This Is Us escrita por Rayanne Reis


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim.
Vamos ver o que essa família vai aprontar agora.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/766862/chapter/11

—Tem certeza de que está bem para dirigir? Podem ir de avião ou em outro dia. - Bella seguia atrás do marido enquanto ele descia as escadas carregando uma pequena mala.

—Não se preocupe meu amor. Já estou 100%. - garantiu, mas a tosse o traiu e ela o olhou com preocupação.

—Só não se esqueça de tomar os remédios. - pediu o abraçando.

Edward prometeu que levaria Tyler ao jogo e aproveitaria para fazer um final de semana dos garotos.

—Tchau mãe. - Henry tentou passar por ela correndo, mas ela o parou.

—Aonde pensa que vai sem me dar um abraço? - fez um bico e ele se jogou sobre a mãe.

—Tchau mãe e se cuida.

—Você também e obedeça ao seu pai e nada de se afastar dele. - Bella apertou o filho contra o peito.

—Está bom, mas não me aperta tanto. - reclamou tentando se afastar e foi salvo por John que descia as escadas carregando uma mochila. - Abraça o John. - apontou para o irmão e conseguiu se livrar do aperto dela.

—Vem aqui, meu amor. - ela o apertou também. - Fique perto do papai o tempo todo, certo?

—Certo. Vou me comportar. - garantiu aproveitando o abraço. Ele amava abraços, se sentia seguro.

—Eu sei que vai. - soltou o filho e virou para o marido. - Tente não perder nenhum dos três. - ela sabia que Edward cuidaria bem dos filhos, mas não custava nada reforçar o cuidado. Eles ouviram uma buzina de carro, era Tyler animado pela viagem.

—Vem John. - Henry o chamou e os dois saíram correndo.

—E você não perca nenhuma das meninas. - a alertou a puxando pela cintura. - A propósito, o que vão fazer?

—Não temos nada planejado. Talvez, fazer compras, visitar meus pais ou os seus, curtir um filme que tenha algum galã de cinema para que eu possa babar por ele.

—Ah é? - a cutucou e Bella riu.

—A parte de babar acho que vou pular. Já tenho o meu próprio galã e posso não só babar nele, como fazer coisas bem mais interessantes. - piscou e ele a puxou para mais perto a beijando.

—Fala assim de novo e esqueço essa viagem para nos trancarmos no quarto e não sairemos de lá tão cedo. - ameaçou e ela deu um empurrão de leve nele.

—Guarde suas ameaças para volta. Não quero ser a responsável por deixar três lindos garotos tristes por não viajarem com o pai.

—Estarei esperando ansiosamente pela volta. - a beijou novamente, mas não teve a chance de aprofundar o beijo. A buzina soou com mais insistência dessa vez.

—Vá e tome cuidado. Amo vocês. - Bella soprou um beijo para ele.

—Também amo vocês.

[...]

—Estou com fome. – Henry reclamou largado o vídeo game. – Falta muito? – eles estavam na metade do caminho e Edward sentia que a esposa estava coberta de razão, deveria ter ido de avião, mas ele queria que os filhos curtissem uma viagem pelo país, assim como ele e os irmãos haviam feito com os pais tantas vezes. Os dois se divertiam muito quando pequenos e amavam viajar de carro, é claro que naquela época não tinha aparelhos eletrônicos tão interessantes quanto agora e que prendiam a atenção deles. 

—Pega um dos sanduíches aí atrás. – Edward falou olhando para o filho através do retrovisor central. – Vou dirigir por mais umas duas horas e paramos em uma pousada para passar a noite e amanhã seguimos viagem.

—Vamos chegar a tempo? – Tyler não queria perder nenhum minuto do jogo e o olheiro prometeu que iria fazer um passeio com ele pelo campus, além de apresentá-lo ao time.

—Está tudo sob controle. – garantiu e dessa vez estava mesmo. Após o incidente em que ele e Bella ficaram presos na neve, ele passou a tomar providencias e planejar melhor as viagens. Chegariam bem antes do almoço e Tyler poderia passar a tarde toda conhecendo o campus e à noite, assistiriam ao jogo. Voltariam no domingo à tarde, queria conhecer um pouco da cidade. – Agora larguem essas coisas e aproveitem a viagem. – pediu e foi ignorado.

—Não vejo nada de interessante. – Henry resmungou e voltou a atenção para o jogo.

—Como não? Olha essa paisagem incrível. – apontou pela janela. – Quando seu tio Emmett e eu éramos crianças, amávamos viajar assim e fazíamos várias brincadeiras. Sei de uma bem legal. – Edward empolgou e os filhos o olharam meio em dúvida do que poderiam fazer no carro para se divertirem. – É assim, vou começar: eu fui viajar e levei uma camisa. Agora Tyler, você diz: eu fui viajar e levei uma camisa e acrescenta outro item. Depois o John fala as duas coisas e acrescenta mais uma e o Henry tem que falar as três e mais uma e por aí vai, quem errar está fora da rodada.

—Parece legal. – John largou o iPad pronto para o jogo.

—Vamos lá então. – Edward comemorou pronto para a diversão.

[...]

—Vamos passar o dia todo na ONG? – Hayley estava verificando a lista para ver se tinha tudo o que precisaria para a aula que daria. Estava muito empolgada em poder ajudar.

—Até a hora do almoço, mais ou menos. Depois podemos passar no aquário para vocês conhecerem o novo morador. – Os meninos ficariam com ciúmes, eles amavam o aquário, mas depois Bella os levaria e ficaria tudo certo. – Tem tudo do que precisa? – perguntou parando atrás dela para ver a lista.

—Comprou todas as tintas?

—Sim. Várias cores. – Hayley sorriu satisfeita. Tinha tudo o que precisava então. Ela fazia aulas de artes e agora a mãe queria que ela ensinasse algumas coisas para os moradores de um bairro que a ONG ajudava. Agnes ajudaria os médicos voluntários, assim poderia também aprender algumas coisas.

—E eu mamãe? – Lucy não estava muito satisfeita por não ter uma função e por não poder levar nenhum dos animais com ela.

—Você vai ser minha assistente, meu anjinho. – deu um beijo no nariz dela e ela soltou uma risadinha. Aceitaria o trabalho sem maiores reclamações. – Prontas? – as três assentiram animadas. Passaram a noite toda assistindo filmes e comendo pipoca. Edward ligou por volta das nove horas e desejou boa noite as garotas, além de fazer algumas promessas em particular à esposa.

[...]

—Trouxe reforços, Bella?

—Oi Phill, pode me ajudar com essas caixas? – ela respirou aliviada ao vê-lo por lá, assim Agnes e ela não teriam que carregar as caixas sozinhas, mas o alívio dela durou pouco. Phill era um bom garoto e muito comprometido com a causa, mas ele olhava para Agnes de um jeito que deixava Bella desconfortável. Ela sabia que ele tinha interesses amorosos na filha dela, embora Agnes nunca tivesse demonstrado interesse nele.

—Agnes, você está linda. – ele a olhou por sobre a caixa.

—Obrigada. Meu namorado disse a mesma coisa. – então não era só Bella que havia percebido o interesse dele.

—Está namorando? – ele quase deixou a caixa cair.

—Sim e você vai conhecê-lo em breve. Connor também vai vir ajudar. – colocou uma caixa em cima da que ele carregava e saiu atrás da mãe.

—Está tudo bem? – perguntou a levando para um canto, de onde ela podia ficar de olho nas meninas que estavam arrumando as coisas para aula de artes.

—Sim. Já dei um jeito nisso. Me incomoda a forma que ele me olha. – Agnes estremeceu e Bella a abraçou.

—Vou falar com o Dom e com a Lauren sobre ele. – os dois faziam parte da diretoria.

—Não precisa mãe. – as duas olharam para Phill que ainda carregava as caixas, mas sem a alegria costumeira.

—Então vou falar com ele. - Não deixaria que ninguém intimidasse a filha dela. -Connor vai vir?

—Sim. Quando contei para ele do trabalho que fazemos aqui, ele se animou na hora. Talvez assim o Phill pare de me perturbar e acabe com as mensagens irritantes.

—Espera aí. – Bella segurou o braço dela. – Mensagens? Ele tem te mandado mensagens? Quero ver. – exigiu e Agnes estendeu o celular para a mãe. Não adiantaria tentar contornar o assunto e dizer que não era nada de mais.

—Ele vai parar, agora. –Bella estava vermelha de raiva.

—Ele nem deveria ter começado. – ela viu que só havia mensagens dele e que Agnes nunca respondia.

—Só guardei para o caso dele ultrapassar os limites e eu precisar me defender de algo. Nunca incentivei as investidas dele e nem sei como ele conseguiu o meu número, mas as mensagens começaram tem um mês. Achei que se ignorasse, ele pararia com isso. Como não parou eu o bloqueei.

—Deveria ter nos avisado sobre isso. – balançou o celular e respirou fundo. – Tome conta das suas irmãs que já voltou. – avisou dando as costas para a filha. – Phill, uma palavrinha no meu escritório. Agora! – completou ao vê-lo encarar Connor.

—Oi Bella, tudo bem? – o genro a cumprimentou e ela apenas balançou a cabeça, o cumprimentaria depois, agora precisava resolver algo mais importante.

—Pode me dizer o que é isso? – os dois estavam no escritório e Bella colocou o telefone na mesa. Phill o pegou com mãos trêmulas. Nunca a tinha visto com tanta raiva assim.

—Achei que ela fosse solteira.  – tentou se defender.

—E só por isso resolveu mandar mensagens desse tipo para ela? Não quero nem imaginar o conteúdo do que foi apagado. – balançou a cabeça e sentou de frente para ele.

—Ela nunca me disse para parar.

—E também não disse para continuar. – Bella retrucou e ele engoliu em seco. – O considerava uma pessoa de confiança, Phill, mas agora não sei o que pensar sobre você.

—Olha, Bella, eu errei. Acho a sua filha muito bonita e ela é tão legal e pensei que talvez poderia rolar algo entre nós.

—Pois pensou errado. Se uma garota se retrai toda vez que fala com você e se ela não retorna as suas mensagens, é porque você está fazendo algo de errado. Se estava interessado nela, poderia ter chegado até ela ou até mim e sido claro. Mas o que eu li aqui, não são palavras de uma pessoa que queira algo sério com alguém. Espero que não aja assim com as outras garotas e nunca mais se aproxime das minhas filhas.

—Está me demitindo? – perguntou gaguejando.

—Vou conversar com o Dom e a Lauren, por hora está dispensado.

—Eu sinto muito, Bella. Nunca foi a minha intenção ofender ninguém.

—Pois parece que foi sim, Phill. – apontou para o celular e ele corou envergonhado. – Não é assim que se trata uma mulher.

—Sinto muito. – dessa vez ele estava sendo sincero.

[...]

—Estou tão nervoso. – Tyler mal havia tocado na comida.

—Mantenha a calma, campeão. E coma se não, vai desmaiar no meio da visita. – eles haviam chegado à cidade e pararam para almoçar antes de fazer o tour.

—Vai se mudar para cá Ty? – John perguntou com a boca cheia. – Desculpa pai. – ele sabia que os pais não gostavam que eles falassem de boca cheia.

—Não sei, talvez. – Tyler deu de ombros.

—Só estamos fazendo uma visita e ainda falta muito tempo para o Ty entrar na faculdade. Pode ser que ele venha para cá, ou para mais longe ou que fique perto de nós.

—Não quero ir para longe. – Henry afirmou e Edward sabia muito bem como aquilo poderia mudar até chegar a hora de fazer a escolha. Ele mesmo havia ido estudar em Harvard, além de ter feito estágio em empresas em outros países. Ficou um bom tempo longe da família.

—Também não quero que nenhum de vocês vá para longe, mas se forem, vamos apoiá-los e sentir muita saudade, é claro. – Edward observou o filho mais velho rir de algo no celular e pigarreou.

—É melhor largar isso e comer.

—Desculpa pai, mas estava conversando com a Natalie. Ela está muito animada para o baile.

—Tyler tem uma namorada. – Henry provocou cantarolando.

—Ela não é minha namorada. É só uma amiga. – se defendeu voltando a comer.

—Independente do que ela seja, espero que a trate com muito respeito e se ela disser não, é não. Nunca force nada e tenha a absoluta certeza que ela também aquilo.

—Pai, nós não vamos fazer aquilo. – falou exasperado.

—Não estava me referindo a aquilo. – retrucou no mesmo tom. – Mas muito me alegra que não esteja planejando isso. Você ainda é muito novo e tem toda uma vida pela frente. O que quis dizer, e preste atenção vocês dois também. – ele mexeu na cadeira para ficar mais próximo dos filhos. – Quando estiverem com uma garota, pensem sempre se o que vocês estão fazendo com ela, vocês gostariam que fizessem que as irmãs de vocês.  Nunca forcem nada. Se quiserem beijá-la, pergunte a ela se ela quer ser beijada. Talvez você acha que ela quer, mas na verdade ela não quer. A tratem com muito respeito e carinho. E o que acontecer entre vocês, jamais saía espalhando por aí e nem inventem coisas. – ele já havia feito muito dos dois e se arrependia disso. Não queria que os filhos cometessem os mesmos erros dele.

—Temos que tratá-las igual você trata a mamãe, com muito carinho. – John completou e Edward sorriu para o filho.

—Acho que vocês conseguem fazer ainda melhor. E sempre que tiverem alguma dúvida ou quiserem dar um passo a mais. – olhou para Tyler. – Falem comigo ou com a mãe de vocês. Estamos aqui para ajudar vocês, em tudo. Agora comam ou vamos nos atrasar.

[...]

—Seu celular. – Bella esperou a filha ficar sozinha para se aproximar dela.

—Obrigada. – a primeira coisa que fez foi apagar as mensagens, mas a mãe já havia feito aquilo.

—Espero que não tenha uma próxima vez, mas nunca mais esconda algo assim de nós. E sei que não o estava encorajando a nada e que não tem culpa, mas seria melhor se você tivesse dito a ele com todas as letras que não estava interessada e que não era para ele te mandar mais mensagens.

—Sim, mãe. – assentiu envergonhada.

—Não precisa ficar assim querida. Só não nos esconda nada. Somos seus pais e estamos aqui para te ajudar. Sei que já é adulta, mas ainda continuamos aqui. – apertou a mão dela. – Como o Connor te trata? – olhou para o genro que agora ajudava Hayley a colocar os vasos para secar. Lucy pintava furiosamente um quadro e parecia estar se divertindo bastante.

—Ele é diferente e jamais me tratou com desrespeito. Ele é respeitoso até demais. – Bella sentiu um pouco de decepção na voz dela.

—Conversamos sobre isso mais tarde. – deu um tapinha na mão da filha. – Pode ajudar o pessoal a organizar aqui, enquanto vou fechar lá atrás?

—É claro, mãe e obrigada por tudo. – deu um beijo na bochecha dela.

—É minha função agir como uma mãe urso e proteger meus filhotes. Amo você, querida. – de um abraço forte nela.

—Vai me deixar sufocada. – reclamou de brincadeira. 

—Não quero que ninguém machuque vocês. – falou segurando o rosto dela.

—Eu sei mãe. E ninguém vai. Vocês vão nos proteger.

—Sempre e para sempre, meu anjo.

[...]

—Pessoal. – Bill os chamou. – Quero que conheçam o Tyler, ele é o garoto que falei com vocês ontem. Queremos que ela faça parte do time, então sejam legais com ele e façam com que ele se sinta em casa. – deu um tapinha no ombro do garoto.

—Quer fazer uns arremessos? – o capitão do time jogou a bola para ele e o garoto sorriu animado em poder jogar com eles. Tirou a jaqueta e entregou ao pai.

—Estaremos na arquibancada, torcendo por você. – Edward garantiu e ele riu.

—Isso não é um jogo.

—E isso não vai te impedir de arrasar. – piscou para ele e ajudou os filhos menores a subirem os degraus.

—Vocês têm orgulho dele, não tem? – Henry perguntou um pouco enciumado ao ver o pai aplaudir o irmão a cada jogada dele.

—Sim, nós temos. Assim como temos de vocês todos. Cada um tem um talento e não importa qual seja, vamos torcer por vocês, sempre.

—Eu não tenho um talento. – John franziu o nariz.

—Vamos achar qual é. – passou um braço em volta de cada um dos dois. – Gosta de algum esporte? – John fez uma careta. Ele até gostava, mas não o suficiente para fazer daquilo uma atividade constante. – O que acha de música? – ele arregalou os olhos. Gostava de música e de ver o pai tocar piano.

—Pode me ensinar a tocar? – perguntou animado.

—É claro. Vamos separar um tempo e te dou umas aulas. – deu um beijo no alto da cabeça dos dois. – Eu amo vocês de forma igual e tenho orgulho de cada um, nunca duvidem disso, minhas ovelhinhas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Bella e Edward evoluíram muito e acho que eles são pais incríveis. Edward errou muito e agora faz de tudo para orientar os filhos a agirem da forma correta.

Comentem, palpitem, indiquem e recomendem a vontade.

Bjs e até mais.