A princesa proibida escrita por Helena Melbourne


Capítulo 1
Juro pela honra


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos à fic! Espero que gostem...



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Era uma vez uma princesa muito amada por seus pais, os reis das terras de Reichstein. Antes mesmo de nascer, sua vida já corria perigo por ser a herdeira do trono almejado por Zira, a líder dos exilados do reino. Eles foram banidos por terem apoiado e lutado, na Grande Guerra, com Scar, o monarca tirano e ilegítimo que antecedeu Simba. Viúva, com seus três filhos órfãos de pai e nada mais do que puro ódio no coração, Zira não aceitou a derrota, jurando um dia retornar com um grande exército e retomar seu lugar na realeza.  Ela proclamava ser a mãe do verdadeiro rei, Kovu, o escolhido por Scar para ser seu sucessor devido à profecia de Rafiki, de que de sua segunda semente filho viria o legítimo rei.

Portanto, diante do iminente perigo, Kiara nunca teve uma infância normal, sempre foi superprotegida por Simba e Nala, que nunca a deixavam sozinha. Se um dos dois não estivesse com ela, então alguém da guarda real a estaria escoltando. Até mesmo em seus aposentos haviam servas que se intercalavam no período noturno para vigiá-la. Entretanto, nunca, sob hipótese alguma, mesmo com escolta, Kiara poderia sair do castelo, nem mesmo visitar os vilarejos ao derredor.

 Foi uma tarefa fácil manter Kiara segura em sua primeira década de vida. Na ingenuidade de uma criança, uma construção tão grande como o castelo era um mundo suficiente para se viver e explorar.

Assim como deve ser a boa educação de uma princesa, Kiara recebia aulas de etiqueta, música, arte, literatura, história, matemática e ciências, e, conforme aprendia sobre o mundo, escamas caiam de seus olhos. Ela passou a entender que havia mais do que as grossas paredes do castelo e seus lindos jardins. Com isso, começou a questionar o pai sobre o porquê somente ela recebia toda aquela proteção, por que não poderia sair e visitar os lugares que teve conhecimento em suas aulas... Simba procurava se esquivar dos questionamentos e dar respostas evasivas como: “você é especial, querida!”; “você é muito pequena para entender” ou “nós te amamos muito e não suportaríamos te perder por descuido”. Até que um dia...

— Pois bem, minha filha, amanhã é seu aniversário. – Simba constatou enquanto tomavam o desjejum no salão de refeições, situado no segundo andar. – O que deseja de presente para comemorar os seus 12 aninhos? – todos à mesa fitaram a menina de olhos e cabelos castanhos, ansiando por sua resposta. A pequena princesa colocou a mão no queixo e olhou para o alto, fazendo uma careta pensativa e ponderou sobre seu desejo. De repente, seu semblante se iluminou e pequenas covinhas surgiram no canto de seus lábios, indicando que sabia perfeitamente o que pedir. Os pais se entreolharam e sorriram de canto com suspeita.

— Posso pedir qualquer coisa? – cantarolou a pergunta, ampliando seu sorriso maroto.

— Claro! Qualquer coisa para a minha princesinha. – Simba confirmou, amavelmente.

— Você jura pela sua honra, paizinho? – os olhinhos brilhavam e as mãos se uniam abaixo do queixo como numa prece, demonstrando sua empolgação.

— Juro pela minha honra que farei de tudo ao meu alcance para realizar o seu pedido. – prometeu. – Só não me peça uma estela, pois isso não poderei atender. – todos os presentes no recinto riram, sabendo o quanto Kiara amava olhar o céu. 

— Bom... Eu quero que me deixe sair do palácio sozinha! – a alegria no olhar e nos lábios dos pais foi se desfazendo aos poucos, dando lugar ao desconforto e, de repente, parecia que o ar havia ficado mais denso.

— Não Kiara, isso não! – respondeu com dureza, batendo a mão na mesa. Nala tocou levemente seu braço a fim de dar-lhe um toque de que estava sendo ríspido. – Peça-me outra coisa. – suavizou a fala.

— O senhor não pode me negar! Jurou pela honra! – devolveu indignada. Tanto Nala quanto alguns membros da nobreza, que faziam as refeições com os reis, e os empregados ao redor fitaram Simba com apreensão, prendendo a respiração. Em todo reino não havia nada mais sério e sagrado do que o dito “juro pela honra”. É uma lei que se estende desde servos até o rei: quem faz tal juramento e o quebra é levado a um duelo contra aquele que obteve prejuízo e terá que lutar para restaurar a honra perdida. O rei suspirou profundamente, lembrando-se do que aquilo significava.

— Está bem. Eu permito que saia sozinha do castelo. – A menina animou-se novamente. – Entretanto, lhe darei isso de presente quando completar 18 anos, agora você é muito nova e não entende os perigos do mundo.

— Mas pa...

— Assim será! E não se fala mais nisso. – Simba cortou, dando o assunto por encerrado. Então, voltaram a comer em silêncio, tendo como único ruído o tilintar de talheres.

 

 


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Notas finais do capítulo

O capítulo está curtinho, mas os outros estão maiores. Já avancei até o sexto na história. Minha ideia é postar de três em três semanas. Mas dependendo dos reviews que eu receber, poderei postar mais os caps já escritos.



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