Um Amor Nada Coreano escrita por KayDream


Capítulo 2
Capítulo 2 - O "Suicídio"


Notas iniciais do capítulo

Mais um ae meu povo!!

Divirtam-se!!!

Boa Leitura.



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Depois da porra de desastre que foi aquele show, as coisas voltaram ao normal.

Era final de dezembro, e eu estava animada porque finalmente hoje seria a formatura da minha prima Karen! Depois de muitas greves que teve na Universidade dela, agora ela finalmente se forma em medicina veterinária.

Eu já tinha escolhido meu vestido há muito tempo. Será um todo preto gótico, pra representar minha personalidade trevosa e de solidão (mim fez roqueira).

Peguei o dress maravilindo e botei na frente de my body. Estava um pouco gorda, mas nada que comer uns bolinhos da minha tia não resolva.

Guardei o vestido e desci para almoçar. Minha tia fez lasanha, minha comida predileta.

— Essa lasanha ta de foder, prove minha querida – disse minha tia de forma acalorada.

— Oba, gosto assim.

Conversamos animadamente sobre a formatura da Karen, tia Creuza também estava muito animada com isso, porque depois da colação, minha outra tia Andréloca, iria fazer um churras pra comemorar, e lá só tinha carnes das boas! É hoje que nóis vai encher o bucho, sé loco!

...

18:15 da tarde...

Puta que pariu! O vestido não quer entrar! E eu tenho que sair de casa daqui 15 minutos, caralho não vai dar tempo essa jabirosca!

— Bia, ta tudo bem ai? – minha tia pergunta do andar de baixo.

— Não! Tia me ajuda, meu vestido não quer entrar! – disse desesperada.

— Como assim menina? – ela responde subindo as escadas e entrando no meu quarto.

— Ora, não entrando! Me ajuda a fechar esse zíper!

Minha tia pegou o zíper com delicadeza e o subiu, como se fosse a coisa mais fácil do universo.

— Como é que você fez isso? – perguntei admirada.

— Ora sua boba, com essa sua brutalidade de ogro, me admiraria se tu conseguisse.

— Aff

— Termine de se arrumar logo, - disse tia se dirigindo para a porta – sua prima não vai ficar nos esperando a noite toda.

— Tudo bem, eu já desço.

Agora com o vestido no seu lugar, comecei a terminar de me embelezar, coisa que é impossível, pois Deus já me fez essa criatura maravilhosa.

Com os retoques finais, desci e fui encontrar minha tia. Esta na hora de festaaaa!!!

...

A formatura foi bem agradável. Karen estava linda como sempre. Com a pele de pêssego, com um pouco de tom perolado, deu jus ao seu lindo cabelo hidratado e volumoso. Agora ela era uma veterinária!

Cumprimentei ela, minha prima estava toda radiante. E logo depois as demais pessoas chegaram para parabeniza-la de sua graduação.

Cheguei perto da minha tia. Ela estava ansiosa para ir para o churras, e eu também. Uns puta picanhão nos esperava.

Estava olhando a movimentação pós-formatura, quando me depara olhando para a famosa ponte de Pacata City: A Bento Natel. Onde diversos suicídios haviam sido relatados pela perícia municipal. E logo mais percebi uma sombra caminhando sobre ela. – Franzi o cenho tentando identificar a figura -, mas nada. Meu campo de visão não era tão bom assim.

De repente vi que a figura se sentou na beira da ponte.

Meu Deus! O que esse idiota vai fazer?

— Tia! Olha lá, um imbecil vai se jogar da Bento Natel!

Minha tia meio atordoada virou a cabeça em direção a ponte. E entendeu a situação.

— Porra, mas que viado! Desse jeito vai atrapalhar o churras. Se ele se jogar a policia vai nos parar para investigação e o churrascão vai ser cancelado, que merda!

Olhei abismada pra minha tia.

— Não posso deixar isso acontecer! – disse exasperada.

Minha tia deu de ombros,

— Vou atrás dele, já volto.

— Vai lá minha fia – disse minha tia com desdém.

Não perdi tempo. Corri o máximo que eu pude chegando a Bento Natel morrendo de tanta canseira da desgraça. Será que essa pessoa valia tanto meu esforço físico?

Me aproximei da figura sentada, e reparei que era um homem, mas acho que eu conheço essa criatura de algum lugar...

Ele olhou para mim. E tudo ficou claro.

— TOP? – disse surpresa.

— Bia?- ele respondeu atordoado.

— Meu filho, o que você está fazendo ai?

Ele soltou um risinho abafado.

— Não é obvio? Eu vou me matar?

Franzi o cenho.

— Mas por que?

— Porque a vida não tem mais sentido para mim. Aquela maldita indústria musical acabou com a minha vida, sempre fingindo ser uma pessoa que eu não sou. Eles me forçam a namorar com qualquer cantorazinha para dar mídia, me forçam a beijar meus amigos, e quando consigo finalmente uma pessoa para amar, as fãs as assustam com twitters maldosos. E pior, quase nunca dá para eu ver a minha família. E agora me diz! – TOP respira fundo engolindo o choro – Me diz do que vale essa porcaria de vida? Não estou vivendo, apenas existindo.

TOP terminou seu discurso olhando para baixo, com uma cara horrível. Senti muita pena dele, precisava animá-lo de alguma maneira.

— M-mas... – tentei articular as palavras – você foi assistir Wesley Safadão, e gostou! Isso não é algo bom?

Ele me olhou como se eu fosse retardada.

Ta bem, essa foi péssima, mas é que eu não consigo pensar sobre pressão!

— Foi um momento maravilhoso – ele respondeu finalmente com um sorrisinho no rosto – Foi a minha despedida, e agora vou para o descanso eterno.

— Vai é para o inferno isso sim... – deixei escapar.

Ele me olhou de forma triste.

— Olha TOP, eu também já quis me matar, mas nunca fui tão anta o suficiente para fazer isso, veja bem, a vida pode ser boa, deixe eu te mostrar... Venha comigo e eu te mostro... – disse estendendo a mão a ele.

Ele me olhou de uma forma que eu não pude entender. Uma mistura de dúvida e curiosidade talvez? E logo depois olhou para baixo, e então para mim novamente. E finalmente pegou minhas mãos.

— Então me mostre Bia. Me mostre o quanto a vida pode ser bela.

Me enchi de emoção e o levei para baixo, junto de minha família.

Puta que pariu — pensei. O que eu vou fazer com esse cara agora? Nem eu sei o que fazer com a minha vida...

                                                                              Continua...


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Notas finais do capítulo

Oe :)



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