30 Day OTP Challenge escrita por Sue2011


Capítulo 23
Capítulo 23 - O Novo Mascote


Notas iniciais do capítulo

Dia 23 - Arguing
Gênero: Comédia, Fluffy
Breve Descrição: Aquele em que Emmett tenta convencer os Cullen a adotarem um cãozinho



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 Depois da “batalha” contra os Volturi as coisas seguiram seu ritmo natural em Forks para os Cullen, pelo menos tão natural quanto poderia ser a vida de um bando de vampiros fingindo ser pessoas normais e com um lobisomem a tiracolo, pois sim parecia que a residência dos Cullen tinha se tornado o lugar preferido de Jacob.

Tinham terminado o ensino médio e agora lhes restavam duas opções: ou se mudavam para outro lugar onde pudessem recomeçar tudo ou eles teriam que se inscrever em uma universidade e arranjar empregos, afinal era o que se esperava de jovens adultos.  A rotina até que era legal, Emmett tinha que admitir, especialmente por causa da presença de Renesmee, a híbrida enchia a casa de alegria com sua vivacidade infantil e tornava o lar dos Cullen ainda mais acolhedor, também havia Seth com sua felicidade adolescente bem atípica, diga-se de passagem, ele deveria ser o adolescente mais bem-humorado da face da terra e encontrou em Edward um bom amigo o que significava que ele passava muito tempo daquele lado da fronteira também.

A vida era boa, mas Emmett sentia-se entediado, gostaria de algo que desse um pouco de emoção a existência pacífica que estavam tendo, era a verdade que desde que Edward tinha se apaixonado por Bella eles não tinham tido muita paz e agora ele estava sentindo falta de toda aquela adrenalina que proteger Bella de James, treinar e lutar contra um grupo de recém-criados desgovernados e depois treinar com os clãs de nômades para lutar com os Volturi tinha deixado. Agora só havia tranquilidade de uma vida em família, que ele amava vale ressaltar, quebrada ocasionalmente quando eles iam caçar. Tinha pensado em se afastar por um tempo somente ele e sua ursinha, como costumavam fazer no passado, mas acabou desistindo da ideia, Rosalie não iria querer se afastar da sobrinha que representava seus mais profundos sonhos e com quem ela tinha uma ótima relação, além disso o sentimento de quase perda que experimentaram ainda era muito recente. Não era fácil para eles como seres imortais se verem ameaçados com o fim de suas existências.

Por isso Emmett seguiu o roteiro, vivendo um dia de cada vez, continuava treinando com Jasper, tendo noites de amor enlouquecedoras com Rosalie e brincando com Renesmee, porém sentia que podia fazer algo a mais para ocupar o seu tempo quando então teve aquela ideia genial. Passou dias remoendo como abordar o assunto que corria em sua mente, o único a se inteirar do assunto era Edward, por motivos óbvios de que Emmett não era muito bom em esconder seus pensamentos. Por fim decidiu que era uma boa ideia, agora só precisava convencer o resto da sua família a aceitar. Abordou o assunto com Rosalie no dia anterior aquele mas ela sequer o deixou terminar de falar vetando sua ideia dizendo que ele não tinha perfil e jeito para levar aquilo adiante.

A negativa apenas deu um gostinho de desafio que o impulsionou a seguir adiante. Pensou ele convencido.

— Boa sorte. – Edward disse rindo no quintal vendo Renesmee brincar com o enorme lobisomem castanho. O cheiro de Jacob já não os incomodava tanto quanto antes, se tornara até familiar.

Emmett estava na varanda do primeiro andar, revirou os olhos e cruzou os braços.

— Eu não preciso de sorte, isso é para quem não tem poder de persuasão. - Virou as costas e saiu. Sabia que a maioria dos parentes não iria criar caso com sua ideia, a mais problemática era Rosalie com certeza. A loira além de ser ciumenta também tinha uma tendência de ser do contra, Emmett tinha que admitir mas amava aquilo nela.

Teria que começar a trabalhar a ideia aos poucos.

Naquela mesma noite Emmett espalhou fotos de filhotes fofinhos pelo quarto deles dois: nas paredes, na cabeceira da cama, na porta do banheiro, nas janelas, para todo lugar em que se olhasse era possível ver beagles, poodles, chihuahua, puggles, buldogues, cachorrinhos sem raça definida, corgis, huskys e pitbulls.

— Mas..... Emmett, o que raios é isso? – Rosalie perguntou irritada, tudo o que não esperava após voltar de uma caçada com Alice e Jasper era se deparar com seu quarto infestado de papel. Encarou o marido que estava confortavelmente deitado sobre a cama com uma postura relaxada, como se não se desse conta de que ela estava prestes a mata-lo.  

— Você sabia que estudos mostram que cães são animais muito empáticos tendo mais tendência de se aproximarem de pessoas tristes que estejam passando por algum sofrimento ou dor? Seja ela física, psicológica ou emocional? E que graças ao seu olfato aguçado eles têm uma precisão de 70 a 99% de identificarem câncer de pulmão em pacientes quando estão por perto? Além disso uma pesquisa recente mostra que bebês que tem cachorros são mais saudáveis do que aqueles que não tem.  Agora me diz, porque nós não deveríamos ter um animalzinho lindo desses? É a chance de tornar a Nessie ainda mais saudável e ter o nosso próprio detector de câncer. Ninguém é capaz de resistir. – Ele declarou sorrindo satisfeito tendo certeza de que Rosalie não teria como refutar seus brilhantes argumentos.

Se ainda houvesse sangue correndo em seu corpo Rosalie teria certeza que estaria vermelha de raiva àquela altura, esticou o braço em direção a porta puxando uma foto de um filhote de pastor alemão arrancando algumas lascas de madeira.

— Emmett,  nós não vamos ter um cachorro, esqueça essa ideia ridícula. Em primeiro lugar não tem ninguém triste aqui e se tiver usamos o Jasper para consertar.  Em segundo lugar nós somos vampiros, nunca teremos câncer! E em terceiro lugar a Nessie não é um bebê e ela já tem aquele sarnento do Jacob para fazer esse papel.- Ela o fuzilou com seu olhar dourado e caminhou com passos duros até o banheiro fazendo com que as botas afundassem no piso fazendo barulho. – Eu vou tomar um banho agora e quando eu voltar, para o seu próprio bem eu não quero ver nenhuma dessas fotos no meu quarto, ouviu bem? – Bateu a porta do banheiro fazendo as paredes estremecerem. Do lugar onde estava, Emmett conseguiu ouvir a risada debochada de Edward.

— Cale a boca. – Grunhiu. Teria que ser mais convincente em seus argumentos.

X

Na manhã seguinte Emmett preparou um banho de banheira para Rosalie com sais aromáticos que sabia serem os seus preferidos, colocou também espuma na banheira, ajudou a esposa a se despir e massageou seus ombros enquanto ela sentia a água acariciar seu corpo e desfrutava dos toques de seu marido. Rosalie se recostou na borda da banheira e gemeu.

— Hum... Isso é muito bom. Se for o seu pedido de desculpas por ontem considere-se devidamente perdoado. – Ela ronronou como uma gatinha muito satisfeita por receber carinho e Emmett percebeu que ela não ia gostar nada se tivesse noção de seus pensamentos naquele minuto. Teve que prender o riso e então se concentrar em sua tarefa.

— É relaxante, não é? Sabe o que mais é relaxante? Ter um cachorrinho de estimação. Cachorros diminuem o estresse no ambiente de trabalho e fora dele também, pessoas que brincam ou passam mais tempo com os cachorrinhos durante período de provas escolares ou da faculdade diminuem o estresse e alcançam resultados melhores. Se tivermos um cachorro de estimação estaremos não só diminuindo o estresse do Carlisle como garantindo que Nessie será a melhor aluna de sua turma da escola e da universidade! Nossa sobrinha será um prodígio e.... Rosalie porque você está me olhando assim?

Apesar dos reflexos rápidos ele não pode fazer nada quando a loira o puxou pela camisa do pijama o derrubando dentro da banheira espalhando água para todos os lados e em seguida lhe deu um soco no ombro

— Isso é por tentar me manipular. -. Rosalie se ergueu da banheira com toda sua glória dando a ele plena visão de seu corpo esbelto escorrendo água até que ela tomou uma toalha se enrolando nela. - Não vamos ter um cachorro, Emmett. Eles fazem bagunça, destroem os móveis e soltam pelo na casa. Além disso tem cheiro forte e de fedor por aqui já me basta o do Fido.  Carlisle é a pessoa menos estressada que eu conheço e a Nessie já é inteligente por si só.  Esqueça essa ideia estúpida.

E o deixou sozinho e molhado naquela banheira.

— Merda! – Emmett deu um soco na água levantando uma pequena onda que atingiu seu rosto. 

Nos dias que se seguiram Emmett abordou Rosalie em todos os lugares que conseguisse encontra-la: na garagem enquanto ela fazia a revisão de sua BMW M3, no supermercado enquanto faziam compras para Renesmee, a noite em seu quarto, na sala de jantar como ele fazia agora, enfim, em qualquer lugar.

— Já chega! – Ela gritou. – Eu não aguento ouvir mais uma palavra sobre isso. Leia meus lábios, não vamos ter um cachorro pulguento incensando a cada com fedor, bagunçando tudo, comendo meus sapatos, fazendo xixi e cocô em todo lugar. Isso não está em discussão. Aceite isso de uma vez. – Rosalie explodiu.

A paciência de Emmett foi para o espaço também.

— Bom, eu tentei fazer isso do jeito certo, mas você não me deixa outra escolha. - Ele levantou da mesa rapidamente se aproximando dela e estendendo a mão para o centro da mesa. - Eu não queria ter que apelar, Rosalie, tudo era para ter sido do jeito fácil, agora não tem mais volta.

Rosalie arregalou os olhos vendo o que ele planejava fazer.

— Não, Emmett! Por favor, não faça isso. Emmett! – Ela segurou seu braço, mas não tinha força para pará-lo e então...

Emmett bateu na sineta de metal que estava no centro da mesa.

— Eu invoco uma reunião de família! – Rosalie gemeu audivelmente.

X

A sala da casa dos Cullen era grande e espaçosa, mas naquele momento parecia um pouco apertada com a presença da família inteira. Havia seis vampiros, uma híbrida e um shifter de lobo não transformado.  Carlisle pigarreou antes de começar, ele era o líder do clã e, portanto, deveria presidir a reunião.

— Bem, estamos aqui reunidos nessa noite porque Emmett convocou uma reunião de família. Todos sabemos que ele deseja adotar um cãozinho de estimação e Rosalie tem sido veemente contra a ideia. Nós vivemos num país livre em que todos tem direito a voz e a decisão da maioria prevalece, por isso daremos dez minutos para cada um deles explanar seu ponto de vista sobre a situação e depois votaremos individualmente a respeito do cachorro e a decisão da maioria será acatada. Estamos de acordo?- Ele perguntou solenemente vendo os filhos, a esposa , a neta e Jacob assentirem. – Muito bem. Emmett e Rosalie vocês tem a palavra.

— Eu vou começar. – Rosalie disse cruzando as mãos à frente do corpo como se fosse uma especialista no assunto. - Como todos sabem, Emmett dentre todos nós é o mais irresponsável e...

—Protesto! – Gritou o moreno apontando um dedo acusador para ela.

— Você não pode protestar na minha hora de falar, Emmett, fica quieto. – Retrucou a loira revirando os olhos.

— A Rosalie está certa, querido. Deixe-a terminar de falar e na sua vez você pode se defender. – Esme concordou com a loira.

— Humpf. – Emmett se irritou e cruzou os braços.

Edward e Bella riram vendo o grandão fazer birra, era a cara de Emmett. Alice sorria já sabendo onde aquela história iria terminar e Jasper parecia apenas entediado.

— Continua tia Rose. – Pediu Renesmee batendo palmas sentada ao lado de Jacob.

— Claro, docinho. – Rosalie soltou um beijo para a sobrinha. – Como eu ia dizendo antes de ser interrompida bruscamente, - havia ressentimento em sua voz. - O Emmett não é responsável e também não é cuidadoso. Um animal como esse precisa de atenção, carinho e cuidados especiais, precisam ser alimentados, e de alguém com disponibilidade para sair para passear e brincar, além disso eles são seres muito sociáveis e necessitam de interação com outros cachorros.

— Eu acho que....

— Calado, que eu ainda não terminei. Tem também o fato de que eles fazem bagunça e adoecem o que dá muito trabalho e custa dinheiro. São animais que necessitam de estabilidade e como vivemos nos mudando não acho que seja o ambiente ideal para um filhote. E por último, mas não menos importante, não esqueçamos que é uma ideia do Emmett o que significa que tem 99,9% de chances de dar errado.

Emmett fechou a cara.

— E é isso. – Ela finalizou fazendo uma mesura como se estivesse pronta para receber os aplausos.

— Eu odeio dizer isso, mas a loira tem bons argumentos, grandão. – Jacob afirmou se espreguiçando no sofá.

— Posso falar agora? – Emmett o ignorou. Ele nem era da família!  Perguntou encarando Carlisle. O loiro fez que sim e Emmett inflou o peito de ar.

— Em primeiro lugar eu gostaria de dizer que sou muito responsável e cuidadoso. E já tenho muita experiência com animais, eu criava um peixe quando eu era humano. – Iniciou. – Agora falando do cãozinho propriamente dito: cães nos tornam mais responsáveis já que passamos a ter uma vida dependendo de nós, eles também melhoram o humor e levantam o astral de uma casa trazendo alegria e amor! Eles nos ensinam a dividir e ter respeito pelo próximo e a amar sem pedir nada em troca nos fazendo pessoas melhores!

Esme assentiu e colocou a mão sobre o coração muito cativada com a declaração profunda de Emmett.

— Eles trazem paz ao ambiente, ajudam a prevenir doenças, aliviam o estresse e fazem bem para autoestima, nos ajudam a exercitar a paciência como algumas pessoas aqui necessitam e muito. – Ele encarou a esposa deixando claro que estava se referindo a ela. – Eles também são ótimos animais de guarda e ajudam as crianças a fazerem amigos.

Enquanto Emmett continuava a falar Renesmee levantou do sofá passando por Jacob que a encarou sem entender.

— Onde você vai? - Ele perguntou em voz baixa.

— Eu já volto. - Ela respondeu saindo da sala em direção a porta dos fundos.

— Os cães ajudam os donos a praticarem mais exercícios físicos e auxiliam no combate de doenças como depressão, fibromialgia, transtorno do estresse pós-traumático. Dependendo da raça eles são pequenos e não ocupam muito espaço além do que podem ser adaptar as mudanças e por último mas não menos importante...

Naquele momento uma série de latidos foi ouvida e logo em seguida Renesmee entrou correndo na sala seguida por um filhote de labrador todo preto com olhos castanhos, o som da risada dela ecoou no cômodo enquanto o cachorrinho pulava tentando pegar a barra do seu vestido.

—Olha o que eu achei do lado de fora arranhando a porta dos fundos. – Ela disse acariciando a cabeça coberta de pelos. O cachorro latiu mais alto e se afastou indo para perto de Emmett cheirando seus pés e puxando a barra de sua calça.

— Thor! Era pra você esperar no porão até a reunião acabar! Como você escapou? – Emmett perguntou ficando ainda mais pálido se é que havia como. – Seu menino malvado, quem é o menino malvado do papai? É você sim. – Ele se abaixou pegando o filhote em mãos e usando uma voz semelhante a que as pessoas falavam com bebês. Ficou em silêncio quando percebeu que todos os pares de olhos do cômodo o encaravam. Ele pigarreou sorrindo amarelo e disse. – E por último, mas não menos importante: o filhote já está aqui! Pessoal, esse é o Thor Hale McCarty Cullen.

— Acho que isso encerra a questão não é? –  Bella disse por fim se levantando.

— Vamos ficar com ele então? – Renesmee perguntou e Carlisle assentiu.

— Isso! – Emmett e Nessie gritaram em uníssono e Rosalie percebeu que seu marido era um bobo.

Rosalie bufou, assistindo o bando de vampiros que era sua família cercar Emmett acariciando o filhotinho em seus braços, rindo e brincando como se aquele fosse o mais novo bebê da família. E pelo visto era. A loira balançou a cabeça negativamente e se aproximou imitando os demais, desistindo de reclamar ao ver o brilho de felicidade nos olhos de Emmett e da sobrinha que era como uma filha para ela.

Talvez aquela fosse uma boa ideia afinal de contas.


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Notas finais do capítulo

Aauhsauhsash Que capítulo mais fofinho ♥
Quem lê assim nem imagina que o pc deu pau e quase que eu perco metade do capítulo
Kkkkkkk
Mas ele já voltou ao normal e eu consegui terminar
Eita, faltam 7 dias agora
Deixe um comentário e faça uma autora feliz
Beijinhos e a gente se vê amanhã



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