50 Tons Depois do Felizes Para Sempre escrita por Carolina Muniz


Capítulo 15
13.


Notas iniciais do capítulo

To aqui ;)



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"Creio que o amor seja feito disto: liberdade. Todos os dias ter diante de si inúmeras alternativas, mas acabar fazendo sempre a mesma escolha. E eu o escolhia. Escolhi no passado, escolhia agora e escolheria no futuro."

 

• Capítulo 13 •

 

Um verdadeiro milagre. Era como todos chamavam sua filha.

O hospital não era uma coisa que Ana conseguia se acostumar, mas nos últimos três meses era o único lugar que ela ia - e ficava o dia inteiro. Ela passava mais tempo no Hospital Pediátrico de Seattle do que em sua própria casa. E podia dizer o mesmo sobre Christian. Teddy também ia lá, o garotinho com prestes a fazer dois anos não conseguia conter a animação quando era levado para ver a irmã.

Ana e Christian havia se aproximado significativamente, como se aqueles seis meses nunca tivessem existido. Não era como se eles tivessem tempo para conversar também, a atenção era toda da mais nova Grey - que a cada dia estava mais forte.

Ana não conseguiu conter a emoção quando pôde pegá-la pela primeira vez, depois que a pequena completara exatos trinta e sete dias. Não que ela pudesse pegá-la quando queria agora, mas era melhor do que nada.

Então, naquela sexta de março, no fumo da tarde de quarta, Ana estava sentada numa cadeira ao lado do berço num quarto especial de sua filha no Hospital Pediátrico de Seattle, admirando-a enquanto a mesma a encarava, segurando firme seu indicador. Os olhos agora se mostravam sua cor, duas lindas bolotinhas cinzentas e brilhantes. O cabelo ralo e claro lhe deixava com o rostinho mínimo moldurado e redondo.

Ana olhou o celular de relance, percebendo que havia recebido uma mensagem de Hannah, o pequeno Ben em seu era a única coisa que havia. Não era como se precisava de palavras mesmo.

— Hey, olha, amor, o seu amigo nasceu - Ana levantou o celular e virou para a filha. - Tudo bem que você é mais velha, mas são só alguns meses. Vocês podem ser mais do que amigos - a morena lhe piscou - algum dia. Ele é todo bonitão, não é?

— Quem é todo bonitão? - a voz de Christian entoou pela sala num tom baixo e curioso.

Ana se virou para o marido, vendo o mesmo com seu filho no colo que já abria um sorriso com seus dentinhos pequenos.

— O filho da Hannah - explicou ela, revirando os olhos em seguida.

Seria sempre ciumento.

O outro fechou a cara, os olhos brilhando com algo que Ana não via há um longo tempo, e Theodore - totalmente alheio a situação, apenas mirava a pequenina no berço. 

— Mana - agitou-se ele no colo do pai.

Ana sorriu para o filho que se contorceu para sair do colo do pai e quando consegui correu para o berço da irmã. 

Fazia poucos dias que Teddy pudera vê-la finalmente, mesmo que fosse por algumas horas.

O pequeno se esticou na ponta dos pés e pegou a mãozinha - que não segurava a de sua mãe - da bebê em seus dedos.

— Ela é ainda tão 'petena' - disse ele encantado.

Aquela havia sido a primeira coisa que ele dissera quando a viu pela primeira vez há três dias, e mesmo sendo a terceira vez que via a irmã, espera que ela já houvesse crescido como ele e pudesse brincar.

— Ela vai continuar assim por mais algum tempo -  Ana explicou gentilmente.

— Até quando? Assim ela não pode brincar com meus 'cainhos', não tem mão 'gande' para pegar e '
coer'  - resmungou ele.

— Ela não pode brincar com você e seus carrinhos agora, mas você pode brincar com ela de outra forma - sugeriu a morena.

— Como?

Ana sorriu para a carinha de confusão de Teddy e passou a mão por seu cabelo.

— Eu não sei, nós vemos quando ela for para casa.

— Ela vai no meu 'aversario'?

Ana olhou para Christian, já havia falado demais, seu marido dava conta daquilo.

— Filho, nós já conversamos sobre a sua irmã -  começou ele, ajoelhando-se ao lado de Teddy. - Ela precisa ficar no hospital por algum tempo para ficar boa.

— 'Ta' dodói.

— Isso aí.

— A mamãe 'ta' dodói também? - ele perguntou confuso.

— Hã, não, a mamãe não está dodói, é que a mamãe precisa vir ficar com sua irmã para alimentar ela.

As sobrancelhas do menino apenas se franziram mais.

— Lembra da tua Kate com a Ava? - Ana questionou.

Teddy arregalou os olhos e Christian riu. Theodore se lembrava de sua tia Kate dando o próprio peito para Ava. Christian se lembrava apenas do menino tentando fazer o mesmo com a prima quando a mesma começou a chorar e Kate não estava por perto.

Aquela cena foi cômica, e ele não sabe o que foi pior: explicar para um Teddy chorando que ele não tinha como alimentar a prima com o próprio peito por seu um menino ou conseguir parar de rir com Ana não conseguindo também.

— Então, a mamãe precisa fazer o mesmo com sua irmã - explicou Ana.

Teddy balançou a cabeça em concordância e voltou a prestar atenção na bebê, que apenas o olhava ou mexia as mãozinhas para ele, o que era um avanço incrível.

O doutor Jackson, o pediatra, deu sua visita diária e aliviou o casal Grey com suas notícias de que a bebê estaca cada vez mais forte. Ter saído da incubadora já fora um milagre de tão pouco tempo - que para Ana pareceu anos - e estar respondendo bem a todos os exames e até mesmo os pulmões já estavam perfeitamente desenvolvidos.

Ela logo iria para casa, Ana apenas rezava por aquilo.

Às 20h, Ana convenceu Teddy de ir com ela para casa, eo pequeno estava se despedindo de sua irmã com a promessa de que voltaria logo com seus carrinhos. Christian se aproximou de Ana, tocando sua cintura e os lábios em seu cabelo.

Ele ficaria com a bebê naquela noite, eles sempre revezavam para que Teddy não se sentisse deixado de lado por nenhum dos pais. Eles não haviam conversado muito naquele dia, a atenção fora toda para os filhos. O que era estranho porque ultimamente o que eles mais faziam era conversar. Eles conversavam por horas enquanto tinha a filha no berço do hospital, ou Teddy entre eles na cama durante o dia, nas raras vezes em que Ana aceitava que outra pessoa se não ela e Christian ficasse com a pequena, como Grace ou sua mãe.

Ah, Grace.

A sogra estava sendo uma tremenda rocha para Ana. Sempre com ela, a tranquilizando e traduzindo aquelas palavras médicas assustadores que não eram tão assustadoras quando você descobria o que era.

— Tem certeza que não está cansado? - ela perguntou pela terceira vez ao marido.

Christian bufou.

— Para ficar com a minha filha? É claro que não - murmurou ele.

Ana sorriu e beijou seu maxilar, olhando de relance para Teddy debruçado sobre a irmã, e então voltando a atenção para o marido.

— É que você trabalhou hoje...

— Ana, a única coisa que eu fiz foi ficar sentado numa cadeira super confortável mandando em todo mundo.

— Você quis dizer controlando o mundo - ela foi sarcástica, ganhando um olhar mortal do outro.

A garota riu e Christian sorriu.

— Eu amo o som da sua risada - disparou sem perceber.

Ana parou, olhou em seus olhos com o rosto corado. Ela realmente ainda corava depois de tanto tempo. A morena sorriu tímida e encostou o corpo no dele.

Christian sentiu o coração disparar. Era segunda vez que ela se aproximava em questão de minutos. Ana estava bem com ele, falava como sempre, conversava e fazia perguntas, se preocupava se ele havia comido ou não, até mesmo dizia que sentiu sua falta.

Mas toque era outra coisa. O toque não era algo que ela havia feito do nada, era como se ela não tivesse subido tanto de nível assim.

Mas de repente ali estava ela, passando os braços por seu pescoço, ainda sorrindo. 

— Vamos, mamãe - Teddy intimou, puxando o jeans da calça de Ana, olhando feio para os pais.

Christian suspirou.

Theodore não gostava muito de ver os pais juntos daquela forma, o que era estranho, pois antes ele não ligava. Talvez ele tivesse acostumado a não vê-los mais daquele jeito, que agora sentia ciúmes.

Ana não gostava de pensar naquilo.

A garota se afastou do marido e pegou a mão de Teddy, e sua bolsa e a dele que o mesmo prontamente já segurava.

— 'Tiau', papai - disse ele.

Christian o pegou no colo, beijou sua bochecha e o colocou de volta no chão.

O menino saiu andando, abriu a porta e seguiu para o corredor, e Ana apenas balançou a cabeça para aquela audácia, não se preocupando pois sabia que a a essa hora Sawyer já havia o pegado - ainda mais pelo resmungo que o menino deu do lado de fora.

Ana passou a mão pela cabeça da filha levemente, se virou para Christian e beijou seu rosto.

— A gente se vê amanhã - disse ela.

Concordou ele.

— Boa noite - desejou enquanto a garota caminhava para a porta.

Mas então Ana parou, virou-se novamente e simplesmente o beijou.

A surpresa foi para ambos, assim como o prazer de matar a saudade.

Por que mesmo eles estavam se impedindo daquela sensação? Não é como se pudessem esquecer, então  por que eles apenas não faziam?

Ofegantes, os dois se separam do beijo. As testas se tocaram, e as respirações se misturaram.

— Mamãe - Teddy chamou do outro lado.

Ana bufou e se afastou de Christian, encarando-o.

Não foi estranho como ela achou que seria, foi inacreditavelmente normal.

Ela havia o perdoado, assim como parecia que ele havia perdoado. Fosse pela situação ou pelos sentimentos, havia perdão ali, dos dois lados. Eles apenas não sabiam como continuar de onde pararam.

Talvez não tivesse que ser assim, talvez eles tivessem é que seguir dali, não foi uma parada, era a continuação realmente. É só que existiam coisas ruins no casamento também, nem todos os momentos eram bons, só cabia a eles a lidar da melhor forma possível se o amor por mais forte.

Em casa, sem conseguir realmente pensar, Ana banhou Teddy e deixou que ele comesse alguns biscoitos com leite enquanto via um desenho no quarto até que o menino dormisse. Ele se dizia homem grande desde que ganhou uma irmã e não queria mais que a mãe o colocasse para dormir.

Homem grande... Deus, ele só tinha dois anos - quase, na verdade.

Ana entrou no quarto de sua filha após deixar Teddy em seu próprio quarto. Era estranho entrar ali, e sua filha nunca ao menos ter estado. O berço intacto, assim como a poltrona de amamentação.

Mia havia feito um trabalho incrível com o quarto da pequena e o que Ana mais gostava era o nome dela na parede: Miracle Steele Grey.

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Notas finais do capítulo

Owwwn morro com o Teddy, mas então, gentem, não julguem o nome, a pronuncia é bonita e eu achei super adequado para a Baby Grey 2, e desde o começo eu disse que não gostava do nome Phoebe - se tu nao tiver sido preguiçosa - como eu - e tiver lido a nota sobre a história vai saber do que eu to falando, enfim, é isso, espero que tenham gostado, reta final, estamos chegando lá, adooooooro vocês tchutchucas :D



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