A princesa proibida escrita por Helena Melbourne


Capítulo 2
Fuga


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :)



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Sucederam-se alguns meses desde a promessa do pai e tudo o que mais ocupava a mente e os sonhos de Kiara era o mundo fora dos muros do castelo. A pequena princesa era curiosa por natureza, assim como pai foi em sua infância. 6 anos passariam muito devagar e ela não se contentava com o juramento de que um dia teria a visão do que estava além do conhecido. Por isso, a fim de amenizar a ansiedade em seu anterior, ela enchia a todos do castelo de milhares de perguntas para poder vislumbrar em sua mente como seria sair. E, é claro, todos estavam fartos de ouvi-la falar sobre o assunto.

— Pai, quando eu sair do castelo, como vou saber quem é um exilado e quem não é?

Kiara cavalgava com o rei no jardim norte do castelo, estavam próximos ao portão, que obviamente vivia fechado, contendo uma ponte levadiça aos que desejassem sair ou entrar.  A construção vista por fora não era bela ou pomposo, era uma fortaleza, a localização se dava no meio da floresta, em um ponto alto entre montanhas e era composta por pedras e, por isso, se chamava “Reichstein - A Pedra do Reino”. Em volta do castelo havia um fosso preenchido por água, estratégia importante para dificultar a penetração dos inimigos durante uma batalha. A construção era cercada por muralhas e possuía torres, onde ficavam posicionados arqueiros e outros tipos de guerreiros. No limite dos muros a vegetação foi aproveitada para a elaboração de imensos jardins, sendo o maior na região sul; foi feito de tudo para que dentro da região demarcada pelas muralhas o cenário parecesse um mundo lindo. E, de fato, era, porém, não o suficiente para Kiara.

— Os exilados não têm permissão para entrar nos vilarejos do nosso reino, depois que os bani no fim da Grande Guerra, eles ocuparam o antigo castelo que foi do tataravô do meu tataravô. Na primeira batalha em que nosso reino enfrentou inimigos, boa parte daquele castelo foi destruído e, por isso, construímos esse em uma posição mais estratégica e com muralhas, é uma verdadeira fortaleza, praticamente impossível de ser atacada. – falou com orgulho. – O único lugar que compartilhamos com os exilados é o Olho d’Água, que ficou imposto a eles sendo o máximo de proximidade que poderiam chegar de nossas terras. ou seja, você não vai encontra-los. Além disso, antes de expulsá-los, mandei que os marcassem a ferro com um “E” na mão direita para que, se entrassem em nossas terras, fossem reconhecidos. Por esse motivo apertamos a mão direita ao cumprimentar alguém, para ter certeza que não se é um deles. – Kiara ouvia tudo atentamente, tentando absorver.

— E aqueles que nasceram depois? Como vamos reconhecer os que nasceram no reino destruído, depois da Grande Guerra? –indagou.

— Todos os anos, mandamos vários soldados para as terras deles a fim de marcarem os novos. A partir dos 10 anos todos têm que recebê-la. – finalizou, Kiara ficou de queixo caído, abismada.

— Isso é horrível, pai! Marcar crianças a ferro é muito feio. – Embargou a voz com certa pena. – Como saber se todos eles são maus? –o nível de complexidade da pergunta fez Simba parar o cavalo e encarar a filha.

— Não podemos correr o risco de que tomem o poder novamente, filha. Scar foi um tirano e quase acabou com tudo de bom que meu pai, Mufasa, havia feito pelo reino e os exilados o apoiaram em suas políticas, isso significa que fariam o mesmo. Não tive outra opção senão bani-los ou mata-los e escolhi a primeira opção, mas precisava me certificar de que não se misturariam. Não tenho prazer em marcar crianças, porém, todo exilado é mau por natureza, está no sangue.  – Explicou com serenidade e logo depois deu um sorriso. – Assim como está no seu de ser uma princesa. – ela retribuiu o sorriso, feliz por ter entendido tudo. – Mas, se por acaso, algum dia você encontrar um exilado, nunca lhe dê as costas, pois eles são traiçoeiros.

— Está bem.

— Fogo! Fogo! – alguém gritava desesperadamente. Então pai e filha avistaram fumaça e grandes labaredas de chamas vindo da cozinha externa.

— Fique aqui, Kiara! – ordenou o grande homem ruivo. – Soldados, peguem baldes e abaixem a ponte para apanhar água do fosso! Somente a água do poço não vai ser suficiente para apagar esse incêndio! Preciso que venham já! –  os homens fizeram como o rei ordenara.

Pela primeira vez em sua existência, Kiara viu o portão aberto, dando vista para a linda floresta de seu exterior e o pequeno curso de rio que passava por debaixo da ponte levadiça. Os homens que estavam de sentinela corriam de um lado para o outro da ponte com baldes em mão, levando até o local do fogo. Era muita tentação aos olhos curiosos de Kiara, ela tinha ali sua chance, talvez a única até completar seus 18 anos. Afinal, seria apenas uma voltinha, nem iriam notar que ela desaparecera com toda a confusão do incêndio.

Então, sem pensar duas vezes, esperou até não haver mais nenhum soldado na ponte e deu um toque na barriga de seu cavalo com o estribo, fazendo o animal acelerar em direção ao exterior do castelo.

Kiara não sabia aonde estava indo, porém já havia visto o vilarejo e queria contemplar mais, ela não se contentava, queria conhecer só mais um pouquinho. Então, percebeu onde estava pela descrição da paisagem fornecida pelo pai: o Olho dÁgua. De repente, ouviu seu cavalo dar um relinchado estranho e empinou.

— Ow! Ow! Calminha garoto! O que aconteceu? – tentou acalmá-lo.

Olhou ao redor e viu o motivo pelo qual o cavalo se assustou, uma serpente. Dessa vez, ela também entrou em pânico e no segundo pinote do animal de montaria, se desequilibrou e caiu no chão, sentindo uma leve falta de ar pela queda e uma dor terrível nas costelas, ombro e braço, pois caiu de lado. Logo viu seu animal correndo para a direção de onde vieram, a deixando abandonada. O réptil peçonhento estava à espreita, pronto para dar o bote; ela fechou os olhos para não ver o estrago, mas a dor da picada não veio. Ao invés disso, ouviu o som de algo sendo esmagado e quando abriu os olhos, viu a cabeça da cobra prensada por um pau. Quem o segurava era um menino alto, de pele oliva escura, cabelos negros ondulados nos ombros e os olhos verdes esmeraldas. O garoto, que aparentava ter no máximo 2 anos a mais do que a princesa, estendeu-lhe a mão direita para que se levantasse. Nas costas de sua mão havia a letra “E”, marcando a pele do jovem


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Notas finais do capítulo

Hahaha, autora malvada parou bem na parte interessante.
Algumas pessoas visualizaram capítulo passado, mas não comentaram. Vocês estão gostando da história? Se sim, comentem, por favor. Se a intenção fosse só escrever e ninguém ler, eu deixaria a fic no word. Então, por favorzinhooooooooo... um simples gostei não cai a mão de ninguém.
Bjs da Leninha



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