Educação escrita por vickdecullen


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde meninas,
Mais um capitulo para vocês.
Espero que gostem.



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A Grooming estava lotada. Sexta-feira era um dos piores dias para trabalhar no bar e Isabela estava correndo de um lado para o outro servindo drink atras de drink. Hoje estava responsável apenas pelo bar com mais um funcionário, Jacob, um americano quéchua que tinha o cabelo mais lindo e sedoso que Isabela já havia visto.

Os dois se davam bem, e de vez em quando gostavam de fazer malabarismos nos preparos dos drinks. Isabela era um pouco desastrada, mas Jacob era muito paciente e um ótimo professor. Ele era formado em direito e estudava psicologia criminal, e nos finais de semana ainda conseguia achar tempo, para salvar Isabela na Grooming.

Enquanto Jacob já tinha o futuro bem definido, Isabela ainda lutava por uma busca pessoal. Ela era formada em arquitetura e até gostava do que fazia. Chegou a ser socia de um escritório renomado em São Paulo, e parecia que a estabilidade financeira finalmente era uma realidade. Se considerava uma pessoa feliz.

Tinha um bom emprego, uma boa casa, um bom ciclo de amigos e um namorado que que a amava. Mas a noite antes de dormir ainda se via na frente de um quebra-cabeças com todas as peças, exceto por uma.

Uma peça que a fazia perder o sono, que a fez questionar e a motivou a sair numa aventura. Então um dia inspirada por um filme, Isabela levantou, pediu demissão, fez as malas e saiu de viagem em pleno espirito wanderlust. Primeiro foi a Espanha onde comeu, bebeu e se divertiu. Chegou a trabalhar como guia turista em Barcelona e depois foi para a Bali, conhecer templos e retiros espirituais. Quando voltaria para o Brasil, desviou sua rota para Nova York, certa de que a sua jornada de um ano ainda não tinha acabado.

—Bela! Um Aperol com laranja – pediu Jacob.

O happy hour já havia começado a mais de seis horas e mesmo faltando apenas 2 horas para fechar, o local parecia que ficava cada vez mais cheio.  

Um homem alto e musculoso entrou e ficou observando Isabela. Quem o visse acharia que se tratava de um lutador de boxe de um metro e oitenta, certamente um cara que você não gostaria de irritar. Ele esperava um momento oportuno para aborda-la como lhe foi orientado pelo patrão.

Conforme as horas passaram a casa foi esvaziando e Isabela e Jacob estavam exaustos.

—Um brinde a nos – ofereceu um shot de tequila para Isabela.

—Um brinde!

Os dois bateram os copinhos e viraram a dose goela a baixo.

—Uau! - exclamou Isabela - essa é muito boa!

—Gostou? Ela é envelhecida com pimenta malagueta, mas incrementei, limão e sal.

—Deve ser por isso que me deixou tonta- respondeu ela colocando uma mão na testa e outra no balcão, brincando.

Jacob riu e guardou a garrafa de tequila.

—Vou até o estoque fazer a contagem, assim você pode fechar o bar que tal?

—Pode ser, estou exausta, trabalhamos que nem loucos hoje!

—Sim, mas com você do lado, o trabalho se torna tão mais fácil.

—Oh pare de me bajular seu Dom Juan- respondeu batendo o pano de prato no peito do amigo- guarde seus charmes para as freguesas.

Jacob riu puxou Isabela cintura e jogou seu corpo para baixo e voltou na posição normal, sem antes de lhe dar um beijo na bochecha.

—Jacob! - exclamou rindo.

—Eu sei que você gosta das minhas cantadas- respondeu jogando o pano de prato de Isabela em seu ombro.

—Você não presta!

—Hasta la vista, Bels- Deu meia volta e foi em direção ao estoque fazer a contagem da noite.

Jacob era um ótimo amigo, desde que se conheceram estabeleceram amizade. Apesar de se provocarem, eles se viam apenas como bons amigos. Eles tinham muito em comum para sentirem atração física um pelo outro.

Alice passa até o bar só para dar um beijo em Bela antes de ir embora e quando se da por si, percebe que ainda tem mais um cliente na casa.

Ela não teve tempo de ir até a mesa do sujeito, o troglodita levantou e sentou nas cadeiras do bar. Isabela já vira homens nessa estatura, mas não deixou de engolir em seco. Estava sozinha na parte da frente do bar com um homem que se decidisse sequestra-la ela nem faria objeção.

—Boa noite senhor, gostaria de um drink antes de fecharmos a casa?

—Não, obrigada senhorita- a voz do homem era grossa e tinha um sotaque russo- na verdade vim para falar com você.

Isabela sentiu a espinha gelar e os pelos dos braços arrepiarem.

—O senhor Cullen me enviou para convida-la a se encontrar com ele hoje.

—Oh! Então o senhor Cullen te enviou? - Respondeu um pouco mais aliviada, mas ao mesmo tempo irritada- Bom diga a ele que tenho algo que lhe pertence, tirou do bolso da frente do seu avental um envelope com as notas de dinheiro que prometera devolver ao dono- Diga ao seu patrão que não sou paga pela companhia, isso ele certamente pode encontrar em casas que oferecem esse tipo de serviço.

Respondeu e se virou para as bebidas do bar, procurando algo para fazer e dar o tom de que aquela conversa tinha sido encerrada. Não era a primeira vez que era confundida com uma prostituta. Ainda mais trabalhando em um bar como a Grooming, que trazia um ar mais sensual, podendo gerar confusão nos mais idiotas.

—Boa noite Isabela.

Bela se assustou quanto escutou seu nome. Virou de frente para Edward com a mão no peito.

—O que faz aqui? – Respondeu olhando para os lados- cadê teu capanga?

—Capanga? – Respondeu divertido.

Isabela irritada, arruma um pouco do cabelo que caiu em seu rosto e para na frente de Edward com as duas mãos no balcão, o encarando nos olhos:

—O que faz aqui? Achei que deixei claro ao seu amigo que não quero prestar serviços ao senhor.

Edward se ajeitou na cadeira e ficou mais perto do rosto dela.

—Vim vê-la. Sinto que meu convite foi mal interpretado e peço desculpas pela falta de tato- respondeu ele- vejo que não aceitou minha gorjeta.

—Se você considera aquela quantia uma “gorjeta” então lhe interpretei mal. Talvez não seja um louco! Apenas um idiota.

Edward fechou a cara e ameaçou a falar algo, que provavelmente se arrependeria depois, então, respirou profundamente e ajeitou o paletó. Juntou os dedos sobre a mesa e disse:

—Saia comigo- olhou para Isabela firme, como se estivesse selando um contrato.

—O que? - ela ficou perplexa.

—Saia comigo.

Isabela não podia acreditar, o homem era realmente louco. Primeiro deixava aquela quantia, depois mandava o capanga, e depois aparecia aqui e ainda a chamava para sair? Sem contar que Isabela tivera brincando com o perigo. Achou que ofendendo seu enorme ego, ele iria embora. Ou que pelo menos tivesse qualquer outro tipo de reação!

—Não, obrigada- respondeu firme.

Quando ela fez menção em sair, ele pegou em seu pulso e a encarou.

—Saia comigo- insistiu.

—Senhor Cullen por favor, acredito que já tenha se envergonhado o suficiente até aqui. Quer dizer, qual foi a necessidade de todos esse show?- ela sabia que estava brincando com o perigo, se ele realmente a quisesse, essa era a hora de provar.

Ela sentiu a pressão sobre seu pulso subir um pouco, mas logo afrouxou novamente. Percebeu que ele não gostava de ser peitado, mas Isabela pouco se importava, queria ver até quanto ele aguentaria ela lhe maltratando.

—Saia comigo- ele voltou a dizer, só que dessa vez ele a puxou um pouco para frente e a fez ficar perigosamente perto de seu rosto- Apenas uma vez- sussurrou perto de sua boca- e lhe prometo deixar em paz.

Bela sentiu uma onda de calor e um formigamento em todo seu corpo. Pronto estava vendida! Se xingou mentalmente.

—Porque você deixou aquela quantia? - Respondeu ela agora intercalando os olhares para seus olhos e sua boca, ao mesmo tempo que mordia a sua.

—Já te disse, sou o tipo de pessoa que gosta de estar rodeado de pessoas com um intelecto a altura. Queria saber se você pegaria o dinheiro para você ou me devolveria.

Desculpe se lhe ofendi de alguma forma.

Isabela amoleceu ainda mais, agora ele tinha se levantando um pouco da cadeira e ficara um pouco mais alto que ela. Ele passou as costas da mão em sua bochecha e tirou um fio de cabelo do seu rosto.

—O que está fazendo? - sussurrou ela para ele.

—Tentando, e admito com sucesso, te seduzir.

Isabela voltou do seu frenesi e deu um passo para trás. Sentia o rosto febril.

“Gente, que homem”

—Você me fascina- disse ele agora de pé.

—O que você viu em mim? – Perguntou não se contendo.

—Inteligência, ética, sensualidade. Tudo que valorizo em uma mulher.

Pontualidade, ela amava quando um homem era objetivo. Bom que Deus lhe ajudasse, pois, a partir dali não tinha como voltar mais atrás.

—Está bem. Saio com você- respondeu com firmeza.

Edward sorriu a puxou novamente pelo pulso, beijou sua mão e a encarou com um sorriso sacana de lado.

—Prometo que não vai se arrepender- e deu um breve beijo em sua boca, antes de sair sem olhar para trás, da Grooming.

Isabela ficou estática.

“Mas que merda foi essa que acabou de me acontecer? “

Passou as pontas dos dedos em seus lábios. Percebeu que tinha entrado em mais uma aventura e algo lhe dizia que seria a mais quente e sensual de sua vida.


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Notas finais do capítulo

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