Oceans In Your Eyes escrita por Kats


Capítulo 2
Capítulo I




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Eu estava deitada nua sobre os finos lençóis  de lavanda que reluziam com a luz das poucas velas que iluminavam o meu quarto. 
— Vamos continuar a fingir que estas a dormir? - Abri os olhos lentamente e me deparei com o moreno de olhar arrebatador. Ele deu me um sorriso de lado enquanto me acariciava a coxa nua. Os seus dedos brincavam pela minha pele macia criando me pequenos arrepios. Olhei-o quieta, analisando-o. Estava completamente despenteado, com os cabelos emaranhados e em pé. Parecia que tinha passado um furacão que lhe deixou valentes marcas pelo pescoço e pelo peitoral. E que lindo era aquele peitoral, que mais parecia ter sido esculpido por alguma divindade, que teve a simpatia de deixar ali ao meu lado, ao meu despor. Eu repousava a minha mão direita ali naquele peito descoberto podendo passeá-la livremente.
— um, dois.. três, quatro.. - eu contava os abdominais que estavam bem definidos, passando o meu dedo indicador neles. - cinco.. e seis. 
Ele sorriu e segurou o meu dedo levando-o á boca mordendo-o. Os dentes dele eram tão brancos e perfeitinhos, como é que um ser tem aquela coloração? - Ai minha querida Juvia o quê que eu faço contigo?! – Ele parou de morder e depositou um beijo na minha mão demorado. Depois encaminhou-a para o pescoço dele, onde eu segurei. Agarrou me pela cintura e puxou me para o lado da cama que ele ocupava. Que digo já que estava uma verdadeira confusão. Aproximou tanto o seu rosto ao meu que eu sentia a sua respiração quente embater contra os meus lábios. – Diz-me! O quê que eu faço com esta criança! – Criança? Parecia a minha avó a falar. Então como um clique comecei a ouvir os berros dela e a voz que ia gradualmente adentrando o meu sonho, fazia com que a visão do moreno fosse turvando-se a medida que ia despertando.

Vai arrumar a cozinha e deixa la no brinco! – Eu acordei ainda muito ensonolenta, com a visão enovoada e a única coisa que conseguia ver a minha frente era a velha a apontar me o dedo indicador com um olhar reprovador. A sua voz era austera e áspera e quando queria poderia ser assustadora. – Tens três segundos para o fazer! Um para sair desse ninho de ratos, dois para ir a correr para a cozinha e três para limpar toda aquela merda que engendras-te ontem. 
— E quatro para deixares de ser uma velha bruxa? - Murmurei mas graças aos deuses ela não ouviu nada e saiu do meu quarto a falar sozinha. 
Sentei me na cama e contei até dez mentalmente. Odiava profundamente ser acordada com sermão ou com alguém a gritar para mim. Porem já tinha arranjado paciência para esse hábito horrível da minha querida avozinha, Porlyusica.
Olhei o telemóvel e encontrei uma mensagem de Lissana que piscava na tela.

"Meu alecrim, vamos pegar café antes da aula, fico a sua espera para me vir buscar.".

Claro que quando você tira a carta de condução depois terá de servir de chofer para todos os seus amigos e eu já tinha virado um para a Lis que adorava ir beber café de manhazinha e ir passear durante a tarde.

"Estou em sua casa as oito e quarenta.".

Respondi e tomei coragem de sair do conforto e do quentinho da cama. Quando me dirigia para a janela para abrir e deixar entrar o ar fresco do dia relembrei me do sonho. Porque razão tinha sonhado com aquele desconhecido? Já tinha passado 8 meses desde que o tinha visto no comboio. Como eu poderia sequer recordar da cara dele? Essa minha cabeça as vezes guarda com cada coisa no depósito de memória… e depois dá em ter sonhos bizarros. Sonhos que até eu aprovo para ter mais, só de pensar naquele abdómen definido. 
— Tou sua espera princesa! - Ouvi a voz da minha avó no primeiro andar.
Sem demoras desci a escada que rangia a cada passo que eu dava e fui até a cozinha, que era se não o maior cómodo da casa, com os seus típicos azulejos verdes de água que preenchia as paredes. A nossa humilde casa era a mais deslocada da vila. Situava se junto a penhasco com vista para o oceano azul escuro que se estendia ate ao horizonte. Era assustador viver ali quando o tempo estava mauzinho e o vento enfurecia o mar, fazendo com que as ondas batessem contra o penhasco que parecia estremecer. Já avisei trezentas vezes a senhora Porlyusica que um dia destes ainda caímos pela ribanceira abaixo, mas ela nem liga. Ama aquela casa que nem uma doida. Sempre pertenceu a nossa família e na cabeça dela viverá sempre ali. Entendo a sua paixão pela casa, talvez pela vista tranquilizadora, mas dava arrepios! Todos que vivem em Magnólia tem pavor a ela, pois mais parece estar assombrada. O aspeto dela é sombrio e mórbido. Possui um estilo gótico, com telhas escuras e pedra de granito preta, portas de madeira maciça escuras, que na da entrada tem uma grande mão de ferro que serve para utilizar como campainha. Quando temos visitas ouvimos sempre um grande temor pelas divisões, que é se não as pessoas a baterem a porta com aquela mão pesada. A casa tem dois andares, com três quatros onde um serve de escritório/biblioteca. Uma casa de banho que acaba por ser motivo de grandes lutas para ver quem a ocupa primeiro no horário da manhã e por fim uma sala esplendorosa que possui uma varanda virada para o mar. 

Para contribuir o ar assustador que ela tem ainda é rodeada tempos a tempos por uma forte neblina. Os cidadãos de Magnólia apelidaram na A Casa Negra, onde vive a bruxa da minha avó e eu, a neta esquistoide. Por vezes parece que vivo mesmo num casa assombrada que se vê muito naqueles filmes tétricos do Halloween. Basta dar uma vista de olhos ao meu quarto, que possui uma grande cama de casal que já deve ser quase centenária, móveis do século passado, tapetes persas espalhados aleatoriamente e uma secretaria comprida onde eu espalho todos os meus livros.
Eu já me habituei muito a ela, só não aguento mesmo a humidade que arruína o meu cabelo e o frio que gela me todas as noites. A única coisa que dá encanto aquela moradia são as diversas magnólias que estão plantadas no quintal, que na primavera as flores desabrocham, colorindo com tons de rosa aquele cenário de terror.
Limpei a cozinha que nem estava sequer suja como ela falava e arrumei me o mais rápido que pude. Não queria ouvir mais daquela velha maníaca das limpezas. Sai de casa as escondidas, quando ela estava na casa de banho e depressa fui para a faculdade, onde estudava letras com a minha companheira de vida, Lissana. 
Passei pelo condomínio dela e fomos as duas tomar café a estabelecimento local que era bastante conhecido pelos jovens da nossa idade. "Saloon" era esse o nome do café que tinha um ar da década cinquenta e mal se entrava podia se ouvir um sino e a voz de Elvis que tocava como música de ambiente. 
Sentamo nos numa das mesas e logo apareceu uma empregada com um vestido rosa claro e um avental branco. 
— Bom dia. Já tem em mente o que vão pedir? 
— Uma grande caneca de café aqui para minha querida chofer e um batido de morango para mim. - A albina falou enquanto ajeitava a franja, olhando para um mini espelho que guardava sempre na sua mala de maquilhagem. Mala que andava para todo o lado com ela. - E claro duas panquecas de mirtilo. – A garçonete anotou os pedidos e marchou para a cozinha. - Secalhar não devia ter pedido panqueca para mim, ganhei uns quilitos. Pareço uma baleia no novo biquíni que comprei. - Ela suspirou e revirou os olhos.
Lissana era a minha única amiga. Ela meio que me salvou dos rapazes que me faziam bullying. Ser amiga de uma das raparigas mais populares da faculdade e talvez de magnólia tem as suas vantagens. Você passa a ser respeitado e até mesmo admirado. Quando conheci Lissana no primeiro ano de faculdade os rapazes começaram a olhar para mim com outros olhos, óbvio que continuava a ser a esquistoide da Casa Negra, mas era a esquistoide gostosa da Casa Negra.
— Se viesses a pé mais vezes para tomar café e não gastar a gasolina de Juvia, que saliento que está cara, podias comer todas as panquecas que quisesses. – Pisquei-lhe o olho e ela fez me uma careta desaprovadora da ideia. 
Mesmo fazendo careta Lis era sem dúvida uma musa grega. Tinha a pele tao clara como a minha e um cabelo tao loiro que parecia branco. Ela mantinha o sempre cortado uns dedos acima dos ombros, moldando lhe o rosto com o seu liso brilhante. Tinha um corpo que fazia toda a rapariga do mundo invejar. Uma cintura bem marcada, um rabo em formato de coração, pernas bem compridas e margas. Ela parecia uma verdadeira modelo da victoria secret e contudo estava ali a questionar se deveria comer panqueca ou não. 
— Olha só essa coisa arrepiante que li hoje de manhã. - Lissana sacou o seu telemóvel da mala e começou a discar na tela. Depois de encontrar o que pretendia mostrou me o site do jornal da região onde se via uma foto de uma rapariga completamente desventrada. Os membros formavam uma espécie de círculo desenhado no alcatrão do chão, e aqui podia se ver linhas e palavras escritas com giz branco.
— Ai que merda é  essa? - Afastei o aparelho da minha vista, com repulsa. - Juvia ainda não tomou o pequeno-almoço e já está toda enjoada com essa imagem arrepiante.
— É nao é? - Lissana tremeu no banco e arregalou os olhos. - Aconteceu ontem a noite! Aqui na cidade, perto da empresa de tratamento de águas. Surreal!
— Mas o quê que lhe aconteceu? - Nisto a empregada vem na nossa direção com o nosso pedido num tabuleiro.
— Parece que foi uma espécie de ritual satânico e a miúda foi assassinada a sangue frio.  
— Oh! Estão a falar da menina que morreu esta madrugada? - A garçonete pronunciou se enquanto colocava a comida na mesa. - Foi um show horrível.  Pelo que me disseram ela foi torturada antes de morta e depois fizeram lhe aquilo. - Ela gesticulou com cara de nojo.  
— Desmembram na e fizeram uma espécie de instalação artística com o corpo. - Lis explicou enquanto simbolizava as aspas com os dedos quando falou instalação artística. - Pelos vistos temos um artista em pêras em Magnólia.
— Ai Lissana! – Olhei-a assustada. - Como podes dizer isso? Que coisa mais assustadora! 
— Oh qual é? - Ela encolheu os ombros bebericando o batido que fora servido. - Provavelmente a garota meteu-se com gente com quem não devia e depois olha…
— Juvia acha que ninguém merece tal coisa. - Falei.
— Pois é. O caso esta a ser investigado agora pela polícia e o xerife Conbolt alertou que é provável haver um horário restringido para as pessoas andarem nas ruas. - A garçonete falou ainda parada ao meu lado e nos olhamos confusa para ela. - Sim, isto não é a primeira vez que uma coisa destas acontece em Magnólia, pelos vistos.
— Pelos vistos? - Lissana posou o batido, que estava nas suas mãos a ser deliciado e chegou se mais a frente para puder ouvir mais de perto. Eu fiz exatamente a mesma coisa. Estava curiosa e super hiper mega assustada. 
— Não devia falar isto, mas hoje o xerife Conbolt veio tomar o pequeno-almoço e acabou por desabafar algumas coisas. - A empregada falava abaixando se um pouco para ficar a nossa altura. - Parecia me tao cansado. Pobrezinho! - Ela colocou a mão no peito e suspirou.
— E então? - Lissana insistiu.
— E então este não é o primeiro caso, o primeiro decorreu a cerca de oito meses atrás, exatamente da mesma forma. Suspeitam que seja a mesma pessoa, ou o mesmo grupo. Não tem muitas pistas. 
— wow wow wow!! - Lissana afastou se e esbracejou. - Então anda ai um psicopata a oito meses a solto e ninguém diz nada a ninguém? 
— Parece que não queriam alarmar as pessoas. - A empregada encolheu os ombros e levantou-se. - Bem meninas, espero que tudo esteja bom para vocês e aproveitem a comida. - Ela mostrou um sorriso animado, que era irónico fase ao que ela tinha contado segundos antes. - Temo que tenha de encerrar a conversa e ir atender outros clientes. 
— Juvia agradece. - Falei sorrindo lhe de volta. 
—Puxa! Que isso? - Lissana olhou para mim ainda com o olhar assustado. - Agora é que vou usufruir do teu popo lindo até esse psicopata estiver preso. 
— Juvia concorda. Secalhar não é bom andarmos sozinhas nas ruas durante um tempo. - Lissana acenou para mim e começou a atacar a panqueca que estava pacientemente a espera de ser mordida. Lá ela se esqueceu da conversa aterrorizante e dos quilos que engordou também. 
Enquanto eu também começava a comer a minha oiço a mesma garçonete que nos atendeu a falar com duas meninas, uma loira bem mamalhuda, parecia uma personagem de anime sexualizada e a outra completamente divergente dela. Cabelos azuis semelhantes aos meus e muito baixinha. Pareciam o puxa e o estica.
— Bom dia menina Lucy, por aqui de novo? O que vai ser? - A empregada encaminhou as duas para uma mesa que ficava mesmo atras de Lissana. 
Elas as duas sentaram se e pouco falaram. Estavam cabisbaixas e pareciam exaustas. Tinham olheiras que marcavam os seus rostos e os olhares pareciam vazios. Reparei que a loira tinha alguns arranhões e as mãos manchadas com feridas e sujeira. Andaram a luta com um cão? 

No decorrer das aulas acabei por me separar de Lissana pois ela pertencia a outra turma e eu passava os meus dias com Gajeel. Ele nunca prestava atenção a matéria dada, estava lá porque dizia que o pai lhe obrigou a tirar um curso e ele achou letras fácil. Na verdade tudo o que ele mais queria fazer era ser guitarrista e prosseguir uma carreira de músico, embora eu já o tenha dito centenas de vezes que ele não possui voz para tal.
— Olha, olha o miúdo Juvia.

— Gajeel estendeu me o telemóvel no meio do escuro de uma palestra onde se via no pequeno ecrã um vídeo de um menino gordinho a escorregar pela escada abaixo. - Puto, parece um donut a rebolar escada abaixo. - O matulão continha uma risada forte e insistia que eu visse o vídeo. 

Gajeel era o meu amigo mais alto e mais assustador. Tinha cara de poucos amigos e todos respeitavam, pois ele tinha uma figura muito impotente. Era muito forte, parecia que malhava no ginásio toda a hora mas não, parecia ser algo genético. Acredito que um dia Gajeel não terá um pedacinho de pele a vista pois tinha de estar recheado de piercing´s. Para combinar tinha o cabelo negro e muito comprido. 
Gostava muito dele, ele era bastante protetor comigo mas por vezes sentia uma péssima vibe vinda dele, que mais uma vez não sabia explicar porquê. Havia algo de errado com ele, isso eu tinha a certeza. As vezes Gajeel desaparecia por semanas, houve uma vez que despareceu durante um mês inteiro. Pensava que já se encontrava morto numa valeta qualquer e eu Lissana quando já planeávamos o funeral dele surge numa manha de escola como se nada fosse, sem nos dar uma explicação. Disse apenas "assuntos familiares". As vezes suspeitava que ele pertencia a alguma espécie de mafia ou gangue.
Ele ainda ria se do vídeo e continha se no lugar dele para não mandar uma gargalhada muito alta.
— Opa Juvia vou-te mandar o vídeo para o messeger para veres mais tarde. 
— Juvia não precisa. - Revirei os olhos e tentei tomar atenção ao professor de alemão que passava slides sobre literatura e musica alemã. A nossa sorte é que nos sentávamos na última fila e o professor velho como era nem nos notava. - né.. Gajeel.
Ele sem tirar os olhos da tela acenou para eu falar. – Sobes-te da rapariga que morreu esta madrugada?
Gajeel congelou nesse mesmo momento. A sua feição animada e divertida foi mudando gradualmente para uma seria e fria. Ele bloqueou o telemóvel e guardou no bolso das calças. - Que tem?
— Que tem? Não te preocupa que ande ai um psicopata a solta? - sussurrei, alarmada.
— Não exagera. - Ele abriu o caderno pela primeira vez nesse dia e começou a rabiscar alguma coisa nele.
— Não exagera? Não vieste as fotos? 
— Todo o mundo viu as fotos.. 
— Então mas o que achas que terá acontecido?
Ele não respondeu e decidiu manter se em silêncio. Já algum tempo que não o via tao tenso, mas não pode questionar o motivo de ele estar assim pois a aula foi interrompida por um sujeito que entrou no auditório sem sequer bater na porta.
— Bom dia. - O rapaz falou em alto e bom som para a turma e para professor. Ele dirigiu se ao interruptor e acendeu a luz. 
— Mas quem pensa que é para interromper a minha aula?
— Perdão mas é uma urgente.
Gajeel quase que deu um pulo da cadeira e arregalou os olhos. - Foda-se, só me faltava esta. - Ele murmurou baixo.
Quando prestei melhor atenção vi quem era o rapaz especado na frente do auditório. Era ele o do comboio, do sonho. Ele vestia uma camisa branca e uma calça preta e como do outras vezes o cabelo estava todo emaranhado. - Aparece, aparece gajeel. - Ele pronunciou, procurando o matulão pela multidão da turma nas cadeiras. A voz dele era profunda e grossa. Espero acrescentar este pequeno detalhe depois aos meus sonhos.
— Gajeel? - Virei me confusa. - Conheces?
— Infelizmente. - Ele falou levantando se lentamente. 
— Ai estas tu. - Ele esticou o braço e apontou para o meu amigo. - Temos que falar.
Gajeel começou a descer as escadas relutante com a situação. O professor começou a reclamar que o que havia de resolver podia ser depois da aula e que nunca conheceu um rapaz com tanta pouca vergonha. Gajeel estava ferrado agora em sair a meio da palestra de uma das cadeiras que quase estava para chumbar. Mas os dois rapazes ignoraram o nervosismo do velho e saíram da sala sem demoras. 
O velho do homem repreendeu nos que não aceitava situações como aquela nas suas aulas e apagou a luz continuando com a aula, ainda emburrado com o sucedido.
Passaram se então 10 minutos e eu já estava a correr me por dentro. Queria saber o que se passava e principalmente quem era o moreno dos meus sonhos. Decidi então mandar uma mensagem.

"Está tudo bem?"

Que não obteve resposta alguma. Passou se mais 5 minutos e eu não me contive. Levantei o braço e chamei pelo professor. - Desculpe. Juvia pode ir a casa de banho?
— Claro. Sem demoras. - O professor concebeu passagem para que eu satisfizesse a minha curiosidade e eu sai do auditório e procurei Gajeel pelos corredores da faculdade até encontra lo numa esquina com o moreno e uma ruiva de cabelos longos. O clima estava muito estranho entre eles os três e fiquei escondida entre o virar da esquina a cuca da conversa.
— Que palhaçada foi aquela? - O moreno estava muito próximo a Gajeel fazendo lhe frente a frente com o peito. - Onde estavas ontem quando precisamos?
— Baixa a bolinha oh Calippo. - Gajeel era muito mais alto que o moreno e olhava-o como se fosse um pequeno inseto. - Não tenho culpa que vocês não consigam nem sequer proteger uma menininha. 
— Uma menininha? Por causa do teu descuido perdemos uma vida. - A ruiva pronunciou distante dos dois, com um olhar apreensivo. - Estávamos a contar contigo.
— Não vos devo porra nenhuma. Ponto. - Gajeel estava pronto para abandonar o local mas foi impedido pelo moreno que agarrou lhe pelo pescoço e empurrou o contra a parede. - Larga. - Gajeel falou com uma voz alterada, olhando nos olhos o outro.
— Bem que o Natsu avisou que não devíamos confiar em bastardos como tu. - Ele apertou mais a garganta de Gajeel e um fumo gelado começou a emanar da sua mão.
A ruiva tocou no ombro do moreno apreensivo - Gray aqui não. 
 Gajeel continuava imóvel. - Eu não vou repetir. Larga. 
— Se não o quê? - O moreno aproximou se tanto que aposto que poderiam sentir o bafo um do outro. - O quê que um demonio´zinho como tu vai fazer a nós dois? - Foi ai que eu comecei a duvidar da minha saúde mental pois a garganta de Gajeel começou a gelar e os seus olhos tornaram se negros, demasiado negros para ser humanamente possível. Parecia que as veias ao redor das pupilas estavam a escurecer e eu não me contive e mandei um gritinho. Nesse momento a minha boca foi tapada por uma mão pequena e suave. - Não vale gritar. - A menina de cabelos azuis que vi no café estava atras de mim e sorria-me. - É muito feio escutar conversas de outras pessoas sábias?  
— d-d-desculpe. Juvia.. j-juvia-a nao q-q-queria. - oh meu deus estava a ter uma das crises de falas em que começo a gaguejar. 
Ela piscou me o olho e virou a esquina deparado se com os três que já se tinham recomposto. - Rapazes, Erza. Para quê tanta confusão. 
Gajeel e o moreno olharam se ainda tensos. Eu observei o matulão para checar se o que tinha visto era mesmo real. 
— Juvia o que fazes aqui?  - ele olhou-me irritado. Tinha os punhos cerrados e os ombros tensos. - Não devias estar aqui. - Ele moveu se ate mim rapidamente e agarrou me pelo pulso, puxando me para junto dele. 
— Pois.. - A pequena azulada olhou me enfadada de alto abaixo e depois olhou nos olhos de Gajeel. 
— Não penses coisas erradas, baixinha. - Gajeel falou rispidamente. - Controla mais os teus amigos. 
A ruiva aproximou se de nós. - Ainda não terminamos. Precisamos de resolver isto o quanto antes. 
Gajeel olhou me de lado. - Outra altura. 
Levy cruzou os braços emburrando a cara. Parecia estar com ciúmes e nem por um segundo eu percebia como era possível que numa situação tão louca como aquela que eu tinha presenciado dava para ter ciúmes.
— Vamos. - Gajeel puxou para longe daquele bando e encaminham nos para a esplanada do bar que se situava num dos jardins interiores do estabelecimento. 
Quando ele parou de andar ele olhou para mim e respirou profundamente, inspirando todo o ar que havia para puder encher os pulmões. Depois expirou tudo e colocou os braços na cintura. - Não vamos nunca comentar o que se passou, ok?
Eu estava num estado de choque que apenas acenei com a cabeça e mantive o meu olhar nos meus pés. Apenas levantei um pouco o olhar para observar a garganta do matulão que estava intacta. Ele viu que o analisava e aproximou-se de mim, colocando uma mão na minha bochecha fria. – Ai, cara é essa retardada?

— N-n-nada. – Acenei e voltei a olhar para o chão atordoada. Percebi depois que já estava um bom tempo sem respirar corretamente a algum tempo e Gajeel levou me de novo para a palestra. Quando olhei para o fundo do corredor que dava para ver a porta de saída da faculdade, avistei os dois que estavam já de saída e a baixinha azul que nos olhava curiosa ou raivosa?


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Notas finais do capítulo

tenho quase prontinho o próximo capitulo. cometem com amor e se houver erros digam please!



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