30 Day OTP Challenge escrita por Sue2011


Capítulo 27
Capítulo 27 - O Melhor Aniversário de Todos os Tempos


Notas iniciais do capítulo

Dia 27 - On one of their birthdays
Gênero: Comédia, Aventura, Romance
Breve Descrição: Aquele em que Rosalie planeja um dia especial em família para comemorar o aniversário de Emmett só que o Universo parece conspirar contra.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/764068/chapter/27

 Rosalie estava sentada diante da ilha que separava a cozinha espaçosa da sala de visitas. Os dedos tamborilavam nervosamente sobre o mármore do tampo enquanto observava sua sogra se mover de um lado para o outro na cozinha bem equipada da casa dos Cullen. Era domingo, o que significava que era dia de reunir a família para almoçarem todos juntos, a cada fim de semana se reuniam numa casa diferente, juntavam as crianças e passavam um tempo agradável em família.

Naquele dia era a vez de Esme recepciona-los e ela odiava que se metessem em sua cozinha quando estava cozinho por isso Rosalie nem se atrevia a encostar em nada, já tinha perguntando se poderia ajudar com alguma coisa recebendo como resposta um enfático não seguido de “ Estou velha, Rosalie, não me tornei uma incapaz, agora mantenha suas mãos para si mocinha. ”

A loira apenas tinha revirado os olhos e sentado na cadeira ficando fora do caminho da sogra, já estava acostumada com os dramas de Esme que no auge de seus cinquenta e cinco anos dificilmente poderia ser considerada uma velha tanto em idade quanto em espírito. Emmett, seu marido, estava no quintal junto com o pai, Carlisle e os dois irmãos Edward e Jasper tentando fazer o carvão pegar para que eles pudessem realizar o churrasco. Alice e Isabella, suas concunhadas e amigas mais próximas unidas através daquele laço familiar estavam na piscina olhando as crianças.

— E então? Vai me dizer o que está te perturbando ou vai continuar aí com esse olhar perdido e carinha de cachorro que caiu da mudança? - Perguntou Esme lavando algumas folhas para montar uma salada verde que serviria de acompanhamento. Rosalie suspirou encarando a mulher, era impossível enganar sua sogra por isso ela nem tentava.

—Você sempre sabe todas as coisas? - Perguntou cruzando os braços e fingindo indignação com um biquinho de menina mimada que lhe rendeu uma sonora gargalhada vindo da mais velha. Por fim Esme deu de ombros.

— Quando ficar mais experiente e tiver seus filhos vai ver que é fácil perceber que tem algo incomodando alguma das suas crianças. Mas por enquanto vamos dizer apenas que sim, eu sempre sei todas as coisas, é um dom.- Piscou matreira montando as folhas numa travessa acrescentando outros legumes e verduras no processo.

Finalizada a tarefa, a matrona enxugou as mãos num pano de prato e verificou o cozimento das batatas que usaria para montar sua tradicional maionese de batata, depois de perceber que ainda demoraria um pouco para que elas chegassem no ponto certo, Esme retirou dois copos de vidro do armário e foi até a geladeira procurando algo.

—Vinho? – Questionou olhando a nora, recebendo um sinal negativo em resposta.

— Hoje é a minha vez de dirigir de volta para casa, Emmett não parava de falar nisso, que ia beber até cair e eu lhe disse que gostaria de vê-lo tentar algo assim na sua frente. – Ela riu e a sogra a acompanhou.

— Limonada então, está deliciosamente gelada. – Comentou pegando uma jarra com o líquido meio turvo, estava tão gelada que o suor escorria pelo vidro e molhou o tampo da bancada quando Esme o depositou a frente de Rosalie e em seguida encheu dois copos. Se acomodou de frente para nora e então exigiu.

— Muito bem, pode começar a falar. Aconteceu alguma coisa entre você e o Emmett? Ele te chateou?

Rosalie bebeu um gole da sua limonada desfrutando do sabor adocicado e sorriu agradecendo aos céus pela sogra maravilhosa que tinha.

— Quem garante que não fui eu quem chateou ele? – Rosalie perguntou de brincadeira e Esme fez um gesto com as mãos indicando que aquilo não tinha muito sentido.

— Eu conheço os filhos que tenho. – A loira balançou a cabeça negativamente e resolveu falar de uma vez e parar com aquele mistério até porque não era nada naquele sentido.

— Não, não é isso. Estamos ótimos, realmente, claro que vez ou outra brigamos e nos desentendemos como todo casal, mas não é isso. É só que como você sabe o aniversário do Emmett está chegando e eu gostaria de fazer uma coisa especial, sabe, ele está completando trinta anos e você sabe o que dizem: trinta é a idade do sucesso, gostaria de fazer algo que marcasse de verdade. Mas ele não me dá nenhuma pista. Sempre que toco no assunto ele diz que qualquer coisa que fizermos estará ótimo para ele. – Rosalie bufou irritada.

— Isso realmente soa como algo que Emmett diria, sabe eu nunca vi uma pessoa que leva a vida de um jeito tão fácil e se adapta a qualquer coisa. Emmett nunca se importou se tínhamos muito ou se estávamos numa fase econômica particularmente difícil, desde que estivéssemos juntos ele ficava feliz. Para ele tanto fazia ir ao cinema e comprar pipoca e doces ou assistir um filme juntos no sofá de casa. - Esme falou com orgulho, os olhos brilhando como uma boa mamãe coruja e Rosalie bebeu mais de sua limonada para evitar rir da mulher que era como uma mãe para ela.

— É, realmente ele é muito fácil de agradar, só que desta vez isso está tornando meu trabalho particularmente difícil, ele merece algo realmente bom, algo que ele vá se lembrar pelo resto de nossas vidas. – Rosalie deixou que seu tom de voz soasse grandioso fazendo gestos com as mãos como se estivesse planejando algo astronômico.

— Hum....- Esme pareceu pensar por um instante e então suas feições se iluminaram. – Eu acho que eu tive uma ideia.

— Sou todo ouvidos. - Rosalie disse esfregando as mãos uma na outra.

X

— Rosalie, você é uma péssima guia. É sério eu acho bom essa surpresa valer muito a pena porque....

— Shii, para de reclamar, Emmett. Eu já pedi desculpas por ter te deixado bater o dedinho na quina do sofá, esbarrar na mesa de centro e cair na escada, agora deixa de drama que vai valer a pena.

Era a manhã do aniversário de Emmett, um perfeito e ensolarado sábado em que eles estavam de folga. Rosalie tinha preparado um bolo de caneca com cobertura de chocolate e colocado algumas velas sobre ele, fez uma linda bandeja de café da manhã e então acordou o marido com beijos suaves, cantou parabéns para ele tomaram o desjejum juntos com Emmett lhe dizendo que tinha adorado a surpresa. Ele não fazia ideia de que ainda havia muito mais.

Depois de fazerem amor sob o chuveiro Rosalie tinha lhe confidenciado que aquela ainda não era a sua surpresa, que ela tinha planejado algo muito melhor para comemorarem a data. Cobriu os olhos de Emmett com uma venda mesmo que ele protestasse veementemente afirmando que manteria os olhos fechados, Rosalie não acreditou, conhecia Emmett por tempo suficiente para saber que ele era um curioso e não resistiria a tentação. Então guiou o marido até o lado de fora da casa.

Apesar do sol, um vento frio soprava do lado de fora e Emmett esfregou os braços que se arrepiaram, não fazia ideia do que Rosalie estava planejando, mas tinha certeza que seria uma surpresa e tanto. Sua esposa  não era conhecida por sua organização, planejamento  e super controle à toa.

— Você está pronto? – A loira perguntou e então soltou a venda que impedia sua visão. Emmett retirou o tecido da frente dos olhos e piscou aturdido com o grito de “ Surpresa” que ouviu e principalmente com a visão de toda sua família a frente de uma van usando camisas xadrez de flanela, calças jeans e botas.

— Mas... O que significa isso? – Emmett perguntou rindo, se algum dia alguém dissesse que ele veria sua mãe vestida no melhor estilo country ele diria que a pessoa estava louca.

— Isso, meu amor significa que nós vamos fazer uma pequena viagem em família para comemorar o seu aniversário. Nós iremos para a fazenda do seu tio Eleazar e da sua tia Carmem e lá nos vamos rever suas primas, fazer um piquenique, cavalgar e tomar banho de rio. E quando a noite chegar nós vamos assar marshmallows na fogueira, e cantar parabéns para o melhor marido do mundo. Como vocês faziam na infância. – Os olhos de Rosalie correram por seu rosto testando sua reação, havia tanta expectativa e insegurança nos olhos dela que Emmett não conseguiu fazer outra coisa a não ser puxá-la para si e esmaga-la em seus braços enquanto beijava seu rosto repetindo “obrigado” dezenas de vezes.

— Essa foi a melhor surpresa de todas. Eu amo você. – Ele riu e Rosalie corou.

— Eu não pensei nisso sozinha, na verdade a ideia foi da sua mãe. – A loira indicou Esme que sorriu encabulada.

— Bobagem, foi apenas uma sugestão, Rosalie que organizou tudo. – Disse a mais velha se aproximando e abraçando o filho desejando um feliz aniversário e fazendo outros bons votos.

—É, está tudo muito bom, está tudo muito bem, mas a gente tem que sair agora. - Edward os apressou olhando o relógio. – São pelo menos três horas de viagem daqui até a fazendo do tio Eleazar e se não sairmos agora vamos chegar depois do almoço.

Sem mais delongas a família entrou na pequena van que Edward tinha pego emprestada com um amigo do pai de Bella.

X

— O velho McDonalds tinha um sítio.... – Emmett cantou com sua voz desafinada dentro do carro.

— Ia, ia ô. – Completaram Renesmee, Bree e Jacob batendo palminhas animadas.  As duas garotinhas eram suas sobrinhas e o garoto era um vizinho da Bella e melhor amigo de Renesmee, Jacob estava sempre envolvido com os Cullen e já era da família.  

— Nós podíamos estar ouvindo rock, blue, jazz ou qualquer outra coisa como adultos normais fazem durante uma viagem longa, mas não, temos que ouvir a voz desafinada de Emmett cantando todas as benditas canções infantis que ouvimos todos os dias em nossa casa. – Alice resmungou inconformada arrancando uma risada de Rosalie que deu tapinhas em sua mão consolando-a.

— Pelo menos ele escolheu as menos irritantes. – Bella disse bem-humorada balançando o corpo no ritmo da música.

Emmett ocupava o último banco ao lado das sobrinhas, no banco da frente estavam Esme e Carlisle , a frente deles Rosalie, Isabella e Alice. Ocupando o assento do motorista estava Edward e ao seu lado como copiloto checando o GPS de tempos em tempos estava Jasper.

— Eu odeio essas estradas esburacadas. – Reclamou Edward guiando o carro para um lado fazendo todos saltarem nos bancos quando o pneu afundou num buraco do tamanho de uma mini cratera embora fosse pouco profundo para sorte deles. Estavam na metade do percurso e agora era a pior parte pois pegavam vias secundárias onde quase não se via ninguém transitando, as casas eram espaçadas, e o terreno muito mais austero.

— Você reclama de mais Edward, vai ter rugas antes dos trinta desse jeito, deveria seguir meu exemplo pra chegar ao auge do sucesso bonitão como eu. – Emmett interrompeu a cantoria para provocar o irmão que levantou a mão pronto para lhe ofertar o dedo do meio.

— Edward! – Esme repreendeu. – Tem crianças aqui.

— Ah! Papai ia fazer gesto feio, ele ia fazer mesmo. – Renesmee disse colocando as duas mãos sobre as bochechas e abrindo a boca num “O” horrorizado.

— Não ia não, querida. – Emmett confortou a pequena dando um beijinho em seus cabelos. - Se não a sua mamãe ia castigar ele.

— É verdade, - Bree concordou se intrometendo. – Quando o papai faz coisa feia a mamãe bota ele para dormir na sala a semana inteirinha.

— Bree. – Chiou Alice corando ao ter a intimidade exposta. A família inteira riu, mas Jasper apenas deu de ombros como se fizesse pouco caso.

— La na minha casa quando meus papais brigam a mamãe não acorda o papai para ir para o trabalho e ele toda vez perde a hora, aí ele sempre aparece com flores e uma caixinha com os melhores chocolates que eu já comi na vida. Eu não gosto quando eles brigam, mas eu adoro comer os chocolates. – Jacob disse animadamente arrancando ainda mais gargalhadas deles. Nada como a inocência infantil para completar uma viagem de três horas.

Seguiram viagem por mais um tempo e Carlisle começou a brincar de “ O que é, o que é” para distrair as crianças, depois de cansarem da brincadeira voltaram a cantar mais algumas músicas e até os adultos se renderam cantando juntos num clima de descontração quebrado subitamente pela voz séria de Jasper após passarem numa bifurcação.

—Hum...Edward eu acho que você pegou o caminho errado. - O motorista revirou os olhos.

— Jasper, eu sei o caminho para a casa do Tio Eleazar.

— Mas não é esse a rota que o GPS está mostrando. – Jasper pegou o aparelho mostrando que falava a verdade. Edward encarou o irmão desviando o olhar da estrada e fez um gesto indicando que aquilo não tinha importância.

— Todo mundo sabe que não se deve confiar 100% no GPS ele mostra os caminhos mais bizarros possíveis e...

— Aaaaaaaaa! – O grito foi dado em conjunto por todos os membros da família Cullen que apontavam a placa de PARE no meio da estrada, Edward demorou para se tocar e apertar o freio e então eles atropelaram a placa passando por uma série de buracos horrorosos.

Emmett e companhia sacolejaram de um lado para o outro batendo a cabeça na estrutura de metal soltando imprecações de dor e xingamentos, ninguém parecia estar achando a experiência divertida exceto pelas crianças que gritavam animadamente. O carro só parou quando um estouro foi ouvido indicando que o pneu tinha furado.

— Estão todos bem? – Questionou Carlisle com voz preocupada. Resmungos de sim foram ouvidos.

— Eu disse que você tinha pego o caminho errado.

— Cala a boca, Jasper.

X

— É, não tem estepe. – Emmett disse fechando a mala da van e batendo as mãos para se livrar da poeira.

— Como assim não tem estepe? – Rosalie perguntou preocupada. Estavam no meio do nada, na beira de uma estrada interditada com um pneu furado e três crianças pequenas.

— Não tendo, ursinha. O estepe está furado o que me faz imaginar que um desses pneus que estávamos usando já era o estepe e alguém esqueceu de substituir. – Ele deu de ombros e passou a mão pelos cabelos.

— Edward, você não viu se o carro estava com estepe? – Perguntou Bella batendo o pé irritada. O homem de cabelos acobreados engoliu em seco.

— Eu não, achei que estava tudo certo, eu estava com pressa então só peguei o carro com o amigo do seu pai e vim embora.

— Eu nem consigo acreditar. – Disse Alice. – Estamos em lugar nenhum sem um estepe, podemos ser roubados, sequestrados, ou pior ! Podem tirar nossos órgãos e vender no mercado negro com a gente ainda vivo.- Se houvesse um adjetivo para descrever Alice com certeza seria dramática.

— Ei, ei, ei, sem pânico, okay? Vamos dar um jeito nisso. Vocês estão se comportando pior do que as crianças. – Esme revirou os olhos para a infantilidade dos filhos. Carlisle tinha se afastado um pouco tentando conseguir área no telefone para ligar para Eleazar, mas acabou voltando com uma expressão frustrada.

— Não adianta, aqui não tem área. – Ele falou derrotado.

Ficaram todos em silêncio observando a van como se apenas com a força do seu pensamento ela pudesse voltar a se mover a despeito do pneu furado.

— Muito bem, a gente não pode ficar aqui esperando um milagre. – Emmett disse. – Vamos empurrar a van de volta até a bifurcação, é mais chance de conseguirmos ajuda por lá, alguém deve pegar aquela segunda via. Deve ter alguma casa por perto também e aí a gente tenta conseguir um pneu reserva ou pelo menos um telefone para falar com o tio Eleazar.

Os familiares murmuraram em concordância e alguns minutos depois eles haviam retirado as malas do carro deixando-o mais leve e estavam empurrando estrada acima. Alice, Rosalie, Isabella,Esme e as crianças ficaram responsáveis por carregar as malas enquanto Carlisle, Edward , Jasper e Emmett colocavam força para levar o carro até o ponto que desejavam. Demorou pelo menos trinta minutos para eles conseguirem a proeza de mover o veículo até a bifurcação.

Quando chegaram lá estavam todos exaustos e suados, o sol agora estava ainda mais forte indicando que estavam perto do meia dia.

— Eu tô com fome. - Reclamou Bree apertando a barriga com os dedos gorduchinhos.

—É, eu também tô. – Concordou Renesmee fazendo um bico emburrado.

— Vamos fazer um lanche e depois decidimos o próximo passo. – Decidiu Esme abrindo uma enorme bolsa que carregada e retirando de lá sanduiches enrolados em papel alumínio e garrafas térmicas com água gelada.

— Ebaaa. – Comemoraram as crianças e secretamente os adultos comemoraram assim como elas.

Depois do lanche Renesmee, Bree e Jacob ficaram brincando dentro do carro protegidos do sol enquanto os adultos resolviam a situação.

— Eu vou pegar aquela estrada e vê se encontro um telefone ou alguém que tenha um pneu extra.- Edward disse indicando o caminho que deveriam seguir posteriormente para chegar na casa do tio.

— Eu vou com você. – Jasper se ofereceu e eles se afastaram.

Emmett estalou os dedos.

— Eu vou ver se pode ter algum pneu sobressalente debaixo dos bancos, nem todo mundo guarda o estepe na mala. – Ele disse.

— E só agora você pensa nisso? – Rosalie revirou os olhos, mas não quis brigar afinal ainda era aniversário do marido.

Emmett ignorou o que ela disse e entrou na van, tão logo fez isso Jacob bateu a porta o assustando.

— Cuidado para não se machucar garotão.

— Pode deixar, tio Emmett. – Ele disse indo para o banco da frente onde Renesmee e Bree fingiam dirigir e apitar a buzina.

Emmett se abaixou no espaço entre o penúltimo e o último banco enfiando a cabeça lá e tateando meio às cegas.

— Tio Emmett, o que acontece se a gente girar essa chave aqui? - Perguntou Bree apontando para a chave do carro que pendia no painel.

—  O carro liga, Bree. – Ele disse sem dar muita importância a pergunta.

— E se eu empurrar essa coisa aqui? – Bree voltou a perguntar apontando para o câmbio.

— Ele junto com o pedal ali embaixo fazem o carro andar. Por que vocês não veem aqui ajudar o tio, hein? – Emmett perguntou levantando a cabeça e batendo no banco ainda de costas para os três pirralhos. – Merda.

As crianças trocaram um olhar cúmplice e a próxima coisa que Emmett teve consciência foi que o carro tinha se movido e ele estava caído de bunda no chão.

— Mas o que danado é isso? – Ele perguntou e quando olhou para trás viu Bree girando a chave no painel e Renesmee pisando nos pedais enquanto Jacob moveu o câmbio para o lado e girou a direção. – Saiam já daí e...

Ele avisou tarde demais, o motor rugiu para a vida e a van se moveu na direção da segunda estrada da bifurcação que infelizmente era uma ladeira. Os quatro gritaram, Emmett de pavor e as crianças de total excitação. O mais velho ainda pode ouvir os gritos assustados da sua família que observavam impotentes o carro descer ladeira a baixo. Emmett se pôs de pé e foi jogado para a frente quase batendo a cara no vidro, não fosse ter usado suas mãos para se proteger, viu quando eles ultrapassaram Edward e Jasper que seguiam aquele caminho e nada puderam fazer a não ser olhar embasbacados a van seguir cada vez mais desgovernada.

— Ah meu Deus! – Emmett gritou e quando finalmente conseguiu sentar na cadeira tirando os pirralhos dela e apertar o freio já era tarde demais. Eles ultrapassaram uma cerca de madeira branca  e arame farpado invadindo o terreno de uma pequena chácara. Acabaram parando numa horta de repolhos quando os pneus afundaram na areia.

— Show! – Gritou Jacob.

Emmett arfava.

Edward e Jasper chegaram alguns segundos depois e por fim o restante da família. Emmett desceu do carro e retirou as crianças que foram logo tomadas e reviradas pelos pais para se certifica de que estavam todas bem.

Naquele momento a porta de uma casinha foi aberta e de lá saiu um adolescente magricelo usando um chapéu de palha e macacão. Mascava um pedaço de feno na boca que foi imediatamente cuspido quando ele os encarou, seus olhos se arregalando automaticamente com a cena.

— Ô mãe! Vem cá, tem uns povo estranho querendo roubar nossos repolhos! – Ele gritou.

— Não, nós não....- Tentou explicar Carlisle mas foi calado quando uma velha usando um vestido de bolinhas saiu da casa segurando uma escopeta e apontando na direção deles .

— Ninguém vai roubar os meus repolhos! – Ela disse.

— Vovó Guntie...- O menino começou recebendo um puxão de orelha.

— Quieto, filhote, sua mãe tá ligando para o xerife.

Rosalie gemeu cobrindo os olhos com as mãos com vontade de chorar, só queria um dia divertido na fazenda.

Quatro horas depois eles finalmente chegavam na Fazenda Denali levados por carros de polícia. Tinha sido uma confusão na delegacia até eles finalmente conseguirem explicar o que tinha acontecido e contarem que estavam a caminho da casa dos Denali, que por sinal eram amigos do xerife e muito estimados por aquelas bandas. Assim eles conseguiram uma carona enquanto a van foi levada para a oficina onde seria consertada e levada no dia seguinte para que eles pudessem retornar para casa.

 Foram recepcionados por uma preocupada tia Carmem.

— Vocês demoraram, pensei que viriam para o almoço e vocês me chegam praticamente de noite? - Ela disse abraçando um por um se demorando um pouco mais em Emmett que retribuiu o gesto.

— Tivemos alguns percalços no caminho, mas agora estamos aqui. Então vamos acender essas fogueiras que a festa vai começar. – Rosalie disse determinada a salvar o resto do seu planejamento.

E naquele momento uma tempestade caiu.

X

— Ei, por que você está sozinha aqui no frio? – Emmett perguntou entregando um pedaço de bolo para a esposa. A loira estava encostada numa pilastra na varanda afastada dos demais familiares que assavam marshmallows em grelhas e dançavam ao som de violas no espaço da sala, a chuva caia impiedosa do lado de fora.

Haviam cantado parabéns no interior da casa e após aquilo Rosalie tinha se afastado dos demais. Ela suspirou.

— Me desculpe por hoje. Eu só queria que o seu aniversário fosse especial e deu tudo errado, eu planejei cada detalhe sabe e.... Ah, Emmett. Eu estraguei tudo não foi? – Ela fungou sentindo as lágrimas inundarem seus olhos. Emmett a abraçou.

— Você está brincando? Rosalie, esse foi o melhor aniversário de todos os tempos, eu não me lembro de já ter me divertido tanto antes. – Ele riu metendo o dedo no glace do bolo dela e provando a cobertura açucarada.

— Sério? – Ela perguntou em dúvida tentando decidir se ele falava sério ou se estava apenas tentando fazê-la se sentir melhor.

— Olhe para isso. – Ele apontou indicando os pais, tios, primos , irmãos que cantavam e dançavam e  os sobrinhos que corriam pela sala. – Eu estou com minha família inteira reunida, tenho minha esposa linda nos braços e provavelmente vivi a maior aventura da minha vida, tudo no mesmo dia. Se essa não for a definição de aniversário perfeito eu não sei mais o que é. Não importa onde ou como, Rose, se estivermos todos juntos é o suficiente para mim. – Ele declarou por fim.

— Eu amo você. – Ela respondeu apenas e o beijou. Pelo visto era mesmo fácil de agradar Emmett.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Auhahusuhashahsuh Gente, que meu pc deu pau de novo e eu pensei que ia perder tudo.
Ainda bem que não perdi
Capítulo de hoje bem levinho e fofo
Espero que tenham gostado
Beijos e até amanhã



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "30 Day OTP Challenge" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.