The Little Things Give You Away escrita por Queen108


Capítulo 6
Alone With Me




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“Everything's good

Everything's just as it should be

When you're alone with me”

 

 

Uma semana se passou desde o acampamento. Voltar a Barden também significava voltar à rotina. Foi uma semana exaustiva para ambas as garotas. Beca se dividiu entre a produtora, a rádio e as aulas. Sendo seu segundo ano, ela precisava parecer mais aplicada. Enquanto isso, Chloe se preparava para uma montanha de provas e testes, além das aulas intermináveis e do início das aplicações. Como sênior, ela poderia se inscrever para uma bolsa de estudos em alguma especialidade. Aquele pensamento a deixava extremamente ansiosa. Não se sentia segura sobre a vida após a faculdade. 

 

Fora Stacie que lhe indicara uma alternativa que a agradava. Ela fazia sua aplicação para Barden. Assim, não precisa se mudar ou mesmo repetir outro ano para permanecer junto as garotas. E ainda seria como a faculdade. A ideia a agradava e ela precisava contar para Beca. A garota era a mais insistente no que diz respeito a Chloe se formar. Ela dizia que não era nada saudável a ruiva continuar a se sabotar. E agora ela tinha a solução. 

 

Pensando nisso ela adentrou o prédio onde Beca tinha aula de literatura ponderado e que a própria Chloe tinha aula de filosofia naquele momento. Talvez ela estivesse um pouco atrasada e, só talvez, fosse de propósito. Afinal, ela detestava filosofia. 

 

— Chloe! – Alguém chamou por ela e uma mão surgiu no seu cotovelo

 

Ela foi puxada para uma sala e a pessoa surgiu a frente dela. Tom. O moreno parecia ofegante assim como muito agitado. Ansioso. 

 

— Você não pode sair me arrastando 

 

Ele passou uma das mãos no cabelo. 

 

— Eu sei, me desculpe – Enfiou as mãos nos bolsos – Só queria falar com você 

 

— Já está – Deu uma resposta seca – Estou atrasada, não pode ser depois?

 

— Chloe, por favor – Ele uniu as mãos implorando – São só alguns minutos 

 

Beale mordeu a parte interna da bochecha. Ela estivera com Tom por um ano antes do primeiro ano de Beca. Eles se davam muito bem, na verdade. Era fácil conviver com ele. O garoto não a pressionava para algo além das transas ocasionais. Ele poderia ser ótimo, mas não era o que ela queria para um relacionamento. E então Beca apareceu. A amizade com ela era muito mais interessante com o que tinha com Tom. Isso a fez lembrar de um episódio quando os dois estavam “mandando ver” e a DJ enviará uma mensagem. Fora algo envolvendo uma peça que pregaram em Ashley e a ruiva não pode evitar rir. Ela gargalhou, esquecendo totalmente o que estava fazendo e com estava. Ela terminou tudo com Tom não muito depois disso. 

 

— Tudo bem 

 

Ele sorriu. 

 

— Eu sei que não está procurando um relacionamento – Começou – Você foi bem clara, mas não poderia me dar uma chance? O que nós tínhamos era incrível e eu não quero perder isso. Será que podemos tentar outra vez? 

 

Chloe suspirou, completamente desanimada. 

 

— Olha, Tom, você é um cara legal, mas eu estou em outra agora – Ela disse com uma das mãos na maçaneta – Estou saindo com alguém e...

 

Ele tinha um olhar magoado. 

 

— Entendo – Disse

 

Se ele disse mais alguma coisa, ela perdeu quando o deixou para trás. Ela havia perdido a aula de filosofia, mas tinha tempo para a de economia. 

Chloe passou o resto do dia entre uma aula e outra. Quando teve uma pausa, pegou os papéis da aplicação e começou a preenchê-los. Ela tinha uma inclinação para veterinária. Adora animais desde de pequena e se dava muito bem com eles. Parecia um ótimo plano. 

Quando sua aula acabou, ela foi para casa e tomou um banho. Quando olhou o relógio, viu que passavam das cinco. O turno de Beca acabara a pelo menos meia hora. 

 

Pensando nisso, ela se vestiu e foi até o café. Mas já estava fechado. Talvez pudessem cozinhar algo, apesar de Mitchell não parecer do tipo que cozinhava. Aquilo não desanimou Chloe que seguiu até o dormitório da garota. Ela bateu duas vezes na porta. 

 

— Está aberta! 

 

A primeira coisa que ela viu ao entrar foram os muitos CD’s espalhados na mesa e na cama. Havia papel para todos os lados, rasgados, amassados ou simplesmente em blocos. Ela viu que a tela do computador brilhava no programa de edição e que o teclado estava precariamente apoiado ao lado. 

 

Chloe se sentiu uma intrusa. Mitchell estava no meio de seu processo criativo e ela sabia o quanto a garota detestava ser interrompida. E a ruiva tinha quase certeza que aquele não era um simples mix, mas algum trabalho da produtora. 

 

— Beca? 

 

— Bem aqui! 

 

A morena emergiu do closet vestindo uma regata preta estampada com um gato rabugento e jeans. O cabelo estava amarrado em coque bagunçado e os olhos marcados com pouco delineador. Parecia ter acabado de chegar. E estava linda. 

 

— Hey! – Chloe disse, sem jeito diante do olhar surpreso – Atrapalho? 

 

Beca balanço a cabeça e se aproximou. 

 

— Não – Sorriu levemente – Só estou trabalhando...

 

A ruiva sorriu amarelo. 

 

— Posso voltar outra hora ou...

 

— Fica – Beca a puxou pela mão – Não nos vimos a semana toda 

 

Aquilo fez Chloe sorrir. Era verdade que elas mal se viram, apenas trocaram algumas mensagens. A falta que sentiu da outra garota era assustadora. 

Mitchell as guiou até a cama, mas mudou de ideia quando viu a bagunça. 

 

— Não seria melhor se saíssemos? 

 

— Ótima ideia, Chlo 

 

Não demorou mais que cinco minutos para que as duas estivessem fora do dormitório. Era primavera, então Beca nem mesmo se importou de pegar um casaco por mais as noites pudessem ser ligeiramente mais frias. Chloe gostou da decisão. Ela poderia ter uma visão da forma das omoplatas na camiseta assim como uma parcial da tatuagem no ombro. Beale deslizou os dedos por ela quando a morena a segurou pela cintura para que andassem mais juntas. 

 

Chloe adorava aquilo. Aquela versão de Beca que permitia mais contato e que até o iniciava sem precisar ser pressionada. Os toques pareciam quase subconscientes, como se não pudessem manter as mãos longe por muito tempo. 

 

— Vamos para a casa? – Chloe perguntou – Pensei em cozinhar algo 

 

A morena voltou os olhos para ela e deu um sorrisinho. 

 

— É boa oportunidade para voltar lá 

 

— Também é sua casa, você sabe – A ruiva falou – Eu adoraria que você morasse lá, as outras garotas também 

 

Ela assistiu o olhar de Beca se distanciar enquanto ela ponderava. A resposta da outra garota demorou, dando a Beale muito tempo para observá-la. Os últimos raios de sol banhavam o rosto dela, acentuando a curva alta das maçãs do rosto e a inclinação arrogante do queixo. Ela mordeu os lábios quando seu olhar caiu sobre a boca da garota. Lembrava muito bem o quão era macia e de quão bem Mitchell beijava. 

 

— Acho que posso considerar isso – Ela falou despertando Chloe 

 

A DJ soltou a cintura da garota quando chegaram na casa. Não havia ninguém na sala, exatamente como quando Chloe sairá. Ela sabia que algumas das garotas estavam fora e o resto delas intocadas nos quartos até que alguém fizesse o jantar. 

 

— O que você quer pro jantar? – Falou enquanto entrava na cozinha 

 

Mas ao se virar ela encontrou uma Beca deslocada. A garota tinha as mãos enterradas nos bolsos e balançava o corpo com as orelhas vermelhas. 

 

— Becs... – Chamou – Tem algo de errado? 

 

— É que... Não podemos fazer alguma coisa rápida e ir lá pra cima? – Ela sorriu acanhada – Se fizermos um jantar, as outras garotas vão querer também e não teremos um tempo a sós 

 

Chloe riu. 

 

— Doeu? – Zombou ao deslizar o polegar sobre a orelha dela 

 

— Dude, não faço ideia do que você está falando  

 

— Você é fofa – Beijou a bochecha da morena – Vamos fazer sanduíches 

 

Beca fez uma careta antes de pegar os itens da geladeira. Elas trabalharam lado a lado e terminaram o jantar rapidamente. Chloe convenceu Beca a deixar a louça para depois e elas subiram as escadas correndo. Foi por pura sorte que chegaram no quarto sem que as outras garotas ouvissem. 

 

Elas estavam rindo quando Beca fechou a porta do quarto e se apoiou ali. Ela tinha os olhos fechados enquanto tentava recuperar o fôlego. Sem pensar duas vezes, Chloe colou seus lábios. Ouviu um hum apreciativo emitido pela morena no momento que ela deslizou as mãos por sua cintura. Ela sentiu as unhas de Beca em sua nuca assim como uma de suas mãos penetrar a blusa. Chloe quebrou o beijo quando os dedos da DJ deslizaram na parte baixa de sua espinha. Seu corpo se aqueceu e arqueou. Um gemido baixo deixou sua garganta. 

 

— Hot spot? – Os olhos dela estavam mais escuros – Interessante, Chlo

 

Aquilo trouxe coerência a seus pensamentos. 

 

— Você vai me pagar, Mitchell 

 

Mal terminou as palavra antes de mover a garota com facilidade e a guiar até a cama. Chloe empurrou Beca antes de se colocar em cima dela, um joelho de cada lado de sua cintura. Ela voltou a beijar a morena com avidez enquanto arranhava e apertava tudo o que podia. Suas mãos voaram e a camisa da DJ foi perdida, revelando um sutiã preto e a pele levemente rosada. Beale separou seus lábios apenas para distribuir uma trilha de beijos e mordidas pela extensão do pescoço e colo da garota. Ela tinha certeza que um ponto acima da clavícula ficaria marcado por alguns dias. As mãos de Beca foram ágeis em tirar sua blusa e correr os dedos por toda a extensão exposta, elas também encontraram o caminho até as coxas quando a morena reverteu a situação. 

 

Beca ficou por cima e sorriu maliciosamente para a outra garota antes de unir seus lábios. Foi voraz e faminto. As línguas se chocaram a medida que o beijo ficou mais profundo. Ela suprimiu um gemido mais alto quando Mitchell apertou seus seios. Aquilo pareceu agradar a garota, já que ela repetiu o ato mais algumas vezes. O calor cresceu e se espalhou no corpo de Chloe até se concentrar no baixo ventre. A ruiva se arrepiou quando a DJ mordeu seu lóbulo e passou os dentes por seu pescoço. Beca arqueou quando as unhas de Beale arranharam com mais força. 

 

Três batidas na porta seguidas de: 

 

— Chloe! Abre, preciso falar com você! 

 

Legado. 

 

Mitchell levantou um pouco apenas para ver a maçaneta ser forçada. Foi nesse momento que Chloe a empurrou da cama. A morena caiu sobre o tapete num banque surdo que Emily com certeza ouviu. Beale descobriu um segundo depois que não era necessário ter jogado Beca da cama, uma vez que a porta estava trancada. Ela murmurou um “desculpe” antes de pegar o robe. 

 

— Já estou indo! – Volto-se para Beca e diminuiu o tom – Para baixo, agora! 

 

Ela rolou os olhos, mas obedeceu. A garota mais baixou rolou para deixo da cama com o máximo de dignidade que pode. 

Chloe jogou o cabelo para o lado antes abriu uma fresta da porta. 

 

— Hey

 

— Ainda bem que você está aqui – Deu um sorriso nervoso – Será que nós podemos conversar? 

 

— Emily... – Tentou não transparecer toda a sua frustração – Estou um pouco ocupada no momento e...

 

— Preciso de um conselho – Ela atropelou a fala da outra – E já que a Beca não está por aqui, você é a única que eu confio. Posso entrar? 

 

Por um segundo ela se sentiu tocada, mas ao pensar no que fazia minutos atrás Chloe se arrependeu de ser uma boa amiga. 

 

— Ems – Ela tentou sorrir – Nós podemos falar depois? Estou num momento... Bem pessoal 

 

Não foi a melhor escolha de palavras, mas ela esperava se livrar da garota. E deu certo, apesar do rosto da garota ficar em chamas e tudo o que ela podia dizer era “desculpe” enquanto se afastava. Quando voltou a fechar a porta, ela riu e viu que Beca deixara o lugar em baixo da cama, preferindo se esconder no banheiro. 

 

— Você acabou de traumatiza-la – Beca deu um sorriso lascivo 

Chloe sorriu para ela antes de sua expressão murchar ao perceber que ela estava vestida e pronta para ir. 

 

— Acabei de ter uma ideia para a música que estou trabalho – Explicou diante do olhar da ruiva – Volto em algumas horas. Tudo bem? 

 

Ela assentiu e pressionou os lábios contra os de Beca suavemente. A garota ainda pressionou um beijo carinhoso em seu queixo antes de sair. 

 

Chloe estava mais do que satisfeita em continuar de onde haviam parado, mas ela não esperava que, horas depois, houvesse pessoas cantando abaixo de sua varanda. 

 

Continua...


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