Survivor escrita por Dandara Santos


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Hey, notas no final.
Apenas: Muito obrigada por cada comentário meninas, sério, vocês são demais!



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“Derrotada, apenas sozinha, vou chorar agora. Você nunca verá o que está escondido, escondido lá no fundo, sim, sim. Eu sei, já ouvi que temos que mostrar os sentimentos, é a única maneira de fazer as amizades crescerem. Mas eu estou com muito medo agora, yeah, yeah” Unstoppable

POV CATARINA

“Foi horrível Brice” Falei quando uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto, “Já se passou uma semana, mas sempre que fecho meus olhos, só consigo ver aquele polvo com a cabeça decepada.”

Estávamos sentadas em uma parte mais isolado no jardim do castelo. “Vocês já sabem quem pode ter feito isso?” Ela perguntou séria, segurando minhas mãos.

“Apenas um nome vem em minha mente, Otávio, rei da Lastrilha. Ele me ameaçou um dia depois do meu casamento. Ele deseja Artena, e a mim” Falei a ultima parte quase em um sussurro. Senti Brice ficar tensa ao meu lado.

“Ele é um homem perigoso Catarina, você deve tomar cuidado!” Ela falou se levantando e ficando de costas para mim.

“Você o conhece?” Perguntei surpresa.

“Infelizmente sim.” Ela respondeu se aproximando de uma flor, passando seus dedos delicadamente pela mesma. “Prometa-me que tomará cuidado.” Ela falou virando em minha direção, seus olhos mais escuros que o normal.

“Eu não vou deixar de viver minha vida porque aquele crápula me enviou um maldito polvo Brice.” Falei levantando-me e secando as lágrimas. Ela me encarou aborrecida, fechando os olhos com força antes de responder, “Como você é teimosa sua pequena themônia.” Ficamos em silêncio por alguns segundos, apenas encarando a outra até que acabamos rindo por causa da última palavra que ela falou. O que amenizou o clima tenso que tinha se instalado entre nós.

“Eu poderia manda-la para a forca por isso sabia?” Falei segurando em seu braço e andando.

“Você não saberia viver sem mim.” Ela falou convencida. “Quem mais aguentaria toda essa doçura que escorre de você? Você ficaria sozinha nesse castelo enorme.” Ponderei suas palavras, sabia que era verdade. Ela era minha única amiga e confidente em Montemor.

“Talvez.” Falei por fim, mas ela sabia que tinha razão. “Eu quero visitar as colheitas essa semana, alguns soldados vão comigo é claro. Quer me acompanhar? Podemos levar algumas coisas e comer por lá.” Falei, na realidade quase implorei.

“Eu vou, mas apenas pela comida!” Falou rindo e se afastou. “Preciso voltar para o orfanato Cat, prometo voltar aqui em breve e marcamos o dia de ir visitar a colheita. Mas até lá deixe de ser tão teimosa e tenha cuidado. O perigo vem de onde menos se espera.” Ela soltou mais uma de suas frases enigmáticas e saiu.

Suspirei sem entender e adentrei o castelo, quase não tinha visto Afonso esses dias, e nos dias que o vi ele estava extremamente estressado ou cansado. O que tornava nossas conversas monossílabas e minhas refeições solitárias. Cansada de tudo isso decide ir em direção a sala de reuniões, onde ele passava todo o dia com o pobre do Virgílio, acho que até ele não estava mais aguentando o humor do meu marido, mas infelizmente como conselheiro não tinha outra opção.

Entrei na sala, e me deparei com Afonso bebendo um copo de vinho enquanto desenhava em um papel, observei com mais calma e percebi que se tratava de uma parte ampliada do mapa da Cália, mais especificamente o sul.

Virgílio foi o primeiro a me notar, ele parou a frase no meio, o que fez com que Afonso levantasse a cabeça e me encarrasse, senti um arrepio percorrer minha espinha, estava com saudades dele, saudades de seu corpo, de suas palavras sujas no pé do meu ouvido. Minha boca ficou seca, abrir vagorosamente os lábios, passando minha língua pelo mesmo, para umedecer. Seus olhos em minha direção ficaram mais escuro, e sua postura mudou.

“Virgílio, saia!” Ele falou de forma rude, o conselheiro apenas assentiu, aliviado por ter alguns minutos para respirar longe de Afonso, calmamente ele passou por mim “Majestade” falou em uma pequena reverência e se retirou da sala, fechando a porta no processo. Me aproximei dele devagar, uma semana, ele me deixou de lado durante uma semana.

Sem dizer uma única palavra, ele levantou meu corpo e me sentou na mesa, se colocando no meio de minhas pernas. Um gemido escapou de meus lábios quando ele puxou meu quadril esfregando sua ereção em mim.

“Afonso” Falei em um murmúrio angustiado, estava a tanto tempo seu ter o seu corpo assim perto do meu, que temia entrar em combustão.

Suas mãos levantaram meu vestido, tirando-o do meu corpo. Deixando meus seios expostos. “Como pude passar tanto tempo sem possuir seu corpo?” Ele perguntou, me tirando de cima da mesa apenas para vira-me de costa, pressionando meu peito sob a mesa, de maneira que minha bunda estava totalmente exposta a ele. Senti um forte tapa em minha bunda, que me fez soltar um grito de dor e de prazer. Aquilo tinha atingindo diretamente minha vagina, e quase senti vergonha por ter gostado.

“Desculpe querida, não serei delicado!” Falou rasgando o tecido da minha calcinha, para logo em seguida entrar de uma única vez dentro de mim. Meus olhos viraram de prazer, enquanto ele segurava firme em minha cintura e estocava de forma violenta dentro de mim. Ele mantinha um ritmo frenético, como se estivesse descontando toda a sua frustação de dias no meu corpo, seu corpo se inclinou sobre o meu e sua mão foi em direção ao meu clitóris. Fazendo um gemido alto escapar de meus lábios. Eu estava tão perto, depois de dias sendo privada disso, enfim sentia-me completa novamente.

Meu corpo necessitava do dele da mesma forma que o dele necessitava do meu, um formigamento começou a se forma em meu ventre, e sabia que viria.

“Estou tão perto” Murmurei em meio a um gemido.

“Eu sei querida, eu sei.” E assim aumentou o ritmo, e como um meteoro que atinge a terra, eu fui atingida. Meu corpo todo tremeu, minhas vista escureceu e o prazer tomou conta de mim. Afonso continuou por mais alguns minutos para então soltar um gemido alto de prazer, chegando no seu clímax. Seu corpo estava apoiado na mesa e aos poucos se retirou de dentro de mim, esperando que eu me recuperasse.

“Senti saudades” Falei enfim me virando, acariciando seu rosto, que fez com que ele fechasse os olhos e aproveitasse o carinho. Afonso estava claramente esgotado, tinha olheiras escuras, seu cabelo estava mais bagunçado que o normal. “Você precisa de um banho e dormir.” Falei abraçando seu forte corpo, como senti falta do seu cheiro. Seus braços me circularam e ele inspirou o topo da minha cabeça. “Tudo bem, vou com você. Eu realmente preciso estar descansado para o que virá.” Falou por fim. Olhei-o sem entender.

“E o que virá?” Um sorriso sombrio cruzou seu rosto e ele me mostrou o mapa que estava encima da mesa apontando para Alfambres.

“Estou declarando guerra contra o rei Robin.” Falou, seus olhos estavam escuros e seu rosto era cruel, ele falava da guerra como se apreciasse isso.

Dei um passo para trás sem entender. “Como assim?” Falei em um pequeno sussurro.

“Otávio deu a primeira cartada, agora é a minha vez.” Falou, com todo o poder que só ele poderia emanar.

“Mas e meu pai, ele deu permissão para isso?” Falei em desespero.

“Eu não preciso da autorização de ninguém para tomar atitudes Catarina” falou grosseiramente. Peguei meu vestido o colocando da melhor maneira que conseguia. “Eu sou o rei, não esqueça disso! E daqui três dias marcharemos até Alfambres, se ele não dobrar seu joelho em lealdade...” Ele não terminou a frase, mas sabia que não era preciso. Ele mataria o rei Robin.

“Agora saia daqui e mande Virgílio entrar. Preciso chamar meus homens e fazer os últimos ajustes.” Falou friamente, senti meus olhos arderem, mas nada disse. Sai daquela maldita sala, que ideia estupida a minha de ir vê-lo.

XXX

“Minha majestade, se acalme.” Lucíola pediu em vão, eu estava furiosa. “Aquele estupido, quem ele pensa que é para me tratar assim? Passou uma semana me evitando, e quando ficamos a sós tem o ultraje de falar daquele jeito!” Resmunguei sentindo grossas lágrimas escorrer pelo meu rosto. A verdade era que eu estava magoada, magoada por ter sido deixada de fora de um plano tão grande quanto esse, uma guerra. Uma maldita guerra. E como se isso não bastasse, a forma que ele me tratou, fez-me sentir como uma daquelas mulheres vis, que vendiam seu corpo. Ele me usou para logo em seguida me descartar. Não posso mentir e dizer que não gostei quando estávamos juntos, mas suas palavras, seus olhos.

“Ahhhhhh” Gritei contra o travesseiro. “Tome minha senhora, um chá de camomila lhe fará bem”, Lucíola tentou mais uma vez. Cansada de tudo isso respirei fundo tentando recuperar a compostura. Peguei a xícara e agradeci.

Pedi que Lucíola preparasse um banho, minha vontade no momento era de dormir e acordar só depois que ele tiver partido para essa maldita guerra.

Aproveitei e pedi o jantar no quarto, já que ele não foi fazer-me companhia em nenhum desses dias, não era agora que iria. A comida descia amarga em minha garganta. Primeiro tinha o orfanato, eu estava vetada de destinar qualquer dinheiro para lá, ou para qualquer outra coisa. Graças a Deus os dormitórios ficaram prontos a tempo, mas e o resto do local? E agora ele agindo como um homem das cavernas, eu fui criada como uma princesa, e agora sou a RAINHA de Montemor, devo ser tratada como tal. E essa guerra? UMA GUERRA que ele passou a semana inteira planejando e eu não sabia de nada.

Bufei irritada, a única coisa que me restava fazer era deitar e dormir. Dormir por uma semana se assim fosse possível. Um barulho na porta me fez ficar atenta. Afonso entrou no quarto, então fiquei quieta na cama, meus olhos fechado e a respiração lenta. Não pretendia falar com ele hoje. Ele passou um tempo ao pé da cama me olhando para enfim praguejar e se afastar, dirigindo-se a área de banho.

Relaxei o meu corpo e quando estava quase dormindo senti um peso extra na cama e logo em seguida beijos serem depositados em meu pescoço, fazendo uma doce e torturante caricia, quase deixei um gemido escapar. Mas me mantive imóvel, meus olhos fechados.

“Eu sei que você está acordada querida, seu corpo te denuncia” ele falou no pé do meu ouvido, provocando um arrepio.

“Eu realmente estou com raiva de você” Falei ainda de olhos fechados. Ele ignorou minha fala e desceu suas mãos, encontrando meus seios, massageando-os. Não consegui me controlar e um gemido escapou de meus lábios, maldito corpo traidor.

“Eu acho que sua raiva não é tão grande assim.” Falou presunçoso enquanto continuava o assalto em meu pescoço e seios. Reuni toda a força que tinha e levantei da cama de forma brusca.

“O que você quer Afonso?” Perguntei cruzando os braços, mas isso só vez com que seus olhos se direcionassem para aquele lugar.

“Você” Ele falou de onde estava, olhando meu corpo minuciosamente, senti os bicos dos meus seios ficarem mais rígidos apenas com o seu olhar e o meio de minhas pernas ficarem úmidas, ele sorriu com isso, o infeliz sabia o efeito que tinha em mim, mas mesmo assim, eu não tinha esquecido de tudo o que aconteceu.

“E depois que você me usar, devo ir chamar Virgílio para vossa alteza?” Perguntei, e sem querer deixei a magoa que sentava sentido escapar pela minha voz.

Ele fechou os olhos, tentando controlar seu humor. “Eu estava cansado ok?” Ele perguntou se levantando, colando seu corpo no meu. “Não vai voltar a se repeti.” Eu o desejava, como desejava. Mas ele apenas justificou suas atitudes, não pediu desculpas como se realmente estivesse arrependido.

“Estou partindo para uma guerra daqui três dias, tem certeza que vai deixar seu rei ir sem ao menos se despedir dele?” Perguntou pressionando sua ereção em mim. Não podia continuar fingindo, eu o queria também, e estava com tanto medo dessa guerra. Afonso não perdeu tempo, pegou meu corpo e colocou-me na cama, para logo em seguida atacar de forma feroz meus lábios. Ele me possuiu de forma lenta tomando o seu prazer, e eu fiz o mesmo. Um misto de raiva, amor, medo tomava conta de mim. Essa poderia ser a última vez que estaríamos juntos assim.

Ao chegar no ápice, uma lágrima escorreu por meus rosto, e logo em seguida várias outras a acompanharam.  Afonso olhou para mim assustado. “Catarina? Eu machuquei você?” Perguntou preocupado.

“Porque?” perguntei em um fio de voz, ele olhou sem entender do que eu estava falando. “Porque declarou uma guerra contra Alfambres?” Expliquei, sentando na cama angustiada.

“Catarina...”

“Não Afonso, você querendo ou não eu sou a rainha de Montemor, porque se arriscar em uma guerra? Oque você vai ganhar com isso?” Ele estava fazendo tudo aquilo por poder?

“Por causa de Otávio” Ele falou por fim, um calafrio percorreu minha espinha.

“Conquistando Alfambres, o rei Ricardo não terá outra saída a não ser jurar lealdade a Montemor. Ele ainda não cedeu porque acredita que em uma guerra o Sul irá apoia-lo.

“Não entendo onde quer chegar Afonso, tudo isso para ser o protetor do Norte? O que isso tem a ver com Otávio?” Perguntei me agitando.

“Tudo Catarina, isso tem tudo a ver com aquele crápula. Tenho certeza que foi ele que mandou aquela ameaça a você. Preciso ter o máximo de reis sob meu comando, para que assim Otávio não tenha nenhuma chance. Somos 14 reinos Catarina, sei muito bem que ele está formando alianças com os reinos do Oeste, e não irei esperar que a guerra chegue até aqui. Matarei Otávio antes que isso aconteça!”

Minha cabeça estava doendo, e sentia meus olhos ardendo. “Você está levando reforços?” Perguntei por fim, ele deu um pequeno sorriso segurando as minhas mãos.

“O exército de Trácia chegou agora de noite, seu pai está enviando armamento extra e arqueiros. Nosso exército é grande e bem armado, não tem com o que se preocupar. Montamos um bom plano de guerra querida, eu não sou homem de jogar para perder.” Falou.

“Eu sei que não, apenas tenha cuidado. Por favor voltei inteiro.”

“Agora que minha esposa está mais calma posso esquecer da guerra por mais alguns minutos e aproveitar somente do seu delicioso corpo?” Falou forçando meu corpo na cama com o seu.

“Me prometa voltar vivo.” Falei seria.

“Eu prometo Catarina.” Afonso falou olhando fundo nos meus olhos. Ele tentou beijar meus lábios, mas me esquivei.

“E o orfanato!” Falei, não iria desistir do local, quer ele ou não.

“Catarina, eu já disse que não irie gastar o dinheiro do castelo com coisas supérfluas.” Olhei para ele, raiva tomando conta de mim, e tive uma ideia no mesmo momento.

“Tudo Bem Afonso, sendo assim boa noite.” Falei empurrando seu corpo e ficando de costa para ele. Estava nua, então ele estava tendo uma bela visão das minhas costa, descendo para a minha fina cintura, meu quadril mais largo e por fim minha bunda. Sabia que era esse o percurso que ele acabara de fazer com os olhos.

“Maldita feiticeira, faça o que você quiser com aquele lugar!” Rosnou puxando-me de encontro ao seu corpo, dei uma pequena gargalhada no processo.

“Você ainda será minha perdição mulher.”  

XXX

*ALERTA SPOILER*

PRÓXIMO CAPÍTULO:

... “Não ouse se aproximar.” Brice falou com a voz séria, colocando-se entre o mercenário e eu. Meu corpo estava paralisado de medo, como pude ser tão estupida?

“Catarina corra, eu não sou o alvo, é você” Brice falou me olhando séria, mas antes que eu pudesse fazer algo o homem a nossa frente desferiu um forte murro no rosto dela.

Brice caiu violentamente no chão. Meu primeiro instinto foi correr em sua direção, pânico tomando conta de mim, mas o homem que a derrubou sorriu com escárnio e antes que pudesse alcançá-la ele agarrou-me pelo cintura....


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Notas finais do capítulo

OK Little Candies, vamos falar do capítulo ou desse spoiler primeiro? HAHAHA

Capítulo: Quem aqui acha que o nosso poderoso Afonso está totalmente enrolado no dedo mindinho da nossa Cat levanta a mão o/

E vem a primeira guerra meu povo, se preparem! Mas vamos ter guerra em Alfambres e sérios problemas em Montemor com nossa dupla do pop, Bricat. Temos dois capítulos magníficos pela frente (que capítulo não é né? HAHAHA, Mas sério, queria a muito tempo postar esses...)



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