This Is Us escrita por Rayanne Reis


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem?
Vamos a mais um capítulo, e esse tem surpresas e confusões, como sempre, rsrs.
Boa leitura e espero que gostem.



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—Você os convidou? - Edward cutucou a esposa e ela bufou.

—Comentei com a minha mãe. Espero que eles não aprontem nada. - Hayley levantou e balançou as mãos chamando os avós.

—Oi princesinha. - Carlisle a abraçou. - Ficamos sabendo da grande novidade.

—Estou curada de verdade. - Ela sorriu.

—Isso é ótimo e estamos muito felizes por você. - Esme sentou ao lado dela.

—Oi para vocês dois também. - Charlie resmungou. Os netos os receberam muito bem, mas a filha e o genro pareciam que estavam dispostos a ignorar a presença deles.

—O que fazem aqui?

—Quanta hostilidade, filha. - Renée abriu espaço entre o casal e sentou. - Estamos aqui para apoiar o nosso neto e comemorar que a Hayley está bem.

—Vocês duas eu até acredito que seja por isso mesmo, mas esses dois não me enganam. - apontou para o pai e o sogro.

—Só pensa o pior de nós. - Carlisle retrucou magoado.

—Então não estão aqui para ver se o Henry é mesmo um gênio da matemática? - Edward encarou o pai.

—Não. Estamos aqui para dar apoio. - Declarou sem conseguir convencer ninguém. - Certo. Vocês tem razão. Mas vejam pelo nosso lado, precisamos de alguém para substituir o Emmett.

—E quem disse que o Henry vai querer administrar a empresa? Não é porque ele é bom em matemática que vai querer assumir o comando, sem falar que um bom administrador não deve entender só de finanças. E deveriam valorizar o Emmett, ele está fazendo um bom trabalho.

—Precisamos estar prevenidos. - Charlie declarou acenando para o neto. - É claro que ele vai querer a empresa.

Bella pensou em retrucar, mas resolveu deixar para lá, o pai e o sogro não tinha jeito.

—Ah lá, mais um que não deveria de estar aqui. - Apontou para Connor.

—Olá pessoal, como estão? - Os cumprimentou alegremente.

—O que faz aqui? Sua namorada não vem.

—Eu sei. Ela tinha uma prova, mas vai estar na comemoração. - Ele sabia que o sogro não gostava muito dele, mas torcia para que a relação entre eles melhorasse.

—Então pode ir. - Indicou a porta e Bella o cutucou.

—Edward! Você é bem vindo, Connor. Fique a vontade. - Se o sogro não gostava dele, ele podia ficar aliviado, pois já havia conquistado a sogra.

— Ele é muito intrometido. - Edward reclamou.

—Ele é da família. Seja gentil. - Pediu e ele resmungou.                      

—Oi cara, tudo bem? - Tyler cumprimentou o cunhado.

—Sim. Acho que seu pai não ficou feliz ao me ver. Só quero apoiar o Henry. - Sentou ao lado dele com os braços cruzados.

—Ele só está implicando com você.

—Acha que um dia ele vai parar com isso?

—É claro que não. Você sempre será o cara que está com a filhinha dele e os meus pais são bem ciumentos quanto a isso. Mas se continuar a fazer a Agnes feliz vai ficar tudo bem. Agora se não fizer…

—Seu pai acaba comigo. - Connor completou e Tyler riu.

—Nem vai ser preciso. Eu vou acabar com você primeiro. - O ameaçou e deu um tapinha no ombro dele.

—Admiro a forma como vocês cuidam um do outro. E essa é uma das razões para gostar tanto de vocês.

—Está tentando me agradar, garoto? - Edward acompanhou toda a conversa deles.

—Consegui? – Sorriu esperançoso.

—Não, mas valeu à tentativa. - Ergueu os dois polegares para ele.

—Chegamos muito cedo ou o quê? - Bella olhou em volta. Tirando os envolvidos no campeonato, só havia eles e mais três pessoas que deveriam ser pais dos competidores.

—Deve ser por isso que o Henry achou que não iríamos querer vir, porque os outros pais não veem.

—Vai Henry! - Hayley ergueu o cartaz ao ver o irmão sentar. É claro que eles foram o alvo de todos os olhares.

—Pessoal, vamos manter silêncio para que eles possam concentrar. Tudo bem? - Edward pediu e Hayley apenas agitou o cartaz em silêncio. Henry acenou para eles, estava feliz pelo apoio da família.

—Que monte de números. - John falou baixinho ao ver a equação que o irmão precisava resolver.

—Ele vai conseguir, sempre faz isso nos meus deveres... Ops. - Tyler sorriu sem graça, aquele não era um segredo que os pais deveriam descobrir.

—Mais tarde. - Bella o alertou e ele engoliu em seco, se fosse o pai a tomar a frente da situação, o castigo seria leve, mas a mãe não costumava pegar leve e os castigos dela eram realmente castigos.

[...]

—Quero propor um brinde. - Edward bateu com a faca na taça para chamar a atenção da família. - Agora sim, silêncio, obrigado pessoal. Estou muito orgulhoso de você filho. Você arrasou hoje, é esforçado e mesmo os seus colegas tendo o perturbado no começo, não desistiu e seguiu em frente e agora já está colhendo os frutos do seu trabalho. Sabia que você sairia muito bem e foi só por isso que insisti tanto que fizesse essas aulas, porque sabia que você tem potencial e isso me enche de orgulho. - Colocou a mão no ombro dele.

—Eu só respondi três questões. - Respondeu envergonhado de ser o centro das atenções.

—E acertou as três. Apesar de ser o mais novo você mandou muito bem e estamos felizes, principalmente porque você também está feliz.

—Eu estou e obrigado por me apoiarem.

—Sempre apoiaremos vocês. - Bella deu um beijo na testa dele.  - Um brinde ao Henry.

—Ao Henry! - Ergueram taça e copos.

—Quero propor um segundo brinde. A Hayley por ser uma garota forte e que além de ter um coração bondoso e maravilhoso, agora tem um coração saudável também. Estou muito feliz por você filha. Só não faça nada muito perigoso ou o papai vai enlouquecer.

—Posso pular de paraquedas? - Perguntou sorrindo.

—Não e nenhum de vocês vai fazer assim. - Avisou aos filhos. – Nunca.

—Um brinde a Hayley. - Charlie gritou.

—A Hayley!

A comemoração deles foi interrompida pelo soar da campainha.

—Eu atendendo. - Carlisle ofereceu e seguiu até a porta.

—Podemos acampar de novo e dessa vez eu vou poder até escalar. - Hayley explicava as avós.

—Acho que também vou ir para garantir que nenhuma cobra pique vocês. - Charlie sugeriu para a alegria dos netos.

—Não precisa, sei muito bem manter a segurança da minha família.

—Eu teria matado a cobra. - Charlie retrucou.

—Pessoal. - Carlisle chamou e todos viraram para olhar. Tyler travou no lugar e piscou várias vezes para ter a certeza de que estava vendo corretamente. Edward conhecia o homem e mesmo se não conhecesse, não teria a menor dúvida da identidade dele, Tyler era a cópia dele.

—Oi filho. - O homem o cumprimentou. - Você está enorme e muito bonito. Estou feliz por ter encontrado uma boa família. - Deu um passo à frente e estendeu a mão para Edward. - Obrigado por ter cuidado do meu filho.

—Ele é meu filho também. - Apertou forte a mão dele.

—É claro. Vocês tem a guarda dele. Posso te dar um abraço, filho?

—O que faz aqui? Achei que estivesse preso. - Acusou e as crianças olharam preocupadas para o irmão.

—Agnes, pode levar os seus irmãos para outro lugar?

—É claro, mãe. Vamos. - Teve que empurrar os irmãos para fora, eles não queria sair da cozinha.

—O que está acontecendo?

—Tyler vai embora?

—Quem é aquele homem?

—Sei tanto quanto vocês. - Agnes fechou a porta da cozinha e colou o ouvido na parede. - Agora façam silêncio, quero escutar a conversa.

—É errado escutar a conversa dos outros. - John a censurou.

—Vocês querem saber o que está acontecendo? - Eles assentiram. - Então silêncio. - Pediu levando o dedo aos lábios.

—Sai tem um mês. Queria te ver logo, mas você não iria querer me ver daquele jeito. Estou morando com um amigo até arrumar um emprego e conseguir um lugar nosso para morarmos.

—Tyler já tem uma casa e não vai sair daqui. Ele é nosso filho. - Bella se colocou à frente do filho.

—Olha senhora, agradeço por ter cuidado dele, mas ele não é seu filho, é meu. Tyler não pertence a esse lugar.

—Não pertence? O que você sabe sobre ele ou sobre nós? - Edward queria expulsar o homem da casa dele, mas não faria uma cena na frente do filho.

—Vocês são brancos e ricos, Tyler é pobre e negro. Mundos diferentes.

—Por que tudo tem que ser sobre cor ou posição social? - Tyler explodiu de raiva. - As pessoas são bem mais do que isso. E daí se não temos a mesma cor? Não é isso que define uma família. Edward e Bella são os meus pais. Carlisle, Esme, Charlie e Renée são os meus avós. Agnes, Henry, Hayley, John e Lucy são os meus irmãos e não há nada que mude isso. Não importa se somos diferentes, o que verdadeiramente importa é o que sentimos pelo outro e eu amo todo mundo aqui.

—E você não me ama? É porque não posso te dar coisas caras? Me esforcei muito para te criar garoto.

—Não se esforçou o suficiente. Se eu gosto do conforto? É claro que gosto. Mas o que eu mais gosto é de ter uma família ao meu lado. Eles não pouparam esforços para ficarem comigo.

—Eles são ricos. Não tem que fazer nenhum sacrifício. Como iria cuidar de você sem dinheiro? Acha que é fácil conseguir um emprego?

—Se você não tentar não vai ser mesmo. - Acusou e ele recusou. - Você vendia drogas e nunca tentou arrumar um emprego de verdade. Poderia ter feito tudo diferente, mas não fez e é disso que tenho raiva. Você me deixou passando fome e sozinho. Eu poderia ter morrido.

—É fácil falar quando não entende o que é ser um homem pobre que precisa sustentar a família.

—Ele pode não saber, mas eu sei. - Charlie se colocou entre eles. - Cresci no mesmo bairro que você. Tive que largar a escola por dois anos para trabalhar e ajudar em casa, mas apesar das dificuldades, eu estudei bastante e consegui uma bolsa de estudos e entrei para faculdade. E não consegui isso por causa da minha cor, e sim porque não desisti e nem fui para o caminho mais fácil. Consegui criar a minha filha e tenho muito orgulho da mulher que ela se tornou.

—Você não conhece a minha história e não pode julgar. Não escolhi o caminho mais fácil, escolhi o que iria colocar comida na mesa da minha família. Me perdi um pouco, mas nunca foi minha intenção te fazer passar por tudo aquilo, eu te amo meu filho e quero que me perdoe. Fiquei sabendo que você é jogador de basquete e estou muito feliz, herdou isso de mim. Queria ver um jogo seu.

—Posso ir para cama, mãe? - Pediu segurando as lágrimas.

—É claro, meu amor. - Segurou a mão dele. - Não quer dizer algo ao seu pai antes?

—Boa noite, pai. - Falou olhando para Edward.

—Tyler. - O pai biológico dele o chamou. - Você vai vir comigo.

—Não vai mesmo e quero que saia da minha casa imediatamente. - Edward o ameaçou.

—Só com o meu filho.

—Você abriu mão dele e ele é nosso filho agora.

—Pega ele Mamute. - Lucy gritou e o cachorro rosnou pronto para dar o bote.

—Você não vai levar o nosso irmão embora. - Hayley também gritou enquanto Tyler tentava controlar o cachorro que encarava o alvo dele fixamente e com os dentes à mostra.

—Que bagunça. - Connor sussurrou tentando acompanhar a confusão.

—Tire esse cachorro daqui. - Edward pediu. - E vocês não deveriam de estar aqui.

—Não vamos deixá-lo levar o Ty. - Agnes o ajudou a segurar o Mamute. - Ele é nosso irmão. Vocês têm a guarda dele e o senhor não tem o que fazer aqui.

—Não se intrometa. - Gritou os assustando.

—Pega o Fish. - Hayley sussurrou para John.

—Chega de animal aqui. E o senhor, por favor, saia daqui. Esse não é o momento para conversarmos. Quando estivermos todos mais calmos podemos definir datas de visitas, se o Tyler quiser é claro.

—Ele não é como vocês e não merece ficar aqui.

—Ele merece sim. Você que não merece seu bobão. - Hayley mostrou a língua para ele. - Tyler é nosso irmão e nós o amamos muito.

—Isso mesmo. Se quiser levá-lo vai ter que passar por cima de nós e dos nossos animais. - Henry o ameaçou.

—Ninguém vai levar o nosso irmão. - John também manifestou.

—Eu amo o Ty e ele não vai embora. - Lucy agarrou a perna do irmão.

—Não se preocupe, não vou sair do lado de vocês e não vou largar a minha família. - Pegou a irmã no colo. - Pode guardar a Chinchin. - avisou a ajudando a esconder a chinchila dentro da blusa. - Obrigado por me defenderem e é por isso que amo vocês. Por favor, saia daqui. - Pediu ao pai biológico e deu as costas para ele indo para o quarto.

—Vou consegui-lo de volta.

—Vamos, eu te acompanho. - Carlisle o segurou pelo braço e o levou até a porta.

—Dá para fazermos algo sem que alguma confusão aconteça?

—Se não tiver uma confusão é porque nós não estamos envolvidos. - Renée explicou e todos estavam de acordo com ela.

—Vou conversar com o Ty. - Bella avisou e saiu da cozinha.

—Estou orgulhoso de vocês por terem defendido o irmão de vocês, mas da próxima vez que falar para saírem, é para sair e não ficar ouvindo a conversa atrás da porta.

—Não podemos ser privados da verdade. - Agnes começou com o discurso e rapidamente todos deram um jeito de sair de fininho.

—Vou cuidar dele. - Lucy avisou a mãe. Ela estava deitada ao lado do irmão, com o animal de estimação a tiracolo.

—É muito gentil da sua parte, querida, mas acho que a Chinchin está com sono. O que acha de colocá-la para dormir na casinha dela?

—Está não, olha. - Sacudiu a chinchila para mostrar que ela estava bem acordada.

—Então vamos deixar o Ty dormir um pouco, ele precisa descansar para ir à aula amanhã. - A pequena cruzou os braços e olhou em dúvida para o irmão.

—Pode ir, estou bem. - Ele olhou para a mãe, sabia que ela estava preocupada com a reação dele ao reaparecimento do pai biológico dele. - É sério. Tenho uma família maravilhosa, não tem porque ficar triste. Hoje é um dia de alegria e estamos celebrando a cura da Hayley, não é hora para choro e nem tristeza.

—Não pode ficar triste.

—Isso mesmo Lulu. Nada de tristeza, apenas alegrias. Estou bem, só preciso dormir e amanhã será um dia ainda melhor e com mais loucuras.

—Isso é o que não falta por aqui. - Bella inclinou e deu um beijo na testa dele e pegou a filha no colo. - Tenha uma boa noite, querido.

—Obrigado mãe e amo vocês, só para deixar bem claro.

—Como ele está? - Edward perguntou assim que a Bella entrou na sala. Os pais dele já haviam ido embora.

—Bem. O que estão fazendo aqui?

—Nos escondendo da Agnes. - Henry explicou falando baixo. Os quatro estavam sentados na varanda da frente. - Ela iniciou mais um discurso sobre igualdade, verdade e justiça. - Revirou os olhos e Bella riu.

—Os discursos dela são ótimos, apesar de bem extensos. Está na hora de irem dormir. - Hayley e John protestaram. - Sim, vocês tem aula cedo e não quero ninguém parecendo zumbi amanhã. Vou arrumar um lugar para o Connor dormir.

—Como é? - Edward quase torceu o pescoço ao virar para olhar para esposa. - Por que ele vai ficar aqui?

—Está tarde para eles dirigirem.

—Já arrumei essa desculpa várias vezes para ficar na casa das minhas amigas. - Bella pigarreou chamando a atenção dele, não queria vê-lo falar das ex-amigas dele. - Vou colocá-lo para dormir no chão do nosso quarto, quero ficar de olho nele.

—Ah, mas não vai mesmo. – Protestou completamente indignada com a proposta dele. - As únicas pessoas que estarão no nosso quarto, serão você e eu. Quero comemorar a sós. - Piscou para ele.

—Não que esteja recusando, jamais, mas o que faremos com os dois? Dormirem sob o mesmo teto não pode. - Bella não se conteve e riu.

—Amor, eles passam a maior parte do tempo fora das nossas vistas e não sei se você sabe, mas dá para fazer de dia também.

—É claro que eu sei. - Fez uma careta ao pensar nas coisas que a filha poderia estar fazendo com o namorado.  

—Confio na nossa filha e sei que ela não faria nada desrespeitoso. Ela sabe o que pensamos e conhece as regras. Assim como vocês que sabem que já é hora de estarem dormindo.

—Eu ganhei uma competição de matemática bem difícil, mereço uns minutos a mais.

—Bem argumentado, mas seus minutos extras já expiraram, campeão. - Apertou o nariz dele. - Agora é hora de escovar os dentes e ir dormir.

—Eu já escovei. - John respondeu corando.

—Já? Vem cara, quero sentir se está com bafo. - Edward pediu aproximando do filho. - Quem estiver com bafo de leão vai ter que escovar de novo. - Avisou e os filhos riram. - Vamos lá ovelhinhas. - Colocou John nas costas e pegou as duas filhas.

—Eu vou andando, obrigado. - Henry se esquivou e começou a correr.

—Por favor, Sra. Cullen, não demore a subir.

—Estarei te esperando, isso se não ficar presa no discurso da nossa filha.

—Boa sorte.

Apesar de a comemoração ter sido interrompida pela chegada do pai biológico de Tyler, Bella estava feliz. Eles tinham mais a agradecer e comemorar, do que a temer e sofrer.


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Notas finais do capítulo

Monotonia, definitivamente, não existe na vida dessa família. Cada dia é uma confusão diferente.

Comentem, palpitem, indiquem e recomendem a vontade.

Bjs e até mais.