformava em humana novamente. Parece que meu olfato era ultra poderoso.

—Realmente foi algo doido isso, falando do que você disse antes eu sinto que minha vida poderia ser diferente... As vezes parece que nada se encaixa e só me resta um vazio no peito. A morena dizia refletindo.Entendo o que você quer dizer garoto.

— Mas falando da nossa realidade... Você soube do incêndio na praça?

Henry - Sim no colégio todo mundo falava disso. Não entendi como aconteceu, meus colegas estavam falando em um curto circuito.

Ruby - É pode ser, mas minha avó disse que ouviu boatos de que o prefeito pudesse estar envolvido.

Henry - O prefeito ? Mas porque ele iria gostar de um incêndio na cidade?

Ruby - Não sei, talvez ele tente desviar mais algum dinheiro com a obra de conserto que irá ter que fazer. Mas que ele é suspeito disso ah se é.

Henry - É, quem sabe. O menino disse pensativo. Foi bom conversar com você Ruby mas preciso ir pra casa reparar o Neal, a babá dele deve estar de saída agora.

Ruby - Tá bom garoto se cuida, e cuidado pra não esquecer onde mora e ir parar na casa do prefeito hein... A morena falou achando graça.

Henry - Tá bom Chapeuzinho Vermelho. Ele disse em referência ao sonho dela. Pode deixar que vou ir pro endereço certo. Tchau. Disse dando um beijo na bochecha da mulher saindo do restaurante.

****************************************************************

Nerverland

Regina - O que? Não pode ser... A morena não acreditava nas palavras ditas por sua amiga.

Tinker - Sim minha amiga. É verdade. Você está grávida.

Emma - Como assim tá grávida ? A xerife usava um tom surpreso na voz.

Tinker - Ora Emma estando. A Regina tá grávida, não sei ainda o sexo da criança mas o pó mágico acabou de confirmar as minhas suspeitas... Disse explicando.

Regina - Isso não pode estar acontecendo Tinker ! A morena disse apreensiva. É impossível !

Emma - Você dormiu com o Robin há pouco tempo ? A loira perguntou com um fio de voz.

Regina- Não Senhorita Swan você sabe muito bem que eu e o Robin não temos nada há muito tempo. Regina falou séria.

Emma- É mesmo? Pois não me parece que seja verdade o que esta falando vossa majestade ! A xerife não escondia mais sua raiva na voz. - Eu não acredito que depois de tudo que tivemos que enfrentar para ficar juntas você vai ter um filho DELE ! Aquele bicho do mato. Falava nervosa sem conter o nervosismo.

Regina - Qual a parte que você não entendeu que eu não dormi com ele ?!  Regina gritava.

Emma - A parte que você tá grávida ! Emma dizia irritada. Preciso respirar um pouco.

Dizendo isso a loira saiu em disparada para dentro da casa na árvore. Regina fez menção de segui-la mas foi impedida prontamente por Tinker.

Tinker - Deixa ela Gina, precisa esfriar a cabeça, depois vocês conversam com calma, agora vem aqui, me dá um abraço. A morena estava sem reação pela notícia que recebera. Parabéns mamãe fico muito agradecida que finalmente você será tão feliz quanto merece.

Regina -Tinker eu não entendo... Como eu posso estar grávida se eu e Robin não temos nada há bastante tempo e eu não dormi com nenhum outro homem nesse intervalo de tempo.

A fada lhe sorria prontamente vendo o semblante confuso da morena.

Tinker - Ouviu o que disse Regina? Nesse meio tempo você não dormiu com nenhum homem... Acho que nós duas sabemos o que isso significa... A fada falava risonha.

Regina - O que você tá insinuando T? Isso não é possível ... É algo fora dos limites da realidade. Regina dizia incrédula.

Tinker - Quem falou sobre realidade querida? Você mais do que qualquer uma deveria saber que o amor verdadeiro é mais forte que tudo. Capaz de coisas inacreditáveis ...

Regina - Você está me dizendo que esse filho é ... A prefeita não conseguia finalizar a frase.

Tinker - Sim minha amiga. O pai dessa criança, ou melhor dizendo a outra mãe dele ou dela, é a Emma. Regina sentia as lágrimas escorrendo por seus olhos tamanha era a emoção de saber daquilo enquanto passava as mãos por seu ventre de forma suave. Conceberam essa criança com o amor único e poderoso que possuem. Vocês são as mães dessa criança Regina.